ADVERSÁRIOS
Emmanuel
      Quando o Mestre nos recomendou amor aos 
      inimigos, não nos induziu à genuflexão improdutiva à frente dos nossos 
      adversários.
      
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      Ninguém precisa oscular o lodo escuro do pântano a fim de 
      auxilia-lo.
      
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      Ninguém necessita introduzir um espinho no próprio coração, 
      a pretexto de aniquilar-lhe a expressão dilacerante.
      
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      O Senhor pede entendimento.
      
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      Imaginemo-nos na posição dos nossos inimigos, gratuitos ou 
      não, e observemos como seria a nossa conduta se estivéssemos em lugar 
      deles.
      
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      Permanecerá o nosso adversário em nossa posição de madureza 
      espiritual quando conseguirmos examina-lo com segurança moral?
      
      Terá tido as mesmas oportunidades de que 
      já dispomos para conhecer a verdade e semear o bem?
      
      Guardaríamos o coração sem fel se nos 
      demorássemos na posição onde se encontram, muitas vezes, dominados pela 
      ignorância ou pelo desespero:
      
      Assumiríamos conduta diferente daquela que 
      lhes assinala as atividades, se fôssemos constrangidos a atravessar a zona 
      empedrada em que jornadeiam?
      
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      Dificilmente chegaríamos a conclusões afirmativas.
      
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      Jesus, por isso, pede, acima de tudo, esquecimento do mal e 
      disposição sincera para o bem, com atitudes positivas de boa vontade, a 
      fim de que os nossos adversários nos identifiquem, com mais clareza, as 
      boas intenções.
      
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      Recebemos o inimigo como instrutor e auxiliá-lo-emos a 
      dilatar a visão que lhe é própria.
      
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      A compreensão é a raiz da verdadeira fraternidade.
      
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      Aprendamos, assim, a perceber a luz onde a luz se encontra, 
      a fim de que nos armemos contra o poderio das trevas em nosso coração.
      
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      A boa vontade realiza milagres em nossa vida, se estamos 
      realmente dispostos a caminhar para os cimos da vida.
      
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      Lembremo-nos de que Jesus, até hoje, está trabalhando no 
      auxílio aos inimigos e o único caminho por Ele escolhido para esse 
      apostolado de amor, é o caminho do sentimento, porque só aquele que sabe 
      conquistar o coração dos adversários pela cooperação e pela boa vontade 
      pode, efetivamente, inflamar-se ao Sol do Amor Eterno, com a vitória sobre 
      si mesmo, na subida espinhosa e santificante para a Glória Imortal.
      
      Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André 
      Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
      
      Digitado por: Lúcia Aydir
       
 
 
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