A LIÇÃO
DO TRÂNSITO
Francisco C.Xavier
Após a leitura da questão 851 de O Livro
dos Espíritos, e debates sobre o livre-arbítrio, Emmanuel nos deu a
página mediúnica da noite – Determinismo e Liberdade – com que nos
oferece a lição do trânsito, muito oportuna e fácil de compreendermos.
DETERMINISMO E LIBERDADE
Emmanuel
Observando que determinismo e
livre-arbítrio coexistem nos destinos humanos, ajustemos o assunto às
lições do trânsito no mundo, regido por leis que nos lembram a temática
em exame.
Imaginemo-nos assumindo o compromisso de
realizar certa viagem na Terra, que, no caso, seria uma nova
reencarnação.
Nas diretrizes do inevitável, estão
ingredientes importantes, como sejam:
O carro significando o corpo físico.
As companhias expressando a equipe
familiar.
A estrada a percorrer.
A tarefa de base.
A obediência aos sinais.
O acatamento às ordens da guarda.
A apresentação de documentos legais.
A condução de recursos socorristas,
indispensáveis à sustentação do veículo.
O pagamento de pedagem.
Os riscos naturais.
No campo da ação livre, se-nos-á lícito
considerar os pontos seguintes:
A proteção em favor da máquina para que a
máquina nos corresponda à expectativa.
A observância aos preceitos do trânsito.
A colaboração espontânea com aqueles que
nos cruzem o caminho para que acidentes sejam evitados.
O cuidado nas ultrapassagens.
A cautela contra brincadeiras e
imprudências.
O apreço para com as autoridades.
A abstenção de avanços temerários.
O sustento da atenção no trabalho.
A previsão de crises prováveis com os
elementos de solução aos problemas que possam surgir.
Segundo é fácil de ver, em qualquer viagem
terrestre, estão juntas as obrigações fatais e as decisões
independentes, em função concomitante.
Assim é a romagem da reencarnação nos
caminhos planetários.
O espírito jaz temporariamente submetido a
deveres inevitáveis, mas dispõe de livre-arbítrio para melhorar ou
comprometer qualquer situação.
Do livro Amanhece. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.