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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Moisés praticava e desejava a mediunidade bem orientada



As pretensas condenações da Bíblia ao Espiritismo são condenações das práticas de magia, que os judeus haviam aprendido na Babilônia e no Egito, e que iriam encontrar também em Canaã, pois os cananitas (habitantes da Palestina) como todos os povos antigos, davam-se a essas práticas. Mas nos mesmos livros da Bíblia, em que aparecem essas condenações, há numerosas ordenações que os mais aferrados seguidores da Bíblia não obedecem. Um pastor nos respondeu, em programa de televisão, que a sua igreja cumpria a palavra de Deus pela metade. O que vale dizer que a palavra de Deus é por ela desrespeitada. Preferimos cumprir a palavra de Deus integralmente, e por isso evitamos confundi-la com as palavras humanas e com a legislação envelhecida de povos antigos.
Conforme prometemos, vamos hoje demonstrar que Moisés, o grande legislador judeu, médium de excepcionais faculdades, não condenou, mas praticou a mediunidade e desejava vê-la praticada pelo seu povo. Quanto à prática da mediunidade por Moisés, não precisamos fazer novas citações. Ele recebia espíritos, conversava com espíritos, evocava espíritos, e além disso fazia-se acompanhar no deserto por uma equipe de médiuns, provocando até mesmo fenômenos de materialização. Isso tudo já demonstramos. Mas vamos agora a um episódio que pastores e padres não citam, mas que está na Bíblia, em todas as traduções.
O professor Romeu do Amaral Camargo, que foi diácono da I Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo, comenta esse episódio em seu livro espírita De cá e de Lá. É o constante do livro de Números, capítulo 11, versículos 26 a 29. Foi logo após a reunião dos setenta médiuns na tenda, para a manifestação de Jeová.
Dois médiuns haviam ficado no campo: Eldad e Medad. E lá mesmo foram tomados e profetizavam, ou seja, davam comunicações de espíritos. Um jovem correu e denunciou o fato a Josué. Este pediu a Moisés que proibisse as comunicações.
A resposta de Moisés é um golpe de morte em todas as pretensas condenações do Espiritismo pela Bíblia. Eis o que diz o grande condutor do povo hebreu: “Que zelos são esses, que mostras por mim? Quem dera que todo o povo profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu espírito!” Comenta o professor Camargo: “Médium de extraordinárias faculdades, Moisés sabia que Eldad e Medad não eram mercenários nem mistificadores, não procuravam comunicar-se com o mundo invisível, mas eram procurados pelos espíritos”. Como acabamos de ver, Moisés aprovava a mediunidade pura que o Espiritismo aprova e defende. Mas o pior cego é o que não quer ver, principalmente quando fechar os olhos é conveniente e proveitoso.

Visão Espírita da Bíblia

Moisés proibiu precisamente o que o Espiritismo proíbe



A condenação do Espiritismo pela Bíblia, que é a mais citada e repetida, figura no capítulo 18 do Deuteronômio. É a condenação de Moisés, que vai do versículo 9 ao 14. A tradução, como sempre, varia de um tradutor para outro, e às vezes nas diversas edições da mesma tradução. Moisés proíbe os judeus, quando se estabeleceram em Canaã, de praticar estas abominações: fazer os filhos passarem pelo fogo; entregar-se à adivinhação, prognosticar, agourar ou fazer feitiçaria; fazer encantamento, necromancia, magia, ou consultar os mortos. E Moisés acrescenta, no versículo 14: “Porque essas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores, porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa”. Assim está na tradução de Almeida, mas variando de forma, por exemplo, na edição das Sociedades Bíblicas Unidas e na edição mais recente da Sociedade Bíblica do Brasil.
Na primeira dessas edições (ambas da mesma tradução de João Ferreira de Almeida) lê-se, por exemplo: “quem pergunte a um espírito adivinhante”, e na segunda: “quem consulte os mortos”. Na tradução de Antonio Pereira de Figueiredo, lê-se: “nem quem indague dos mortos a verdade”. Qual delas estará mais de acordo com o texto? Seja qual for, pouco importa, pois a verdade dita pelos mortos ou pelos vivos (estes, mortos na carne) é que tudo isso que Moisés condena, também o Espiritismo condena. Não esqueçamos, porém, de que a condenação de Moisés era circunstancial, pois os povos de Canaã, que os judeus iam conquistar a fio de espada, eram os que praticavam essas coisas. Mas a condenação do Espiritismo é permanente e geral, pois o Espiritismo, sendo essencialmente cristão, não se interessa por conquistas guerreiras e não faz divisão entre os povos.
Kardec adverte em O Evangelho segundo o Espiritismo, livro de estudo das partes morais do Evangelho: “Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz”. (capítulo XXI, item 7). Em O Livro dos Médiuns, Kardec adverte: “Julgar o Espiritismo pelo que ele não admite é dar prova de ignorância e desvalorizar a própria opinião” (primeira parte, capítulo II, item 14). Em A Gênese e em O Livro dos Espíritos, como nos já citados, Kardec esclarece que a finalidade da prática espírita é moralizar os homens e os povos. Quem conhece o Espiritismo sabe que todo interesse pessoal, particular, é rigorosamente condenado. Adivinhações, agouros, feitiçaria, encantamentos, consultas interesseiras, são práticas de magia antiga, que Moisés condenou, como o Espiritismo condena hoje. Mas o próprio Moisés aprovou a mediunidade moralizadora, a prática espiritual da relação com o mundo invisível, como veremos.

Visão Espírita da Bíblia
Herculano Pires

Comunicações de Espíritos e materialização na Bíblia



O ministério dos anjos, esse ministério divino, a que o apóstolo Paulo se referiu tantas vezes, é exercido através da mediunidade. A própria Bíblia nos relata uma infinidade de comunicações mediúnicas. Veja-se, por exemplo, as palavras do rei Samuel, em Provérbios, 31:1-9, que, segundo o texto bíblico, são “a profecia com que lhe ensinou sua mãe”. Temos ali uma comunicação espírita integralmente reproduzida na Bíblia. A mãe do rei Samuel (não em forma de anjo, mas na sua própria forma humana) aparece ao Rei e lhe dita a mensagem.
A Bíblia condenou essa comunicação? Não. Pelo contrário, aprovou-a e transcreveu-a. Em Números 11:23-25, temos a descrição de dois fatos mediúnicos valiosos. Primeiro, o Senhor fala a Moisés. Depois, Moisés reúne os setenta anciãos, formando uma roda, e o Senhor se manifesta materialmente, descendo numa nuvem. Temos a comunicação pessoal de Jeová a Moisés, e a seguir o fenômeno evidente de materialização de Jeová, através da mediunidade dos anciãos, reunidos para isso na tenda. A nuvem é a formação de ectoplasma na qual o espírito se corporifica.
Só os que não conhecem os fenômenos espíritas podem aceitar que ali se deu um milagre, um fato sobrenatural. E podem aceitar, também, a manifestação do próprio Deus. Longe disso. Jeová era o espírito protetor de Israel, que se apresentava como Deus, porque a mentalidade dos povos do tempo era mitológica, e os espíritos eram considerados deuses. O filósofo Tales de Mileto já dizia, na Grécia, cinco séculos antes de Cristo: “O mundo é cheio de deuses”. Os espíritos elevados eram considerados deuses benéficos, e os espíritos inferiores eram deuses maléficos. Daí a invenção do Diabo, como concorrente de Deus no domínio do mundo e das almas.
Deuses, anjos e demônios, da Bíblia, dos Vedas, do Alcorão, de todos os livros sagrados, nada mais são do que espíritos. Como podem essas criaturas condenar o Espiritismo? Elas são a prova tradicional da verdade espírita, ao longo da História, como ensina Kardec. O que Moisés condenou foi apenas o abuso da mediunidade. Isso o Espiritismo também condena.

Livro: Visão Espírita da Bíblia.
Herculano Pires

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O JUGO LEVE


"Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei." - Mateus, (cap. XI, v. 28)
Jesus humanizado é o grande médico das almas, que as conhecendo em profundidade, apresenta a terapia recuperadora, ao tempo que oferece a libertadora, que evita novos comprometimentos. Conhecendo a causalidade que desencadearia as aflições que as geraram, propõe como recurso melhor para a total liberação do seu contingente perturbador a conquista da luz interna, superando toda a sombra que campeia nas consciências.

Essa claridade incomparável capaz de anular todos os prejuízos e evitar novas projeções de sofrimentos é o cultivo do amor, sustentado pela oração que se converte em canal de irrigação da energia que procede de Deus e vitaliza a criatura humana. Com esse recurso incomparável, a docilidade no trato com o semelhante permite que as Forças espirituais que promanam das imarcescíveis regiões da plenitude alcancem a intimidade daquele que ora, nele produzindo o milagre da harmonia e da claridade interior permanentes.
O Homem-Jesus, absolutamente lúcido e conhecedor do SELF que Lhe mantinha a organização humana não havendo qualquer espaço sombra, o lado escuro que devesse ser penetrado, a fim de erradicar mazelas, desde que o houvera superado em experiências multifárias nas Esferas Superiores de onde provinha.

Encarnando-se na Terra, não fugiu ao confrontos com as imposições dominantes entre os Seus coevos, mantendo-se imperturbável, mas não insensível aos seus desmandos e irreflexões, loucuras e infantilidades evolutivas, razão porque procurava extirpar do cerne das vidas que O buscavam os agentes geradores das aflições que as esmagavam, e os levavam à hediondez, ao crime, à mentira, ao ódio, novos desencadeadores de futuras inquietações. O Seu fardo se fazia leve, porque estruturado em claridade diamantina, sem qualquer contingente de tormento, ensejando o alívio imediato ao penetrar na projeção do Seu pensamento irradiante que cindia toda treva.

N'Ele estavam os recursos valiosos para a saúde espiritual, conseqüentemente, de natureza moral, emocional, física.. O ser humano é o somatório das suas aspirações e necessidades, mas também o resultado de como aplica esses recursos que o podem escravizar ou libertar. A predominância da sombra ou do lado escuro, é efeito compreensível da ignorância ou do acumpliciamento com o crime, derivado da preservação dos instintos primários em predominância no seu comportamento.

Enquanto não seja diluída essa sombra, facultando o entendimento das responsabilidades e dos compromissos que favorecem o progresso, mais se aturde na escuridão aquele que deseja encontrar rumos que não são visíveis. A sua existência se torna um pesado fardo para conduzir, um tormento mental e conflitivo na consciência entenebrecida. O amor, que significa conquista emocional superior, rompe a densidade da ignorância enquanto a oração dilui as espessas ondas escuras que envolvem o discernimento.

Mediante o amor, o ser descobre o sentido existencial, tornando-se humano, isto é, adquirindo sentimento de humanidade com libertação da alta carga de animalidade nele prevalecente, compreendendo a necessidade de compartilhar com o seu irmão o que tenha, mas também de repartir quanto o enriquece. Através da oração identifica-se com outras ondas psíquicas e impregna-se de energias saturadoras de paz, bem como enriquecedoras de alegria de viver e de crescer no rumo da plenitude.

A soberba, filha dileta do egoísmo, que lhe faculta atribuir-se um valor que ainda não possui, cede lugar à humildade que o ajuda a visualizar a grandeza da Vida e a pequenez em que ainda se debate, incitando-o à coragem e à abnegação, como o devotamento às causas de enobrecimento em que se engajará, buscando os objetivos reais agora vislumbrados e fascinantes.

Toda a terapêutica proposta por Jesus é libertadora, total e sem recuo. Ele não se detém à borda do problema, mas identifica-o, despertando o problematizado para que não reincida no erro, no comprometimento moral com a consciência, a fim de que não lhe aconteça algo pior, quais sejam a amargura sem consolo, a expiação sem alternativa, o impositi vo do resgate compulsório.

Esse Homem singular sempre foi peremptório na proposta da decisão de cada um, respeitando o livre-arbítrio, o direito de escolha que é inalienável, definindo os rumos da felicidade terrena, que prosseguiriam no reino dos Céus, ou demonstrando que através do sofrimento resignado, bem vivido, já se devassavam as fronteiras do reino, embora ainda no mundo físico.
Essa visão de profundidade define o Messias nazareno como a Luz que veio ao mundo e o mundo a recusou, preferindo a densidade do nevoeiro envolvente e alucinante. Sóbrio e austero, sem dureza ou crueldade, sempre compassivo mas não conivente, demonstrou pelo exemplo como viver-se em equilíbrio e morrer-se em serenidade, mesmo que através de qualquer flagício imposto.

Ninguém houve que mantivesse tanta serenidade na alegria da pregação da Boa Nova, sem a exaltação que tisna a beleza do conteúdo da Mensagem ou receio de que ela demorasse a se implantar no coração da Humanidade, não importando o tempo que fosse necessário, o que, realmente, é de significado secundário. O Espírito é eterno e a relatividade temporal é sempre sucedida pela sua perenidade.

Feliz aquele que opta por experimentar o bem-estar no momento em que respira e entende; desditoso aquele que, conhecendo a forma para tornar-se pleno posterga a oportunidade, aguardando os impositivos inevitáveis da sujeição e do sofrimento para resolver-se pelo adquirir o que rejeitara anteriormente.

Sob outro aspecto, Ele nunca se apresentou como solucionador de problemas, antes invitou a todos a fazerem a sua parte, a se responsabilizarem pelos próprios deveres, tornando-se o Educador que sempre se fez compreender, nunca transferindo responsabilidades que a cada qual pertecem,como mecanismos falsos para atrair ou gerar proselitismo em torno da Sua pessoa.

Diferindo de todos os demais homens, não se revestiu de aspecto excêntrico ou tomou atitudes aberrantes para chamar a atenção, mantendo-se sempre o mesmo, preservando o critério da seleção natural pelo mérito de cada discípulo que se Lhe associasse ao Ministério.

Era compreensível, portanto, que a c
omunidade judaica do Seu tempo, e a sociedade quase em geral de todos os tempos, não aceitassem o Seu método. Acostumados que se encontram os homens ao vazio do comportamento moral às concessões da mentira e da bajulação, aos esconsos compromissos seletivos, viam-nO e ainda O vêem alguns indivíduos como um violador dos costumes - infelizes, é certo - que predominam nas consciências ensombradas de governantes insensatos e das massas desgovernadas.

Não obstante, Ele permaneceu fiel ao Seu compromisso, sem o alterar para iludir ou arrebanhar simpatizantes. Sua austeridade e misericórdia conquistavam naturalmente sem promessas mentirosas, nem concessões inúteis, dando o primeiro sinal para o despertar para a Verdade, passo indispensável para futuras revoluções internas que seriam operadas no cerne de cada qual.

É incomparável Jesus, o responsável pelo fardo leve, em razão da Sua autoridade moral, ainda não totalmente reconhecida pela psicologia profunda, como o Homem de palavras claras, de ensinamentos sem dubiedades, de vivência sem recalques ou fugas.

Veio instruir e consolar mediante o exemplo de dedicação, jamais se acomodando ao modus vivendi e operandi, abrindo sulcos novos no solo dos corações para neles ensementar as palavras seguras e medicamentosas para a preservação da saúde e da vida. Ante os desafios mais vigorosos e as situações mais inclementes, não desistir dos ideais de beleza, não ceder espaço ao mal, não negociar com as sombras, permanecendo-se verdadeiro, luminoso, de consciência reta, decidido - eis a Sua proposta, conforme Ele próprio a viveu.

Sendo o Caminho, único, aliás, para chegar-se a Deus, não teve outra alternativa senão afirmar: - Vinde a mim, todos que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.
Joanna De Ângelis

Livro: Jesus e o Evangelho

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 46

 
 
Sê espontâneo para realizar a caridade nas divisões que te compete enriquecer, mas, deves te interessar mais pela caridade contigo mesmo. Se parares para pensar um pouco, para fazer um auto-exame em tua vida, perceberás o quanto tens a fazer na correção de ti mesmo, e é o que deve ser feito. O que vier a mais, serão conseqüências desse trabalho de luz. Os maiores inimigos que te perseguem não estão fora, mas dentro, dominando talvez os teus sentimentos. Os acontecimentos exteriores apenas despertam o que mora no íntimo do coração. O valente é aquele que teme a si mesmo, mas que sempre tem coragem para lutar contra as próprias imperfeições e vencê-las. Não deves abandonar as corrigendas, porque o campo de aperfeiçoamento é muito grande, e quando quiseres deitar sementes que constróem e edifiquem, busca Jesus, recorre ao imenso celeiro que é o Evangelho, porque a nossa paz depende de nós, de nossa parte que está por fazer.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 45

 
A.K.: A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formarem cristais de uma regularidade constante, conforme cada espécie, desde que se encontrem nas condições precisas. A menor perturbação nestas condições basta para impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para obstar à disposição regular que constitui o cristal. Por que não se daria o mesmo com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germens de plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a uma certa temperatura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo germinarem depois de séculos. Há, pois, nesses germens um princípio latente de vitalidade, que apenas espera uma circunstância favorável para se desenvolver. O que diariamente ocorre debaixo das nossas vistas, por que não pode ter ocorrido desde a origem do globo terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do caos pela força mesma da Natureza, diminui de alguma coisa a grandeza de Deus? Longe disso: corresponde melhor à idéia que fazemos do Seu poder a se exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas, Deus tem Seus mistérios e pôs limites às nossas investigações.
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Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 44

 
"De onde vieram para a Terra, os seres vivos"? Esta é a pergunta feita aos Espíritos superiores, e eles responderam que a própria Terra os tinha em germe, usando a mesma, linguagem humana da época. Hoje, talvez falassem de maneira diferente, no modo de expressar, pela evolução da ciência, no entanto, as bases seriam as mesmas. Nós poderemos dizer que dentro do corpo humano existem os germes de vida biológica, que são os espermatozóides, mas eles, sem o campo necessário para a sua proliferação e, ainda mais, sem o encontro com o óvulo feminino, não gerariam vida física, sucedendo vidas. Mesmo nesta simbiose altamente superior do encontro desses dois elementos ultra-sensíveis do homem e da mulher, inteligências invisíveis estão, em nome de Deus, supervisionando a formação biológica para a continuação da espécie; todavia, o Espírito que irá comandar o corpo vem de Deus, é uma inteligência separada. A carne em forma humana é apenas instrumento da luz espiritual, que se apodera de um corpo para a sua evolução, no despertamento dos valores da consciência.
 

sábado, 5 de janeiro de 2013

NOSSA REUNIÃO."...Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto, não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos, ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado, requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da solidariedade e do entendimento..."


Emmanuel
- De que modo iniciar o culto de assistência? – alguém nos perguntou.
- Com os recursos que se nos façam possíveis e onde estivermos, - respondemos nós.
Aliás, é justo assinalar que a presente reunião oferece clima ideal para o começo de semelhante realização.
Aqui se encontram muitos companheiros, conhecidos e desconhecidos, de uns para com os outros.
Esse perdeu um ente amado e aguarda um clarão de fé para a noite da saudade que lhe obscurece os pensamentos; aquele, entre as paredes domésticas, possui um irmão doente para quem deseja apoio espiritual; outro carrega consigo pesada inquietação de que anseia desvencilhar-se; e ainda outro experimenta o frio da descrença, pedindo, em silêncio, essa ou aquela réstia de esperança na Vida Espiritual.
É possível, ainda, que no contexto de nossa composição estejam amigos desconsolados e tristes por não encontrarem soluções prontas destinadas aos problemas de que são portadores.
Iniciemos o nosso aprendizado de beneficência aqui mesmo.
Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto, não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos, ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado, requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da solidariedade e do entendimento.
Uma reunião de paz e fraternidade não é um agrupamento estanque, no qual alguns companheiros ensinem e outros amigos apenas escutem. É um encontro de elevada significação, de cujas tarefas todos podemos e devemos participar, cooperando em favor do bem geral, através da maneira que se nos faça mais acessível.
Um encontro, qual o nosso, em que permutamos experiências e ensinamentos, não é tão-somente um ensejo de orar e beneficiar-nos, mas também expressa em si e por si, valiosa oportunidade para que todo participante da equipe possa aprender e pacificar-se, compreender e servir.

Livro: Excursão de Paz

Tendências: Reflexos do passado. (...)"Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas. Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos marcantes da vida. (...)"É importante que o ser humano se conscientize de que nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem Evangelho".../

Tendências:
Reflexos do passado
A reencarnação não apaga as experiências adquiridas no pretérito; apenas as encobre com o véu do esquecimento, a fim de que o indivíduo possa prosseguir, sem interferências diretas, a sua jornada evolutiva.
Na busca constante de novos conhecimentos, o Espírito completará o seu aprendizado ao longo
das eras.
O ser humano, a cada encarnação, enfrentará as vicissitudes que definirão o seu aprimoramento.
Se bem-sucedido, incorporará novas conquistas; se derrotado, árduas lutas se travarão entre os
verdadeiros e falsos valores incorporados. Jesus apresenta ao homem a fórmula segura para alcançar os
seus objetivos sem tombar pelos atalhos:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ela. [...]
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mateus, 7:13 e 21.)
Portanto, todo aquele que direciona a vontade pelos caminhos do estudo, do trabalho digno, do
respeito a Deus e aos semelhantes, consegue enriquecer o espírito de bens perenes. Estes bens são
conquistas que o tempo jamais apagará.
Experiências adquiridas ficam impressas nos arquivos mentais do Espírito e acompanham-no ao
longo das reencarnações, razão pela qual a criança revela tendências incompreensíveis àqueles
que desconhecem as leis da reencarnação.
De tempos em tempos a mídia revela crianças-prodígio que apresentam o dom da música
e se identificam com certos instrumentos sem qualquer aprendizado
anterior. Outras encontram tanta intimidade com os números a ponto de realizar cálculos
impossíveis de se conceber na faixa etária em que se encontram.
Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por
armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas.
Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos
marcantes da vida. Os pais, geralmente, assistem, atônitos, a seus adoráveis rebentos revelarem
caráter agressivo ou dócil; confiante ou temeroso; obediente ou revoltado; amoroso ou arredio.
Se os genitores apresentam traços semelhantes, certamente se convencerão de que a virtude ou a
falha moral, que se manifesta no seu descendente, é de origem hereditária.
Daí se ouvir certos refrões: “Aquele menino puxou o gênio do pai, ou a inteligência da mãe”; “Aquele outro tem a agressividade do seu avô”. Há características que em nada se assemelham às dos seus familiares.
O Espiritismo faz luz sobre a diferença entre a hereditariedade e as tendências inatas. Assim, os
traços físicos que se assemelham aos dos familiares, como a cor dos olhos, da pele, dos cabelos; compleição física e outros tantos traços, próprios do corpo carnal, pertencem à lei da hereditariedade,
pois sua origem está nos elementos biológicos herdados de seus antecessores, os quais compõem a
vestimenta material. No entanto, se a criança apresenta deficiências físicas, congênitas ou, até certo
ponto, adquiridas, não se pode dizer que são heranças biológicas e sim os reflexos atuais de mazelas
que foram armazenadas em vidas anteriores, pelo Espírito que reencarna para cumprir expiação voluntária
ou compulsória, a fim de quitar seus débitos com a lei. Entretanto, a hereditariedade pode
colaborar para que a lei se cumpra.
As características psicológicas inatas não são heranças que se transmitem de pais para filhos.
São, sim, conseqüências de créditos ou débitos adquiridos pelo Espírito em encarnações precedentes.
Determinadas tendências que caracterizam o indivíduo podem apresentar semelhanças com as
apresentadas por seus genitores.
Todavia, se esses traços não foram adquiridos nesta vida, pelos veículos da educação ou do exemplo,
certamente se explicam pelas leis da reencarnação. Os dons semelhantes se revelam pela afinidade
existente entre famílias espirituais.
Há grupos que partilharam, em outras vidas, ou no plano espiritual, experiências afins.
Assim, um ou mais membros de uma mesma família podem ter vivenciado situações pretéritas
em que todos ou parte deles pertenceram à mesma família, mesma região, ou participaram de organizações
científicas, religiosas, artísticas, profissionais, políticas, que lhes propiciaram tendências semelhantes. Um outro grupo familiar pode se identificar com guerreiros , desordeiros, viciosos com os quais conviveram
no passado.
A infância é, portanto, o período apropriado para se reforçar as tendências boas e desfazer as infelizes. E os pais que amam seus filhos não possuem instrumento melhor para educá-los senão o Evangelho, complementado pela disciplina e hábitos saudáveis. Este é o mecanismo para a educação moral do ser em
formação.
O insigne Codificador expõe o processo educativo ideal:
“[...] Há um elemento, [...] sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento
é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém,
à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos,
porquanto, a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.
[...]”. (O Livro dos Espíritos, questão 685, comentário de Kardec.)
É importante ressaltar que o renascimento não ocorre aleatoriamente, há sempre uma programação
com finalidade útil para o Espírito renascente. Portanto, reencarnar não tem por objetivo único cumprir provas e expiações, mas, sobretudo, promover o crescimento do Espírito.
Quanto maior o crédito acumulado, mais curto se torna o caminho que conduz aos ideais superiores.
Daí a responsabilidade dos pais de investir na educação, no aprimoramento moral dos filhos,
ainda no período infantil, a fim de que a reencarnação deles seja proveitosa. Esse é o caminho
para que o Espírito cresça de conformidade com os padrões morais evangélicos e, no momento
aprazado, retorne à vida espiritual com o futuro consolidado nas leis divinas.
A Doutrina Espírita, alicerçada no Evangelho de Jesus, propõe ao homem o trabalho constante
de sua escultura moral.
Aceitar a hereditariedade como causa das insuficiências morais é duvidar da Justiça Divina.
A lei da reencarnação é a expressão mais justa da misericórdia do Criador para com suas criaturas.
É a oportunidade de desfazer enganos e apagar delitos; de refazer amizades e ampliar vínculos
no equilíbrio de energias afins; de se reconstruir o que se destruiu em existências anteriores. É
oportunidade de crescer. Afirma Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação
moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.)
Esse é o objetivo primordial da reencarnação. É importante que o ser humano se conscientize de que
nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem
Evangelho. A conquista da luz interior só se alcança com muito suor e lágrimas. Jesus legou ao homem o mais perfeito roteiro de vida: o seu Evangelho, programado para se projetar futuramente no Consolador,
que floresceu na Doutrina Espírita. É preciso valorizar esse tesouro.
Para o Espírito recalcitrante, cujos instrumentos educacionais não surtem o efeito desejado, um
outro se apresenta infalível: a dor.
Nesse mecanismo de conquistas e aquisições, ou quedas e sofrimentos, de acordo com as leis
da vida, a hereditariedade pode colaborar para a realização desse feito. Assim, o conjunto de hábitos morais e intelectuais, adquiridos e aprimorados por uma educação bem direcionada, se agregarão
às tendências inatas arquivadas ao longo do carreiro evolutivo, e jamais se perderão com a
desintegração da matéria.
Um físico saudável é benesse adquirida em vivências de equilíbrio e respeito à veste carnal, enquanto
que um corpo doente reflete os abusos e vícios cultivados.
É, pois, a lei da hereditariedade que faculta esta tarefa. Uma mente prodigiosa revela as conquistas
encetadas ao longo de muitas encarnações. Porém, somente um Espírito evangelizado irradiará
a paz das conquistas sedimentadas nos celeiros de obras realizadas em sincronia com as leis
divinas.
Esta realidade, revelada pela Doutrina dos Espíritos, é o cerne da semente plantada pelo Divino
 Reformador • Feverei ro 2007