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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Jesus, o Mestre

Vinícius

Fonte: O Mestre na Educação - FEB - 6ª Edição

Jesus curou cegos de nascença, surdos-mudos, epilépticos, hidrópicos, doidos e lunáticos, paralíticos, reumáticos e leprosos; sarou finalmente, enfermos de toda casta que a ele recorreram em busca do maior bem temporal – a saúde. No entanto, jamais o Senhor pretendeu que o dissessem médico, ou clinico.
Jesus freqüentava o templo e as sinagogas onde atendia aos sofredores e ensinava ao povo as verdades eternas, mas nunca se inculcou levita ou sacerdote.
Jesus predisse com pormenores e particularidades o cerco, a queda e a ruína de Jerusalém; como essa, fez várias outras profecias de alta relevância. Penetrava o íntimo dos homens, devassando-lhes os arcanos mais secretos, porém não consta que pretendesse as prerrogativas de vidente ou de profeta.
Jesus realizou maravilhas, tais como: alimentar mais de cinco mil pessoas com três pães e dois peixes; acalmar tempestade, impondo inconcebível autoridade às ondas revoltas do oceano. Ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim e, também, Lázaro, sendo que este último já estava sepultado havia quatro dias. Transformou água em vinho nas bodas de Caná da Galiléia, e muitos outros prodígios operou, não pretendendo, apesar disso, que o considerassem milagreiro ou taumaturgo.
Jesus aclarava as páginas escriturísticas, fazendo realçar, da letra que mata, o espírito que vivifica, mas não se apresentou como exegeta ou ministro da palavra.
O único titulo que Jesus reclamou para si, ainda que fizesse jus às mais excelentes denominações honoríficas que possamos imaginar, foi o de “mestre”. Esse o titulo por ele reivindicado, porque, realmente, Jesus é o Mestre excelso, o Educador incomparável.
Sua fé na obra da redenção humana, mediante o poder incoercível da educação, acordando as energias espirituais, é inabalável, é absoluta. Tão firme é a sua crença na regeneração dos pecadores, na renovação de nossa vida, que por esse ideal se ofereceu em holocausto.
Educar é remir. O Filho de Deus deu-se em sacrifício pela causa da liberdade humana. A cruz plantada no cimo do Calvário não representa somente a sublime tragédia do amor divino: representa também o símbolo, o atestado da fé viva e inabalável que Jesus tem na transformação dos corações, na conversão de nossas almas. “Quando eu for levantado no madeiro, atrairei todos a mim...” asseverou ele. Todos, notemos bem; não uma parcela, mas a totalidade. Vemos por aí como é radical a sua confiança, a sua crença na reabilitação dos culpados, através da educação.
Sim, da educação, dizemos bem, porque só um titulo Jesus reclamou, chamando-o a si, e o fez sem rodeios, sem rebuços, nem perífrases, antes com a máxima franqueza e toda a ênfase: o titulo de Mestre. Dirigindo-se aos seus discípulos, advertiu-os desta maneira: “Um só é o vosso mestre, a saber – o Cristo. Portanto, a ninguém mais chameis mestre senão a mim”.
Jesus rejeitou o cetro, o trono, a realeza, alegando que o seu reino não é deste mundo. Dispensou, igualmente, a glória e as honras terrenas; um só brasão fez questão de ostentar: ser mestre, ser educador. É significativo!
“Eu sou a luz do mundo, sou a verdade, sou o pão que desceu do céu” – proclamou o Senhor. Esparzir luzes, revelar a verdade, distribuir o pão do Espírito – tal a obra da educação, tal a missão do Redentor da Humanidade.
Que dúvida poderá restar a nós outros, neocristãos, sobre o rumo que deve tomar a nossa atividade, uma vez que o advento do Espiritismo é o do Consolador prometido? Que outra forma poderemos dar ao nosso trabalho, que seja tão eficaz, tão profícua e benéfica à renovação social, como aquela que se prende à educação, no seu sentido lato e amplo?
Trabalhemos, pois, com ardor e entusiasmo pela causa da educação da Humanidade, começando pela infância e pela juventude desta terra de Santa Cruz.

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