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domingo, 30 de dezembro de 2012

NÃO REPITAMOS O ERRO


"A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz,
porque as suas obras eram más." - (João,3:19)
Indubitavelmente, o Espiritismo está desempenhando, no seio da Humanidade, o mesmo papel desenvolvido pelo Cristianismo por ocasião de sua revelação à Terra.

A semelhança é perfeita. Quando surgiu o Cristianismo, o segredo de sua expansão vertiginosa residiu no fato de ser uma doutrina que fala mais ao coração do que ao intelecto. Os imensos e suntuosos templos pagãos, com seus múltiplos deuses, eram agradáveis à visão, porém não aqueciam o coração e a alma permanecia insensível. O Cristianismo foi revelado aos humildes, pelos humildes, e os seus propagadores eram homens de fé, de ação e de convicção.

A elite do Paganismo adotou o Cristianismo somente após ter o Imperador Constantino, através do Édito de Milão, oficializado a nova doutrina e, embora as condições impostas pelo Imperador não fossem das mais desarrazoadas, os séculos que se seguiram foram suficientes para nos demonstrar que o tributo exigido pela Boa Nova foi dos mais onerosos possíveis.

Os porta-vozes da doutrina trazida pelo Meigo Rabi da Galiléia, em vez de se manterem dentro dos princípios salutares prescritos pelos Evangelhos resguardados nas trincheiras da humildade e da intransigência com o erro, coagindo as elites pagãs a descerem dos seus pedestais, e também a abandonarem os templos ricamente adornados e repletos de ídolos inertes, para se ombrearem com os humildes cristãos, nas choupanas e nos cenáculos desprovidos de adornos, evitando, assim, a conspurcação do Sublime Lega
do vindo dos Céus, - fizeram o oposto: trataram de edificar suntuosos, faustosos templos, substituindo as imagens dos antigos deuses de barro por novos ídolos, também feitos de argila.

Ainda os porta-vozes, em vez de levarem os pagãos a descer as escadarias dos seus templos, preferiram subir até eles, tudo fazendo para acomodar a doce doutrina do Cristo às conveniências dos seguidores da religião materialista e decadente. Desta maneira, apenas substituíram os habitantes dos altares, derrubando os deuses e substituindo-os por figuras rotuladas de santos. E os templos continuaram a ser frios, alegrando, apenas, os sentidos e encantando os olhos.

Esse ato de invigilância, esse lamentável deslize, representou o início da deturpação dos lídimos preceitos contidos nos Evangelhos. Daí para a assimilação de outros desvios, a distância foi relativamente curta. Teorias absurdas e dogmas esdrúxulos foram incorporados à estrutura doutrinária do Cristianismo, que até mudou de nome.

O Cristo, no entanto, já havia previsto que a água cristalina da fonte, que jorra para a vida eterna, haveria de ser turvada por homens interessados na manutenção de um sistema impregnado de materialismo. Lobos vorazes turvaram a água pura dos ensinamentos de Jesus e as ovelhas do aprisco passaram a dessedentar-se com a água impura.

Foi com vista a essa degenerescência que o Mestre prometeu que nos enviaria o Consolador, o Espírito de Verdade, para restabelecer as coisas em seus devidos lugares, para levar os cristãos a descerem dos templos de pedra, que apenas enlevam os sentidos, para os novos cenáculos, que, embora não sendo enfeitados de jóias e pedrarias de alto valor, acalentam os corações, evitando o seu contágio pelo frio secular da descrença, do obscurantismo e dos preconceitos.
Foi com relação a isso tudo que Jesus proclamou "que não tinha uma pedra onde reclinar a cabeça".
Essa pedra angular, que servirá de base para o fundamento da doutrina cristã, está consubstanciada no Espiritismo, lídimo intérprete do Consolador prometido, cabendo a ele restaurar, na Terra, as primícias da consoladora doutrina legada por Jesus Cristo há quase vinte séculos.
Não repitamos, pois, o erro dos cristãos dos tempos que se seguiram.
Paulo A Godoy

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