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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

POUCOS SÃO OS OBREIROS


“Muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos.”
(Dos Evangelhos)
No auge da sua missão terrena, Jesus Cristo, ao deparar com a inconstância dos
seus contemporâneos no trato das coisas do Espírito, exclamou: “a seara é grande,
mas poucos são os trabalhadores”, o que o fez suplicar ao Pai que enviasse novos
obreiros para o campo do trabalho.
Esse problema da falta de seareiros já se tomou crônico. Muitos Espíritos,
antes de reencarnarem na Terra, assumem compromissos no sentido de desenvolver
determinadas tarefas, entretanto, quando aqui estão, já reencarnados, empolgam-se
com as coisas do mundo e esquecem-se dos compromissos assumidos, principalmente
devido às dificuldades que freqüentemente se encontram no caminho.
A história registra as atividades de numerosos obreiros do Senhor, que
estiveram na Terra e aqui desenvolveram tarefas relevantes, entretanto não nos dá
conta de muitos outros que aqui vieram em missão e que, assoberbados pelas coisas
mundanas, desviaram-se do caminho delineado e deixaram a missão por realizar.
Isso se aplica, obviamente, às missões e tarefas que são desenvolvidas em
todos os setores de atividade humana, quer no terreno político, no social, no religioso,
no científico e em todos os demais.
Muitos condutores de povos, por exemplo, recebem a incumbência de unificar
nações, proporcionando-lhes paz, bem-estar e progresso; no entanto, aqui na Terra,
após terem conquistado esses objetivos, tornam-se orgulhosos opressores e vaidosos
tiranos, transformando-se em autênticos emissários do ódio e da vingança, antítese
perfeita daquilo que pretendiam realizar.
Numerosos chefes religiosos descem à Terra com a incumbência de
propugnarem pelo restabelecimento da Verdade. Como Espíritos desencarnados
animaram-se do propósito de contribuir para que a palavra divina fizesse morada em
todos os corações. Aqui reencarnados, tornam-se sistemáticos opositores das idéias
novas, inimigos figadais dos renovadores, passando a detestar tudo aquilo que venha
a solapar os princípios que defendem.
Apreciável contingente de Espíritos, quando obtêm do Alto a permissão para
aqui reencarnarem, premeditam socorrer a pobreza, enxugar lágrimas, suavizar dores,
principalmente dos pequeninos da Terra; no entanto, quando aqui renascem, tornamse
orgulhosos, egoístas e antifraternos, colocando suas conveniências pessoais acima
dos sofrimentos alheios, movendo-se exclusivamente no sentido de conquistar fama e
ouro; outros, antes de reencarnarem, predispõem-se a defender os menos favorecidos,
a propugnar pelo restabelecimento da justiça. Na Terra, entretanto, tornam-se
coniventes com o erro, com a injustiça situando seus interesses mais imediatos acima
de quaisquer princípios de eqüidade e de solidariedade.
Quando esteve na Terra, Jesus Cristo manteve contato com muitas pessoas que
desejavam segui-lo, as quais, ao tomarem conhecimento daquilo que era necessário
fazer, desistiram prontamente da idéia. Um moço rico que cumpria rigorosamente
todos os mandamentos, ao receber do Senhor um generoso convite para “vender tudo
quanto tinha e dar o dinheiro aos pobres”, retirou-se amargurado e cabisbaixo,
preferindo antes continuar a deleitar-se com as vantagens que a riqueza terrena
oferecia.
A Parábola do Festim das Bodas é bastante elucidativa. Nela deparamos com
diversas pessoas que receberam efusivo convite para tomarem parte num banquete
que simbolizava o Reino dos Céus. Todos se furtaram a comparecer, alegando várias
razões de natureza material, por isso o salão onde deveria se realizar o banquete ficou
vazio.
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Em seguida foi formulado um convite mais generalizado, extensivo aos coxos
e paralíticos e aos homens de todas as categorias. O salão ficou repleto, mas mesmo
assim o Senhor teve que afastar alguns que não haviam se revestido com as “vestes
nupciais”, que, não compreendendo o significado do chamamento, não haviam se
reformado interiormente, o que levou o Senhor a exclamar: “muitos são os chamados,
mas poucos os escolhidos”.
Anteriormente a Jesus Cristo, o generoso convite dos Céus foi formulado com
especialidade ao povo de Israel. Este não soube corresponder, preferindo antes
deleitar-se com a aspiração de conquistar a terra de Canaã. Mais tarde, face à recusa
dos judeus, os quais pela obstinação haviam perdido até a própria pátria, o convite foi
ampliado a todas as comunidades da Terra, mas mesmo assim o resultado não foi dos
mais promissores, pois “muitos continuam a ser os chamados, mas poucos os
escolhidos”

Padrões Evangélicos- Paulo Alves de Godoy

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