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sábado, 11 de agosto de 2012

ESQUECIMENTO DO PRETÉRITO



Conquanto estejas informado a respeito da ação do passado sobre
o presente, deixas-te dominar quase sempre por dúvidas atrozes que
espezinham tuas convicções, fazendo-te sofrer.
Conjecturas quanto ao esquecimento que acompanha o espírito na
reencarnação, e supões que esse olvido, de certo modo se faz obstáculo ao
discernimento entre amigos e adversários da tua felicidade.
Seria mais justo que, assim pensas, em momentos de rudes
provanças, os centros da memória anterior fossem libertados e a censura que
frena as recordações deixasse fluir os rios do conhecimento de modo a agires
com acerto.
Confessas intimamente o tormento que te consome por caminhares
sem o conhecimento do destino, tendo em vista a ignorância do pretérito,
assinalando desolação e dor.
E concluis, apressado, que a reencarnação, em tais bases, não
expressa condignamente o amor de Nosso Pai, afirmando que, em ti mesmo não
encontras, na memória, os fundamentos que favoreçam a segurança que
gostarias de possuir para levares de vencida a experiência evolutiva.
Pensas, e no entanto desconheces a mecânica do raciocínio a
nascer nos centros cerebrais.
Ages sob impulsos desconhecidos, e ignora a razão deles.
Vives governado por automatismos fisiológicos que te mantém a
harmonia orgânica sem lhes conheceres a procedência...
...Vês, ouves, sentes, falas, distingues gostos, no que se
refere aos débeis órgãos dos sentidos físicos sem indagações, sem exigências
e, todavia, deixas-te conduzir tranqüilamente.
Observa a dificuldade que experimenta uma criatura excepcional
aprendendo a falar, comer, controlar os movimentos...
Entenderás, então, que se não te é lícito recordar o passado, a
outros espíritos mais esclarecidos e fortes que o teu é permitido navegar no
oceano das recordações com alguma segurança e naturalidade...
Ao invés de castigo, o esquecimento das vidas passadas é dádiva
celeste.
Desejarias identificar os sicários da tua paz e os cooperadores
da tua alegria. Examina, no entanto, as afinidades, considera as emoções
junto aos que te cercam, medita e conclui com o auxílio do tempo.
Abre, todavia, os braços, a quantos se acercam de ti, procurando
envolvê-los nas vibrações do entendimento e da cordialidade, para fruíres
afeição e simpatia.
* * *
Encontras obstáculos afetivos no lar entre os membros da família
e experimentas, não raro, asco senão revolta por aqueles a quem deverias
amar nas amarras do sangue.
Reações indomáveis, a se manifestarem como animosidade,
alquebram o teu ânimo em casa, levando-te a desesperos e atritos
lamentáveis.
Acalentas, ou és vítima de idiossincrasias, senão aversões, por
filhos ou irmãos, lutando tenazmente por vencer a força negativa que te
assoma na presença deles, sem resultados positivos.
A estada na intimidade doméstica se constitui penoso período,
encontrando, todavia, motivos de júbilos sob tetos alheios...
...E desejarias recordar o ontem!...
Se em ignorância quanto ao mal que te hajam feito, eles os teus
familiares, te sentes incapaz de fitá-los, entendê-los, ajudá-los e amá-los,
oferecendo-lhes compreensão e simpatia, como te portarias se, na filha revel
identificasses antiga companheira que o adultério arrastou, no irmão
consangüíneo o destruidor do antigo ninho de venturas que o tempo não
consumiu, no pai ou mãe, no filho ou noutro parente o arquiteto da tua ruína
ou a vítima da sua sandice?
Esquecer o mal para agir com acerto é luz de amor na lâmpada da
oportunidade.
Ignorar os maus para ajudá-los, significa ensejar-lhes, com
igualdade de condições, ocasião de repararem os males que tenham praticado.
Lutar contra a antipatia, procurando ignorar as causas da
aversão representa valioso esforço de libertação íntima.
Considerando a pequenez e a inferioridade moral de quantos se
encontram na Terra, o abençoado Hospital-Escola para os recalcitrantes, os
Excelsos Promotores dos renascimentos fazem que a mente espiritual mergulhe
no olvido, a fim de que as lembranças dos atos infelizes não os enlouqueçam
e as evocações abençoadas não os paralisem em recordação insensata ou
improfícua.
* * *
Jesus, o Egrégio Coordenador da Vida na Orbe, lecionando sobre a
necessidade do bem atuante, não poucas vezes exortou ao amor puro e simples
com o esquecimento do mal, para que este não se corporificasse em sombra
tenebrosa acompanhando nossa consciência. E desejando imprimir com sulcos
profundos o ensino sublime, conclamou os que O seguissem a duplicar a
bondade em relação aos que nos peçam algo, mandando oferecer a outra face ao
agressor para que não fôssemos os promotores do mal ou vitalizadores da
impiedade.
E assim o fez por conhecer o abismo que a ignorância da verdade
representa e a balisa de luz que significa o amor no caminho da evolução,
amor que nos faz esquecer o mal para somente nos lembrarmos do bem...
(De "Dimensões da Verdade", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de
Ângelis)

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