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sábado, 25 de maio de 2013

"SOZINHOS ASCENDEREMOS AO NOSSO CALVÁRIO"

"SOZINHOS ASCENDEREMOS AO NOSSO CALVÁRIO"
No apogeu de Sua missão terrena, Jesus Cristo dirigiu-se ao Horto de Getsêmani, levando em companhia os apóstolos Tiago, Pedro e João. Ali chegado, deixou os companheiros a uma curta distância e, indo um pouco mais além, prostrou-se em terra e formulou ardente prece a Deus, quando suplicou que se fosse possível passasse dele aquele cálice, acrescentando, no entanto, que prevalecesse a vontade do Pai e não a sua.
Após fazer a primeira rogativa, voltou ao lugar onde estavam os três apóstolos, encontrando-os dormindo. Acordou-os, dizendo: "Então nem uma hora pudestes vós velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade o Espírito está pronto, mas a carne é fraca".
Fazendo a sua segunda prece, suplicando a mesma coisa ao Criador, voltou e novamente encontra os seus discípulos em profundo sono. Acordou-os e foi orar pela terceira vez. Voltando, disse aos Seus companheiros: "Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora de o Filho do homem ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos" (Mateus 26:38-46).
Muita gente se surpreende com a fragilidade dos três apóstolos, dormindo assim tão profundamente num momento tão importante, deixando de secundar o Mestre em suas rogativas . . Alguns chegam a afirmar que eles foram influenciados por espíritos trevosos, interessados em ver malograda a missão de Jesus.
O evangelista Lucas (22:45) afirma que eles "dormiram de tristeza". Marcos e Mateus afirmam que "Seus olhos estavam pesados ". João, um dos que dormiram, narra apenas "que Jesus e os Sus discípulos se dirigiram a um horto, além do ribeiro de Cedron".
O Espírito Irmão X, no livro A Boa Nova, afirma que o sono dos Apóstolos, naquela hora cruciante, aconteceu para que o Mestre ensejasse um novo ensinamento: "que cada Espírito na Terra tem de ascender sozinho ao Calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados do mundo. O discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem de ser solitária, uma vez que seus familiares e companheiros de confiança se entregam ao sono da indiferença."
Na realidade, o drama cruciante que se avizinhava teria de ser vivido unicamente por Jesus Cristo. Posteriormente, os três apóstolos. cada um de per si, se defrontariam com o batismo de fogo dos martírios, cada um deles também teria o seu calvário.
A História dá-nos conta de que Pedro e Tiago foram vítimas de morte violenta, apenas João experimentou o seu drama em prolongado e penoso exílio na ilha grega de Patmos, onde desencarnou em avançada idade.
O sono dos apóstolos, naquele momento extremo da oração do Horto, é bastante esquisito. Se eles acompanharam o Mestre a fim de secundá-Lo naquela hora, por que teriam sido acometidos de sono tão intenso: Influências de espíritos trevosos: Tristeza: Indiferença pela sorte do Cristo: Sono real?
Os três apóstolos. Pedro, Tiago e João, eram sempre os escolhidos para acompanharem o Mestre nos acontecimentos mais notáveis e marcantes de Seu messiado. Eram criaturas dotadas de mediunidade em grau mais elevado que os demais apóstolos, por isso, puderam presenciar os fenômenos acontecidos no alto do Monte Tabor, quando Jesus se transfigurou, Seu rosto tornou-se resplandencente como a luz e as Suas vestes brancas como a neve, surgindo ali os Espíritos - Moisés e Elias -, simbolizando as leis e os profetas, com Ele confabulando.
Sendo portadores de mediunidade, isso foi o fator básico que levou o Mestre a convocá-los para a prece da hora extrema, quando rogou ao Pai que, se possível, evitasse que fosse tragado o cálice da amargura do sacrifício do Calvário no que, aliás, não foi atendido, pois o Seu martírio no madeiro infamante era imprescindível para que se consumasse a consagração da Sua doutrina de paz e de amor entre os homens.
E bem provável que, sendo Espíritos de ordem elevada, tenham adormecido para livrarem-se do corpo denso, a fim de melhor poderem assistir o Mestre, pois é estranho que todos os três, simultaneamente, tenham experimentado o mesmo fenômeno do sono, quando sabiam, de antemão, que a ida ao Horto representava uma responsabilidade a mais no desempenho do grandioso apostolado.
O Mestre, dirigindo-se aos apóstolos, falou em "orar e vigiar, para não entrar em tentação". De fato, espíritos trevosos, encarnados e desencarnados, tinham grande interesse em fazer com que o Cristo fosse banido da Terra de qualquer forma, animando Judas Iscariotes a denunciar o lugar onde Ele estava, o que foi consumado mediante o pagamento de trinta moedas de prata. Eles não podiam admitir que alguém perturbasse o intento, por isso atuaram sobre os três apústolos fazendo com que dormissem. Era uma força a menos a pleitear que o Mestre permanecesse no mundo.
O evangelista João, discorrendo sobre a última oração de Jesus, sustenta que o Mestre, angustiado, exclamou: "Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora. Mas para isso vim a esta hora" (João 12: 27) . Isto confirma o que temos sempre escrito, que o episódio do Calvário teria de ser inapelavelmente consumado, pois que ele representou a glorificação do Cristo e de Sua obra.
Logo após haver pronunciado essas palavras, os que estavam presentes ouviram uma voz retumbante, que disse, em resposta à solicitação do Mestre: "Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei" (João 12:28).
Paulo Alves Godoy

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