obsessão
Emmanuel
1-Existe relação entre obsessão e
correntes mentais?
-Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às
correntes mentais. O pensamento é a base de tudo.
2-Todos temos desafetos do pretérito?
-Inegável que todos carreamos ainda, do pretérito ao presente,
enorme carga de desafetos.
3-Qual a nossa posição, depois de
desencarnados, quando não somos integralmente bons, nem integralmente
maus?
-Quando desencarnados, em condições relativamente felizes,
guardadas as justas exceções, somos equiparados a devedores em refazimento,
habilitando-nos, pelo trabalho e pelo estudo, ao prosseguimento do resgate
dos compromissos de retaguarda.
4-Onde somos defrontados com mais
freqüência pelos desafetos do passado, na Terra ou no Plano Espiritual?
-É compreensível que seja na esfera física que mais direta e
freqüentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com
quem nos cumpliciamos na delinqüência.
5-Como poderíamos classificar aqueles
que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários
e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o
papel de nossos companheiros e de nossos parentes?
-São elas as testemunhas de nosso aperfeiçoamento,
experimentando-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o
permanente convívio, por força das provas regenerativas que trazemos ao
renascer. Acompanha-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos,
vigiam-nos as realizações e policiam-nos os impulsos.
6-Quando estaremos realmente em paz
com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas
difíceis?
-Um dia, chegaremos a agradecer-lhes a colaboração, imitando o
aluno que, incomodado na escola, se rejubila, mais tarde, por haver
passado sob as atenções do professor exigente.
7-Como se transformam os nossos
adversários do passado?
-Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos
opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de
nossa parte, nos transformamos para melhor.
8-As sessões de desobsessão têm valor?
Em que condições?
-Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra,
através das sessões de desobsessão, se revestem de profundo valor, mas
somente quando autenticados pelo nosso esforço de reabilitação íntima, sem
a qual todas as frases enternecedoras passarão, infrutífera, qual música
emocionante sobre a vasa do charco.
9-Em que tempo e situação no podem
atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?
-Salientando-se que o pensamento é a alavanca de ligação, para o
bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da
obsessão podem atingir-nos, em qualquer condição e em qualquer tempo.
10-É preciso que o obsediado observe a
própria vida mental para contribuir para as próprias melhorias?
-Sim. As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes
elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos
exprimem direção, propósito ou vontade, seja para o mal ou para o bem.
11-Qual o papel do desejo, da palavra,
da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?
-Cada um de nós é acumulador por si, retendo as forças
construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação
representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas
que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes.
12-Quais as conseqüências para quem se
detém em qualquer aspecto do mal?
-Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a
influência, sobre nós e sobre os outros.
13-Qual a relação entre as
manifestações do sentimento aviltado e os desequilíbrios da personalidade?
-Todas as manifestações de sentimento aviltado quais sejam a
calúnia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a
intemperança e a licenciosidade, estabelecem a comunicação espontânea com
os poderes que os representa, nos círculos inferiores da natureza,
criando distonias e enfermidades, em que se levantam fobias e fixações,
desequilíbrios e psicoses, a evoluírem para a alienação mental declarada.
14-O que nos acontece moralmente
quando emitimos um pensamento?
-Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em
circulação, no organismo da vida – agente esse que retornará fatalmente a
nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos.
15-Qual a relação entre os nossos
pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?
-Compreendendo-se que cada um de nós possui pontos vulneráveis,
no estado evolutivo deficitário em que ainda nos encontramos, toda vez que
o mal se nos associe a essa ou àquela idéia, teremos o mal de volta a nós
mesmos, agravando-se doenças e fraquezas, obsessões e paixões.
16-O que recebemos dos outros?
-Assimilamos dos outros o que damos de nós.
17-Que imagens reflete o espelho da
mente?
-A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as
imagens que procura.
18-Qual o nexo existente entre a
obsessão e os interesses da criatura?
-A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está
fundamentalmente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os
interesses da criatura.
19-As companhias têm influência na
obsessão?
-Assevera o Cristo: “Busca e acharás”.
-Encontraremos, sim, os companheiros que buscamos, seja par ao
bem ou para o mal.
20-Qual a solução mais simples ao
problema da obsessão?
-Consagremo-nos à construção do bem de todos; cada dia e cada
hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados; sejam
eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e
sintonia.
Da Obra “Leis Do Amor” - Espírito:
Emmanuel –
Psicografias: De Francisco Cândido Xavier
Dos Capítulos Pares
E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.
Digitado Por: Lúcia Aydir.