A
PARÁBOLA DAS BODAS
Palestra
taquigrafada na Federação Espírita do Estado de São
Paulo, em 4 de fevereiro de 1945.
Meus prezados Amigos e ouvintes. Graças ao Senhor, aqui estamos, reiniciando
as nossas palestras domingueiras, (Vinícius foi o introdutor das Tertúlias
Evangélicas, no horário dominical de 10:00 horas, que ainda hoje
se"realizam na Federação Espírita do Estado de São
Paulo),
as quais, como bem o sabeis, versam sempre sobre a palavra de Nosso Mestre,
revivida em espírito e verdade.
Jesus nada escreveu porque, de certo modo, escrever é estratificar, é
petrificar a palavra na letra; e a palavra do Senhor é espírito
e vida. Peçamos, pois, o auxílio dos mensageiros celestiais, incumbidos
de reviver o divino Verbo em sua primitiva pureza, para que esse Verbo seja
compreendido e assimilado por nós; roguemos que eles nos assistam e velem
por nós fazendo-nos descobrir, através da letra que mata, o espírito
que vivifica.
Vamos comentar convosco a parábola das Bodas, notificada por dois evangelistas:
Mateus e Lucas, respectivamente, nos capítulos 22 e 14. Ambos relatam
a Parábola, cada um conforme os dados que coligiu, ou a impressão
que teve no momento em que Jesus a proferiu. A letra tem para nós valor
muito relativo. O que nos interessa é penetrar a moralidade, o ensinamento
que essa semelhança encerra. É assim que os evangelistas a descrevem:
"Então Jesus tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas,
dizendo: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou
as bodas de seu filho; e enviou os servos a chamar os convidados para as bodas;
mas eles não quiseram vir.
Depois
enviou novamente seus emissários, dizendo: Ide e dizei aos convidados
que tenho o meu jantar preparado; os bois e os cevados estão mortos,
e tudo já disposto para a festa. Porém, eles não fazendo
caso, foram, uns para o seu campo, outros para o seu negócio. Muitos
ultrajaram e maltrataram os servos, dando mesmo a morte a alguns deles. E o
rei, tendo notícia do que se passara, encolerizou-se e, enviando os seus
exércitos, exterminou aqueles homicidas e as suas cidades. Em seguida,
falou de novo aos servos: As bodas, em realidade, estão preparadas, mas
os convidados não se mostraram dignos. Ide, agora, às saídas
dos caminhos, e convidai para o banquete a todos que encontrardes. E os servos,
saindo, ajuntaram os que foram encontrando — coxos, cegos, aleijados e
pobres; tanto bons como maus.
E
assim ficou cheio o salão nupcial. Então o rei entrou para inspecionar
os convivas, vendo entre eles um que não vestia a túnica nupcial.
Chegando-se a ele, disse-lhe: Amigo, como entraste aqui sem as vestes nupciais?
E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Atai-o de pés
e mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro
e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos".
(Mateus 22 e Lucas 14).
Esta parábola, como, aliás, todos os ensinamentos do Mestre contidos
no Evangelho, só pode ser entendida mediante a assistência dos
Espíritos de Luz, incumbidos, como já dissemos, de reviver a santa
palavra do Cristo de Deus. E, particularemnte, esta parábola, só
será devidamente compreendida em nossos arraiais, isto é, dentro
da esfera da Terceira Revelação. Não porque sejamos privilegiados;
pois nas Leis Divinas não há privilégios; estes colidem
com a Justiça, e a Justiça preside a todas as Leis que regem os
nossos destinos. Se dizemos que esta parábola só pode ser interpretada
em nosso setor, é porque os demais credos rejeitam a ação
do plano espiritual, encastelando-se dentro dos seus dogmas, impedindo, dessarte,
que a luz das revelações penetre seus entendimentos e seus corações,
impossibilitando os nossos irmãos maiores, que sabem mais do que nós,
de cumprirem sua tarefa no sentido de nos impelirem para a frente, na senda
da evolução.
Para penetrarmos na moralidade desta singela historieta, devemos começar
transportando tudo que nela se encontra, do plano material para o espiritual.
Trata-se de uma festa promovida pelo rei para solenizar o himeneu de seu filho.
Ora, é sabido que, simbolicamente, Jesus se apresenta como esposo ou
noivo, e a sua igreja (comunhão de crentes) como esposa ou noiva. Os
Evangelhos reportam-se a essa figura em vários capítulos. Pois
— meus Amigos — o que está em jogo, são, realmente,
os esponsais do Cordeiro de Deus. Tal consórcio se verifica mediante
a comunhão da Igreja de Cristo militante na Terra com a sua Igreja triunfante,
sediada nas esferas celestiais. Esse consórcio se dá em virtude
e cumprimento da promessa seguinte: Eu vos enviarei o Espírito da Verdade,
o Consolador, o Parácleto, para que permaneça convosco e vos revele
novos conhecimentos à medida que puderdes comportá-los; e, ainda
mais, para que vos lembre e rememore as minhas palavras.
Para que a promessa supracitada se concretize no plano terreno, opera-se a comunhão
entre nós, encarnados, e os Espíritos do Senhor que são
encarregados de nos trazerem novas revelações, prosseguindo, assim,
a obra de nossa redenção, que é obra de educação.
A palavra que os mensageiros divinos nos trazem é viva. Entretanto em
comunhão conosco difundem a sua vida em nossa vida, o que importa na
fusão da Igreja de Cristo que encontra nas paragens celestiais com a
sua Igreja terrena, representada pelos que aqui se encontram em luta com os
defeitos e imperfeições ainda não vencidos e domados. Essa
a verdadeira Eucaristia, porque a Eucaristia de Amor. Mediante esse banquete
espiritual é que nós recebemos o pão da Vida que nutre
o Espírito. São os mensageiros ou servos do Senhor que nos trazem
o pão que vem do céu para nutrimento das nossas almas. O Espírito
precisa alimentar-se como sucede com o corpo.
Se
é certo que o nosso físico definha por falta de alimento adequado
à sua natureza, também a nossa alma fraqueja e sucumbe às
tentações se não for convenientemente sustentada com o
pão celeste. O rei, promotor do banquete, enviou seus servos, em primeiro
lugar, às pessoas gradas, chamando-as para as bodas. Dirão, talvez,
mas não há referências a pessoas gradas na semelhança?
Notemos, no entanto, que se trata de um festim real, e, nesse caso, o convite
deve ser dirigido à elite social. É natural que seja assim. Ademais,
vemos no decorrer dos acontecimentos desenrolados no banquete, que, ulteriormente,
o convite passou a perder o cunho primitivo, generalizando-se indistintamente,
atingindo a toda classe de indivíduos. Portanto, no princípio,
o convite teve, de fato, caráter selecionado. no entanto, reza a passagem,
as pessoas gradas não se mostraram dignas, não se colocaram à
altura da distinção de que foram alvo; antes, desdenharam, levando
ao ridículo o convite real.
E, ainda fizeram mais: ultrajaram os servos, os perseguiram dando a morte a
alguns deles. E, nessa atitude de hostilidade se mantiveram mesmo após
a insistência com que o convite foi reiterado. Indignado, então,
o rei chama os servos e lhes diz. Em verdade o banquete está preparado,
o que quer dizer que os esponsais vão seguir o seu curso. A festa não
pode ser suspensa nem adiada: Ide, pois, e convidai a quanto encontrardes pelas
vielas, becos e escaninhos mais ínvios: coxos, cegos, aleijados, bons
e maus. E, assim, o salão ficou repleto, pois essa era a vontade do rei.
Ora, o que estamos vendo em tudo isso? Parece-nos bem claro que o banquete é,
de fato, a comunhão entre o céu e a Terra. Os fenômenos
espíritas constituem o convite. Primeiramente foram chamados a observá-los
os mais capazes, isto é, os intelectuais, os portadores de títulos
e pergaminhos. Essas manifestações do além prefiguram o
primeiro convite que vem sendo dirigido pela misericórdia do Pai celestial,
que deseja dar provas que afetem os sentidos, que emocionem, sobre a sobrevivência
do homem; provas que atestem, de modo concreto, a continuidade da vida depois
da morte do corpo. Os casos de cura pelo Astral, são, positivamente muito
interessantes e dignos de serem meditados.
Ainda
agora, em Pindamonhangaba, fizeram uma apendicetomia em presença de pessoas
insuspeitas, lavrando-se ata minuciosa do acontecimento preternatural. O paciente
foi radiografado antes e depois de operado, tendo as chapas revelado o órgão
enfermo e sua ablação respectiva. Este caso, que tanta celeuma
tem levantado, não é virgem, não é o único.
Muitos outros da mesma natureza se verificaram, aqui e acolá. O Interventor
do Maranhão, tendo notícia do que se deu em Pinda, veio, pela
imprensa, declarar que ele também havia sido, em tempo, operado pelos
Espíritos. E não será isso um apelo dirigido aos médicos,
aos que cultivam a ciência e a arte de curar? Não será um
convite dizendo: Vinde observar o que se está dando no terreno da medicina?
Não se trata de frioleira, mas de algo importante para o bem da humanidade
sofredora.
O
nosso Estádio já é pequeno para conter o avultado número
de pessoas que ali vão assistir aos jogos de futebol. O caso em apreço,
convenhamos, é mais importante, visto como se trata de enfermo operado
por um agente espiritual, um cirurgião que habitou este mundo há
muitos anos. Não será caso para atrair a atenção
dos esculápios, merecendo meticulosa análise e perquirição?
Mas, a grande maioria dos médicos continua negando o fato consumado com
o testemunho de seus próprios colegas. Um fato é sempre um fato,
ainda mesmo que não possamos explicá-lo em suas minúcias
e particularidades. Por que a classe médica não aceita o convite
endereçado? Por que não abre os olhos da razão para que,
tendo diante de si um doente, saiba que esse enfermo é um Espírito
encarnado, e não somente uma máquina? O corpo é máquina,
sim, mas máquina divina, instrumento através do qual a alma realiza
sua evolução.
A Autoridade Médica a quem compete zelar pelo bem e pela saúde
do povo, sabedora do acontecimento, declarou a priori não dar crédito,
de vez que a operação fora realizada no escuro. Tanto mais maravilhosa
se torna, a nosso ver, essa intervenção, precisamente por ter
sido levada a efeito no escuro. Como se explica realizar-se uma intervenção
cirúrgica às escuras? A escuridão é dos homens,
das suas vaidades e das suas presunções. Os Espíritos do
Senhor agem em terreno sempre banhado pelas claridades divinas. Os letrados
costumam fechar-se às advertências do céu tornando-se impermeáveis
a tal gênero de solicitações, o que justifica plenamente
as sábias palavras do Divino Mestre: Pai, graças te dou porque
revelas as tuas maravilhas aos simples e pequeninos,e as escondes dos sábios
e dos prudentes. Em verdade, Deus não esconde de quem quer que seja suas
revelações. Ele é Pai, e todo pai tem interesse em que
seus filhos participem dos bens paternos. São os homens que, na sua soberba,
se tornam intangíveis às graças divinas.
Existem obras admiráveis, de arte, de filosofia, prosa e verso chegadas
até nós mediante a faculdade mediúnica de Francisco Cândido
Xavier; farta messe de literatura, de boa literatura, porque não se trata
apenas de pirotecnia da palavra mas de literatura que fala à razão
e ao coração da humanidade, enriquecem aja vultosa biblioteca
espírita. Entre essas produções temos "PARNASO DE
ALÉM TÚMULO" enfeixando vasta coleção de versos
dos maiores poetas brasileiros e portugueses. Não será isso tudo
um convite dirigido aos poetas, aos literatos e homens de letras? Mas, como
os médicos, os literatos, a seu turno, salvo raras e honrosas exceções,
desdenham e ridicularizam o convite, cobrindo de opróbrio os inofensivos
servos que, obedecendo a seu Senhor, lhes vêm trazer a divina mensagem.
Que
culpa tem o Chico Xavier de ser ocupado nesse trabalho? De servirem-se dele
para proclamar, em voz alta e bom som, esta transcendente verdade: a alma é
imortal! Quando o corpo tomba ao sopro da morte, a alma permanece incólume,
indestrutível, imortal porque eterna! O médico continua sendo
médico, o poeta sendo poeta, o literato sendo literato! Nada obstante,
por ser o hífen entre os dois planos — o terreno e o sideral, Chico
Xavier tem suportado humilhações e vilipêndios. Foi mesmo,
há pouco tempo, chamado à barra dos tribunais através de
rumoroso processo cujo eco ainda perdura e como ele, foram, em tempo, também
perseguidos Ignacio Bittencourt no Rio de Janeiro e Eurípedes Barsanulfo
em Sacramento, Estado de Minas. Os servos, portadores do convite, são,
pois maltratados como diz a Parábola.
Provado
fica, outrossim, que os componentes da elite social, os primeiros a serem convidados,
não se mostraram dignos do banquete. Diante, portanto, dessa obstinação
e desse pouco caso, o rei resolveu tornar o convite amplo, sem mais restrições,
estendendo-o a todas as camadas. Não são mais os líderes
da ciência, da filosofia, das artes e da religião, os únicos
contemplados. Mistificadores, homens da má fé, macumbeiros estão
em atividade, estão em cena. E o que dizem os homens decentes, que não
quiseram comparecer ao banquete? Eles responsabilizam o Espiritismo pela existência
dos charlatães e macumbeiros. Mas, o Espiritismo é tão
responsável por isso, como a medicina é responsável pela
tuberculose, pela lepra, pelo câncer e outras mazelas que flagelam a humanidade.
A
medicina diagnostica aquelas enfermidades, aponta os seus perigos, procura estudar
as causas que as determinam. Ora, é exatamente isso que faz o Espiritismo
com relação às influências perniciosas, de caráter
psíquico, atraídas pelo mau procedimento e leviandade dos homens.
O Espiritismo chama a atenção dos intelectuais para a fenomenologia
astral dizendo que tais fenômenos devem ser estudados cuidadosamente a
fim de prevenir os distúrbios e as perturbaçães espirituais.
Mas os homens da elite continuam rejeitando o convite, permanecendo encastelados
em suas vaidades. Porém, a despeito disso, o banquete continua seguindo
os seus trâmites. O salão está cheio, porque os convivas,
como diz a Parábola, foram catados nos becos e vielas, sem atender à
classe a que pertencem.
O
que é preciso é que o salão fique lotado, e que todos venham
a saber que o mundo espiritual influi sobre o material. Desprezada a Eucaristia
de Amor, rejeitada a comunhão com os distribuidores do pão do
Espírito, temos que nos ver às voltas com os fenômenos suportando
seus efeitos, desde a simples atuação até a completa possessão.
É preciso que seja assim. Pelo amor ou pela dor.
Menosprezado o convite do amor, surge o convite da dor. A cada um será
dado segundo as suas obras. Após a sala repleta, diz a passagem
que o rei fez uma vistoria nos convivas, encontrando ali um que não trajava
a túnica nupcial. Então interrogou-o: Amigo, como entraste aqui
sem as vestes apropriadas a este ato? A túnica
em apreço era indispensável e de rigoroso uso nos esponsais, sendo
fornecida pelo próprio rei. O interpelado, compreendendo a culpa, emudeceu,
nada alegando em sua defesa. O rei, prosseguindo, chama os servos e ordena:
Atai esse homem de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores;
ali haverá choro e ranger de dentes. Muitos são os chamados, mas
poucos os escolhidos.
Realmente, é o que estamos vendo na esfera do mediunismo. Quanta gente
sem escrúpulos serve-se da mediunidade para explorar; quantos indivíduos
sem consciência do que estão fazendo, servem-se das coisas espirituais
para fins inconfessáveis? Todavia, não é para se estranhar,
de vez que foram convidados os coxos, aleijados e cegos morais encontrados nos
becos mais esconsos. Como, pois, não aparecer alguém despido da
túnica nupcial?
Termina a Parábola, dizendo: Muito são os chamados, mas poucos
os escolhidos. O convite consta de um simples apelo. Corre, à revelia
nossa, como também a organização do banquete. O que ocorre
por conta de cada um de nós é ser escolhido, ou ser recusado;
é nos elevarmos às regiões da luz ou sermos lançados
nas trevas exteriores onde há lágrimas e imprecações.
Este capítulo é bastante significativo. Há muita gente
atada de pés e mãos, isto é, que não sabe para onde
vai nem o que está fazendo; há também os que perderam a
noção das realidades da vida, e indagam como Pilatos: Que é
a verdade? Tais perturbações e tais confusões recaem sobre
os que blasfemam da Eucaristia de Amor, profanando os seus arcanos. Aquilo que
o homem semeia isso mesmo colherá. Deus é Amor, mas é também
Justiça; e a sua Justiça age concomitantemente com o seu Amor.
Repetimos: O Espiritismo não criou os Espíritos,
nem a mediunidade, nem a comunhão entre os dois planos de vida —
o terreno e o astral, de vez que tudo isso sempre existiu. A
Terceira Revelação observa, estuda e aponta os fatos que se relacionam
com os problemas espirituais; proclama a imortalidade da alma, não como
simples teoria, mas como verdade incontestável porque demonstrada. Sua
finalidade primordial não é curar as enfermidades do corpo, mas
sim as do Espírito. Portanto, fazemos ponto dirigindo o seguinte
apelo aos homens da elite: Senhores médicos: Os Espíritos não
pretendem usurparmos o campo da medicina terrena. Continuai medicando os vossos
doentes, estudando a causa da enfermidade, procurando, como é de vosso
dever, minorar as dores físicas da humanidade.
No
entanto, ousamos afirmar que, nos desempenho do vosso sagrado mister, muito
mais e melhor fareis quando evoluirdes da escola materialista para a espiritualista.
Os Espíritos do Senhor jamais serão vossos concorrentes. Podeis,
antes, contar com o seu auxílio e com a Graça do Senhor desde
que vos façais merecedores.
Senhores beletristas: Prossegui em vosso labor intelectual embelezando a palavra,
acepilhando as frases, elevando sempre mais alto a magia do verbo. Os Espíritos
de Luz não concorrerão convosco fazendo sombra à vossa
glória e ao vosso mérito. Antes encontrareis nas regiões
luminosas do Além a fonte perene das mais belas inspirações.
Senhores sacerdotes: Permanecei em vossos postos anunciando o reino dos céus;
porém, ao fazê-lo, erguei os vossos olhos e elevai as vossas aspirações
acima do reino da Terra. Lembrai-vos de que é preciso exemplificar, pois
a geração atual já pensa, medita e julga. Anunciai o Deus
de misericórdia que é também de justiça, e não
os deuses particularistas que cumulam de bênçãos estes e
proscrevem e condenam aqueles. Anunciai o Pai Nosso, isto é, o Pai da
humildade, sem restrições nem privilégios odiosos; o Pai
que coloca todos os seus filhos em perfeita igualdade de direitos e de deveres.
Os Espíritos não se imiscuirão em vossa seara senão
para vos despertar a razão e a consciência no que respeita à
imortalidade da alma e à consequente responsabilidade que a acompanhará
onde quer que ela esteja.
Vinícius
Na Escola do Mestre