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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 13


Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 12

 
 
A evolução espiritual, ou despertar, simboliza uma escada como a de Jacó, referida no texto bíblico. De vez em quando alcançamos um degrau, respeitando mais além a força indutiva, que nos leva ao conhecimento mais elevado. O homem comum desconhece a engrenagem filosófica do aprimoramento, pois faltam-lhe sentidos para perceber esse mistério que somente a elevação espiritual pode conceber. O espiritualista, com idéias universais da sabedoria divina, começa a adentrar no grande arcano e sentir um novo mundo de saber, pelas belezas incomparáveis das sensibilidades do coração, e o santo, na verdadeira acepção da palavra, passa a perceber por meios que faltam aos demais, certas perfeições do Criador, sem por vezes ter condições de as transmitir aos que seguem os seus passos. No entanto, fala mais alto do que o verbo, a pureza da sua conduta, a vivência daquilo que prega aos seus semelhantes sobre a vida e a obra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 11

 
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Comentário de Miramez na obra Filosofia Espírita volume 1 psicografada por João Nunes Mais
 
No estágio em que nos encontramos, encarnados e desencarnados, não devemos pensar em conhecer a intimidade de Deus. É, pois, querer saltar para o inconcebível, desrespeitando a harmonia da gradatividade, da sabedoria maior. Alguns homens inexperientes afirmam que não existem mistérios para os espiritualistas. Como se enganam esses nossos irmãos! Quanto mais nos conhecemos, mais sabemos que nada sabemos, em se falando das dimensões que se escondem nas dobras da escala evolutiva e nos segredos da Divindade. Os que dizem conhecer tudo, nada sabem; são pseudo-sábios diante da sabedoria maior e lhes falta humildade e as primeiras chaves, o conhecimento das regras de viver em harmonia consigo mesmo. Certamente que é o orgulho se movendo em seus sentimentos e a vaidade egoísta iludindo seus corações.
Se estás em busca de mistérios que muito te atraem, na verdade te dizemos que existem muitos mistérios no mundo íntimo de cada criatura e eis aí a grande oportunidade de estudarmos a nós mesmos e nos deliciarmos com os nossos tesouros íntimos. O amor é qual um sol que se divide em variadas virtudes. Vamos observar esse fenômeno maior dentro de nós, com honestidade nas boas obras, que os véus vão caindo em seqüências que suportamos e a serenidade dominar-nos-á a consciência. Esses são os mistérios menores, representando uma universidade onde deveremos permanecer por um tempo que não podemos determinar. Despertemos para esse trabalho louvável e dignificante, de nos conhecermos a nós mesmos, porque conhecer a Divindade como pretendemos somente será possível depois que nos tornarmos Espíritos Divinos, e, mesmo assim, vamos encontrar em nossos caminhos de luz, mistérios e mais mistérios a desvendar, o que haveremos de fazer com amor e alegria espiritual.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A criança

pedro de camargo

Fonte: O Mestre na Educação - FEB - 6ª Edição

Recordemos duas sentenças acerca da criança, proferidas pelo Profeta de Nazaré. Disse ele: “Deixai vir a mim os pequeninos; não os impeçais, porque deles é o reino dos céus”.
E mais: “Em verdade vos digo, que, se não vos fizerdes como as crianças, não entrareis no reino dos céus”.
A primeira destas duas assertivas não exprime tão somente uma expressão carinhosa, um gesto afetuoso, aliás, muito próprio do caráter e da personalidade do Divino Mestre; encerra também sabedoria, revelando o perfeito conhecimento das condições em que as crianças se encontram ao encetarem a sua entrada no seio da Humanidade, e, ao mesmo tempo, recorda e põe em destaque os compromissos daqueles que aqui as recebem, notadamente os pais e preceptores.
A criança – notemos bem – não é uma entidade recém-criada: é, apenas, recém-nascida, fenômeno este que se consuma em cada uma das vezes que o Espírito imortal reveste a indumentária carnal, permanecendo no plano terreno por tempo incerto, que pode ser mais ou menos dilatado.
Quando, pois, Jesus diz – deixai vir a mim os pequeninos – adverte-nos quanto à época propícia ao lançamento das bases educativas.
Não forçamos a interpretação. Jesus não é mestre? O mister que exerceu neste mundo, não foi ensinar a curar?
Portanto, encaminhar as crianças a ele, importa em educá-las segundo os preceitos de sua escola. Consideremos ainda o que Jesus afirmou de si mesmo: Eu sou a Verdade. Eu sou a luz do mundo.
Ora, o que é educar, no legítimo sentido da expressão, senão orientar o Espírito na aquisição parcial, porém progressiva, da Verdade? Dessa Verdade que é luz; dessa luz que é redenção? - na conformidade de mais esta frase elucidativa da missão do Verbo encarnado: Se permanecerdes nas minhas palavras, sereis realmente meus discípulos; e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará?
Esquadrinhemos o quanto possível o pensamento do Mestre:
Após o – deixai vir a mim os pequeninos – ele acrescentou: Não os impeçais – isto, porque os discípulos pretenderam impedir que as crianças se aproximassem dele. Nós – nos dias de hoje, descurando da educação infantil – o que estamos fazendo senão impedir que as crianças se instruam e se iluminem conforme os preceitos da escola cristã?
Deixar de proporcionar à infância essa oportunidade, é contribuir para o seu extravio, quando está em nossas possibilidades conduzi-la àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Prosseguindo, consideremos a terceira parte da sentença ora comentada: porque delas – das crianças – é o reino dos céus.
A velha ortodoxia ensina que o reino dos céus lhes pertence porque elas são inocentes, e, assim, desencarnando nessa condição, vão integrar-se naquele reino.
Semelhante interpretação, porém, não procede; não resiste mesmo ao mais ligeiro sopro de raciocínio.
Senão vejamos: Onde o mérito da criança para obter o céu? Que fez ela digno de tamanha recompensa, considerando, sobretudo, o conceito desta frase, que foi enfaticamente proclamada por Jesus?!: A cada um será dado segundo as suas obras.
Se não é licito imputar culpa às crianças, também, de igual modo, não lhes podemos conceder merecimentos. A prevalecer aquele postulado, isto é, que a criança desencarnada vai para o céu, a melhor ventura, o maior bem que lhe poderia suceder, seria, por certo, a morte. Em tal hipótese deveriam desaparecer a Puericultura e a Pediatria como ciências heréticas, e levantar-se um monumento a Herodes I, o tetrarca, da Galiléia, porque tendo decretado a degola de milhares de crianças nascidas em Belém e suas cercanias, enviou ao reino dos céus grande falange de almas sem pecado. Tampouco teria fundamento os protestos da nossa imprensa chamando a atenção das autoridades para o vultoso número de crianças que sucumbem em nossa sociedade; antes, fariam jus, essas autoridades, a louvores, por estarem carreando essas levas sucessivas de inocentes para os tabernáculos eternos.
Semelhante erronia procede do desconhecimento da verdade a respeito da criança e das leis que regem e regulam a marcha evolutiva dos seres conscientes, e, por isso, responsáveis.
Sendo a criança que nasce um Espírito que se reencarna, a sua inocência resulta da ignorância do mal no decurso dos primeiros anos de cada existência. E, mais ainda, porque o novo aparelho, a matéria, em vias de desenvolvimento, obscurece a mente, constrangendo o Espírito dentro de limites acanhados, determinando um recomeço. Assim é necessário, pois é mediante essas reiniciações verificadas através das existências sucessivas que se processam as retificações que a alma imortal vai imprimindo na linha mais ou menos sinuosa de sua evolução.
Cada passagem pela Terra importa numa oportunidade, sendo que os sete anos iniciais são os mais adequados e propícios ao lançamento das bases educativas, segundo ensinam os nossos irmãos maiores, devendo, por isso, merecer dos pais e dos preceptores os mais atentos cuidados.
É após aquele período que o Espírito integra o seu aprisionamento na carne, sendo, portanto, a fase mais adequada às iniciações renovadoras.
A criança nessa época ignora os preconceitos de raça, nacionalidade, classe, credos e posição social. Elas são propensas a se confraternizarem. Se, por vezes, rixam e se hostilizam mutuamente, não guardam ressentimentos, pois jamais o sol se põe sem que se hajam reconciliado. Às contendas da manhã, sucedem, invariavelmente, as fraternas amistosidades da tarde.
É tão acentuada a naturalidade de suas atitudes, que, desconhecendo o direito de propriedade que vigora em nossa sociedade da maneira mais rigorosa, as crianças vão-se apossando de qualquer objeto ou brinquedo que encontram ao alcance e lhes desperta interesse, desfrutando o prazer de admirá-lo e dele se servirem como coisa sua.
Conforme verificamos, tanto no fato de não guardarem animosidade, como também no que respeita ao modo como encaram as utilidades da vida, as crianças dão lições aos homens, justificando estes dizeres do Divino Educador: se não vos fizerdes como as crianças não entrareis no reino de Deus.
Cada nova existência importa, pois, no retorno do aluno ao ciclo de aprendizagem, e ao centro de experiências renovadas. Desprezar tais oportunidades, deixando de orientar e conduzir as crianças – é crime de lesa-humanidade cometido pelos responsáveis, considerando que, dentre estes, nós, os espíritas, assumimos a parte mais acentuada dentro do critério desta luminosa sentença do Cristo de Deus: A quem muito foi dado, muito será exigido.
Pensemos, portanto, no problema da Educação, dando escola às crianças, pois do contrário estaremos falhando lamentavelmente ao cumprimento do mais imperioso dever que nos cabe desempenhar.

instrução e educação

Pedro de camargo

Fonte: O Mestre na Educação - FEB - 6ª Edição

É preciso não confundir instrução com educação. A educação abrange a instrução, mas pode haver instrução desacompanhada de educação.
A instrução relaciona-se com o intelecto: a educação com o caráter. Instruir é ilustrar a mente com certa soma de conhecimentos sobre um ou vários ramos científicos. Educar é desenvolver os poderes do Espírito, não só na aquisição do saber, como especialmente na formação e consolidação do caráter.
O intelectualismo não supre o cultivo dos sentimentos. “Não basta ter coração, é preciso ter bom coração”, disse Hilário Ribeiro, o educador emérito cuja extraordinária competência pedagógica estava na altura da modéstia e da simplicidade que lhe exortam o formoso espírito.
Razão e coração devem marchar unidos na obra do aperfeiçoamento do espírito, pois em tal importa o senso da vida. Descurar a aprendizagem da virtude, deixando-se levar pelos deslumbramentos da inteligência, é erro de funestas conseqüências.
Sobre este assunto, não há muito, o presidente dos Estados Unidos da América do Norte citou um julgado da “Suprema Corte de Justiça” de Massachusetts, no qual, entre outros princípios de grande importância, se enunciou o de que “o poder intelectual só e a formação cientifica, sem integridade de caráter, podem ser mais prejudiciais que a ignorância. A inteligência, superiormente instruída, aliada ao desprezo das virtudes fundamentais, constitui uma ameaça”.
Convém acentuar aqui que a consciência religiosa corresponde, neste particular, ao fator principal na formação dos caracteres. Já de propósito usamos a expressão – consciência religiosa – ao invés de religião, para que não confundam idéias distintas entre si. Religiões há muitas, mas a consciência religiosa é uma só. Por essa designação entendemos o império interior da moral pura, universal e imutável conforme foi ensinada e exemplificada por Jesus Cristo. A consciência religiosa importa em um modo de ser, e não em um modo de crer.
É possível que nos objetem: mas, a moral cristã é tão velha, e nada tem produzido de eficiente na reforma dos costumes. Retrucaremos: não pode ser velho aquilo que não foi usado. A moral cristã é, em sua pureza e em sua essência, desconhecida da Humanidade. Sua atuação ainda não se fez sentir ostensivamente. O que se tem espalhado como sendo o Cristianismo é a sua contrafação. Da sanção dessa moral é que está dependendo a felicidade humana sob todos os aspectos.
O intelectualismo, repetimos, não resolve os grandes problemas sociais que estão convulsionando o mundo. O fracasso da Liga das Nações é um exemplo frisante; é, como esse, muitos outros estão patentes para os que têm olhos de ver.
Bem judiciosas são as seguintes considerações de Vieira sobre o inestimável valor da educação sob seu aspecto moral:
Em todas as ciências é certo que há muitos erros, dos quais nasce a diferença de opiniões; em todas as ciências há muitas ignorâncias, as quais confessam todos os maiores letrados que não compreendem nem alcançam. Pois se veio a Sabedoria divina ao mundo, por que alumiou estes erros, por que não tirou estas ignorâncias? Porque errar ou acertar em todas as matérias, sabê-las ou não as saber, pouca coisa importa; o que só importa é saber salvar, o que só importa é acertar a ser bom: e isto é justo é o que nos veio ensinar o Filho de Deus. Nem ensinou aos filósofos a composição dos continentes, nem aos geômetras a quadratura do circulo, nem aos mareantes a altura de Leste e Oeste, nem aos químicos o descobrimento da pedra filosofal, nem aos médicos as virtudes das ervas, das plantas e dos mesmos elementos; nem aos astrólogos e astrônomos o curso, a grandeza, o número e as influências dos astros: só nos ensinou a perdoar as injúrias, só nos ensinou a sofrer perseguições pela causa da justiça, só nos ensinou a chorar e aborrecer o pecado e amar e exercitar a virtude; porque estas são as regras e as conclusões, estes os preceitos e os teoremas por onde se aprende a ser bom, a ser justo, que é a ciência que professou e veio ensinar o Filho de Deus.
***

É de semelhante espécie de ensino que precisam os homens de nossos dias. Todos os problemas do momento atual se resumem em uma questão de caráter: só pela educação podem ser solucionados.
Demasiada importância se liga às várias modalidades do saber, descurando-se o principal, que é a ciência do bem.
Os pais geralmente se preocupam com a carreira que os filhos deverão seguir, deixando-se impressionar pelo brilho e pelo resultado utilitário que de tais carreiras possam advir. No entanto, deixam de atentar para a questão fundamental da vida, que se resolve em criar e consolidar o caráter. Antes de tudo, e acima de tudo, os pais devem curar da educação moral dos filhos, relegando às inclinações e vocações de cada um a escolha da profissão, como acessório.
A crise que assoberba o mundo é a crise de caráter, responsável por todas as outras.
O momento reclama a ação de homens honestos, escrupulosos, possuídos do espírito de justiça e compenetrados das suas responsabilidades.
Temos vivido sob o despotismo da inteligência. Cumpre sacudir-lhe o jugo fascinador, proclamando o reinado do caráter, o império da consciência, da moral e dos sentimentos.

Jesus, o Mestre

Vinícius

Fonte: O Mestre na Educação - FEB - 6ª Edição

Jesus curou cegos de nascença, surdos-mudos, epilépticos, hidrópicos, doidos e lunáticos, paralíticos, reumáticos e leprosos; sarou finalmente, enfermos de toda casta que a ele recorreram em busca do maior bem temporal – a saúde. No entanto, jamais o Senhor pretendeu que o dissessem médico, ou clinico.
Jesus freqüentava o templo e as sinagogas onde atendia aos sofredores e ensinava ao povo as verdades eternas, mas nunca se inculcou levita ou sacerdote.
Jesus predisse com pormenores e particularidades o cerco, a queda e a ruína de Jerusalém; como essa, fez várias outras profecias de alta relevância. Penetrava o íntimo dos homens, devassando-lhes os arcanos mais secretos, porém não consta que pretendesse as prerrogativas de vidente ou de profeta.
Jesus realizou maravilhas, tais como: alimentar mais de cinco mil pessoas com três pães e dois peixes; acalmar tempestade, impondo inconcebível autoridade às ondas revoltas do oceano. Ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim e, também, Lázaro, sendo que este último já estava sepultado havia quatro dias. Transformou água em vinho nas bodas de Caná da Galiléia, e muitos outros prodígios operou, não pretendendo, apesar disso, que o considerassem milagreiro ou taumaturgo.
Jesus aclarava as páginas escriturísticas, fazendo realçar, da letra que mata, o espírito que vivifica, mas não se apresentou como exegeta ou ministro da palavra.
O único titulo que Jesus reclamou para si, ainda que fizesse jus às mais excelentes denominações honoríficas que possamos imaginar, foi o de “mestre”. Esse o titulo por ele reivindicado, porque, realmente, Jesus é o Mestre excelso, o Educador incomparável.
Sua fé na obra da redenção humana, mediante o poder incoercível da educação, acordando as energias espirituais, é inabalável, é absoluta. Tão firme é a sua crença na regeneração dos pecadores, na renovação de nossa vida, que por esse ideal se ofereceu em holocausto.
Educar é remir. O Filho de Deus deu-se em sacrifício pela causa da liberdade humana. A cruz plantada no cimo do Calvário não representa somente a sublime tragédia do amor divino: representa também o símbolo, o atestado da fé viva e inabalável que Jesus tem na transformação dos corações, na conversão de nossas almas. “Quando eu for levantado no madeiro, atrairei todos a mim...” asseverou ele. Todos, notemos bem; não uma parcela, mas a totalidade. Vemos por aí como é radical a sua confiança, a sua crença na reabilitação dos culpados, através da educação.
Sim, da educação, dizemos bem, porque só um titulo Jesus reclamou, chamando-o a si, e o fez sem rodeios, sem rebuços, nem perífrases, antes com a máxima franqueza e toda a ênfase: o titulo de Mestre. Dirigindo-se aos seus discípulos, advertiu-os desta maneira: “Um só é o vosso mestre, a saber – o Cristo. Portanto, a ninguém mais chameis mestre senão a mim”.
Jesus rejeitou o cetro, o trono, a realeza, alegando que o seu reino não é deste mundo. Dispensou, igualmente, a glória e as honras terrenas; um só brasão fez questão de ostentar: ser mestre, ser educador. É significativo!
“Eu sou a luz do mundo, sou a verdade, sou o pão que desceu do céu” – proclamou o Senhor. Esparzir luzes, revelar a verdade, distribuir o pão do Espírito – tal a obra da educação, tal a missão do Redentor da Humanidade.
Que dúvida poderá restar a nós outros, neocristãos, sobre o rumo que deve tomar a nossa atividade, uma vez que o advento do Espiritismo é o do Consolador prometido? Que outra forma poderemos dar ao nosso trabalho, que seja tão eficaz, tão profícua e benéfica à renovação social, como aquela que se prende à educação, no seu sentido lato e amplo?
Trabalhemos, pois, com ardor e entusiasmo pela causa da educação da Humanidade, começando pela infância e pela juventude desta terra de Santa Cruz.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O "Pai Nosso" (VI)


Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.

“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal. Assim seja”.
Esta última parte do “Pai Nosso” envolve uma questão muito séria: a das tentações.
Seriam elas prejudiciais à sorte de nossas almas, ou, ao contrário, seriam experiências indispensáveis ao nosso desenvolvimento espiritual?
Para os que entendam sejam elas sinônimo de “instigação para o mal”, por obra de Satanás, seriam, sem dúvida, um fator de perdição. Nesse caso, quanto menos fôssemos tentados, tanto melhor, pois correríamos menor risco de “pecar” e, conseqüentemente, de ser condenados.
O sentido exato, entretanto, em que o Mestre usou o termo, na rogativa em epígrafe, não é esse, mas sim o de “ser posto à prova”.
Destarte, o que aí pedimos ao Pai Celestial não é o afastamento das provas, mas que não nos deixe cair (quando estivermos) em tentação, isto é, que nos dê forças para sairmos vitoriosos dos inúmeros e variados testes pelos quais temos que passar, em cada existência.
Espíritos assaz insipientes que somos, cumpre-nos viver uma série quase infinita de situações difíceis e antagônicas, para aprendermos a discernir as coisas, ganharmos tirocínio, tornarmo-nos inteiramente conscientes de nossas ações e prosseguirmos, cada vez mais seguros, nossa jornada rumo à perfeição.
As tentações a que somos submetidos constituem, assim, uma espécie de exame ou sistema de aferição de nosso adiantamento.
Os que vencem, esses adquirem novas forças e elevam-se a níveis superiores; os que sucumbem estacionam e vão repetindo as lições da vida, até que as aprendam suficientemente.
Se as tentações em si mesmas fossem danosas para as nossas almas, Deus, que é todo bondade e justiça, certamente não as permitiria; se as permite, é porque sabe serem elas proveitosas a todos os seres em relativa inferioridade.
Os que procuram escusar suas quedas em face das tentações, sejam elas de que natureza forem, atribuindo-as às fraquezas da carne, ou sofismam ou não sabem o que dizem.
Com efeito, sendo a carne destituída de inteligência e de vontade própria, não poderia, jamais, prevalecer sobre o Espírito, que é o ser pensante e livre; portanto, a este e não àquela é que cabe a responsabilidade integral de todos os atos.
Desregramentos, excessos, mau gênio, etc., não são determinados por disfunções orgânicas ou outros fatores que tais, mas tão-só e unicamente pelas más tendências anímicas de cada um.
O Espiritismo, com a revelação do mundo espiritual que nos envolve e das leis que o regem, fez novas luzes em torno do problema, permitindo-nos compreender melhor o mecanismo de muitas das tentações que nos assaltam, e como vencê-las.
Ele nos ensina que todo pensamento é vibração de tal ou qual freqüência, através da qual nos pomos em sintonia com os planos da espiritualidade.
Conforme sejam nossos pensamentos, o que equivale a dizer: nossos sentimentos – puros, idealistas, construtivos, pomo-nos em comunicação com os seres de elevada hierarquia, de cujo consórcio resulta para nós uma vida bem orientada, tranqüila, feliz e repleta de nobres realizações. Da mesma sorte, se a nossa mente só destila pensamentos impuros, mesquinhos, deprimentes, destrutivos, colocamo-nos automaticamente na mesma faixa vibratória dos espíritos menos evoluídos, que, consoante nossos pendores, procurarão manter-nos nos caminhos declivosos do vício, das paixões, do crime, e muitas lágrimas nos farão derramar.
Isso nos faz compreender a extensão da advertência do Cristo, quando dizia: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.
É preciso, pois, que apliquemos incessantes esforços contra tudo aquilo que nos deprime e avilta; essa atitude fará que as entidades trevosas se afastem naturalmente, porque nada podem fazer, e renunciam a qualquer tentativa junto aos puros de coração.
Ó Senhor, muito temos errado, contínuos têm sido os nossos fracassos, e isto nos demonstra quanto ainda somos fracos e imperfeitos e quanto devemos esforçar-nos para atingirmos o divino modelo, que é Jesus.
Amparai-nos em nossa debilidade, infundi-nos o desejo sincero de corrigir-nos e inspirai-nos sempre, pela voz de nossos anjos guardiões, a fim de que sejamos capazes de resistir às sugestões do mal, mantendo, inquebrantável, o propósito de só pensar, só almejar e só realizar o bem.
Assim seja!

O "Pão Nosso" (V)


Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.

“Perdoai, Senhor, as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”.
Nessa petição, Jesus, o Mestre por excelência, dá-nos a conhecer uma lei eterna e imutável, a cujos efeitos todos, sem exceção, estamos sujeitos.
Trata-se da lei do “dar e receber”, segundo a qual cada um recebe da Justiça Divina exatamente de acordo com o que dá ao próximo.
Há no Evangelho inúmeras referências a respeito. Sirvam de exemplo as seguintes: “Se perdoardes aos homens as ofensas que tendes deles, também vosso Pai Celestial vos perdoará vossos pecados; mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai Celestial vos perdoará”. (Mateus, 6:14-15) – “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoais e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á; qual for a medida de que usardes para os outros, tal será a que se use para vós”. (Lucas, 6:37-38). – “Aquele que semeia pouco, também colhe pouco; mas aquele que semear em abundância, também colherá em abundância”. (II aos Coríntios, 9:6).
Leiamos, ainda, a parábola do credor incompassivo (Mateus, 18:23-35), onde a referida lei é exposta com a máxima clareza e, se quisermos garantir nossa bem-aventurança futura, tratemos de observá-la, atentamente, em nossas relações com os que nos cruzam pelo caminho. Porque, se não formos capazes de perdoar àqueles que nos ofendem ou prejudicam, também não seremos perdoados das ofensas ou prejuízos com que tenhamos agravado os nossos semelhantes e, nesse caso, nenhuma Igreja, nenhum mentor religioso, nenhum sacramento, nenhuma indulgência, poderá valer-nos, de sorte a assegurar-nos a entrada no reino celestial.
Como nos explica Huberto Rohden (Metafísica do Cristianismo), “em todas as línguas a palavra perdoar é um composto de dar ou doar. De maneira que per-doar quer dizer doar completamente, abrir mão de si mesmo, dar ou doar o próprio Eu a outrem; neste caso, o ofensor. Em vez de imolar o ofensor a seu ódio, o perdoador imola-se a si mesmo, o ofendido, na ara do seu amor, abrindo assim de par em par as portas de sua alma ao influxo das torrentes divinas”.
Outrossim, ensinando-nos a dizer: “Perdoai, Senhor, as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, Jesus nega e renega a doutrina das penas eternas, porquanto, se não devêssemos esperar o perdão de Deus, inútil seria estar a pedi-lo.
Notemos, entretanto, e isso é importantíssimo: - esse perdão que ele nos acoroçoa a pedir, não é a remissão pura e simples da pena em que tenhamos incorrido. Não! O Mestre o condiciona à lei do “dar e receber”: ser-nos-á perdoado “assim como” perdoarmos, o que vale dizer que enquanto formos rancorosos e vingativos haveremos de estar sujeitos às sanções correspondentes, e só quando perdoarmos plenamente aos que ajam mal conosco é que as bênçãos celestiais haverão de envolver nossos corações, impregnando-os de paz e felicidade.
Ora, se Deus faz o esquecimento das ofensas uma condição absoluta, iria exigir de nós, fracos e imperfeitos, o que Ele, onipotente e infinito em perfeição, não fizesse?
Fosse Deus inexorável para o culpado e insensível ao arrependimento dos que O ofendem, negando-lhes por todo o sempre os meios convenientes para que empreendam a própria reabilitação, não seria misericordioso, e, não o sendo, deixarias de ser infinitamente bom.
Resultaria daí que o homem que perdoa aos seus ofensores e retribui-lhes o mal com o bem, seria melhor do que Ele, o que é inconcebível.
Sabendo, pois, que Deus é Amor, mas é igualmente Justiça, e que, pela Sua lei, “é dando que recebemos”, esforcemo-nos no sentido de vencer quaisquer ressentimentos ou propósitos inamistosos; antes de buscarmos o revide, cuja satisfação deixa sempre amargos ressaibos, bendigamos os que nos ferem e humilham, porque são instrumentos providenciais na lapidação de nossas almas, fatores preciosos de nosso progresso espiritual.
Perdoemo-nos uns aos outros, não “até sete vezes, mas até setenta vezes sete”, isto é, ilimitadamente (Mateus, 18:21-22). Assim o fazendo, também o Senhor terá complacência para conosco, cobrindo com Seu amor a multidão de nossas culpas.

O "Pai Nosso" (IV)


Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.

“O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”.
O homem, ser complexo que é, constituído de corpo e alma, precisa de substâncias nutritivas que lhe sustentem o organismo e lhe forneçam energias para o trabalho, mas não prescinde de outras coisas mais transcendentes, ou seja, daquilo que favoreça o desenvolvimento de suas faculdades intelectuais e morais.
Nos primórdios de sua evolução, quando apenas vegeta, só carece de manter-se vivo; desse modo, a conquista da subsistência material é a razão de ser de toda a sua luta, de todos os seus esforços.
Posteriormente, entretanto, começa a sentir outras emoções e a alimentar outros desejos, eis que a simples conservação da vida já não o satisfaz. Uma sede de conhecimento exalta-lhe a mente, levando-o a pesquisar o “como” e o “porquê” dos fenômenos que ocorrem consigo e em derredor, ao mesmo tempo em que um ideal superior – a busca da Beleza e da Justiça – irrompe sob o impulso da lei de progresso que lhe preside ao destino, e passa a manifestar-se, insopitavelmente, nos íntimos refolhos de sua alma.
Esse “pão” que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Devendo conhecer, individualmente, o que é o bem, para cultivá-lo, assim como as conseqüências do mal, para evitá-lo; tendo, igualmente, de passar por toda espécie de experiências, provando, alternativamente, a alegria e a tristeza, a opulência e a miséria, a saúde e a enfermidade, o poder e a subordinação, porquanto só assim nos será possível formar um caráter reto e justo, cumpre-nos aceitar, de bom grado, com largueza de ânimo, o que a vida, como expressão da Providência, nos reserve, visto que, em última análise, tudo, o sofrimento inclusive, concorre para que nos enriqueçamos em saber e moralidade, e nos aproximemos, cada vez mais, daquele “estado de varão perfeito, segundo o padrão do Cristo”, a que se refere o apóstolo S. Paulo (Efésios, 4:13).
Assim, quando suceder que, apesar de nossa diligência e operosidade, não consigamos escapar à pobreza, aceitemo-la sem revolta, como justa expiação de faltas cometidas em existências anteriores, ou como uma prova a mais no processo de burilamento de nossas almas, convictos de que, sendo Deus infinitamente justo e bom, não nos imporia uma vida de privações se isso não fosse útil ao nosso adiantamento espiritual.
Jamais invejemos aqueles que possuem em abundância, que navegam na prosperidade; tampouco os amaldiçoemos se, se esquecem da lei da solidariedade que deve unir todos os homens, como nos ensina o Evangelho.
Curta é a existência corporal e efêmeros os gozos que ela proporciona. Mais vale, portanto, sofrer resignadamente uma sorte madrasta na Terra, e depois experimentar grandes alegrias no mundo espiritual, do que levarmos, aqui, uma vida nababesca, mas vazia de amor ao próximo, e acordarmos, depois, no além, abrasados de remorsos.
Por outro lado, quando a fortuna nos sorria, não nos esqueçamos de repartir pelo menos o supérfluo com aqueles que, impossibilitados de prover à própria subsistência, pela velhice ou pela doença, vejam-se obrigados a estender a mão à caridade pública, tremendo de vergonha e de fome.
Guardemo-nos ainda de, no ganho do “pão nosso”, avançarmos também no pão de outrem. Que, ao adquiri-lo para nós, não obremos com injustiça, de modo a termos em demasia, enquanto a outros falte o mínimo suficiente.
Compenetremo-nos, finalmente, de que é legítimo e muito natural almejarmos, para nós e os nossos entes queridos, uma situação de conforto e bem-estar; bom é, todavia, não olvidarmos aquela sábia resposta do Mestre, dada ao tentador: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus”. (Mateus, 4:4).

O "Pai Nosso" (II)

rodolfo calligaris

Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.

“Venha a nós o vosso reino”.
Que devemos entender por “reino de Deus” ou “reino dos céus?”.
Em mais de uma dezena de parábolas, todas elas muito engenhosas e edificantes, Jesus focaliza os diversos aspectos que o caracterizam. Eis algumas delas: a do semeador, do joio e o trigo, do grão de mostarda, do fermento, do tesouro escondido, da pérola, da rede, do credor incompassivo, dos trabalhadores e as diversas horas do trabalho, dos dois filhos, dos lavradores maus, das bodas, das dez virgens, etc.
Um exame atento dessas parábolas deixa patente que “o reino de Deus” não é propriamente um “lugar” de delícias, nem uma organização cujos membros se identifiquem por uma determinada fé, mas algo que se verifica no íntimo de nós mesmos: a evolução, o aperfeiçoamento de nossas almas.
Segundo o apóstolo S. Paulo, “o reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (consciência). (Romanos, 14:17).
Que precisamos fazer para nos tornarmos súditos desse reino?
Isso também foi explanado pelo Mestre com a máxima clareza, constituindo mesmo a idéia central de seus ensinos. Sirvam-nos de exemplo, entre inúmeros outros, os seguintes passos evangélicos: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai”. (Mateus, 7:21). – “Vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era hóspede, e me recolhestes; estava nu, e me cobristes; estava enfermo, e me visitastes; estava no cárcere, e viestes ver-me. Na verdade vos digo que, quantas vezes fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes”. (Mateus, 25:34-36, 40). – “E eis que se levantou um doutor da lei e disse, para o tentar: Mestre, que hei de fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como a lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças, de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondestes bem; faze isso e viverás”. (Lucas, 10:25-28).
Diante de textos tão cristalinos, parece não subsistir a menor dúvida de que nossa entrada no reino de Deus depende, não da simples aceitação de uns tantos dogmas religiosos, nem da submissão a este ou àquele sacramento, mas tão-somente de possuirmos aquelas qualidades morais que exortam o homem justo e bom.
Quando se estabelecerá entre nós esse reino?
Tal pergunta, igualmente, fora feita certa vez pelos fariseus, e a ela o Mestre deu a seguinte resposta, breve, mas profunda: “O reino de Deus não virá com aparência exterior, nem dirão: ei-lo aqui, ou ei-lo acolá; o reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas, 17:20-21).
Meditemos bem nestas palavras: “O reino de Deus está dentro de vós!”. Não se trata, portanto, de um evento futuro, remoto, como muitos o imaginam, mas de um fato atual, presente.
Com efeito, se nossa alma é “imagem e semelhança de Deus”, como diz o Gênesis; se fomos gerados, não da carne, nem da vontade do varão, “mas de Deus”, como nos afirma João, o evangelista; se “dele (Deus), por ele e nele existem todas as coisas”, como nos revela S. Paulo, esse reino, inquestionavelmente, está dentro de nós, se bem que em estado latente, à semelhança da planta contida em potencial na semente.
Enquanto o homem ignora a natureza divina de sua alma e vai vivendo egoisticamente, embora o reino de Deus esteja nele, ele não está no reino de Deus e daí a sua inquietação e seus sofrimentos. Quando, porém, faz essa preciosa descoberta e passa a esforçar-se por desenvolver o seu Cristo interno, pautando os atos de sua vida por aquele ideal sublime que consiste em “fazer a vontade do Pai”, o reino de Deus entra a desenvolver-se dentro dele, cresce, expande-se, atinge a plenitude, e sua alma ganha então uma paz, uma tranqüilidade e uma alegria indescritíveis, que nada, vindo de fora, são capazes de destruir.
Posto que o reino de Deus, qual o havemos entendido, não pode ser implantado na Terra sem que antes seja uma realidade em cada ser humano que o habite, ajuda-nos, Senhor, a vencer nossa ambição desmedida, nosso orgulho insensato, nossa prepotência descaridosa, nossa vaidade tola, enfim, todos os sentimentos malsãos que ainda nos mantêm desunidos, dispersos e inimizados!
Dá, ó Pai, que cada um de nós compreenda o dever de cooperar para a civilização universal, sem barreiras de espécie alguma, e que todos sintamos o desejo de viver como irmãos, vinculados pelo amor!