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domingo, 30 de dezembro de 2012

PAI, SALVA-ME DESTA HORA:"Sua vinda à Terra objetivou demonstrar o incomensurável amor de Deus pelas Suas criaturas..."


"Então veio uma voz do Céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei." - (João, 12:28)
O Evangelho segundo João, em seu capítulo 12, afirma que Jesus Cristo, algum tempo antes de ser preso, disse (João 12:27):

"Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora".

Esta afirmação do Mestre vem satisfazer a indagação de muitos, quando proclamam que Jesus, com o poder de que se achava investido, poderia facilmente ter evitado a consumação do sacrifício do Calvário.

Outros evangelhistas relatam que Jesus suplicou a Deus, por três vezes, que "se fosse possível passasse dele o cálice de amargura, evitando que ele fosse tragado". Nessas súplicas o Mestre deixou bem claro que a vontade de Deus deveria prevalecer em qualquer circunstância.

Na terceira e última rogativa, ele deve ter recebido a resposta dos Céus, de que o cálice teria de ser tragado, por isso submeteu-se com resignação a todos os sofrimentos que surgiram, os quais tiveram como epílogo o martírio na cruz.

Era imperioso que a crucificação se consumasse, a fim de que a mensagem cristã se firmasse entre os homens. Infelizmente, no seio da Humanidade, os grandes mártires têm de dar seu sangue, para que suas idéias e obras se consolidem. Jesus Cristo não poderia constituir uma exceção, por isso ele, brandamente, submeteu ao martírio, pois, somente assim, os Seus ensinos se a solidariam na Terra.

No mesmo Evangelho de João (12:24) deparamo-nos com a seguinte afirmação feita por Jesus: "Se o grão de trigo, caindo terra, não morrer, ele ficará só, mas se morrer produzirá muitos frutos". Na realidade, se Ele não fosse crucificado, talvez ficasse com alguns poucos companheiros. Entretanto, a sua morte infamante no madeiro atraiu a todos para ele (João, 12:32).

A crucificação representou a glorificação de Sua obra; isso, tudo aquilo que já havia sido vaticinado pelos profetas, e que o próprio Cristo corroborou, tinha de ser cumprido. Na verdade Jesus disse que poderia suplicar: "Pai, salva-me desta hora", o que seria inócuo, porque Ele veio à Terra precipuamente para experimentar as agruras daquela hora, para que a Sua mensagem viva se implantasse entre o homens.

É óbvio que o Cristo poderia ter-se furtado às agruras daquela hora, se tivesse pactuado com os interesses de muitos homens da época. Nesse caso, em vez de tragar o vinagre azedo do Calvário teria continuado a deleitar-se com o vinho alegre de Canaã.

Jesus Cristo desceu à Terra como autêntico cordeiro no mundo de lobos vorazes. Muitos interesses prevaleciam, então, tanto natureza política como religiosa, por isso Sua missão se tornou árdua. Numerosos interesses foram feridos. As Suas palavras e profecias amedrontavam os poderosos da época, os quais não poderiam conceber a idéia da perda de um predomínio sobre o povo inculto.

Sua vinda à Terra objetivou demonstrar o incomensurável amor de Deus pelas Suas criaturas.
Acima de todas as coisas o Mestre objetivou fazer com que a Humanidade conhecesse novas verdades, para que estas a libertassem dos preconceitos, do obscurantismo e da superstição.
Entretanto, para que Sua obra se consolidasse o sacrifício prepararia o gênero humano para o sistemático combate à mentira e para que a verdade se constituísse na cogitação primária de todos. Se o grão de trigo não morresse, ele ficaria sozinho, mas, morrendo, produziria muitos frutos.
Semelhantemente, se o Mestre não morresse na cruz, ficaria apenas com alguns apóstolos, mas, pendurado no madeiro infamante, atraiu a todos para Ele - glorificando o nome de Deus e ensinando aos homens as regras do amor, do perdão, da misericórdia e da tolerância.
O sangue derramado sensibilizou a todos. Sua dor despertou a Humanidade para o conhecimento de coisas mais relevantes, as coisas do Espírito.
Não permanecendo no túmulo. Ele deu aos homens a antevisão da imortalidade da alma, revelando que a morte do corpo não é o fim, e que uma jornada ininterrupta e ascendente aguardava a alma, que tem por finalidade atingir a Deus. A criatura tem de gravitar para o seu Criador.
Paulo A. Godoy

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