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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Moisés proibiu precisamente o que o Espiritismo proíbe



A condenação do Espiritismo pela Bíblia, que é a mais citada e repetida, figura no capítulo 18 do Deuteronômio. É a condenação de Moisés, que vai do versículo 9 ao 14. A tradução, como sempre, varia de um tradutor para outro, e às vezes nas diversas edições da mesma tradução. Moisés proíbe os judeus, quando se estabeleceram em Canaã, de praticar estas abominações: fazer os filhos passarem pelo fogo; entregar-se à adivinhação, prognosticar, agourar ou fazer feitiçaria; fazer encantamento, necromancia, magia, ou consultar os mortos. E Moisés acrescenta, no versículo 14: “Porque essas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores, porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa”. Assim está na tradução de Almeida, mas variando de forma, por exemplo, na edição das Sociedades Bíblicas Unidas e na edição mais recente da Sociedade Bíblica do Brasil.
Na primeira dessas edições (ambas da mesma tradução de João Ferreira de Almeida) lê-se, por exemplo: “quem pergunte a um espírito adivinhante”, e na segunda: “quem consulte os mortos”. Na tradução de Antonio Pereira de Figueiredo, lê-se: “nem quem indague dos mortos a verdade”. Qual delas estará mais de acordo com o texto? Seja qual for, pouco importa, pois a verdade dita pelos mortos ou pelos vivos (estes, mortos na carne) é que tudo isso que Moisés condena, também o Espiritismo condena. Não esqueçamos, porém, de que a condenação de Moisés era circunstancial, pois os povos de Canaã, que os judeus iam conquistar a fio de espada, eram os que praticavam essas coisas. Mas a condenação do Espiritismo é permanente e geral, pois o Espiritismo, sendo essencialmente cristão, não se interessa por conquistas guerreiras e não faz divisão entre os povos.
Kardec adverte em O Evangelho segundo o Espiritismo, livro de estudo das partes morais do Evangelho: “Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz”. (capítulo XXI, item 7). Em O Livro dos Médiuns, Kardec adverte: “Julgar o Espiritismo pelo que ele não admite é dar prova de ignorância e desvalorizar a própria opinião” (primeira parte, capítulo II, item 14). Em A Gênese e em O Livro dos Espíritos, como nos já citados, Kardec esclarece que a finalidade da prática espírita é moralizar os homens e os povos. Quem conhece o Espiritismo sabe que todo interesse pessoal, particular, é rigorosamente condenado. Adivinhações, agouros, feitiçaria, encantamentos, consultas interesseiras, são práticas de magia antiga, que Moisés condenou, como o Espiritismo condena hoje. Mas o próprio Moisés aprovou a mediunidade moralizadora, a prática espiritual da relação com o mundo invisível, como veremos.

Visão Espírita da Bíblia
Herculano Pires

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