AJUDEMOS
O INIMIGO
Tão
necessário se faz o auxílio espontâneo
aos inimigos, na preservação de nossa paz, quão
imprescindível se torna a remoção apressada de um foco
infeccioso, à nossa porta, a benefício da nosssa própria
saúde, visto que, alimentar o adversário, é manter um núcleo
de raios destruidores contra nós.
Todos
somos distribuidores de cargas eletro-magnéticas, geradas em nosso próprio
ser.
A
simpatia é corrente de auxílio que estendemos em nosso favor.
A
antipatia é força asfixiante que lançamos em prejuízo
próprio.
Toda
energia projetada de nossa alma nos responde
invariavelmente na reação de quem nos partilha as experiências.
Quem
arremessa espinhos, improvisa chagas, cujas emanações lhe procuram
a atmosfera pessoal. Quem semeia flores, recolhe o perfume da cooperação
e da boa vontade.
Claro
que não podemos tratar todas as situações com elixires
de pétalas adocicadas, porque, muita vez, a nossa melhor energia é
convidada ao serviço sacrificial e quase sempre incompreendido da defesa;
entretanto, ainda mesmo nas horas mais difíceis convém mobilizar
todos os recursos do bem, ao nosso alcance, para que o respeito não ceda
lugar à revolta e para que a sinceridade amiga não se converta
em disfarce injusto.
Instalemos,
dentro de nós, o legítimo discernimento que reconhece cada criatura
em seu lugar e cada acontecimento no minuto que lhe é próprio.
Protegidos por semelhante entendimento, não aguardaremos uvas do espinheiro,
nem pediremos as graças da colheita ao campo que apenas exibe promessas
de sementeira .
Quando
a treva se desdobra em torno de nossos passos, não vale vociferar contra
as sombras ou persegui-las inutilmente. Bastará acender uma luz para
que a estrada se descortine novamente à visão.
Assim,
pois, evitemos o cultivo do espinheiral magnético na infeliz manutenção
de adversários que podemos relegar ao esquecimento, quando, de imediato
não lhes possamos confiar o cântaro delicado do nosso amor.
Usemos
o silêncio, a desculpa e a compreensão, com exemplo vivo do nosso
próprio esforço na edificação do bem e o tempo se
incumbirá de tudo transformar, em auxílio de nossa felicidade,
dentro dos imperativos inevitáveis da constante renovação.
Emmanuel
NOTA:
Após semearmos o bem com entendimento por um determinado tempo, podemos
ter certeza de que nossas boas obras fluiram espontaneamente.
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