Emmanuel
Ainda que te
encontres inteiramente penhorado à justiça, à face dos débitos em que te
resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor infinito do Pai Celestial te
concede a bênção do “hoje” para que possas solver e renovar.
*
O penitenciário na
grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a
compaixão e a simpatia daqueles que o observam, caminhando com mais segurança no
retorno à própria libertação.
*
O enfermo algemado
ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os desígnios divinos, pode
amealhar preciosos valores em auxílio e cooperação, em favor da própria
tranqüilidade.
*
E ambos, o
prisioneiro e o doente, no esforço de reconquista, pela nobreza com que recolhem
as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já
entesouram.
*
Recorda assim, que
o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros,
respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
*
Nem ontem, nem
amanhã, mas agora...
*
Agora é o momento
de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da
adversidade e a tortura da expiação...
*
Agora, é o
instante de revelar paciência com os que se tresmalham no erro, de cultivar
humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
*
Ainda que tudo te
pareça na atualidade terrestre, sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a
Deus o teu coração em forma de prece e roga-lhe forças para fazer luz e
confiança onde a treva e o desespero dominam, porque se ontem foi o tempo de
nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.
(De “Indulgência”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
HOJE É O DIA
INIMIGO REAL
Emmanuel
Geralmente, todos os
nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.
-0-
À maneira do martelo que,
tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe a beleza, aquele que se coloca em
oposição à nossa maneira de crer, sentir ou pensar, freqüentemente é fator de
estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.
-0-
O invejoso,
invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento
próprio.
O caluniador nos auxilia a
marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no
bem.
-0-
Assim, então, se um
inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo - inimigo
que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras
armadilhas do remorso e da dor - esse é o nosso próprio Eu, adversário terrível
de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em que se
refugia, sob as paredes da indiferença.
-0-
Combatamos a nós mesmos
cada dia, em nome do bem que abraçamos.
-0-
Não vale afirmar sem
exemplo, nem sonhar sem trabalho.
-0-
Adquirir conhecimentos
superiores para adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a
vida em êxtase delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a
obra do Bem Infinito.
-0-
Guerreemos o inimigo que
se oculta, armado de astúcias mil na fortaleza de nossa animalidade
multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os
dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor e asfixiando-lhe
o ignominioso comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do
crime das reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do
Cristo, o único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível
libertação.
(De “Indulgência”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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VARIAÇÕES DA CARIDADE
Emmanuel
Caridade que anuncia os
próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.
*
Caridade que auxilia para
furtar-se às obrigações do trabalho é inclinação à preguiça.
*
Caridade que se expressa
para dominar o pensamento e a conduta dos outros é tirania de espírito.
*
Caridade que ampara com o
objetivo de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiro do orgulho.
*
Caridade que pede
remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.
*
Caridade que dá para
receber é bondade com propósitos subalternos.
*
Caridade limitada aos
familiares e amigos é tisnada de paixão.
*
Caridade que socorre e não
perdoa é uma porta de ouro para a introdução à crueldade.
*
Caridade com repetidas
lamentações é caminho para o desânimo.
*
Caridade que beneficia
desesperando é inquietação e impaciência.
*
A caridade legítima jamais
aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece,
não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.
*
Se desejamos caminhar em
companhia da divina virtude, cultivemo-la, em silêncio, no coração, à maneira do
Herói do Amor Infinito que, para revelar-nos a caridade pura, entregou-se,
confiante, à Vontade de Deus, pela morte na cruz.
(De “Indulgência”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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AMPARO A CRIANÇA
Batuíra
Se nos propomos a
edificar o futuro com o Cristo de Deus é necessário auxiliar a criança.
Se desejamos
solucionar os problemas do mundo, de maneira definitiva, é indispensável
ajudar a criança.
Se buscamos
sustentar a dignidade humana, abolindo a perturbação e imunizando o povo
contra as calamidades da delinqüência, é preciso proteger a criança.
Se anelamos a
construção da Era Nova, na qual as criaturas entrelacem as mãos na
verdadeira fraternidade, em bases de serviço e sublimação espiritual, é
imprescindível socorrer a criança.
Entretanto
convenhamos que os grandes malfeitores da Terra, os fazedores de guerras e
os verdugos das nações, via de regra foram crianças primorosamente
resguardadas contra quaisquer provações na infância. E ainda hoje os
jovens transviados habitualmente procedem de climas domésticos em que a
abastança material não lhes proporcionou ensejo a qualquer disciplina,
pelo conforto excessivo. Urge, pois, não só amparar a criança, mas educar
a criança e induzi-la ao esforço de construção do Mundo Melhor.
Do livro Mais Luz.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
DEUS E O HOMEM
DEUS E
O HOMEM
Emmanuel
Deus criou a Terra, à maneira de um paraíso
repleto de fontes e de flores para as criaturas em evolução.
O homem dilapidou-lhe a face, a pretexto de buscar
recursos e cultivá-los para a própria alimentação.
Deus formou o solo do Planeta com incalculáveis
tesouros.
O homem encontrou vestígios de semelhantes
riquezas e bastou isso para escavar-lhe o corpo, apropriando-se das criações
divinas e instalando antagonismos entre os próprios irmãos para transformá-las
em objeto de cobiça e ambição desvairada
Deus levantou árvores, destinando-as à proteção da
vida.
O Homem, no entanto, derrubou-as, não apenas a fim
de aproveitá-las na edificação de moradias, segundo as finalidades que lhes
foram assinaladas, mas simplesmente por bagatelas ou para complementar o
espetáculo de pavorosos incêndios.
Deus inspirou a formação da dinamite para
facilitar a construção de estradas que favorecessem o intercâmbio entre os
povos.
O Homem, entretanto, empregou-a na fabricação de
bombas para a destruição de comunidades indefesas.
Deus plasmou a beleza e a música, a arte e a
ciência, da conjugação das quais nascesse a paz entre os seres.
O Homem inventou planos de hegemonia e fez a
guerra que se alimenta com milhões de vidas, expulsando, vaidosamente, a paz do
ambiente deles
Mesmos.
Quando observares a Terra, sofrendo agressões à
natureza e estabelecendo a dominação da guerra, não incluas Deus em tuas
indagações, porque já sabes de quem é a culpa.
Do livro Monte Acima. Psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
TRIOS IMPORTANTES
TRIOS
IMPORTANTES
André Luiz
Três verbos existem que, bem
conjugados, serão lâmpadas luminosas em nosso caminho:
Aprender, Servir,
Cooperar.
Três atitudes exigem muita
atenção:
Analisar, Reprovar,
Reclamar.
De três normas de conduta
jamais nos arrependeremos:
Auxiliar com a intenção
do bem, Silenciar, Pronunciar frases de bondade e estímulo.
Três diretrizes
manter-nos-ão, invariavelmente, em rumo certo:
Ajudar sem distinção,
Esquecer todo mal, Trabalhar sempre.
Três posições devemos
evitar em todas as circunstâncias:
Maldizer, Condenar,
Destruir.
Possuímos três valores que,
depois de perdidos, jamais serão recuperados:
A hora que passa. A
oportunidade de elevação. A palavra falada.
Três programas sublimes se
desdobram à nossa frente revelando-nos a glória da Vida Superior:
Amor, Humildade, Bom
ânimo.
Que o Senhor nos ajude,
pois, em nossas necessidades, a seguir sempre três abençoadas regras de
salvação.
Corrigir em nós o que nos
desagrada em outras pessoas.
Amparar-nos mutuamente.
Amar-nos uns aos outros.
(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)
EVANGELHO E PAZ
EVANGELHO E
PAZ
Emmanuel
I
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
Não vô-la dou como o mundo a dá.
JESUS, JOÃO,
14:27.
O bem
semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento
evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a
estagnação.
........................................................
O PROBLEMA
da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes. E o Evangelho do
Cristo constitui o manancial divino, em cujas correntes de água viva pode
o coração renovar-se para a vitória do legítimo entendimento.
Guerras,
discórdias, crises, representam a resultante da grande desarmonia que a
ausência do amor estabeleceu no caminho da inteligência.
A
concórdia real jamais será incubada por decretos políticos ou por
princípios apressados de filosofia salvacionista, nas relações dos homens
entre sí, e para a harmonia individual não valem tão-somente a
argumentação da psiquiatria e as descobertas preciosas da ciência médica.
A
incompreensão das criaturas torna sombrios todos os caminhos da Terra e o
valor da carne sofre a influenciação da angústia que ele mesmo projeta.
Outro
recurso não nos resta, além daquele que conduz com a justa retificação.
O Grande
Médico e Sublime Renovador do mundo ainda é o Cristo que revelou o
ministério do sacrifício pessoal por lição inesquecível de ressurreição e
triunfo.
“Ajuda
ao que te persegue e calunia. Ora pelos que te odeiam. Serve sem aguardar
retribuição. Renuncia a ti mesmo, toma a cruz da abnegação em favor dos
que te cercam e segue, de ânimo robusto, para diante. Aquele que te pede a
capa, dá igualmente a túnica. Ao que te exigir a jornada de mil passos,
caminha com ele dois mil”.
Semelhantes ensinamentos pairam sobre a fronte da Humanidade, concitando-a
à vida nova.
A
organização mental é um instrumento que, ajustado ao Evangelho, deixa
escapar às vibrações harmônicas do amor, sem cujo domínio a vida em sí
prosseguirá desequilibrada, fora dos objetivos superiores, a que
indiscutivelmente se destina.
Há
produção de pensamentos no mundo, como existe a produção de flores e
batatas. Criamos, em torno de nós, a atmosfera de ordem ou perturbação,
quanto incentivamos a seara de trigo ou suportamos, por relaxamento, a
colheita compulsória de ervas daninhas.
Induzindo-nos ao trabalho construtivo com bases no devotamento pessoal
pelo bem de todos, a mensagem de Jesus compele-nos a irradiar fé e
paciência, serenidade e bom ânimo, com atividade plena e infatigável a
benefício da alegria comum. Habituamo-nos, assim, a compreender as
necessidades do vizinho, guardando um coração educado para auxiliar
sempre, cedendo de nosso egoísmo ao alheio contentamento.
Sob tais
moldes, a experiência do lar é mais sadia e mais nobre, o clima de
confiança possibilita sólidos alicerces à felicidade e caminhamos para a
frente de espírito arejado, pronto a socorrer todas as dores e a
contribuir na equação dos problemas de quantos procuram a bênção do
progresso junto de nós.
A comunhão
com Jesus sublima as secreções ocultas da alma, proporcionando-nos acesso
fácil ao manancial de forças renovadoras do ser ou de hormônios
espirituais da vida eterna.
Afeiçoando-nos ao Mestre Sublime, seremos verdadeiros irmãos uns dos
outros.
Em nosso
coração e em nossa mente reside a sementeira da luz.
Auxiliando-a com a boa vontade, sob a inspiração ativa e constante da Boa
Nova, no esforço mútuo de compreensão das nossas necessidades e problemas
que exigem o concurso incessante do amor, alcançaremos, mais cedo, a
vitória da saúde e da alegria, do aperfeiçoamento e da redenção.
(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)
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Jesus está chamando
Emmanuel
Desde a primeira hora do
Apostolado Divino, Jesus está chamando cooperadores para os serviços de
extensão do Reino de Deus na Terra.
A princípio, buscou Pedro e
André, os pescadores humildes, à tarefa de salvação.
Convocou Mateus, o
administrador de impostos, à coleta de bens do Céu.
Trouxe Maria de Magdala, a
obsidiada de vários demônios, à necessária renovação.
Convocou Joana, a esposa
admirável de ilustre funcionário do bem público, ao concurso fraterno.
Chamou Zaqueu, o mordomo da
fortuna, do alto de um sicômoro, ao esforço de benemerência.
Exaltou em Maria da Betânia
o valor da meditação.
Requisitou Marta, a
preocupada servidora doméstica, às obras do pensamento sublime.
Acordou Nicodemos, o mestre
intelectual de Israel, para o ministério da santificação..
Ergueu Lázaro, no sepulcro,
para a manifestação do Divino Poder.
E ainda, no último dia e na
derradeira hora, despertou um ladrão crucificado para a divina esperança.
Em todos os vinte séculos de
Cristianismo que estamos vivendo, o Senhor está chamando colaboradores
para a sua obra excelsa de redenção e aprimoramento.
Há serviço para cada um e
degraus iluminativos para todos.
Para onde segues, irmão?
Jesus, por nós, imolou-se na
cruz.
QUE FAZEMOS NÓS POR
ELE?
(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)
No Limiar do Amanhã / A força do pensamento
A força do pensamento
Herculano Pires
“Gostaria que o caro professor falasse a respeito da força do
pensamento.”
O pensamento é a mais poderosa energia no campo da comunicação.
Quando os astronautas vão à Lua e a nave espacial fica atrás do corpo lunar,
não é possível nenhuma comunicação da nave com a Terra, nem da Terra com a
nave. Por que? Porque o corpo lunar impede a passagem de qualquer energia ou
comunicação terrena. Entretanto, lá de trás da lua, é possível ao astronauta
enviar o seu pensamento para a Terra e receber a resposta enviada daqui.
Não estou jogando com palavras. Posso lembrar a experiência
de um dos astronautas da Apollo 14, que foi à Lua levando a incumbência de
fazer transmissões telepáticas para a Terra. As suas comunicações foram recebidas
no Centro Espacial de Houston, nos Estados Unidos, demonstrando a possibilidade
das comunicações telepáticas, no Cosmos. Sendo assim, as experiências
telepáticas, nos Estados Unidos, demonstraram que não há matéria física que
bloqueie o pensamento. E nem o espaço, nem o tempo, impedem essa transmissão. A
transmissão telepática é precisa e perfeita, em qualquer distância, em qualquer
ponto e através de qualquer espécie de matéria física.
Quando o professor Rhine, da Universidade de Houston, confirmou
o que estamos dizendo, Ransiliev, da Universidade de Leningrado, contestou suas
afirmações, comentando: “vou mostrar, através de pesquisas, que há barreiras
físicas capazes de deter a transmissão telepática”. Ele fez uma série de
investigações científicas e chegou à conclusão de que a energia do pensamento é
uma energia física, mas de tipo ainda desconhecido, porque nenhuma barreira
física consegue impedi-la.
O professor Rhine então disse: “o professor Ransiliev chegou
a uma conclusão científica, de acordo com a minha, mas não a expôs de maneira
científica, porque, quando ele disse que essa energia é de tipo desconhecido,
não podia ser da matéria física”. Para o professor Rhine, a energia mental é
extrafísica. Não pertence ao corpo físico, porque supera todos os condicionamentos
e todas as barreiras do corpo físico. Isso prova que, apesar da distância que
Deus está de nós, no Infinito, ou que um Espírito esteja, podemos enviar a Ele
a nossa mensagem mental, porque não há barreiras que impeçam a comunicação do
pensamento, às maiores distâncias.
É claro que a resposta de Deus é dada em nossa própria consciência.
Nós a recebemos intuitivamente, ou muitas vezes através dos fatos, para os
quais pedimos a sua manifestação. A prece tem, portanto, um sentido puramente
racional. Nós nos dirigimos a uma Entidade, que sabemos ser Deus. Sabemos que
ela existe, por que? Porque a vimos? Porque a tocamos? Não. Mas porque a vimos
e sentimos na natureza que nos cerca, em toda a estrutura ordenada do Universo,
onde nada acontece por acaso, pois tudo é determinado por Leis e, portanto,
dirigido por uma Inteligência. Nada nasceu por acaso, porque o acaso não é inteligente.
Se tivéssemos nascido por acaso, deveríamos ser uma monstruosidade. Nada existe
por acaso. A Terra tem a sua estrutura, suas leis determinadas, perfeitas, que
regem a existência de todas as coisas e de todos os seres. Por isso, sabemos
que Deus existe. Deus é esse poder, embora não possamos tocá-lo nem vê-lo,
porque é absoluto. Por isso, Deus está presente; sempre, em toda parte, em
nossa consciência, em nosso coração.
Falar com Deus não é difícil, como pensam. Não se precisa de
alto-falantes nem estações de rádio para transmitir uma mensagem ao espaço.
Não! Deus está presente em nós mesmos, na nossa consciência e no nosso coração.
Ele está e nos ouve, dentro de nós. Então, basta dirigirmos uma prece a Ele e
nós, realmente, conseguimos nos comunicar com o Pai Criador.
No Limiar do Amanhã / O fermento dos fariseus
O fermento dos fariseus
(Locutora do programa) – Abrindo o Evangelho ‘ao acaso’, encontramos,
em Lucas, capítulo 12, versículos 2 e 3: “Tendo-se juntado milhares de pessoas,
de modo que um e outro se atropelavam, começou Jesus a dizer primeiro aos seus
discípulos: Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há
encoberto, que se não venha a descobrir; em oculto que se não venha a saber.
Por isso, o que disseste na treva, à luz será ouvido; o que falastes ao ouvido,
no interior da casa, sobre os telhados será proclamado.”
Vemos, nessa passagem do Evangelho de Lucas, a colocação de
um problema tipicamente espírita, ou seja: o problema da supressão das vidas.
Jesus advertia, naquele momento, os seus discípulos, quanto àquilo que chamou
de o fermento dos fariseus, ou o fermento da hipocrisia. Esse fermento
dos fariseus, para sermos justos, é o fermento humano, que existe em toda a humanidade.
A hipocrisia nos faz mostrar um semblante alegre, sorridente,
para os outros, quando, na verdade, mostramos apenas a nossa falsa casaca, como
se costuma dizer. Então, Jesus diz que o que se diz ao ouvido, o que se diz
dentro de casa, no ambiente familiar, escondido dos outros, afinal será
proclamado, mais cedo ou mais tarde; aquilo que se diz no escuro será revelado
na luz.
Quem conhece o problema das vidas sucessivas sabe que após a
morte passamos a viver no mundo espiritual. Temos ali uma extensão da vida
terrena, muitas vezes, igual ou com maior extensão do que a existência na
Terra. Quando chegarmos ao mundo espiritual, vamos nos encontrar com uma
sociedade diferente, onde quase não se pode esconder aquilo que se pensa, pois
a linguagem dos Espíritos é o pensamento. Os Espíritos não precisam falar, como
nós falamos, através da voz articulada, para se comunicarem entre si. Eles
podem comunicar-se pelo pensamento.
Assim sendo, nós temos, no mundo espiritual, aquelas pessoas
que costumavam, na Terra, falar mal do próximo e fingir amizade na sua
presença, as quais encontram uma dificuldade muito grande, no Mundo Maior,
porque estavam acostumadas a fazer assim na Terra. Mas na nova morada não podem
fazê-lo, porque quando querem fingir, o fingimento transparece. E,
praticamente, revelam as suas intenções ocultas. Então elas não podem adotar,
como na Terra, a tática do fingimento, por não estarem escondidas atrás do
corpo material; estão se comunicando através do seu próprio corpo espiritual,
que é transparente e o pensamento, à flor da pele, se é que podemos dizer
assim, revela-se por meios evidentes, não podendo ser escondido.
É por isso que Jesus disse que tudo aquilo que fizermos aqui
será revelado, no Mundo Maior. Nas pesquisas de Allan Kardec sobre esse
assunto, publicadas na Revista Espírita,
vemos Espíritos que se queixam profundamente das situações em que se encontram,
porque não podem fazer nada escondido. Tudo o que querem ocultar está sempre
sob os olhos de entidades espirituais que enxergam tudo quanto fazem, tudo
quanto pensam e sentem.
É por isso que Jesus nos dá uma lição, através desse trecho
do Evangelho de Lucas, no sentido de que devemos ser leais. Devemos ser
sinceros, a fim de evitarmos situações embaraçosas para o nosso Espírito, pois,
após a morte, se não nos libertarmos, na Terra, do vício da hipocrisia, nos
colocaremos em situações verdadeiramente desesperadoras, revelando aquilo que
não queremos revelar. Não pensem que a desencarnação dá atestado de santidade a
alguém. Seremos lá exatamente o que fomos aqui.
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