Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Reconcilia-te sem demora com o teu adversário


RECONCILIA-TE SEM DEMORA COM O TEU ADVERSÁRIO

Disse Jesus:
"Se estiveres fazendo tua oferta diante do altar e te lembrares de que um teu irmão tem contra ti alguma coisa, deixa ali tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; depois, então, volta a fazê-la.

Concerta-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás posto a caminho com ele, para que não suceda que ele, o adversário, te entregue ao juiz e que o juiz te entregue ao ministro e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último ceitil.'" (Mateus, 5:23-26.)

A oferta sacrifical era um ato de fé largamente praticado pelos judeus, através do qual buscavam alcançar a remissão de seus pecados.
Julgavam suficiente o sacrifício de inocentes ovelhas, cabras ou novilhos, para obter esse favor, ignorando fosse preciso, a seu turno, agir com bondade em relação ao próximo.

Jesus, entretanto, aponta-nos a inutilidade de toda e qualquer prática devocional, quando feita sem a necessária tranquilidade de consciência.

Deus é Amor e, com sentimentos ou propósitos inamistosos no coração, é impossível entrarmos em sintonia com Ele ou recebermos a graça de Seu perdão.

Assim, sempre que nos sintamos ofendidos por alguém, ao invés de lhe censurarmos o procedimento com terceiros, o que nos cumpre fazer é entendermo-nos direta e francamente com nosso ofensor.
É bem provável que não tenha tido a intenção de magoar-nos e que seus esclarecimentos satisfaçam-nos plenamente. De qualquer maneira, é sempre mais correto dirimirem-se atritos e dificuldades, agindo dessa forma, do que dando-se livre curso à maledicência.

Se, ao contrário, nós é que defraudamos um irmão, temos a obrigação moral de, como cristãos que pretendemos ser, fazer-lhe a devida restituição e pedir-lhe que nos desculpe; ou, se o agravamos, afetando-lhe a honorabilidade, buscar as pessoas às quais demos informações falsas ou maldosas a seu respeito, e retirá-las quanto antes, confessando humildemente nosso erro.
Quem, por orgulho, se esquive a essa reconciliação, poderá ser surpreendido pela morte, em débito com a Lei de Harmonia que preside às relações dos homens entre si, e, obrigado, então, a responder em "Juízo" pela inobservância dessa Lei, não escapará à "prisão" das reencarnações expiatórias, eis que, "a cada um será dado segundo as suas obras".
A Justiça Divina, no entanto, é rigorosamente perfeita e não exige do devedor mais do que ele deve. Afirmando: "não sairás da cadeia enquanto não pagares o último ceitil", Jesus deixa claro que não há pecados irremissíveis, nem, por conseguinte, condenação eterna.

Nossas dívidas, por maiores que sejam, expressam-se por um valor determinado, têm um limite e, desde o instante em que paguemos "o último ceitil", já não ficaremos devendo nada e, pois, seremos postos em liberdade, o que vale dizer, seremos novamente senhores de nosso destino, podendo, trabalhados por essa amarga experiência, caminhar com mais segurança, rumo à felicidade reservada a todos os filhos de Deus.
Rodolfo Calligaris
Sermão da Montanha

Nenhum comentário:

Postar um comentário