COM A MEDIDA COM QUE MEDIRDES
“Não julgueis para que não sejais
julgados, Porque com o juízo com que
julgardes sereis julgados. e com a
medida com que tiverdes medido vos
hão de medir a vós.”
(Mateus, 7:1-2)
12
A citação evangélica que encima esta crônica, por si só, revela toda a
amplitude do ensinamento que Jesus pretendeu transmitir. .
Certa vez, fazendo as suas costumeiras pregações, o Mestre defrontou-se com
um homem que lhe suplicou: Senhor, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança. Mas ele lhe respondeu: Homem, quem me instituiu a mim por juiz ou
repartidor entre vós? (Lucas, 12:13-14).
O Meigo Nazareno — a despeito da grandiosidade do seu Espírito — relutou e
não concordou em exercer o papel de juiz. Esse exemplo nos leva a pensar duas vezes
antes de querer exercer um papel dessa natureza, pois, indubitavelmente, somos ainda
criaturas imperfeitas e eivadas de parcialidade, de paixões, de egoísmo, e jamais
poderíamos julgar alguém de forma reta e irrepreensível.
A máxima: Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós,
além de ser incisiva e endereçada a todos nós, encerra os esclarecimentos mais sérios,
no tocante à aplicação do nosso juízo, quando nos defrontamos com problemas
alheios.
No âmbito da lei de causas e efeitos, o preceito exarado por Jesus não invalida
outro mais ou menos semelhante: Quem com ferro fere, com ferro será ferido, o que
significa dizer que, no âmbito da justiça divina seremos bitolados com o mesmo
gabarito que empregarmos no trato dos nossos irmãos, no desenrolar do nosso
aprendizado terreno.
Se o nosso juízo for unilateral quando julgarmos as atitudes e os atos do nosso
próximo, como pretender um julgamento equitativo e reto para com as nossas
próprias ações? O nosso falso juízo, prejudicando alguém, faz com que surja a
necessidade de um reajuste, do qual o nosso Espírito passa a ser réu, uma vez que não
existe causa que não conduza a um efeito.
Os preceitos de Jesus Cristo não se aplicam apenas aos indivíduos, mas
também abrangem as instituições e as coletividades. A História nos tem ensinado os
duros reveses experimentados por grandes e poderosas nações, porque o orgulho fez
com que seus governantes não aplicassem o critério de uma justiça reta aos olhos de
Deus.
O antigo povo de Israel nos serve de paradigma para uma demonstração clara e
positiva: Apesar de se considerar um povo eleito e se julgar preferido por Deus para
colimar os objetivos mais relevantes, essa comunidade alimentava sentimentos de
conquista e julgava os demais povos pelo limite acanhado de suas leis religiosas. Por
isso a justiça divina fez com que experimentasse dolorosos resgates, através de duros
e prolongado! cativeiros, nas mãos dos babilônicos, dos caldeus, dos egípcios e dos
romanos. Os seus homens e mulheres foram perseguidos, escravizados, aprisionados,
mortos e dispersos. A velha e orgulhosa Jerusalém, que matava os profetas e os
sábios que lhe eram enviados pelo Alto, que foi palco de um dos mais incríveis
julgamentos da História, assistindo impassível à crucificação do Ungido de Deus,
teve suas casas destruídas, seus filhos massacrados e o seu precioso templo destruído,
dele não restando pedra sobre pedra.
O profeta Elias usou a medida da violência, ordenando a decapitação de
centenas de sacerdotes de Baal. Reencarnado na pessoa de João Batista, também foi
degolado por ordem de Herodes.
13
Os espíritas sabem, melhor do que ninguém, as conseqüências funestas dos
juízos apressados e dos atos maldosos. A lei da reencarnação é inexorável, e, através
dela, os Espíritos pecaminosos experimentam duros ciclos expiatórios.
Pôncio Pilatos mediu Jesus Cristo pelo gabarito dos seus interesses políticos,
permitindo que um justo fosse crucificado por temer descoJ1tentar um poder terreno
transitório.
Judas Escariotes mediu Jesus pelos seus interesses financeiros, denunciando
um missionário a troco de trinta moedas de prata. Por isso o remorso, o suicídio e as
terríveis expiações na vida espiritual foram o corolário de sofrimento que
experimentou.
Os homens sempre julgam de modo unilateral, colocando em primeiro plano as
suas conveniências mais imediatas, conseqüentemente, assim como a justiça divina
caiu pesadamente sobre os Espíritos de Pilatos, de Judas e de muitos outros homens
do passado, ela cairá também sobre todos aqueles que não sabem usar um sentimento
retilíneo no trato com os interesses de seus semelhantes.
Esse foi o motivo primário que levou Jesus Cristo a sentenciar o Amai ao vosso
próximo como a vós mesmos, pois todo aquele que assim proceder, jamais usará de
juízo apressado e iníquo para com o seu irmão.
Por isso disse o Mestre: Se alguém vos obrigar a caminhar mil quilômetros,
caminhe com ele mais mil, pois é provável que, nessa segunda caminhada, o seu
próximo será visto com mais amor, com menos ódio, e então o seu julgamento será
muito mais equitativo.
Livro: Padrões Evangélicos- Paulo Alves de Godoy
Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
domingo, 5 de agosto de 2012
A PRIMEIRA MENSAGEM DE EURÍPEDES BARSANULFO
A PRIMEIRA MENSAGEM DE EURÍPEDES BARSANULFO
Primeira mensagem transmitida à Francisco Cândido Xavier, em 30/04/1950, pelo espírito de Eurípedes Barsanulfo.
Aos Companheiros de Ideal
Aos queridos amigos do Triângulo Mineiro:
A nossa marcha continua e, como sempre, irmãos meus, confirmo a promessa de seguir convosco até a suprema vitória espiritual.
Os anos correm incessantemente, a morte estabelece apreciáveis modificações, as paisagens se transformam, todavia, nossa confiança em Deus permanece inabalável.
Somos numerosa caravana em serviço das divinas realizações.
Velhos amigos nossos, ouvindo-me a palavra, sentirão os olhos úmidos. Para vós que ainda permaneceis na Terra, a travessia dos obstáculos parece mais dolorosa. As saudades orvalhadas das lágrimas vicejam ao lado das flores da esperança. As recordações represam-se na alma. Alguns companheiros estacionaram em caminho, atraídos pelo engano do mundo ou esmagados pelo desalento; não foram poucos os que desanimaram, receosos da luta. Por isso mesmo, as dificuldades se fizeram mais duras, a jornada mais difícil.
Mas a nós, que temos sentido e recebido a bênção do Senhor, no mais íntimo d’alma, não será lícito o repouso.
Nossas mãos continuam enlaçadas na cooperação pelo engrandecimento da verdade e do bem, e minha saudade, antes de ser um sofrimento é um perfume do céu. No coração vibram nossas antigas esperanças e continuamos a seguir, a seguir sempre, no ideal de sublime unificação com o Divino Mestre.
Tenhamos para com os nossos irmãos ainda frágeis, a ternura do amor que examina e compreende. As ilusões passam como os rumores do vento. Prossigamos, desse modo, com a verdade, para a verdade.
Falando-vos em nome de companheiros numerosos da espiritualidade, assinalo a nossa alegria pelo muito que já realizasteis, no entanto, amigos, outras edificações nos esperam, requisitando-nos o esforço. É preciso contar com os tropeços de toda sorte. O obstáculo sempre serviu para medir a fé, e o espírito de inferioridade nunca perdoou as árvores frutíferas. Quase toda gente deixa em paz o arbusto espinhoso a fim de atacar a árvore generosa, que estende os ramos em frutos aos viajantes que passam fatigados. A sombra, muita vez, ameaçará ainda os nossos esforços, os espinhos surgirão, inesperadamente, na estrada, a incompreensão cruel aparecerá, de surpresa. Conservemos porém, a limpidez de nosso horizonte espiritual, como quem espera as dificuldades, convictos de que a vida real se estende muito além dos círculos acanhados da Terra. Guardando a energia de nossa união, dentro da sublimidade do ideal, teremos à frente o archote poderoso da fé que remove montanhas. Quando o desânimo vos tente, intensificai os passos na estrada da realização. Não esperemos por favores do mundo, quando o próprio Jesus não os teve. A paz na Terra, muitas vezes, não merece outro nome, além de ociosidade. Procuremos, pois a paz de Cristo que excede o entendimento das criaturas. Semelhante vitória somente poderá ser conquista através de muita renúncia aos caprichos que nos ameaçam a marcha. Não seria justo aguardar as vantagens transitórias do plano material, quando o trabalho áspero ainda representa a nossa necessidade e o nosso galardão.
Jamais vos sintais sozinhos na luta. Estamos convosco e seguiremos ao vosso lado. Invisibilidade não significa ausência.
O Mestre espera que façamos do coração o templo destinado à sua Presença Divina.
Enche-vos o mundo de sombras? Verificam-se deserções, dissabores, tempestades? Continuemos sempre. Atendamos ao programa de Cristo. Que ninguém permaneça nas ilusões venenosas de um dia.
Deste “Outro Lado” da vida, nós vos estendemos as mãos fraternas. Unindo-nos mais intensamente no trabalho, em vão rugirá a tormenta. Jamais vos entregueis à hesitação ou ao desalento, porque, ao nosso lado, flui a fonte eterna das consolações com o amor de Jesus Cristo.
Fonte:
Mensagem extraída do livro Eurípedes – O Homem e a Missão, autora Corina Novelino, editora ide (Instituto de Difusão Espírita).
Aos Companheiros de Ideal
Aos queridos amigos do Triângulo Mineiro:
A nossa marcha continua e, como sempre, irmãos meus, confirmo a promessa de seguir convosco até a suprema vitória espiritual.
Os anos correm incessantemente, a morte estabelece apreciáveis modificações, as paisagens se transformam, todavia, nossa confiança em Deus permanece inabalável.
Somos numerosa caravana em serviço das divinas realizações.
Velhos amigos nossos, ouvindo-me a palavra, sentirão os olhos úmidos. Para vós que ainda permaneceis na Terra, a travessia dos obstáculos parece mais dolorosa. As saudades orvalhadas das lágrimas vicejam ao lado das flores da esperança. As recordações represam-se na alma. Alguns companheiros estacionaram em caminho, atraídos pelo engano do mundo ou esmagados pelo desalento; não foram poucos os que desanimaram, receosos da luta. Por isso mesmo, as dificuldades se fizeram mais duras, a jornada mais difícil.
Mas a nós, que temos sentido e recebido a bênção do Senhor, no mais íntimo d’alma, não será lícito o repouso.
Nossas mãos continuam enlaçadas na cooperação pelo engrandecimento da verdade e do bem, e minha saudade, antes de ser um sofrimento é um perfume do céu. No coração vibram nossas antigas esperanças e continuamos a seguir, a seguir sempre, no ideal de sublime unificação com o Divino Mestre.
Tenhamos para com os nossos irmãos ainda frágeis, a ternura do amor que examina e compreende. As ilusões passam como os rumores do vento. Prossigamos, desse modo, com a verdade, para a verdade.
Falando-vos em nome de companheiros numerosos da espiritualidade, assinalo a nossa alegria pelo muito que já realizasteis, no entanto, amigos, outras edificações nos esperam, requisitando-nos o esforço. É preciso contar com os tropeços de toda sorte. O obstáculo sempre serviu para medir a fé, e o espírito de inferioridade nunca perdoou as árvores frutíferas. Quase toda gente deixa em paz o arbusto espinhoso a fim de atacar a árvore generosa, que estende os ramos em frutos aos viajantes que passam fatigados. A sombra, muita vez, ameaçará ainda os nossos esforços, os espinhos surgirão, inesperadamente, na estrada, a incompreensão cruel aparecerá, de surpresa. Conservemos porém, a limpidez de nosso horizonte espiritual, como quem espera as dificuldades, convictos de que a vida real se estende muito além dos círculos acanhados da Terra. Guardando a energia de nossa união, dentro da sublimidade do ideal, teremos à frente o archote poderoso da fé que remove montanhas. Quando o desânimo vos tente, intensificai os passos na estrada da realização. Não esperemos por favores do mundo, quando o próprio Jesus não os teve. A paz na Terra, muitas vezes, não merece outro nome, além de ociosidade. Procuremos, pois a paz de Cristo que excede o entendimento das criaturas. Semelhante vitória somente poderá ser conquista através de muita renúncia aos caprichos que nos ameaçam a marcha. Não seria justo aguardar as vantagens transitórias do plano material, quando o trabalho áspero ainda representa a nossa necessidade e o nosso galardão.
Jamais vos sintais sozinhos na luta. Estamos convosco e seguiremos ao vosso lado. Invisibilidade não significa ausência.
O Mestre espera que façamos do coração o templo destinado à sua Presença Divina.
Enche-vos o mundo de sombras? Verificam-se deserções, dissabores, tempestades? Continuemos sempre. Atendamos ao programa de Cristo. Que ninguém permaneça nas ilusões venenosas de um dia.
Deste “Outro Lado” da vida, nós vos estendemos as mãos fraternas. Unindo-nos mais intensamente no trabalho, em vão rugirá a tormenta. Jamais vos entregueis à hesitação ou ao desalento, porque, ao nosso lado, flui a fonte eterna das consolações com o amor de Jesus Cristo.
Fonte:
Mensagem extraída do livro Eurípedes – O Homem e a Missão, autora Corina Novelino, editora ide (Instituto de Difusão Espírita).
Mensagem de Eurípedes Brasanulfo
Mensagem de Eurípedes Brasanulfo |
Irmãos Queridos.
Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado. Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”. Eurípedes Barsanulfo Mensagem recebida no Centro Espirita “Jesus no Lar” Medium - Suely Caldas Schuber |
Em Torno da Profissão
Em Torno da Profissão
A sua profissão é previlégio e aprendizado.
*
Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes,
a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de
bençãos.
*
O seu cliente, em qualquer situação, é semelhante a árvore que
produz, em seu favor, respondendo sempre na pauta do tratamento
que recebe.
*
Toda tarefa corretamente exercida é degrau de promoção.
*
Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe
haja concedido, você está colocando o seu retrato espiritual.
*
Se você busca melhorar-se, melhorando o seu trabalho, guarde
a certeza de que o trabalho lhe dará vida melhor.
*
O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui
e sim a maneira pela qual você se decide servir.
*
Ninguém procura ninguém para adquirir condenação ou azedume.
*
Sempre que alguém se queixe de alguém, está criando empeços na
própria estrada para o sucesso.
*
Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho
para a verdadeira felicidade.
XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC. AS DUAS TEOLOGIAS
AS DUAS TEOLOGIAS
José Reis Chaves
Jamais considerei os teólogos ignorantes e pouco inteligentes. É o contrário, tenho-os
como muito inteligentes, pois eles até conseguem a proeza de convencerem muitas pessoas a
acreditarem piamente em coisas em que eles próprios não acreditam.
Ao se referir aos sacerdotes judeus de sua época, o Mestre já aconselhava as pessoas
a fazerem o que eles mandavam, mas que elas não os imitassem em suas obras (Mateus
23,3). Obviamente, nem todos os sacerdotes daquela época e de hoje são hipócritas, pois há
os que, mesmo estando errados, são de boa fé.
Admiro as teses filosóficas de Kardec e de São Tomás de Aquino, quando este afirma
que Deus é o único ser incontingente, e quando aquele define Deus como sendo a causa
primária de todas as coisas. Ser incontingente é o que não tem causa ou não é causado. Para
São Tomás todos os demais seres são contingentes, pois que são causados. E a causa
primária de Kardec sobre Deus é também uma causa não causada, pois é a primeira ou a
causa anterior a qualquer outra.
Costumo chamar Deus, o ser incontingente, a causa primária e também o Único e o
Brâman dos orientais, de Deus absoluto, e de deuses relativos todos os seres contingentes,
causados, gerados ou criados. Todos nós, pois, inclusive Jesus Cristo, somos deuses relativos:
“Vós sois deuses” (Salmo 82,6; São João 10,34; e 1 Samuel 28,13).
Jesus Cristo, só por ser Filho de Deus, torna-se “ipso facto” um ser contingente e,
portanto, um Deus relativo. Aliás, para São Paulo, Jesus Cristo é o primogênito das criaturas.
Ora, Deus mesmo é criador e jamais criatura.
As idéias tomistas e kardecistas sobre Deus são compatíveis com uma teologia racional
e à prova da crítica textual bíblica. Mas é óbvio que são incompatíveis com uma outra
teologia, ou seja, a teologia antibíblica, profissional e que manipula as pessoas, a qual,
infelizmente, tem muitos inocentes úteis por esse mundo afora
José Reis Chaves
Jamais considerei os teólogos ignorantes e pouco inteligentes. É o contrário, tenho-os
como muito inteligentes, pois eles até conseguem a proeza de convencerem muitas pessoas a
acreditarem piamente em coisas em que eles próprios não acreditam.
Ao se referir aos sacerdotes judeus de sua época, o Mestre já aconselhava as pessoas
a fazerem o que eles mandavam, mas que elas não os imitassem em suas obras (Mateus
23,3). Obviamente, nem todos os sacerdotes daquela época e de hoje são hipócritas, pois há
os que, mesmo estando errados, são de boa fé.
Admiro as teses filosóficas de Kardec e de São Tomás de Aquino, quando este afirma
que Deus é o único ser incontingente, e quando aquele define Deus como sendo a causa
primária de todas as coisas. Ser incontingente é o que não tem causa ou não é causado. Para
São Tomás todos os demais seres são contingentes, pois que são causados. E a causa
primária de Kardec sobre Deus é também uma causa não causada, pois é a primeira ou a
causa anterior a qualquer outra.
Costumo chamar Deus, o ser incontingente, a causa primária e também o Único e o
Brâman dos orientais, de Deus absoluto, e de deuses relativos todos os seres contingentes,
causados, gerados ou criados. Todos nós, pois, inclusive Jesus Cristo, somos deuses relativos:
“Vós sois deuses” (Salmo 82,6; São João 10,34; e 1 Samuel 28,13).
Jesus Cristo, só por ser Filho de Deus, torna-se “ipso facto” um ser contingente e,
portanto, um Deus relativo. Aliás, para São Paulo, Jesus Cristo é o primogênito das criaturas.
Ora, Deus mesmo é criador e jamais criatura.
As idéias tomistas e kardecistas sobre Deus são compatíveis com uma teologia racional
e à prova da crítica textual bíblica. Mas é óbvio que são incompatíveis com uma outra
teologia, ou seja, a teologia antibíblica, profissional e que manipula as pessoas, a qual,
infelizmente, tem muitos inocentes úteis por esse mundo afora
Alerta contra a fascinação
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPnaBGfNnFoVTjnVfRhyphenhyphenH4M4Xv_TQu5ElH0GZkhmpT6Dw0s0HkH-f-wAPWjtSlnpLtF_paz4lK6nP6vR06ShkAbSRcFgZilxMSZrIuBSd5iVXdsTSzIpcV94lS-JFsR4hgk4VJZcYhkv0/s320/ilus%C3%A3o.jpeg)
Kardec informa, em O Livro dos Médiuns,
que diante das diversas dificuldades que a prática do Espiritismo
apresenta, precisamos colocar em primeiro plano o problema da obsessão. A
palavra obsessão assume, assim, a função de termo
genérico que designa o conjunto de características diversas resultantes
do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz e que
precisamos distinguir com precisão, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.
A
obsessão simples é a forma de influenciação mais comum e de mais fácil
diagnóstico e cura; a subjugação é o seu oposto, pois ela é um
envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a
agir mesmo contra a sua vontade. Entretanto, neste estudo, nosso
interesse maior é na problemática fascinação.
A fascinação define Allan Kardec, “trata-se
de uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e
que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as
comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O Espírito
consegue inspirar-lhe uma confiança cega, impedindo-o de ver a
mistificação e de compreender o que escreve, mesmo quando este salta aos
olhos de todos” [1].
Os
efeitos conseqüentes da fascinação são muito graves porque é graças a
essa ilusão criada pelo espírito sobre o fascinado que pode levá-lo a
aceitar as doutrinas ou teorias mais absurdas, como sendo a única
expressão da verdade levando-o, ainda, a atitudes ridículas,
comprometedoras e, até, muito perigosas.
É por isso que J. Herculano Pires afirma que “no
meio espírita ela se manifesta de maneira ardilosa através de uma
avalanche de livros comprometedores, tanto psicografados como sugeridos a
escritores vaidosos, ou por meio de envolvimento de pregadores e
dirigentes de instituições que se consideram devidamente assistidos para
criticarem a Doutrina e reformularem os seus princípios” [2].
Assim
sendo, é natural observar-se que na fascinação o espírito deve ser
muito inteligente, ardiloso e profundamente hipócrita, pois, só assim
conseguirá enganar e impor-se usando uma máscara e uma falsa aparência
de virtude, usando as palavras caridade, humildade e amor como ‘carta de
fiança’ para ser aceito.
O
que desejam é impor a sua opinião e para isso procuram médiuns crédulos
o suficiente para aceitá-los de olhos fechados. Eles são os mais
perigosos pelo fato de não vacilarem em sofismar para melhor impor as
mais ridículas utopias.
Normalmente
utilizam uma linguagem empolada, mais superficial que profunda e cheia
de termos técnicos, enfeitada com grandiosas palavras como Caridade e Moral, evitando inteligentemente os maus conselhos para que seus enganados possam dizer: observem que nada dizem que seja mau. Fica claro que os enganadores têm de misturar o joio e o trigo, pois de outra forma seriam repelidos.
Um fato interessante é que os espíritos desta classe (ver Escala Espírita
[5]) são quase sempre escritores. É por isso que procuram médiuns
flexíveis, que escrevam com facilidade, para poder transformá-los em
dóceis instrumentos e, acima de tudo, verdadeiros entusiastas de suas
ideias. Eles procuram compensar sua falta de qualidade pela quantidade
de palavras, em escritos verdadeiramente volumosos, muitas vezes
indigestos, num claro exemplo de prolixidade. Os espíritos
verdadeiramente superiores são sóbrios nas palavras porque sabem dizer
muita coisa usando poucas linhas e provando que devemos desconfiar
sempre de toda fecundidade prodigiosa.
Aliás,
sempre que se tratar da publicação destes tipos de escritos nunca será
demais a prudência, pois as inúmeras utopias e excentricidades são um
entrave enorme para todos aqueles que se iniciam no Espiritismo,
dando-lhes uma ideia equivocada do que ele seja, desviando a atenção dos
neófitos tanto dos princípios fundamentais espíritas quanto de suas
inevitáveis conseqüências.
Pelo
fato de que a obsessão propriamente dita só acontece quando o Espírito
afasta voluntariamente todos aqueles que o poderiam ameaçar, impondo ao
médium um isolamento que o impediria de ser alertado do engano a que se
submete, é oportuno ressaltar que os bons Espíritos jamais se impõem,
recomendando sempre que examinemos as comunicações, mediúnicas ou não,
sob controle da razão e da lógica mais severa.
Outro
fato digno de nota é que quando o Espírito vê que suas mensagens não
são aceitas cegamente como queria, sendo submetidas à análise e
discussão, além de não deixar o médium, redobrando suas forças para
reter o fascinado, ainda pode sugeri-lo o pensamento de afastar-se do
grupo, ou instituição espírita a que está ligado, quando não chega mesmo
a impor como condição para o ‘sucesso’ do médium criar sua própria
instituição, ou grupo de estudos, para dar prosseguimento aos seus
‘trabalhos’ e livros ‘reveladores’.
É
por isso que todo médium, ou indivíduo, que, ao ouvir uma crítica a
tais mensagens se irrita, aborrece ou embirra com as pessoas que não
participam da sua admiração, que acha que suspeitar do seu obsessor é
quase uma profanação não faz mais do que representar o desejo do
fascinador, faltando somente que se ponham de joelhos ante as suas
palavras para satisfazê-lo ainda mais.
Esse
isolamento nunca é bom, pelo simples fato de que o médium fica sem
possibilidades de controle sobre tudo o que recebe por sua psicografia.
Pois quando o processo obsessivo é de origem ‘simples’ o médium está,
geralmente, em condições de iniciar, ele mesmo o trabalho de ‘conversão’
do Espírito obsessor. Entretanto, na fascinação é o contrário, pois o
Espírito pode adquirir um controle sobre a vítima sem limites. Reverter
este quadro nem sempre é fácil, pois o fascinado se torna surdo a
qualquer tipo de raciocínio, podendo chegar, até mesmo, a duvidar da
Ciência quando o Espírito comete alguma heresia científica.
Deve
o médium, se não quiser ser enganado, buscar esclarecer-se através da
opinião de terceiros, bem como estudar todos os gêneros de comunicações,
para poder aprender a compará-las. Pois se limitando somente ao que
recebe, por mais sublimes que pareçam, fica exposto a enganar-se quanto
ao seu valor, considerando-se que ele, o médium, não conhece tudo.
Não
é à toa que, das nove características citadas por Kardec para se
reconhecer uma obsessão [3], pelo menos quatro são facilmente
observáveis em muitos médiuns, inclusive alguns famosos, nos dias de
hoje:
1) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas;
2) Crença
na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se
comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades e
absurdos;
3) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo; e
4) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
A
obsessão é como já foi dito, um dos maiores escolhos da mediunidade,
sendo um dos mais freqüentes, principalmente a fascinação, nunca sendo
demais todas as providências tomadas para combatê-la.
É
por isto que devemos ter sempre em mente este conselho de São Luís,
quando nos encontrarmos em dúvida quanto à qualidade ou identidade de
algum espírito: “por mais legítima confiança que vos
inspirem os Espíritos [...], há uma recomendação que nunca seria demais
repetir e que deveis ter sempre em mente ao vos entregardes aos estudos:
a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão
todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que
algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações
necessárias para formar a vossa opinião” (grifo nosso)[4].
Pois
é, a experiência ensina, além disso, que não devemos tomar muito ao pé
da letra certas expressões usadas pelos Espíritos, pelo simples fato de
que se as interpretarmos segundo as nossas ideias nos expomos a enormes
decepções e enganos. É por isso que precisamos analisar e aprofundar o
sentido das suas palavras quando apresentam a menor ambigüidade. Só
assim estaremos a salvo dos Espíritos pseudossábios e da problemática
fascinação.
Referências:
[1] Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução da 2ª edição francesa por J. Herculano Pires. São Paulo – LAKE, 2004, cap. XXIII, item 239, p. 217.
[2] Idem, ibidem. Nota de rodapé.
[3] Idem, ibidem. Item 243, p. 219.
[4] Idem, ibidem. Item 266, p. 236.
[5]
Idem. O Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires, revista e
anotada. 7ª Ed. São Paulo, LAKE, 2003. Livro segundo, capítulo I, item
VI, q. 104.
Mediunidade e Evangelho (1Coríntios, 12: 11)
Mediunidade e Evangelho (1Coríntios, 12: 11)
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Já comentamos a respeito da
afirmativa que diz que um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas.
Que fique claro que vários são os Espíritos que podem se comunicar, todos os
livros sagrados dão prova disso e nos dias de hoje, até a ciência pode comprovar
a comunicação entre os dois planos.
A própria igreja católica já
aceita essa comunicação, em 2 de Novembro de 1983 perante mais de vinte mil
pessoas na Basílica de São Pedro o Papa João Paulo II afirmou:
"O diálogo com
os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada
pelos horizontes do mundo".
Em entrevista concedida à
repórter Ilze Scamparini, o Padre Gino Concetti, um dos Teólogos mais
competentes do Vaticano também afirma a mesma possibilidade de comunicação:
Ilze Scamparini : "Existe Comunicação entre
os Vivos e os Mortos ?"
Gino Concetti : "Eu creio que sim. Eu
acredito e me baseio num fundamento teológico que é o seguinte : Todos nós
formamos em Cristo, um Corpo místico, no qual Cristo é o Soberano. De Cristo
emanam muitas graças, muitos dons, e se estamos todos unidos, formamos uma
comunhão. E onde há comunhão, existe também comunicação."
Ilze Scamparini : "O que o Senhor pensa do
Espiritismo ?"
Gino Concetti : "O Espiritismo existe. Há
sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Mas, não é do
modo fácil como as pessoas acreditam. Nós não podemos chamar o Espírito de
Michelangelo ou de Raphael. Mas como existem provas nas Sagradas Escrituras,
não se pode negar que existe essa possibilidade de comunicação".[1]
Não temos, portanto, nenhuma
dúvida de que em breve esta possibilidade natural de comunicação será certeza
em toda a humanidade.
Entretanto para isso é
preciso humildade para reconhecermos que de planos mais altos, de rara
espiritualidade, o mesmo Espírito opera todas essas coisas, isto é, o
Espírito do Cristo, repartindo particularmente a cada um como quer, ou
seja, dando a cada um de acordo com a sua adesão à Lei de Deus que, invisível
aos olhos humanos, coordena e dirige todos acontecimentos universais.
sábado, 4 de agosto de 2012
Crueldade - II
Crueldade - II |
|
|
|
Mensagens |
Escrito por HAMMED |
Cada ato de agressividade que ocorre neste mundo tem como origem básica uma criatura que ainda não aprendeu a amar.
A crueldade, como pena de morte, já se
achava estabelecida em quase todos os povos da Antiguidade. Em Atenas,
dava-se ao sentenciado à morte opções de escolha: o estrangulamento, que
era considerado por todos humilhante; o corte de cabeça através do
cutelo, o que era muito doloroso; e o envenenamento, o preferido pela
maioria dos condenados.
Na Roma Antiga, em época anterior a Júlio
César, o enforcamento e a decapitação eram as sentenças mais
generalizadas. Porém, ao homicida de pais e irmãos era aplicada uma pena
invulgar: ser cozido vivo e depois atirado ao mar. A condenação dos
incendiários eram as chamas da fogueira. Os hebreus preferiam o
apedrejamento, ou a decapitação, pois atribuíam estar na cabeça a
localização dos delitos. Na China, havia um processo de deixar cair
gotas d’água na testa do condenado, sempre no mesmo lugar, até
conduzi-lo à completa loucura. No Japão, os sentenciados à morte tinham a
permissão dos juízes para rasgar o próprio ventre com o sabre.
Impossível descrever aqui, nestas rápidas
reflexões, os atos terríveis de personalidade da história da humildade,
ou analisar sua natureza primitiva e rudimentar, inata nas almas em seus
primeiros passos de ascensão espiritual. Nomearemos apenas algumas
criaturas que tiveram comportamentos degenerados; como Nero, Calígula,
Caracala, Gêngis-Cã, Ivã – o Terrível, Tamerlão, e outras, sem nos
determos nas atitudes dessas figuras do passado ou do presente, nem nas
incontáveis condutas cruéis de homens que passaram anonimamente pela
Terra. Todavia, não poderíamos deixar de registrar o fanatismo e o
autoritarismo da “Santa Inquisição” – também conhecida como o “Santo
Ofício”, criada em 1233 pelo papa Gregório IX -, que entrou para a
História como uma das mais brutais demonstrações de ferocidade e
violência contra os direitos humanos.
Não saberemos avaliar com precisão quais os
atos mais perversos e sanguinários: os realizados pelos executores, ou
os praticados pelos executados. Aliás, pessoas lutam e matam até hoje
“em nome de Deus”, para justificar e proteger suas crenças religiosas.
A atrocidade, o sadismo, a perversidade e a
desumanidade são características provenientes da insensibilidade ou
enrijecimento da psique humana, em processo inicial de desenvolvimento
espiritual. A Espiritualidade, na terceira parte, capítulo VI, de “O
Livro dos Espíritos”, expõe: “(...) o senso moral existe, como
princípio, em todos os homens (...) dos seres cruéis fará mais tarde
seres bons e humanos (...)”
As faculdades do homem estão em estado latente, “como o princípio do perfume no germe da flor, que ainda não desabrochou”, assim, também, em essência somos todos unos com a Perfeição Divina que habita em nós.
Todo processo de aprendizagem resulta em uma
expansão da consciência, o que nos possibilita, gradativamente,
abandonar os gestos bárbaros. Quando a criatura integrar na sua
mentalidade o senso moral, que nela reside em estado embrionário,
converterá os atos agressivos em atitudes sensatas e humanas.
Um traço comum em toda a Natureza é a
evolução. Evoluir é o grande objetivo da Vida, pois, quanto mais
progredirmos, mais resolveremos nossos problemas com harmonia e
sensatez. A maioria dos indivíduos se comporto como se os problemas
existissem por "s“ sós" ” exige que o mundo exterior os resolva. Mas as
dificuldades não existem fora, e sim dentro de nós mesmos. Nesse caso,
quanto mais percebemos essa realidade, mais aprenderemos como
solucioná-las sem brutalidade.
Cada ato de agressividade que ocorre neste
mundo tem como origem básica uma criatura que ainda não aprendeu a amar.
Naturalmente, todos nós ficamos indignados com a rudeza ou a maldade,
mas devemos entender que isso é um processo natural da humanidade em
amadurecimento e crescimento espirituais.
Por trás de todo ato de crueldade, sempre
existe um pedido de socorro. Precisamos escutar esse apelo inarticulado e
dissolver a violência com nossos gestos de amor.
Os atos e a vida do Cristo apresentam, sob
muitos aspectos, sempre algo de novo a ser interpretado em seu
significado mais profundo. A História da humanidade nunca registrou nem
registrará fato tão cruel e violento na vida de um ser humano com aquele
ocorrido há quase dois mil anos.
Os judeus tinham, nas redondezas de Jerusalém, uma colina que se destinava à execução dos condenados da época.
Era um terreno de acentuado declive, aspecto
pesado e sombrio, onde crucificavam assassinos e ladrões. Os gregos
deram-lhe o nome de Gólgota, do hebraico “gulgoleth” (crânio”, os
romanos chamavam de Calvário, do latim “calvarium” (“lugar das
caveiras”). Esse sítio tinha uma formação rochosa que se assemelhava a
uma caveira, além de nele se encontrarem, por todos os lados, crânios em
decomposição, expostos ao tempo.
Nesse tétrico lugar, um ser extraordinário,
que queria simplesmente despertar nos homens sua “dimensão esquecida”,
ou ligar esse “elo perdido” ao Poder da Vida, foi crucificado
penosamente.
“E, quando chegaram a um lugar chamado a
Caveira, ali o crucificaram, juntamente com dois malfeitores, um à
direita e outro à esquerda. Mesmo diante do sofrimento, Jesus dizia: Pai
perdoe-lhes, porque não sabem o que fazem.”
O grande número de pessoas ali presente
representava a violência humana; para elas não havia sequer um laivo de
maldade em suas ações, e se ofenderiam, certamente, se fossem acusadas
de perversas. Jesus, no entanto, as entendia em sua infância espiritual.
Todos nós, na atualidade, preocupados em
saber como lidar com a violência, que explode de tempos em tempos no
seio da sociedade terrena, devemos sempre fazer uma busca interior para
compreender integralmente o significado majestoso dessa atitude de
entendimento, perdão e amor que Jesus Cristo legou para toda a
humanidade.
Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma
|
Crueldade
Crueldade |
|
|
|
Mensagens |
Escrito por hammed |
A auto-crueldade é, sem dúvida, a mais dissimulada de todas as opressões.
De todas as violências que padecemos, as que fazemos contra
nós mesmos são as que mais nos fazem sofrer. Nessa crueldade, não se
derrama sangue, somente se constroem cercas e cercas, que passam a nos
sufocar e a nos afligir por dentro.
Montaigne, célebre filósofo francês do século XVI,
escreveu: “A covardia é mãe da crueldade”. Realmente, é assim que se
inicia nossa auto-agressão. Em razão de nossa fragilidade interior e de
nossos sentimentos de inferioridade, aparece o temor, que nos impede de
expressar nossas mais íntimas convicções, dificultando-nos falar, pensar
e agir com espontaneidade ou descontração.
A auto-crueldade é, sem dúvida, a mais dissimulada de todas
as opressões. Além de vir adornada de fictícias virtudes, recebe também
os aplausos e as considerações de muitas pessoas, mas, mesmo assim,
continua delimitando e esmagando brutalmente. Essa atmosfera virtuosa
que envolve os que buscam ser sempre admirados e aceitos deve-se ao
papel que representam incessantemente de satisfazer e de contentar a
todos, em quaisquer circunstâncias. Buscam contínuos elogios,
colecionando reverências e sorrisos forçados, mas pagam por isso um
preço muito alto: vivem distantes de si mesmos.
A causa básica do “auto-tormento” consiste em algo muito
simples: viver a própria vida nos termos estabelecidos pela aprovação
alheia.
A timidez pode ser considerada uma auto-crueldade. O
acanhado vigia-se e, ao mesmo tempo, vigia os outros, vivendo numa
auto-prisão. Em razão de ser aceito por todos, ele não defende sua
vontade, mas sim a vontade das pessoas. Pensa que há algo de errado com
ele, não desenvolve a autoconfiança e, continuamente, se esconde por
inibição.
Pensar e agir, defendendo nosso íntimo e nossos direitos
inatos e, definindo nossas perspectivas pessoais, sem subtrair os
direitos dos outros, é a imunização contra a auto-crueldade.
Para vivermos bem com nós mesmos, é preciso estabelecer
padrões de auto-respeito, aprendendo a dizer “não sei”, “não
compreendo”, “não concordo” e “não me importo”.
As criaturas que procuram bajulação e exaltação
martirizam-se para não cometer erros, pois a censura, a depreciação e a
desestima é o que mais as atemorizam. Esquecem-se de que os erros são
significativas formas de aprendizagem das coisas. É muito compreensível
falarmos à lógica numa tomada de decisão, ou mudarmos de idéia no meio
do caminho; no entanto, quando errarmos, será preciso que assumamos a
responsabilidade pelos nossos desencontros e desacertos e apreendamos o
ensinamento da lição vivenciada.
Quem busca consenso, crédito e popularidade não julgam seus
comportamentos por si mesmo, mas procura, ansiosamente, as palmas dos
outros, oferecendo inúmeras razões para que suas atitudes sejam
totalmente consideradas.
Vivendo e seguindo seus próprios passos, poderá
inicialmente encontrar dificuldades momentâneas, mas, com o tempo, será
recompensado com um enorme bem-estar e uma integral segurança da alma.
Estar alheio ou sair de si mesmo, na ânsia de ser amado por
todos aqueles que consideram modelos importantes, será uma meta
alienada e inatingível. O único modo de alcançar a felicidade é viver,
particularmente, a própria vida.
A fixação que temos de olhar o que os outros acham ou
acreditam, sem possuirmos a real consciência do que queremos, podemos,
sentimos, pensamos e almejamos, é o que promove a destruição em nossa
vida interior, ou seja, o esfacelamento da própria unidade como seres
humanos e, por conseqüência, nossa unidade com a vida que está em tudo e
em todos.
Consultam Kardec os Obreiros do Bem: “A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o de pertencer-se a si mesmo?” E eles responderam: “De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da Natureza”.
“Pertencer-se a si mesmo”, conforme nos asseveram os
Espíritos, é exercer a liberdade de não precisar conciliar as opiniões
dos homens e de livrar-se das amarras da tirania social, da escravidão
do convencionalismo religioso, das vulgaridades do consumismo, da
constrição de ser dependente, enfim, do medo do que dirão os outros.
A solução para a auto-crueldade será a nossa tomada de consciência de que temos a liberdade por “direito que vem da Natureza”.
Contudo, de quase nada nos servirá a liberdade exterior, se não
cultivarmos uma autonomia interior, porque quem está internamente entre
grilhões e amarras jamais poderá pensar e agir livremente.
Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.
|
Inveja - Parte 2
Inveja - Parte 2 |
|
|
|
Mensagens |
Escrito por Hammed |
Não há nada a nos censurar por apreciarmos os feitos das
pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos
nos comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
Se tivermos o hábito de investigar nossos comportamentos
autodestrutivos e fizermos uma análise desses antecedentes históricos em
nossa vida, poderemos, cada vez mais, compreender o porquê de
permanecermos presos em certas áreas prejudiciais à nossa alegria de
viver.
Esses comportamentos infelizes a que nos referimos não são
apenas as atitudes evidentemente desastrosas, mas os diminutos atos
cotidianos que podem passar como aceitáveis e completamente admissíveis.
Entretanto, tais atos são os grandes perturbadores de nossa paz
interior.
Muitos indivíduos não se preocupam em estudar as raízes de
seus comportamentos rotineiros, porque acreditam que, para despender um
enorme sacrifício. Sendo assim, preferem permanecer apegados aos antigos
costumes, utilizando-se dos preconceitos e de crenças distorcidas, sem
se darem conta de que estes são as matrizes de seus pontos vulneráveis.
Para afastar todo e qualquer anseio de transformação
interior, utilizam-se de um processo psicológico denominado
“racionalização” – artifício criado para desviar a atenção dos
“verdadeiros motivos” das atitudes e ações – para se verem livres das
“crises de consciência”, procurando assim justificar os fatos
inadequados de suas vidas.
Somente alteraremos nossos atros e atitudes doentias quando
tomarmos plena consciência de que são eles as raízes de nossas
perturbações emocionais e dos inúteis desgastes energéticos. É
examinando nosso dia-a-dia à luz das escolhas que fizemos ou que
deixamos de fazer é que veremos com clareza que somos, na atualidade, a
“soma integral” de nossas opções diante da vida.
Os indivíduos que possuem o hábito da critica destrutiva
estão, em verdade, dissimulando outras emoções, talvez a inveja ou mesmo
o despeito. Existem posturas efetuadas tão costumeiramente e que se
tornam tão imperceptíveis que poderíamos denominá-las “atitudes
crônicas”.
A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser
o que os outros são, podendo tornar-se uma atitude crônica na vida de
uma criatura. É uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação
da felicidade e superioridade de outrem.
Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando
provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não
criar e não realizar. A inveja leva, por conseqüência, à maledicência,
que tem por base ressaltar os equívocos e difamar; assim é a estratégia
do depreciador: “Se eu não posso subir, tento rebaixar os outros; assim,
compenso meu complexo de inferioridade”.
A inveja nasce quase sempre por nos compararmos
constantemente com os outros. Nessa comparação, o homem desconhece o
fato de sua singularidade, possuidor de expressões íntimas completamente
diferente das dos outros seres. É verdade, porém, que possuímos algumas
semelhanças e características comuns com outros homens, mas, em
essência, somos almas criadas em diferentes épocas pelas mãos do Criador
e, por isso, passamos por experiências distintas e trazemos na própria
intimidade missões peculiares.
Anormalidade, normalidade, sobre naturalidade e
paranormalidade são de fato catalogações da incompreensão humana
alicerçadas sobre as chamadas comparações.
A ausência do amadurecimento espiritual faz com que
rotulemos, de forma humilhante e pretensiosa, os credos religiosos, a
heterogeneidade das raças, os costumes de determinados povos, as
tendências sexuais diferentes, os movimentos sociais inovadores, as
decisões, o comportamento, o sucesso dos outras e muitas coisas ainda.
Tudo isso ocorre porque não conseguimos digerir com ponderação a
grandeza do processo evolutivo agindo de forma diversificada sob as leis
da Natureza.
O autêntico impulso natural quer que sejamos simplesmente
nós mesmos. Não faz parte dos impulsos inatos da alma humana a pretensão
de nos considerarmos melhor que as outras pessoas. O que devemos fazer é
admirar-nos como somos, é respeitar nossas diferenças e reconhecer
nossos valores.
O extraordinário educador Rivail questiona os Mensageiros do amor: “Os Espíritos inferiores compreendem a felicidade do justo?”. E eles respondem com notável orientação: “... isso lhes é suplício, porque compreendem que estão dela privados por sua culpa...”
A inveja é o extremo oposto da admiração. É uma ferramenta
cômoda que usamos sempre que não queremos assumir a responsabilidade por
nossa vida. Ela nos faz censurar e apontar as supostas falhas das
pessoas, distraindo-nos a mente do necessário desenvolvimento de nossas
potencialidades interiores. Em vez de nos esforçarmos para crescer e
progredir, denegrimos os outros para compensar nossa indolência e
ociosidade.
Não há nada a nos censurar por apreciarmos os feitos das
pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos
nos comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
A inveja e a censura nascem da auto-rejeição que fazemos
conosco, justamente por não acreditarmos em nossos potenciais evolutivos
e por procurarmos fora de nós as explicações de como deveremos sentir,
pensar, falar , fazer e agir, ora dando uma importância desmedida aos
outros, ora tentando convencê-los a todo custo de nossas verdades.
Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.
|
Assinar:
Postagens (Atom)