ESPIRITISMO
E IDOLATRIA
Doutrina
de cunho progressista, o Espiritismo não tem em seu arcabouço
nenhum princípio que possa levar ao Obscurantismo e aos preconceitos.
Por isso, abomina qualquer modalidade de culto externo ou de adoração
de imagens, de esculturas.
E oportuno lembrar que o primeiro mandamento do Decálogo é taxativo na condenação do uso de imagens, de esculturas, como forma de adoração: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo, 20:3-4)
A idolatria sempre exerceu fascinação sobre os povos demasiadamente apegados aos formalismos e propensos às formas exteriores do culto. As raças mais primitivas adotavam-na, porque não concebiam a idéia de adorar algo que não fosse tangível.
E oportuno lembrar que o primeiro mandamento do Decálogo é taxativo na condenação do uso de imagens, de esculturas, como forma de adoração: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo, 20:3-4)
A idolatria sempre exerceu fascinação sobre os povos demasiadamente apegados aos formalismos e propensos às formas exteriores do culto. As raças mais primitivas adotavam-na, porque não concebiam a idéia de adorar algo que não fosse tangível.
Queriam
coisas que impressionassem os sentidos: objetos palpáveis, concretos,
terra-a-terra, que pudessem ser vistos e tocados. Muitos povos dos tempos modernos
ainda pensam dessa maneira.
O apóstolo Paulo de Tarso, (Atos dos Apóstolos, 17:16) um homem de mente arejada, ao visitar Atenas, o seu Espírito ficou comovido em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
O apóstolo Paulo de Tarso, (Atos dos Apóstolos, 17:16) um homem de mente arejada, ao visitar Atenas, o seu Espírito ficou comovido em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
Percorrendo
os templos da cidade, ali constatou a existência de várias esculturas,
homenageando os deuses do Paganismo. Entretanto, notou também que os
atenienses, na suposição de que houvesse outros deuses por eles
desconhecidos, erigiram um altar ao Deus Desconhecido.
Por
isso, Paulo proclamou no meio do Areópago: Varões atenienses,
em tudo vos vejo um tanto supersticiosos. Porque, passando eu e vendo os vossos
santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS
DESCONHECIDO. Esse, Deus, que vós honrais, não o conhecendo é
o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, Senhor
do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos
de homens. Nem é servido por mãos de homens, como que necessitando
de alguma coisa, pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a
respiração, e as coisas. (Atos, 17:22-25)
A História afirma que, no ano 726 a.D. o imperador do oriente, Leão III Isaurico, no décimo ano do seu reinado, assinou um decreto, abolindo o culto das imagens, declarando-o inadmissível segundo as Sagradas Escrituras. Foram chamados Iconoclastas os que compartilhavam de suas idéias.
A História afirma que, no ano 726 a.D. o imperador do oriente, Leão III Isaurico, no décimo ano do seu reinado, assinou um decreto, abolindo o culto das imagens, declarando-o inadmissível segundo as Sagradas Escrituras. Foram chamados Iconoclastas os que compartilhavam de suas idéias.
Não
se sabe ao certo se ele foi induzido pelo exemplo dos muçulmanos, como
consequência de abusos supersticiosos, ou por qualquer outra razão.
Esse decreto encontrou feroz resistência de todos, e, após a morte
de Leão III, tentaram restaurar as estátuas nos altares. Quando
da sua decretação, essa lei encontrou bastante adeptos sendo aplaudida
por vários bispos.
No
ano 730, foi lavrado novo decreto contra o uso de imagens, não só
proibindo a sua veneração como até mandando destruí-las.
Esse gesto teve também a condescendência do Chefe da Igreja do
Oriente e também foi aplaudido por muitos bispos, no tempo do Imperador
Constantino V Coprônímo.
O Concílio de Constantinopla, realizado em 754 a.D., declarou a veneração das imagens como "obra do demônio" e grande idolatria, pelo que tratou de destruí-las com mais rigor que anteriormente. Em todos os lugares foram as esculturas retiradas das Igrejas, as pinturas substituídas por paisagens, e quase todos se curvaram à decisão do Concílio.
O Concílio de Constantinopla, realizado em 754 a.D., declarou a veneração das imagens como "obra do demônio" e grande idolatria, pelo que tratou de destruí-las com mais rigor que anteriormente. Em todos os lugares foram as esculturas retiradas das Igrejas, as pinturas substituídas por paisagens, e quase todos se curvaram à decisão do Concílio.
A
Igreja do Ocidente ofereceu resistências porém não foi muito
bem-sucedida. Leão, o Armênio, no ano 815, renovou aquele ato,
ordenando a destruição das imagens, uma vez que os decretos anteriores
haviam sido revogados por alguns dos seus antecessores.
O apóstolo Paulo também combateu a idolatria entre os chamados gentios. Para isso, ele se dirigiu à cidade de Éfeso, juntamente com outros companheiros tentando explicar ao povo que não são deuses os que se fazem com as mãos, que eles não deveriam continuar prestando culto diante dos nichos da deusa Diana.
Entretanto, levantaram-se contra Paulo os ourives da cidade, tendo à frente Demétrio. Formaram uma espécie de motim dentro da cidade; durante duas horas o povo enfurecido gritou: Grande é a Diana dos Efésios. É desnecessário dizer que prevaleceu o fanatismo, e Paulo e seus companheiros tiveram que deixar, apressadamente, a cidade, dada a fúria desenfreada da população, que ameaçava linchá-los.
No O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, encontramos a seguinte explanação sobre a adoração exterior:
"Ela é útil, se não consistir num vão simulacro. É sempre proveitoso dar um bom exemplo, mas os que somente por afetação e amor-próprio o fazem, desmentindo com o proceder a aparente piedade, mau exemplo dão e não imaginam o mal que causam." (Cap. II - Livro Terceiro, perg. 633-a)
Paulo A. Godoy
O apóstolo Paulo também combateu a idolatria entre os chamados gentios. Para isso, ele se dirigiu à cidade de Éfeso, juntamente com outros companheiros tentando explicar ao povo que não são deuses os que se fazem com as mãos, que eles não deveriam continuar prestando culto diante dos nichos da deusa Diana.
Entretanto, levantaram-se contra Paulo os ourives da cidade, tendo à frente Demétrio. Formaram uma espécie de motim dentro da cidade; durante duas horas o povo enfurecido gritou: Grande é a Diana dos Efésios. É desnecessário dizer que prevaleceu o fanatismo, e Paulo e seus companheiros tiveram que deixar, apressadamente, a cidade, dada a fúria desenfreada da população, que ameaçava linchá-los.
No O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, encontramos a seguinte explanação sobre a adoração exterior:
"Ela é útil, se não consistir num vão simulacro. É sempre proveitoso dar um bom exemplo, mas os que somente por afetação e amor-próprio o fazem, desmentindo com o proceder a aparente piedade, mau exemplo dão e não imaginam o mal que causam." (Cap. II - Livro Terceiro, perg. 633-a)
Paulo A. Godoy
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