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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A PROFECIA DE JOEL


“Mas isto é o que foi dito pelo
profeta Joel. E nos últimos dias
acontecerá, diz Deus, que do meu
Espírito derramarei sobre toda a carne; e
os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, os vossos mancebos terão
visões, e os vossos velhos sonharão
sonhos,”
(Atos, 2:16-17)
O livro dos “Atos dos Apóstolos” narra que, cumprindo-se o dia de
Pentecostes, os apóstolos de Jesus, ainda sob o impacto doloroso do drama do
Calvário, reuniram-se, em determinado lugar, na cidade de Jerusalém.
A dado instante ocorreram estrondosos fenômenos de natureza mediúnica: um
vento impetuoso encheu toda a casa onde eles estavam assentados e logo a seguir
surgiram chamas de fogo, que, tomando a forma de línguas repartidas, pousaram
sobre as cabeças dos apóstolos, fazendo com que passassem a falar línguas diferentes
um autêntico fenômeno de mediunidade poliglota.
A cidade estava repleta de forasteiros vindos de várias regiões do mundo
conhecido e os apóstolos, dirigindo-se a cada um deles, falavam em seus próprios
idiomas. Romanos, egípcios, persas, cretenses, árabes e partos não tiveram mais
necessidade de intérpretes, pois cada um deles ouvia os ensinamentos evangélicos em
suas línguas de origem, o que os deixou maravilhados.
Alguns judeus ortodoxos, entretanto, não conseguindo explicar a origem dos
fenômenos, sem atribuí-los a poderes supranormais, acharam uma explicação mais
cômoda; passaram a proclamar que os discípulos do Nazareno estavam embriagados.
Insurgindo-se contra essa zombaria, Pedro adiantou-se e exclamou: “Estes
homens não estão embriagados como vós pensais, sendo ainda as primeiras horas do
dia”, acrescentando que naquele momento era propiciada a todos uma pequena
demonstração do vaticínio do profeta Joel, contida no Livro de Joel (2:28-32).
Pequena porque deveria ocorrer em maior intensidade nos tempos preditos, quando a
Humanidade estivesse mais adequada para suportar a eclosão dos fenômenos
mediúnicos na proporção com que são produzidos nos tempos atuais, principalmente
após a revelação espírita.Qualquer estudioso da história religiosa dos povos perceberá que o fenômeno
ocorrido no dia de Pentecostes, há quase vinte séculos, era confinado apenas aos
apóstolos de Jesus Cristo. Embora as revelações espirituais sejam permanentes, ou
melhor, sem solução de continuidade, elas aplicam-se de acordo com as
circunstâncias, em maior ou menor intensidade.
Há vinte séculos, somente os apóstolos do Mestre estavam aptos a receber
manifestações espirituais daquele gênero. Aquilo que o vulgo passou a denominar
“Dom do Espírito Santo”, nada mais era que o desabrochamento intensivo das
mediunidades dos apóstolos. Desenvolvidas essas faculdades, após o episódio do dia
de Pentecostes, passaram eles a proferir discursos e a difundir os Evangelhos sem
quaisquer limitações.
Na Idade Média, embora houvesse muitos médiuns, era “heresia” uma pessoa
prestar-se a essa espécie de manifestação espiritual e a fogueira aguardava,
invariavelmente, aqueles que fossem portadores desses dons. Na atualidade o número
de pessoas capacitadas a servirem de instrumentos para fenômenos dessa natureza é
bastante avultado.
Uma coisa deve ser esclarecida, Muitas religiões sustentam que o
acontecimento do dia de Pentecostes representou o cumprimento da promessa do
Cristo sobre o advento do Consolador, do Espírito de Verdade, conforme está
exarado em João, 14:16-17,
Essa teoria é inconsistente. Se naqueles dias o Senhor havia afirmado que o
mundo não estava preparado para receber o Consolador, como poderia o mesmo estar
adequado poucos dias após a crucificação daquele que fizera a promessa? O Espírito
de Verdade viria em época própria, a fim de restabelecer todos os ensinamentos
evangélicos. “Eu o enviarei quando estiverdes preparados, pois por agora, não
podereis suportar”. Se, devido à incompreensão dos homens, o Mestre teve que
ensinar muitas coisas por parábolas, como explicar que, decorridos apenas alguns
dias, esses mesmos homens estivessem em condições de assimilar ensinamentos mais
profundos, ou de compreenderem os ensinamentos evangélicos em toda a sua
plenitude?
Cumpre aqui esclarecer que, naquela época, apenas os apóstolos estavam em
condições de receber ensinos de mais profundidade, consoante o que afirmou o
Messias, em João, 14:17: “o mundo não o pode receber (o Consolador), porque não o
vê nem o conhece; quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco, e estará em
vós”. De fato, os Espíritos do Senhor passaram a atuar sobre os apóstolos nas tarefas
de difusão dos Evangelhos.
Decorridos vinte séculos, a Humanidade está agora apta a receber esses
ensinamentos; eis por que o Espiritismo representa o advento do Consolador
prometido, do Paracleto. Está, pois. em franco desenvolvimento a profecia de Joel:
“O Espírito está sendo derramado sobre toda a carne”.

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