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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

POBREZA QUE ENRIQUECE ( Evangelho à luz do Evangelho)


“Porque já sabeis a graça de Jesus
Cristo, que, sendo rico, por amor de vós
se tez pobre; para que pela sua pobreza
enriquecêsseis.”
(II Coríntios, 8:9)
O Apóstolo Paulo deixa bem claro, no versículo 9 da II Epístola aos Coríntios,
que Jesus Cristo se fez pobre para que, pela sua pobreza, nós enriquecêssemos. Essa
assertiva do Apóstolo dos Gentios equivale a dizer que a luz se ofuscou a si própria,
temporariamente, para que aqueles que estavam nas trevas e na ignorância se
iluminassem.
A Doutrina Espírita esclarece que os grandes Espíritos luminares, quando se
lhes depara a necessidade de visitar, nas regiões trevosas do umbral, os Espíritos que
vivem na incompreensão e na rebeldia, revestem-se temporariamente de aparência
menos radiante, com o objetivo de não chocá-los, face à situação de inferioridade na
qual vivem e persistem; em outras palavras, os Espíritos Puros não se revelam com o
resplendor espiritual que lhes é próprio quando objetivam atrair Espíritos que vivem
estagnados nos planos espirituais menos evoluídos.
Não existe palavra humana que possa traduzir em toda a sua magnitude e
transcendência o fato ocorrido há quase vinte séculos, do advento de Jesus Cristo
entre nós: o Ungido de Deus descendo da sublimidade de sua glória para se nivelar à
humanidade da Terra, com o nobre objetivo de revelar-lhe a grandiosidade dos seus
Evangelhos. O manso Cordeiro de Deus, descendo da espiritualidade mais relevante,
para enfrentar os lobos vorazes do fanatismo, do erro e da recalcitrância.
O Mestre, objetivando atingir o desiderato superior de sua sublime missão,
revestiu-se de tudo aquilo que era peculiar às camadas mais obscuras da Terra, pois,
vivendo entre os humildes e desprotegidos, haveria muito maior possibilidade de
elevá-los ao fortalecimento da esperança nas recompensas futuras que o Alto reserva
aos que se desincumbem satisfatoriamente dos seus deveres na pauta da vida terrena.
Na realidade, analisando-se o Novo Testamento, vemos que a missão de Jesus
foi inteiramente desenvolvida entre os humildes e os desajustados:
— Nasceu em humilde aldeia, não tendo senão uma manjedoura para
acomodá-lo;
— Seus pais eram criaturas das mais humílimas condições sociais;
— Seus apóstolos foram convocados dentre obscuros pescadores;
— O cenário que serviu para o desempenho do seu Messiado foi todo ele dos
mais singelos e os lugares onde o Senhor conviveu eram dos mais despretensiosos;
— Sua ação principal se processou no meio de sofredores do corpo e da alma e
pecadores de todos os matizes.
Convivendo entre os humildes e os pecadores, o Mestre teve a oportunidade de
fazer com que se capacitassem da importância de uma vivência equilibrada e segundo
os moldes estabelecidos nos Evangelhos, de moralização e de conformação com os
sábios desígnios de Deus.
Se o Nazareno tivesse nascido no seio das camadas mais opulentas da
sociedade, é óbvio que a sua missão não teria sido tão bem sucedida. Ele seria
recebido com reservas e com ceticismo.
Francisco de Assis, tendo Jesus como paradigma e compenetrado da
importância de se ombrear com aqueles a quem pretendia servir e ensinar, ao ouvir na
igreja de Porciúncula o célebre: “Ide e pregai, dizendo que está próximo o reino dos
céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os maus
Espíritos, dai de graça o que de graça recebestes. Não possuais ouro nem prata, nem
tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem
calçado, nem boldão; porque digno é o trabalhador do seu alimento”, compreendeu o
verdadeiro sentido espiritual de sua missão, despojando-se de todos os bens materiais
para transmudar-se no “poverelo de Assis”, afim de que, através da sua pobreza,
pudesse propiciar a todos a riqueza da auto-iluminação.
Por isso, afirmou categórico o Converso de Damasco: “Jesus Cristo, sendo
rico, por amor de vós se fez pobre;para que pela sua pobreza enriquecêsseis”.

Padrões Evangélicos- " Paulo Alves de Godoy"

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