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sábado, 8 de setembro de 2012

Perdão e Reparação


Editorial

A necessidade do perdão – como atitude essencial para a conquista da plenitude espiritual – foi
ensinada por Jesus em diversas ocasiões: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai Celeste vos perdoará”1, “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores”(2) e “Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho”
(3). Destacou, ainda, a importância de perdoar de forma ilimitada: “Não vos digo que perdoeis
até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”(4)
Mas o Cristo não se limitou a teorizar sobre o perdão: Do alto da cruz humilhante, submetido a
dores extremas, orou por seus algozes, compreendendo-lhes a ignorância: “Pai, perdoa-lhes porque
não sabem o que fazem.”(5)
Antídoto do ódio, o perdão é gesto de generosidade que beneficia muito mais a quem perdoa do
que àquele que é perdoado. Sentimentos como ódio, rancor e desejo de vingança escravizam as criaturas,
algemando-as a idéias fixas, estados mentais mórbidos, infelicidade e desequilíbrio. Quem perdoa
se liberta do grilhão que o mantém prisioneiro. Mas quem é perdoado não está livre da necessidade
de reparar o mal cometido. Este, registrado na consciência do Ser, exigirá corrigenda, a fim de
que a criatura se reabilite perante a Lei Divina. Mesmo depois de perdoado, sofre o aguilhão do remorso,
que lhe cobra reparação dos prejuízos materiais ou morais que causou a outrem.
Jesus assinalou o imperativo de a criatura buscar o reajuste perante Deus e a própria consciência
mediante o exercício do amor incondicional. Ao reerguer a mulher que era acusada por seus vícios,
o Cristo observa: “Seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou.”(6)
Assim, a reparação que favorece a paz interior virá pela vivência do amor, ao eleger o Bem como
prática. Mas poderá ser, também, profundamente dolorosa, quando aquele que foi perdoado permanece
em clima de enfermidade moral, recusando-se à grandeza da fraternidade.
A lição que o Evangelho nos oferece e que a Doutrina Espírita explicita não deixa dúvidas: Não
se chega à felicidade, que todos buscam, sem a vivência da lei moral que emana de Deus e que consiste
na prática da Caridade. E só praticamos a Caridade, plenamente, perdoando os outros e reparando
nossos erros, sempre!
1Mateus, 6:14 4Mateus, 18:22
2Mateus, 6:12 5Lucas, 23:34
3Mateus, 5:25 6Lucas, 7:47
Editorial
O Reformador -Julho de 2005

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