Francisco C.Xavier
Com alguns companheiros, tivemos rápida
troca de idéias sobre conceitos de liberdade. Em que termos somos livres
na Terra? Como entender tantas autoridades das ciências psicológicas de
hoje que justificam a liberação dos impulsos sentimentais, desde que se
evitem atos de delinqüência? Como entender os sistemas de educação com
bases na liberdade irrestrita? Até que ponto somos livres?
Essas indagações nos proporcionavam
apaixonante dialogo, quando nos dirigimos à oração. O Livro dos
Espíritos nos deu a questão 825 para estudo. Depois da troca de
comentários sobre essa questão, quem escreveu por nosso intermédio foi o
caro amigo Cid Franco, hoje na Espiritualidade.
LIBERDADE
Cid Franco
Estudando a Liberdade, busquei a Natureza
para sondar-lhe o brilho.
O esplendor me cercava, mas o Sol afirmou
:
– Para libertar a luz devo permanecer em
minha própria órbita.
Disse o Mar :
– Como nutrir as forças da Vida sem
aceitar as minhas limitações?
A Fonte declarou :
– Não posso emancipar o beneficio de
minhas águas, sem atender às linhas que me orientam o curso.
Explicou-se a Flor :
– Impossível abrir-me para o festival dos
perfumes, sem deixar-me prender.
A Ponte murmurou:
– Nada seria eu se não guardasse a
disposição de servir.
Não longe, a Eletricidade comentou,
movimentando uma fábrica :
– Fora da disciplina, em vão procuraria
ser mais útil.
Um Automóvel parado entrou na conversação
:
– Posso ganhar tempo e vencer o espaço,
mas infeliz daquele que me use sem breques!
Então, voltando-me para dentro do próprio
coração, exclamei em prece:
– Deus, meu Deus, fizeste-me livre no
pensamento para criar o bem e estendê-lo aos meus irmãos ; no entanto,
que será de mim, sem ajustar-me às tuas leis?
Do livro Amanhece. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
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