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sábado, 8 de fevereiro de 2014

NA HORA DA CRISE

Emmanuel
Reunião pública de 05/10/59.
Questão 466  (Livro dos Espíritos)
 
 
Na hora da crise, emudece os lábios e ouve as vozes que falam, inarticuladas, no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o presente que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos adversários, na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da responsabilidade que nos vibra na consciência.
Diz o mundo: Acomoda-te como puderes.
Pede o Cristo: Levanta-te e anda
Diz o mundo: Faze o que desejas.
Pede o Cristo:Não peques mais
Diz o mundo: Destrói os opositores.
Pede o Cristo: Ama os teus inimigos.
Diz o mundo: Renega os que te incomodem.
Pede o Cristo:Ao que te exige mil passos,caminha com ele dois mil.
Diz o mundo:Apega-te a posse.
Pede o Cristo: Ao que te rogue a túnica cede também a capa.
Diz o mundo:Fere a quem te fere.
Pede o Cristo: Perdoa sempre.
Diz o mundo: descansa e goza.
Pede o Cristo:avança enquanto tem luz.
Diz o mundo:Censura como quiseres.
Pede o Cristo: Não condenes.
Diz o mundo: Não repare os meios para alcançar os fins.
Diz o Cristo: Serás medido pela medida que aplicares aos outros.
Diz o mundo: Aborrece os que te aborreçam.
Pede o Cristo:Ora pelos que te perseguem e caluniam.
Diz o mundo: Acumula ouro e poder para que te faças temido.
Diz o Cristo: Provavelmente nesta noite pedirão tua alma e o que amontoaste para quem será?
Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se, de algum modo, à coisa vista.
Não precisas, assim, sofrer longas hesitações nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo, ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo certo.
 
 
(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Apelo Espírita



Irmãos! Faze:

De cada ensinamento que recebes uma instrução do Plano Superior;

De cada tarefa, por mínima que seja, uma realização em que deixes os melhores sinais de tua presença;

De cada conversação, um entendimento construtivo;

De cada conversação, um mensageiro de tua cooperação, no levantamento da felicidade geral;

De cada relação nova, uma sementeira de bênçãos;

De cada necessitado, um irmão que te espera o auxílio, em nome da Divina Paternidade;

De cada desapontamento, um teste de compreensão;

De cada hora, uma oportunidade de servir...

Companheiro da Terra és o viajor em trânsito na hospedaria do mundo!... Guarda o coração e a consciência, na prática do bem, de tal modo, que possas receber, com o despertar de cada manhã, um novo renascimento na casa física e, no descanso de cada noite, um ensino de regresso tranqüilo ao teu lar verdadeiro, na Vida Espiritual.


Livro Caminho Espírita psicografado por Chico Xavier

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Dossiê Canuto Abreu

O Dossiê Canuto Abreu

Silvino Canuto Abreu e J. Herculano Pires, à esquerda, compondo a mesa no evento dos 100 anos de O Livros dos Espíritos

Figura ímpar de vasta cultura e erudição, o Dr. Silvino Canuto Abreu certamente foi uma das pessoas que mais contribuíram para a preservação da memória do Espiritismo. Sua obras são impecáveis, tanto pelo gosto quanto no estilo. Escrevia e falava com fluência os idiomas clássicos e suas principais derivações modernas, o que lhe permitia o acesso aos textos e relíquias literárias da antiguidade religiosa oriental e greco-romana.

Dessa forma ele nos brindou com pérolas do tipo “O Evangelho por fora”, cujas ricas notas excedem a prória narrativa, mas que nos ensina um olhar especial e diferenciado sobre as coisas e a essência da Codificação. Depois que lemos um exemplar presenteado pelo confrade Azamar Trindade, nunca mais usamos a expressão Espírito de Verdade, mas simplesmente “Espírito Verdade”.

No apetitoso “ O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária”, também editado pelo Instituto de Cultura Espírita de São Paulo, nos deliciamos com uma fictícia - ou seria real? - descrição dos acontecimentos cotidianos que marcaram o lançamento do Livro dos Espíritos, no dia 18 de abril de 1857. Conduzindo o relato, o nosso cronista descreve os fatos desde as primeiras horas da manhã, quando o lote da publicação chega para ser exposto na livraria Dentu até as últimas horas da noite, num coquetel comemorativo, reunindo no pequeno apartamento de Rivail e Amélie todas as pessoas que colaboraram diretamente para que edição viesse à público. É um texto perfeito para um roteiro de cinema. Sobre esse episódio Chico Xavier, em relato para Suely Caldas Schubert, disse que, naquela manhã, ao sair da livraria, Kardec encontrou-se com George Sand e ofereceu o seu exemplar histórico do Livro para a conhecida escritora e ex-companheira de Chopin.

Temos ainda, com seu toque de genialidade, a tradução da primeira edição do Livro dos Espíritos, feita especialmente para comemorar o 100 anos do evento, em 1957. Também não podemos esquecer seus artigos publicados na Revista Santa Aliança (Metapsíquica), nos quais mergulhamos nas mais remotas raízes da tradição herética lyonesa e nos fatos que as ligam com os adeptos do Espiritismo nos tempos modernos. Com o mesmo talento, biografou o Dr. Bezerra de Menezes, fornecendo ricos subsídios para a história da formação das primeiras instituições espíritas no século XIX.

O Dr. Silvino, na condição de médico e adepto da homeopatia, nos legou também um precioso acervo a respeito das atividades dos fundadores dessa modalidade curativa e suas ligações e afinidades com o kardecismo. Frequentou importantes círculos espíritas na França, sempre em busca de “novidades antigas” , tendo convivido com o escritor Gabriel Dellane, filho de uma das médiuns de Allan Kardec e produto autêntico da primeira geração de espíritas históricos:

“Assisti a trabalhos por ele presididos. Ouvi suas lições práticas. Suas longas e cintilantes narrativas. Suas discussões, em que às vezes erguia a voz, exaltado pela convicção posta em dúvida, e logo a baixava, sorridente, ao perceber a porta do misticismo, que detestava como cientista.”
Mas de todas as suas contribuições, sempre com grande fôlego intelectual, destaca-se uma revelação pessoal, feita diante de várias testemunhas, cuja versão e repercussão tornaram-se maiores do que o próprio fato. Diante do espanto dessas pessoas, Canuto conduziu-os ao seu escritório e sacou dos seus arquivos os tais textos e aprofundou ainda mais a gravidade da revelação , dado ao impacto ali causado na mente dos presentes e suas consequências no universo social espírita. Ele se referia às cartas redigidas por Allan Kardec e dirigidas a Léon Denis contendo denúncias de traição ao Espiritismo contra o advogado J.B. Roustaing.

Para quem alimenta uma imagem sacralizada do Codificador, que era um cientista nato, esta não é uma informação fácilmente compreensível sobre Allan Kardec. Para quem foi educado para cultuar a natureza mística das instituições espíritas, o questionamento científico da figura de Roustaing não combina com a postura serena do mestre lyonês, mesmo que os textos por ele escritos e publicados na Revue digam ao contrário. Acreditam também alguns confrades mais moderados que essa grave questão será esquecida ou melhor compreendida com o passar do tempo. Em todo caso, ela já faz parte da história das nossas controvérsias e merece registro.


Polêmicas que fiquem à parte, pois o que nos interessa realmente é apresentar a fígura clássica de Canuto Abreu aos nossos leitores. Tarefa difícil, já que, sempre que o colocamos em destaque, surge na sua biografia as afinidades e também alguns embates entre ele e algumas personalidades influentes do nosso movimento.


Canuto e Herculano
“Nas comemorações do bicentenário de Allan Kardec, realizadas em Paris em outubro de 2004, ocorreu um fato muito curioso. No congresso internacional preparado para homenagear o nascimento Codificador registrou-se a presença de centenas de representantes de diversos países – a maioria brasileiros – e de médiuns de grande prestígio no movimento espírita brasileiro. Uma grande expectativa estava no ar. Que personalidades espirituais se manifestariam naquele evento histórico? Talvez os Espíritos que colaboraram na Codificação e na Sociedade Espírita de Paris? Talvez Chico Xavier, Emmanuel, André Luiz, Herculano Pires? Ou então Amélie Boudet ou mesmo o próprio Allan Kardec? Nenhum deles. Muitos participantes confessaram uma certa decepção e surpresa com a manifestação já aguardada do Espírito Léon Denis, mas poucos esperavam uma comunicação de Canuto Abreu, um dos maiores admiradores e divulgadores da obra de Kardec e que caiu no esquecimento e na desconsideração de muitos espíritas logo após o fato que iremos relatar. Em 1957, durante as comemorações do centenário da Codificação, o Dr. Canuto tinha reservado uma grande surpresa para a comunidade espírita. Durante anos se empenhou pessoalmente para traduzir a primeira versão de “O Livro dos Espíritos” e publicou, com recursos próprios, uma interessante versão bilíngüe da obra. O nosso caro confrade tinha todas as razões para crer que estava dando uma preciosa contribuição cultural para a memória do Espiritismo. Era considerado o mais erudito dos espíritas e, por isso, foi convidado para discursar na abertura da grande festa organizada pelos paulistas no Ginásio do Pacaembu. Quase dez mil pessoas ouviram, encantadas, a descrição romanceada feita pelo orador sobre o histórico dia 18 de abril de 1857. Na mesa das autoridades estavam Luiz Monteiro de Barros, Paulo Toledo Machado e Abrahão Sarraf, representando a USE; Carlos Jordão da Silva, pelo Conselho Federativo Nacional, os vereadores Freitas Nobre e Matilde de Carvalho; João Teixeira de Paula, do jornal Unificação; Luisa Peçanha Camargo Branco e Eurides de Castro, da comissão organizadora do evento; e Herculano Pires, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Na foto histórica Canuto e Herculano aparecem lado a lado numa aparente harmonia fraternal. Passados os festejos, Herculano, preocupado com uma possível confusão de diferenças e semelhanças entre as duas edições históricas do Livro dos Espíritos, não conseguiu segurar o seu ímpeto vigilante e publicou um artigo agressivo fazendo pesadas críticas ao trabalho do Dr. Canuto. Extremamente sentido e magoado, o Dr. Canuto Abreu mandou recolher os exemplares da preciosa edição documental. Afastou-se completamente do movimento espírita, apagando-se em triste reclusão e anonimato. Nunca reclamou publicamente da crítica, nem tampouco justificou sua atitude de afastamento. Os exemplares permaneceram guardados no porão de sua residência por mais de meio século, sendo depois resgatado pelo Museu Espírita de São Paulo”.

Nova História do Espiritismo – Dalmo Duque dos Santos. Editora Corifeu. Rio de janeiro.


Relatos da imprensa espírita sobre o assunto
Os Documentos de Canuto Abreu
Os confrades Carlos de Brito Imbassahy (RJ) e Jamil Salomão (SP) divulgaram há alguns anos a notícia de que foram entregues ao Dr. Canuto de Abreu, em Paris, pouco antes de estourar a Guerra de 1939, documentos de Allan Kardec, incluindo cartas suas endereçadas a Roustaing, acusando-o de controverter a ordem doutrinária e de traidor dos postulados espíritas.

Escreveu Carlos de Brito Imbassahy, sob o título "Dr. Canuto de Abreu" ("Mundo Espírita", PR, de 31.08.1980): "Os tempos se passam". Indo a São Paulo em companhia do Olympio (que fazia vez de meu irmão), e da esposa, fomos almoçar com o Dr. Canuto de Abreu; nesta tarde, ele nos leva para os seus arquivos particulares e nos mostra um "dossier" contando-nos a história.

"Estava na França pouco antes de estourar a Guerra de 1939 quando, intempestivamente, fui procurado por dois cidadãos que se apresentaram e se disseram que ali estavam por ordem espiritual. Os cidadãos haviam recebido instrução de seus guias que deveria vir do Brasil uma determinada pessoa em tais circunstâncias que coincidiam exatamente com as minhas (dizia o Dr. Canuto) e que a esse cidadão deveriam ser entregues os arquivos particulares do próprio Allan Kardec, pois a Europa iria passar uma fase conturbada de guerra e, se esses documentos fossem encontrados, seriam destruídos".

Ali estava, diante de mim e de Olympio, a letrinha de Kardec, suas opiniões e um envelope "confidencial-não pode ser publicado". Mostrou-me seu conteúdo dizendo:

"Gostaria de doar este acervo à Federação Espírita Brasileira, mas ela é roustainguista e, na certa, não vai admitir que seja ela própria a portadora de documentos que condenam "Os Quatro Evangelhos" (de Roustaing!).

Disse isso e mostrou-me duas cartas manuscritas onde, por cima, lia-se:

"Carta enviada ao senhor João Batista Roustaing, cartas essas que são um libelo terrível, no qual acusa o "colega" de controverter a ordem doutrinária, deixando-se envolver por mistificadores cujo único objetivo era desmoralizar o sistema de comunicação com os mortos."

Jamil Salomão (CF do ABC, janeiro/1990) escreveu, sob o título "J. B. Roustaing, o Judas do Espiritismo":

"Esta afirmativa é atribuída a Allan Kardec", feita em uma carta endereçada ao insigne escritor Léon Denis, cujo próprio original se encontra em poder do Dr. Canuto de Abreu, conhecido intelectual e espírita da capital de São Paulo, que possuía farto material que pertencia a Kardec. Numa Visita fraterna ao Dr. Canuto, pelos idos de 1974, em companhia do Dr. Freitas Nobre e da médica Dra. Marlene Severino Nobre, ouvimos essas revelações surpreendentes, pois desconhecíamos a existência de um documento de tal importância. Imediatamente foi solicitado ao Dr. Canuto de Abreu permissão para a divulgar o material, bem como obter cópia do mesmo, a fim de ser noticiado no jornal "A Folha Espírita", que estava sendo lançado naquela época, como o primeiro jornal espírita a ser colocado nas bancas públicas e com distribuição nacional. O Dr. Canuto se mostrou temeroso, não permitindo a divulgação da carta de Kardec, na qual atribuía a Roustaing a condição de traidor dos postulados espíritas, ao lançar "Os Quatro Evangelhos", atribuindo-lhes o título de "Revelação da Revelação", o que poderia ser motivo de uma cisão no movimento espírita."(...) Comentário: Quanto ao escrúpulo do Dr. Canuto de Abreu, e agora de seus familiares, em não dar publicidade às cartas de Allan Kardec contra Roustaing, ocorre-nos lembrar à distinta família que, se o plano espiritual se preocupou com a preservação dos documentos de Kardec, incluídas as referidas cartas, não foi para que elas permanecessem desconhecidas do público espírita. É óbvio, caso contrário os espíritos deixariam que tais documentos fossem destruídos pelos invasores alemães, como estava previsto. Com essa atitude, a nosso ver, equivocada, da respeitável família Canuto de Abreu, apenas se exumaram, em Paris, as cartas de Allan Kardec para dar lhes nova sepultura, no Brasil. E perguntamos: Para que? Consultando sobre o paradeiro dessas cartas, informou Carlos de Brito Imbassahy que conforme lhe disseram, elas estariam em poder de um neto do Dr. Canuto de Abreu. Fazemos este apelo a quem guarde estas cartas de Allan Kardec: que as entregue para divulgação, a um jornal de grande circulação, "Correio Fraterno do ABC" ou "Jornal Espírita", a meu ver, os mais credenciados para dar-lhes publicidade.

Espíritas Verdadeiros! Esclareçam-se sobre os erros contidos na obra de Roustaing, estudando uma ou todas as seguintes obras e respectivos autores, indicados por Erasto de Carvalho Prestes, Niterói, RJ (página 2): Luciano Costa ("Kardec e não Roustaing"); José Herculano Pires ("O Roustainguismo à Luz dos Textos"); Júlio Abreu Filho ("Erros Doutrinários"); Ricardo Machado ("Máscaras Abaixo"); Henrique Andrade ("A Bem da Verdade"); Wilson Garcia ("Corpo Fluídico"); Gélio Lacerda da Silva ("Conscientização Espírita"); Nazareno Tourinho ("Retalhos de um Atalho" e "As Tolices e Pieguices da Obra de Roustaing"). "De nada valeu exumar, em Paris, as cartas de Allan Kardec a Roustaing, porque lhes foi dado nova sepultura, no Brasil." Correio Fraterno do ABC, ano XXXII, nº 343 página 7, de Agosto de 1999, sob o título “APELO AOS PARENTES DO DR. CANUTO DE ABREU”, assinada por Gélio Lacerda da Silva.


Mensagem de Canuto Abreu no Congresso de 2004
Allan Kardec!

Este nome é um marco de um tempo novo. É uma legenda de luz e de força moral que edifica um tempo especial de regeneração humana, e que, ao longo de mais de seis décadas, esteve no mundo das formas para materializar os ensinamentos do Mundo Etéreo, junto às almas terrenas.

Alma de escol, sem embargo, Allan Kardec veio ao planeta para representar no campo físico a Equipe Luminosa do Espírito da Verdade, que jorrava claridade sobre o orbe sob a ação venturosa do Cristo Excelso.

Nesse tempo em que o Espiritismo está no mundo, como esplendente Sol diluindo os miasmas da longa noite moral humana, ainda que pouco a pouco, são incontáveis aqueles que vêm recebendo o sustento para viver com entusiasmo, a motivação para prosseguir nas árduas lutas, sem pensar em fugir dos proscênios dificultosos dessas graves experiências das sociedades terrenas.

Quantos se arredaram das idéias suicidas, pelo entendimento de que ninguém morre essencialmente?

Quantos desistiram do abortamento por terem admitido o acinte que tal coisa representa contra as divinas leis de Deus?

Quantos se decidiram por manter iluminada por Jesus a estrutura do lar, ao verificarem sua importância para o progresso familiar?

Quantos se dedicaram a estudar as leis da vida e a estudar-se, anelando o entendimento e a melhoria de si mesmos?

Quantos abriram mão dos preconceitos de raça, de cor da epiderme, de gênero, de cultura e tantos outros, libertando-se dessa forma de ignorância que se demora no seio das sociedades?

Quantos que se esforçam por servir, por amar, desejosos de se tornarem cada vez mais úteis no campo da existência?

Quantos hão renunciado às pressões do homem-velho, na corajosa busca dos valores do homem-novo, conforme as considerações do Apóstolo Paulo?

Quantos sofrem e choram seus tormentos de agora, conscientes quanto às razões desses complexos dramas, sem se permitir murchar pelo desânimo, ante a visão lúcida que o Espiritismo enseja?

Hoje, quando reconhecemos, na Pátria Espiritual, os inúmeros equívocos que costumamos cometer, quando caminhantes da vilegiatura corporal, vale considerar a importância de fazer com que a gloriosa informação da Codificação penetre nossa intimidade, a fim de que respiremos esse portentoso pensamento espírita, convertendo-o em nossa real filosofia de vida, o que nos capacitará para a conquista da felicidade.

Quantos que ainda supõem que é possível ser espírita sem ajustar a própria existência aos preceitos da Codificação, e que se enganam com essa suposição?

Quantos que ainda crêem na ventura post-mortem longe dos esforços para a superação de limitações e obstáculos encontrados nas vias mundanas, e que se frustram no além?

Acho-me sob intensa emoção. Lutamos, durante um tempo longo, junto aos valorosos Benfeitores do nosso Movimento Espírita Internacional, para que este momento fosse corporificado aqui, nos campos fluídicos da alma francesa. E o Senhor da Vida no-lo consentiu. Mais do que isso, destacou eminentes Numes de vários países para formar a coordenação deste evento, a efeméride do IV Congresso Espírita Mundial, sob a inspiração do próprio Codificador.

Cabe-nos vibrar, então, ao se fecharem as cortinas deste Congresso, certos de que suas luzes não se apagarão. Os elementos energéticos que absorvemos aqui, resguardados por luminosos Prepostos de Jesus, acompanhar-nos-ão como inspiração para os trabalhos futuros e como medicação valiosa para que, daqui para a frente, logremos o fortalecimento da alma para estudar, para amar e servir, mais conscientes dos nossos deveres para conosco, para com Jesus e para com a vida, agora aclarada em seus fundamentos pelos ensinamentos do Espiritismo que, vitorioso no mundo, impulsiona-nos a ter maior clareza e penetração da razão, ao mesmo tempo que, dedicados ao bem, possamos ser felizes.

Deixo o meu abraço emocionado a todos quantos vibraram, vibram e vibrarão com essa realização bendita no solo francês, e a todos desejo paz e muita luz junto à Seara do Espiritismo.

Servidor de todos, agradecido e vibrante,

Sylvino Canuto Abreu

(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)
 
Fonte:  http://observadorespirita.blogspot.com.br/2008/03/o-dossi-canuto-abreu.html

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O LIVRO ESPÍRITA


 
Albino Teixeira
O livro espírita é luz – clareia o nosso entendimento.
O livro espírita é bússola – norteia os nossos passos.
O livro espírita é pão – alimenta a nossa fé.
O livro espírita é remédio – balsamiza as nossas dores.
O livro espírita é fonte de água pura – sacia a nossa sede.
O livro espírita é sempre o nosso melhor amigo nos caminhos da elevação.
Adquiri-lo é importante.
Lê-lo é imprescindível.
Estudá-lo é sabedoria.
Divulgá-lo é dever.
Agradeçamos a Deus pela bênção do livro genuinamente espírita, em cujas páginas luminescentes encontramos o Pensamento Vivo dos Espíritos Superiores que ditaram a Codificação a Allan Kardec, na revivescência do Evangelho de Jesus.
 
CONFIA E SERVE - Francisco Cândido Xavier – Carlos A. Baccelli - Espíritos diversos

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Divulgação de Mensagens Mediúnicas


                                                                 Marta Antunes Moura

Um dos correspondentes da Revista Espírita enviou a  Allan Kardec, a seguinte pergunta,: “Deve-se publicar tudo quanto dizem os Espíritos?” O Codificador do Espiritismo respondeu a indagação com outra pergunta: “(…) seria bom publicar tudo quanto dizem e pensam os homens?”[1]
Antes, porém, de emitir opinião abalizada sobre o assunto, Kardec  apresenta  ponderadas considerações que merecem ser recordadas, sobretudo porque permanecem atuais:
Quem quer que possua uma noção do Espiritismo, por mais superficial que seja, sabe que o mundo invisível é composto de todos os que deixaram na Terra o envoltório visível. Entretanto, pelo fato de se haverem despojado do homem carnal, nem por isso os Espíritos se revestiram da túnica dos anjos. Encontramo-los de todos os graus de conhecimento e de ignorância, de moralidade e de imoralidade; eis o que não devemos perder de vista. Não esqueçamos que entre os Espíritos, assim como na Terra, há seres levianos, estouvados e zombeteiros; (pseudo sábios); vãos e orgulhosos, de um saber incompleto; hipócritas, malvados e (…) existem os sensuais, os ignóbeis e os devassos, que se arrastam na lama. Ao lado disto, tal como ocorre na Terra, temos seres bons, humanos, benevolentes, esclarecidos, de sublimes virtudes (…); resulta que o mundo dos Espíritos compreende seres mais avançados intelectual e moralmente que os nossos homens mais esclarecidos, e outros que ainda estão abaixo dos homens mais inferiores.[2]
Prosseguindo em suas considerações, Kardec enfatiza a necessidade de aprendermos analisar o teor das mensagens mediúnicas, atentos à linguagem utilizada pelo comunicante desencarnado, principalmente quando esta  comunicação é subscrita com o nome de personalidade conhecida, respeitada e amada.
Desde que esses seres [desencarnados] têm um meio patente de comunicar-se com os homens, de exprimir os pensamentos por sinais inteligíveis, suas comunicações devem ser o reflexo de seus sentimentos, de suas qualidades ou de seus vícios. Serão levianas, triviais, grosseiras, mesmo obscenas, sábias, sensatas e sublimes, conforme o seu caráter e sua elevação. Revelam-se por sua própria linguagem; daí a necessidade de não se aceitar cegamente tudo quanto vem do mundo oculto, e submetê-lo a um controle severo. (…).[3]
Os comentários que se seguem, expõem de forma clara o pensamento de Allan Kardec relativo ao assunto, e as suas ponderações devem servir de modelo para todos nós, espíritas, que cotidianamente recebemos notícias do plano espiritual.
Ao lado dessas comunicações francamente más, e que chocam qualquer ouvido delicado, outras há que são simplesmente triviais ou ridículas. Haverá inconvenientes em publicá-las? Se forem dadas pelo que valem, serão apenas impróprias; se o forem como estudo do gênero, com as devidas precauções, os comentários e os corretivos necessários, poderão mesmo ser instrutivas, naquilo que contribuírem para tornar conhecido o mundo espírita em todos os seus aspectos. Com prudência e habilidade tudo pode ser dito; o mal é dar como sérias coisas que chocam o bom senso, a razão e as conveniências. Neste caso, o perigo é maior do que se pensa. (…).[4]
Surgem, então e muito naturalmente, outras indagações: que riscos podem ocorrer, caso sejam divulgadas mensagens mediúnicas triviais, sem maiores exames?  Que problemas poderiam advir da publicação de mensagens pressupostamente assinadas por entidades veneráveis, mas que, aqui e ali, apresentam pontos discordantes quanto à identificação?  Revelando-se como arguto analista, Kardec esclarece:
Em primeiro lugar, essas publicações têm o inconveniente de induzir em erro as pessoas que não estão em condições de aprofundá-las nem de discernir o verdadeiro do falso, especialmente numa questão tão nova como o Espiritismo. Em segundo lugar, são armas fornecidas aos adversários, que não perdem tempo em tirar desse fato argumentos contra a alta moralidade do ensino espírita; porque, insistimos, o mal está em considerar como sérias coisas que constituem notórios absurdos. Alguns mesmos podem ver uma profanação no papel ridículo que emprestamos a certas personagens justamente veneradas, e às quais atribuímos uma linguagem indigna delas.[5]
Em suma, assevera Allan Kardec, como conclusão da análise deste assunto, tão útil quanto necessário:
(…) As comunicações grosseiras e inconvenientes, ou simplesmente falsas, absurdas e ridículas, não podem emanar senão de Espíritos inferiores: o simples bom senso o indica.  (…) A importância que, pela publicidade, é concedida às suas comunicações, os atrai, excita e encoraja. O único e verdadeiro meio de os afastar é provar-lhes que não nos deixamos enganar, rejeitando impiedosamente, como apócrifo e suspeito, tudo que não for racional, tudo que desmentir a superioridade que se atribui ao Espírito que se manifesta e de cujo nome ele se reveste. Quando, então, vê que perde seu tempo, afasta-se.[6]
Os espíritas esclarecidos estão compromissados com a Causa, onde quer que se encontrem. Pontuam fidelidade à Doutrina Espírita e não se afastam do propósito de se transformarem em pessoas de bem.  Não se deixam enganar por informações infelizes, mentirosas mesmo, presentes em algumas publicações, supostamente espíritas, mas que não resistem a uma análise séria, e o que é mais grave: contrariam a mais elementar conceituação espírita: o controle universal do ensino dos Espíritos que, brilhantemente, Allan Kardec inseriu no primeiro capítulo de A Gênese. Os Milagres e as Predições, que trata do Caráter da Revelação Espírita. É importante conferir.

Assim, nada mais justo, e necessário, portanto, seguir este conselho de Bezerra de Menezes: “(…) Mantenhamo-nos, por isso, vigilantes. Jesus na Revelação e Kardec no esclarecimento resumem para nós códigos numerosos de orientação e conduta. (…).”[7]


[1] Allan Kardec. Revista Espírita- Jornal de estudos Psicológicos.  Ano II, novembro de 1859, pág. 423.
[2] Ibid., pág. 423/424.
[3] Ibid., pág. 424.
[4] Ibid., pág. 425.
[5] Ibid. ibid., pág. 425.
[6] Ibid., pág. 427.
[7] Juvanir Borges de Souza (coord.). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. Pt. 3,, cap. 16, pág. 153. (mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, publicada em Reformador de abril de 1977, pág. 104.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KARDEC, Allan. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Poesias traduzidas por Inaldo Lacerda Lima. 2ª  ed.  Ano II. Novembro de 1859. Nº 11. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2004.
SOUZA, Juvanir Borges (coordenador). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. 4ª ed. 4ª imp. Brasília: FEB Editora, 2013.


Fonte : FEB


sábado, 5 de outubro de 2013

TRABALHO E CRÍTICA


Emmanuel

Trabalho edificante em andamento no Plano Físico, onde se reúnem milhões de criaturas diferentes entre si, não se desenvolve sem críticas.
*
A pancadaria verbal cercará os obreiros.
E explodem objurgatórias, tais quais estas:
- Por que tanta lentidão nos detalhes?
- É impossível não estejam vendo as falhas com que se mostram...
- Aquele cooperador é um desastre...
- Não se compreende uma realização assim tão elevada em mãos tão incompetentes.
- Não consigo colaborar com gente tão despreparada...
- Tudo cairá sobre a turma irresponsável!
- Estão todos errados...
- Aguardemos o fracasso final...
*
Quando essas vozes se façam ouvir, não temas e prossegue trabalhando.
*
Imperfeições todos temos e teremos, até que possamos alcançar o Plano Divino.
*
Problemas evidenciam presença e colaboração.
Dificuldades trazem observações e observações justas geram insegurança.
*
Deixa que a censura te vigie e segue adiante.
Apesar de nossos erros e acima de todas as nossas deficiências, a construção do Bem não nos pertence; essencialmente, pertence a Jesus que zelará por ela, em nome de Deus.
E sabemos que o trabalho de Jesus não pode e nem deve parar.
*
A vida não nos pede o impossível para que nos integremos nos mecanismos da caridade, extinguindo as provações que atormentam a Terra, mas, para que o mal desapareça, espera de cada um de nós essa ou aquela migalha do bem.
 
Espírito: EMMANUEL Médium: Francisco Cândido Xavier Livro:"Convivência

SAI DE TI MESMO


Maria Dolores

Se carregas contigo o tempo atormentado
Sob tristeza e desencanto,
É natural te aflijas, entretanto,
Não te entregues ao luxo de chorar.
Sai de ti mesmo e escuta, em derredor,
Aqueles que se vão sem rumo certo,
Suportando no peito o coração deserto
Na penúria que mora entre a noite e o pesar.
                  
Não importa o que foste e o que sofreste
E nem a dor alheia, em mágoas mudas,
Procurará saber a crença em que te escudas,
Nem pergunta quem és...
Os que seguem no pó do sofrimento,
Vivendo de coragem, semi-morta,
Rogam-te auxílio à porta,
Rojando-se-te aos pés...
 
Desce da torre em que te vês somente
E escuta-lhes a história dolorida:
Esse chora sem lar, outro é quase suicida
Cansado de amargura e solidão;
Aquele envelheceu, sem alguém que o quisesse,
Outra é mãe desprezada, anêmica e sozinha,
Sombra que foi mulher, que respira e caminha,
Sabendo agradecer a fortuna de um pão.
 
Sai de ti mesmo e vem!... Esquece-te em serviço...
É Jesus que te chama ao bem que não se cansa,
Acharás, ao servir, renovada esperança,
Paz e fé, sob a luz de nobres cireneus!...
E sem horas a dar ao desalento e ao tédio,
Quando encontres a noite, cada dia,
Dirás ao Céu, em prece de alegria:
- Por tudo quanto tenho agradeço, meu Deus!...
 

Livro: “Caminhos do Amor” – Psicografia de Francisco Cândido Xavier – Espírito Maria Dolores

ERRE AUXILIANDO

André Luiz
 
Auxilie a todos para o bem.
Auxilie sem condições.
Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.
Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.
Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.
Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa diretriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.
Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solve-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibições.
Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.
Erre auxiliando.
Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.
 LIVRO: APOSTILAS DA VIDA - PSICOGRAFIA CHICO XAVIER

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ORIENTAÇÕES PRECIPITADAS


 Emmanue
 
“Como é que eu vou dar opinião, se não faço parte da equipe de vocês?!
 
         “Para opinar, precisaria participar do grupo.
          Resolvam entre vocês mesmos. Troquem idéias e chegarão a uma conclusão.”
         Estas palavras foram ditas pelo Chico, numa tarde ao ar livre, na vila dos passistas que o procuraram, pedindo-lhe orientação para o trabalho de passes que realizam num hospital de atendimento a cancerosos.
         Registramos esse ensinamento, por que julgamos ser útil a muitos grupos espíritas que ficam na dependência de orientações de guias espirituais ou de pessoas estranhas ao trabalho que realizam, esquecendo-se que, com o diálogo entre os elementos da equipe, solucionariam os problemas encontrados.
         Ele é válido também para qualquer um que queira precipitadamente orientar atividades alheias, sem bases no espírito de fraternidade legítima.
 
         Dentro do assunto, recolhemos a seguinte orientação de Emmanuel, intitulada: “Agindo, saberás”(*)
         Se trabalhas com fé em Deus na Seara do Bem, não precisas articular muitas perguntas acerca daquilo que te compete fazer”.
 
(*) Emmanuel/”Livro de Respostas – Editora Cultural Espírita União – SP
 
Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel – Livro “Além da Alma”

terça-feira, 6 de agosto de 2013

LUZ DO AMOR

LUZ DO AMOR


Meus irmãos:
A Criação de Nosso Pai é expressão genuína de Seu Amor incomensurável.
Tudo fulge nos domínios do Universo Divino...
A flor, na haste da planta, é uma estrela de cor e perfume, engalanando de beleza e candura os caminhos por que passam os seres humanos;
A água, brotando da fonte ou caindo em gotículas na feição singela do orvalho, é bendita estrela fecundante, deixando refletir os mistérios do Poder Criador, para que os homens conheçam a saúde e a riqueza mineral...
A terra que nos produz o pão por obra da fartura, se constitui de infinitos e pequeninos grãos e são esses exércitos que nos suportam as ações e reações de conduta, obedecendo ao poder radiante da Luz Criadora do Todo-Sábio...
O Sol é uma grande estrela a nos governar os destinos no Planeta...
E as estrelas cintilantes da abóbada celeste são ninhos de mundos, que alcançam esplendor na luz soberana do excelso Pai...
Tudo vibra, tudo pulsa, tudo brilha na pauta divina da harmonia que nasce da Vontade de Deus!...
Por isso, amigos, o convite de Jesus, em seu Evangelho de redenção, é o fulgor de sua pureza e santidade a nos propor, pelos testemunhos inigualáveis que apresenta, o “Brilhe a Vossa Luz!”....
Amemo-nos! Só o Amor é Vida e nele, que retrata o Pai e Criador de todos nós, encontraremos as respostas para nossos anseios e a definitiva solução para os males que possam existir em nós!...
Quando o Senhor deliberou enviar-nos o Consolador, na feição do Espiritismo Evangélico, agiu por Misericórdia, certo de que, à luz da Verdade sem véus, converter-nos-íamos à Caridade – a mais alta expressão do Amor que se esquece, para exaltar a Luz de Deus, nosso eterno Pai!
Convertamos dores em esperança; desafios em trabalho útil; amarguras em perdão sincero; provas e sacrifícios em luz interior!
Que a doce Mãe de Jesus nos ampare e abençoe!

Do irmão e menor servidor de todos,

Chico Xavier

(Mensagem psicografada dia 08 de julho de 2013 no Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, pelo médium Wagner G. Paixão)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cada Qual

Cada Qual

Autor: Emmanuel (espírito)

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”. - Paulo. I
(Corintios, 12:4).

Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades
divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que
colaboremos no engrandecimento do tesouro comum
de sabedoria e de amor.
Quem administra, mais frequentemente pode expressar
a justiça e a magnanimidade.
Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para
demonstrar o dever bem cumprido.
O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho
e dividir as bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna
da esperança e da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde,
em quaisquer ocasiões.
O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos,
renovando o pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir
sempre a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições
da paciência no ânimo geral.
Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus,
o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto
do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta
as criaturas é substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho
em que nos encontramos.
Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do
Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos,
e a Vontade Divina te aproveitará.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fonte Viva

terça-feira, 9 de julho de 2013

Um encontro real entre nós dois

Um encontro real entre nós dois PDF Imprimir E-mail

De repente você se dá conta, como eu, de que acaba de ingressar no clube dos macróbios. No meu caso, 90 anos. E aí começa a perceber que o mundo não é mais aquele que você conheceu, especialmente não mais estão ali as pessoas que conheceu e amou. Quase todas desapareceram na invisibilidade. Bem sei que é uma ausência temporária, pois lá estão na dimensão espiritual à nossa espera para as emoções do reencontro. Mas que umas tantas delas deixam aberto em nós um espaço maior, isso também é verdade.
Para mim a ausência mais doída é a da querida dona Helena, minha mãe.
Talvez você se lembre que eu abri para ela um capítulo especial no livro Nossos filhos são espíritos.
Ela partiu para o outro lado da vida em 1960, aos 66 anos. Eu tinha 40.
Portanto, já se passaram cinquenta anos. Ao longo desse tempo, muita coisa aconteceu, claro. Cerca de trinta deles, participando de trabalhos mediúnicos. Duas vezes ela me enviou mensagens psicografadas e uma vez falei com ela através de médium de minha confiança. Ela me proporcionou evidências indiscutíveis, citando fatos dos quais só ela e eu sabíamos.
Recentemente – cerca de um ano ou dois – tive com ela um sonho do qual só me ficou na memória de vigília um episódio marcante. No sonho, ela veio ao meu encontro e ajoelhou-se a meus pés.  Recuperado da impactante perplexidade que a cena me suscitou, ajoelhei-me também diante dela e o trocamos um beijo saudoso, aqueles que somente ocorrem entre mãe e filho.
Bem, a historinha ainda não ficou aí concluída. Uma semana depois, recebi um e-mail de outra amiga, médium com a qual trabalhei num grupinho doméstico, do qual, entre outros queridos amigos e amigas, Deolindo Amorim sentava-se à minha esquerda e ela, à direita.
A amiga frequentava uma instituição espírita no Rio.
Dizia-me naquela carta inesperada que ao encerrarem-se os trabalhos mediúnicos da casa, aproximara-se dela uma entidade – que ela descreveu sumariamente, mas não da qual não guardara o nome. “Diga ao Herminio – pediu ela – que não foi somente um sonho. Houve um encontro real entre nós dois.”
A amiga médium, em conversa posterior comigo, ao telefone, acrescentou um detalhe que não mencionara no e-mail: o gesto dela se reportava à remota existência minha, aí pela Idade Média, quando eu lhe proporcionara a grande alegria, tornando-me sacerdote católico, sonho dela não realizado nesta vida.
Pois é, leitor/leitora.
Acho que não preciso falar de minha emoção ante esse recado.
Falo agora, porém, para encerrar esta narrativa, repetindo uma frase que usei certa vez e que assim diz:
“Se você perceber neste papel que está lendo, a marca de uma lágrima, não se preocupe. É minha.”

Artigo de Hermínio de Miranda
Site: Correio Fraterno

sábado, 6 de julho de 2013

Dissertação Sobre os Médiuns

XIII
Quando quiserdes receber as comunicações dos Espíritos bons, preparai-vos para essa graça através da concentração, das intenções puras e do desejo de praticar o bem em favor do progresso geral. Lembrai-vos de que o egoísmo sempre retarda a evolução. Lembrai-vos de que se Deus permite a alguns de vós receber o sopro de seus filhos que, por sua conduta, souberam merecer a ventura de compreender sua infinita bondade, é porque deseja, atendendo às nossas solicitações e tendo em conta as vossas boas intenções, conceder-vos os meios de avançar nesse caminho. Assim, pois, médiuns! Aproveitai essa faculdade que Deus vos concedeu. Tende fé na mansuetude de nosso Mestre. Ponde a caridade sempre em ação. Não deixeis jamais de praticar essa virtude sublime, bem como a tolerância. Que vossas ações estejam sempre em harmonia com a vossa consciência. É esse um meio certo de centuplicar vossa felicidade nesta vida passageira e de vos preparar uma existência mil vezes mais suave.
Que o médium que não se sinta com forças de preservar no ensino espírita se abstenha, pois não tornando proveitosa a luz que o esclareceu, será mais culpado e terá de espiar a sua cegueira.
PASCAL

Livro dos Médiuns : Cap. 31" Dissertações - Sobre os Médiuns item 13"
Allan Kardec- Tradutor: J.Herculano Pires

terça-feira, 2 de julho de 2013

Mãos Mirradas

Mãos Mirradas

Enquanto a balada do Evangelho derramava alegrias nas mentes ingênuas e nos corações sofridos das massas, as multidões se acotovelavam e se empurravam para vê-lO, tocá-lO, estarem perto dEle.
Todos aqueles que tinham dificuldades e problemas viam em Jesus o Seu libertador, e nEle depositavam sua confiança, sua ansiedade. Ele passeava o olhar compassivo, e em todos infundia ânimo e esperança, confortando-os com ou sem palavras através da radiação irradiação do Seu psiquismo e da Sua ternura incomparáveis.
Simultaneamente porém, a noite que predominava nos corações dos opressores e governantes impiedosos, dos dominadores de um dia, dos religiosos presunçosos e ricos de inveja, dos cobiçosos, de todos aqueles que somente desfrutavam de primazias e honras, temendo perdê-las, preparava o caldo de cultura do ódio, para infamá-lO, para O pegarem em alguma contradição, cujas armadilhas estabeleciam com cinismo e sofismas bem urdidos.
Mas Jesus os conhecia e se fazia inalcançável às suas tricas farisaicas hediondas e venais. Aumentava o número daqueles que se beneficiavam com o Seu socorro e crescia a onda que se propunha afogá-lO nas suas águas torvas e iníquas. * A sinagoga era lugar de orações e recitativos da Lei, de unção, de companheirismo... mas também de encontros para a sordidez e a vingança, para a sedição e a perversidade.
Ali se refugiavam o orgulho e a presunção, que a governavam, ditando regras de bom proceder para o povo necessitado. Entre eles, os que se permitiam todos os privilégios, tornavam-se conhecidos as suas mesquinharias e fraquezas, os seus comportamentos vis e perturbadores, que sabiam disfarçar diante daqueles que os ouviam e respeitavam, embora eles não se respeitassem a si mesmos, pois que se isso ocorresse, impor-se-iam outra conduta moral.
Assim sendo, como sempre que Lhe era possível o fazia, Jesus entrou de novo numa sinagoga. Havia ali um homem que tinha a mão paralisada. * A multidão que ora O seguia já não era somente de galileus e de sírios, mas também de judeus, de Jerusalém, de Tiro, de muitas partes, atraída pelo Seu verbo e pela Sua força de libertação.
Lá fora, na paisagem irisada de luz, as anêmonas balouçavam nas hastes frágeis e violetas miúdas derramavam perfume nos rios do vento que o conduz por toda parte. A astúcia dos seus adversários esperava que Ele se propusesse a curar no sábado, a fim de terem motivo para prendê-lO por desacato à Lei que estabelecia o repouso nesse dia.
O Mestre conhecia-lhes a intimidade dos sentimentos ultrizes e a vileza moral em que se debatiam. Por isso mesmo, não os temia, antes compadecia-se da sua miséria espiritual. Jesus disse ao homem que tinha a mão mirrada: - Levanta-te! Vem para o meio. Convidar para o centro é dignificar o ser humano, que vive atirado na margem, ignorado, desrespeitado e esquecido. Essa é uma forma de restituir a identidade de criatura que merece respeito e carinho.
Ante o espanto natural e a possibilidade de Ele ferir os costumes legais, ouviram-nO interrogar: - Que é permitido no dia de Sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar um ser vivo ou matá-lo? cadinho purificador. Transformam-se em testes de resistência para os homens e mulheres que anelam pelo mundo melhor e se doam a essa causa. São duros de coração, que não se enternece, nem se comove. O órgão vibra e impulsiona o sangue, mas nada tem a ver com a emotividade, com os sentimentos de beleza e de fraternidade. Terminam por tornar-se carcereiros de si mesmos, enjaulando-se nas celas da indiferença que os entorpece e mata.
Jesus os defrontará com mais assiduidade, porém, sem atribuir-lhes qualquer significado ou considerar-lhes a distinção que se permitem, aumentando neles o ódio e a perseguição. Eles passam e a vida os esquece, mas não se olvidam de como agiram, de como são e do quanto necessitam para a reedificação. Há muitas mãos mirradas na sociedade dos dias atuais. Perderam a função superior e estiolaram as fibras que as constituem no jogo apetitoso dos interesses inferiores. Encontram-se no centro dos grupos, experimentam destaque, mas não são atuantes no bem nem na compaixão para receber os que eles mesmos expulsaram do seu convívio e ficaram na marginalidade.
Agora constituem o grupo dos antigos fariseus e herodianos, que sempre a usavam para perseguir e matar. Trouxeram-na internamente mirrada, embora o exterior seja normal e atraente. Estão imobilizadas no cimento em que se encarceraram, aguardando Jesus, para chamá-los ao meio e curá-los.

VINCULAÇÕES

VINCULAÇÕES

 Emmanuel

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena.
Do item 8, do Cap. XIV, de "O evangelho Segundo o Espiritismo".
 
Estudos e pesquisas se multiplicam, nos domínios da psicologia, quanto às complexidades do mundo infantil, e o exame das vinculações se destaca à vista.
Cada pequenino é um campo de tendências inatas, com tamanha riqueza de material para a observação do analista, que, debalde, se lhe penetrará os meandros da individualidade, Baseando-nos no trabalho biológico de construção do ser, assente em milênios numerosos, é indubitável que surpreenderemos na criança todo o equipamento dos impulsos sexuais prontos à manifestação, quando a puberdade lhe assegure mais amplo controle do carro físico.
E, com esses impulsos, eis que lhe despontam do espírito as inclinações para maior ou menor ligação com esse ou aquele companheiro do núcleo familiar.
O jogo afetivo, porém, via de regra se desenrola mais intensivamente entre ela e os pais, reconhecendo-se para logo se os laços das existências passadas estão mais fortemente entretecidos com o genitor ou a genitora.
Debitando-se ao impulso sexual quase todos os alicerces da evolução sobre os quais se nos levanta a formação de espírito, é compreensível que o sexo apareça nas cogitações dos pequeninos em seu desenvolvimento natural, e, nesse território de criações da mente infantil, ser-nos-á fácil definir a direção dos arrastamentos da criança, se para os ascendentes paternos ou maternos, porquanto aí revelará precisamente as tendências trazidas de estâncias outras que o passado arquivou.
Com freqüência, mas não sempre, as filhas propendem mais acentuadamente para a ligação com os pais, enquanto que os filhos se pronunciam por mais entranhado afeto para com as mães.
Subsistirá, no entanto, qualquer estranheza nisso, quando não ignoramos que toda a estrutura psicológica, em que se nos erguem os destinos, foi manipulada com os ingredientes do sexo, através de milhares de reencarnações? e, aceitando os princípios de causa e efeito que nos lastreiam a experiência, desconheceremos, acaso, que os instintos sexuais nos orientaram a romagem, por milênios e milênios, no reino animal, edificando a razão que hoje nos coroa a inteligência? Apreciando isso, recordemos o cipoal das relações poligâmicas de que somos egressos, quanto aos evos transcorridos, e entenderemos.
Com absoluta naturalidade, os complexos da personalidade infantil.
Assim sucede, porque herdamos espiritualmente de nós mesmos, pelas raízes do renascimento físico, reencontrando, matematicamente, na posição de filhos e filhas, aqueles mesmos companheiros de experiência sentimental, com os quais tenhamos contas por acertar.
Atentos a semelhante realidade, somos logicamente impulsionados a concluir que os vínculos da criança, de uma forma ou de outra, em qualquer distrito de progresso e em qualquer clima afetivo, solicitam providências e previdências, que sintetizaremos tão-somente numa palavra única: educação.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
 

ESTUDO COMO DEVER

ESTUDO  COMO  DEVER
Emmanuel
  
Compreendamos, assim, nas instituições do Espiritismo, que restauram o Evangelho para a atualidade, o culto do estudo edificante como simples dever.
Todos detemos conosco graves lições.
O estilete da angústia na própria alma...
A expiação em família...
A moléstia humilhante...
A inibição aflitiva...
A inadaptação social...
A trama da obsessão...
A esperança frustrada...
*
Buscar sistematicamente o alívio de uma hora, sem penetrar a essência da dor, é o mesmo que adquirir panacéias de ilusão e adotar a irresponsabilidade como norma de vida.
*
Por isso mesmo, é indispensável sacudir o marasmo do conformismo nos recessos do próprio ser, ficando a observação em linhas renovadoras da emotividade e do pensamento para que se elevem nossas percepções e concepções, no rumo do progresso.
*
Para isso, é imprescindível que o estudo nos favoreça, porquanto a existência é passo da evolução em que o conhecimento é pão do Espírito, quanto o pão material é sustento do corpo.
*
Estudo sem ostentação de saber.
Estudo sem paranóia intelectual.
Estudo para trabalho incessante.
 
Estudo com hábito nobre nos domínios da cooperação e do entendimento.

(De “Doutrina Escola”, de Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Chico responde questões sociais e políticos."...segundo as instruções que recebemos dos benfeitores espirituais, a nossa melhor atitude é a da prece, em favor dos líderes das nações"...

  • Estimaríamos colher a sua opinião a respeito dos últimos conflitos que colocaram em perigo a Paz Mundial…
Chico Xavier:
- Atentos aos nossos deveres de ordem doutrinária, já que o Espiritismo é a religião de Jesus, endereçada ao burilamento e confraternização dos homens, não seria cabível viéssemos a analisar os conflitos atuais do mundo, sob o ponto de vista político. Essa tarefa, na opinião de Emmanuel, o dedicado orientador espiritual que nos dirige as atividades, compete aos mentores encarnados da vida internacional.
Todos nós, os religiosos de todos os climas, nos reconhecemos atualmente defrontados por crises de insatisfação em quase todos os domínios da Humanidade, e, por isso mesmo, segundo as instruções que recebemos dos benfeitores espirituais, a nossa melhor atitude é a da prece, em favor dos líderes das nações, rogando a Deus os ilumine e guie, a fim de que todos eles se unam, no respeito às leis que o progresso já nos confiou, evitando nova grande guerra, cujos efeitos calamitosos, não conseguimos prever, nem calcular.
(Do livro No Mundo de Chico Xavier, editado pelo Instituto de Difusão Espírita, de Araras, SP)


  • A Doutrina Espírita é acusada de, ao se preocupar somente com a vida no além, ajudar a manter o sistema político vigente, por não se preocupar com o progresso material e político do homem na Terra. O que acha?
Chico Xavier:
- É muito interessante isso, mas não desejamos abusar, desprestigiar, desprimorar mesmo a figura de Jesus Cristo. É importante considerar que Jesus cogitou muito da melhora da criatura em si.
Auxiliou cada companheiro no caminho a ter mais fé, a amar os seus semelhantes, ensinou os companheiros a se entre-ajudarem, de modo que nós vimos Jesus sempre preocupado com o homem, com a alma.
Não nos consta que ele tivesse aberto qualquer processo de subversão com o Império Romano, nem mesmo contra a Palestina ocupada.
Então, o espírita não é propriamente uma pessoa conformada do ponto de vista negativo. Conformismo em Doutrina Espírita tem o sinônimo de paciência operosa. Paciência que trabalha sempre para melhorar as situações e cooperar com aqueles que recebem a responsabilidade da administração de nossos interesses públicos.
Em nada nos adiantaria dilapidar o trabalho de um homem público, quando nosso dever é prestigiá-lo e respeitá-lo tanto quanto possível e também colaborar com ele para que a missão dele seja cumprida. Porque é sempre mais fácil subverter as situações e estabelecer críticas violentas ou não em torno de pessoas.
Nós precisamos é da construtividade.
Não que estejamos batendo palmas para esse ou aquele, mas porque devemos reverenciar o princípio da autoridade, porque sem disciplina não sei se pode haver trabalho, progresso, felicidade, paz ou alegria para alguém. Veja a natureza: se o sol começasse a pedir privilégios e se a Terra exigisse determinadas vantagens, o que seria de nós com a luz e o pão de cada dia?
(Transcrito do livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira)
  • De vez em quando aparece alguém que, em virtude de algum problema social mais grave – a violência, por exemplo, – pede a pena de morte. O senhor concorda?
Chico Xavier:
- A pena deveria ser de educação. A pessoa deveria ser condenada mas é a ler livros, a se educar, a se internar em colégios ainda que seja, vamos dizer, por ordem policial.
Mas que as nossas casas punitivas, hoje chamadas de casas de reeducação, sejam escolas de trabalho e instrução.
Isto porque toda criatura está sentenciada à morte pelas leis de Deus, porque a morte tem o seu curso natural.
Por isso, acho que a pena de morte é desumana, porque ao invés de estabelecê-la devíamos coletivamente criar organismos que incentivassem a cultura, a responsabilidade de viver, o amor ao trabalho. O problema da periculosidade da criatura, quando ela é exagerada, esse problema deve ser corrigido com educação e isso há de se dar no futuro.
Porque nós não podemos corrigir um crime com outro, um crime individual com um crime coletivo.
(Transcrito do livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira)
  • Chico, estamos diante de uma onda crescente de violência em todo o mundo. A que os espíritos atribuem essa ocorrência? Gostaria que você se detivesse também no problema dessa corrida da população às armas, para a defesa pessoal. Como você vê tudo isso?
Chico Xavier:
- Temos debatido esse problema com diversos amigos, inclusive com nossos benfeitores espirituais e eles são unânimes em afirmar que a solidão gera o egocentrismo e esse egocentrismo exagerado reclama um espírito de autodefesa muito avançado em que as criaturas, às vezes, se perdem em verdadeiras alucinações.
Então a violência é uma conseqüência do desamor que temos vivido em nossos tempos, conforto talvez excessivo que a era tecnológica nos proporciona. A criatura vai se apaixonando por facilidades materiais e se esquece de que nós precisamos de amor, paciência, compreensão e carinho. A ausência desses valores espirituais vai criando essa agressividade exagerada no relacionamento entre as pessoas ou entre muitas das pessoas no nosso tempo.
De modo que precisaríamos mesmo de uma campanha de evangelização, de retorno ao Cristianismo em sua feição mais simples para que venhamos a compreender que não podemos pedir assistência espiritual a um trator de esteira, não podemos pedir socorro a determinados engenhos que hoje nos servem como recursos de pesquisas em pleno firmamento, nós precisamos desses valores de uns para com os outros.
Quando nos voltarmos para o sentimento, para o coração, acreditamos que tanto a violência, como a corrida às armas para defesa pessoal decrescerão ao ponto mínimo e vamos extinguindo isso, pouco a pouco, à medida que crescemos em manifestações de amor, reciprocamente.
(Transcrito no livro de sua autoria “Lições de Sabedoria – Chico Xavier)
  • Suas palavras de solidariedade sempre giram em torno da missão que cada ser humano tem. Qual é a sua missão?
Chico Xavier:
- Um capim tem uma missão, alimentar o boi. Minha missão é como a do capim ou de qualquer outra plantinha sem nome que exista por aí. Precisamos viver honradamente e fazer tudo o que pudermos para ajudar o próximo a superar suas dificuldades.
(publicado na revista Contigo/Superstar, São Paulo, SP, n. 443, 19/3/1984, transcrita no ANUÁRIO ESPÍRITA 1985)
  • Chico, como é que você vê a onda de violência que aumenta a cada dia?
Chico Xavier:
- A violência é qual se fosse a nossa agressividade exagerada trazida ao nosso consciente, quando estamos em carência de amor. Ela lava, por isso, o desamor coletivo da atualidade.
Se doarmos mais um tanto, se repartirmos um tanto mais, se houver um entendimento maior, estaremos contribuindo para a diminuição desta onda crescente de agressividade.
À medida que a riqueza material aumenta, o conforto e a aquisição de bens também cresce, com isso retornaremos à autodefesa exagerada, isolando-nos das criaturas humanas. A vacina é o amor de uns pelos outros, programa que Jesus nos deixou há dois mil anos.
Numa entrevista coletiva perante as câmeras da Rede Globo, comandada por Augusto César        Vanucci, em julho de 1980.
(Consta do livro “Lições de Sabedoria – Chico Xavier)
  • Qual o melhor antídoto contra a falta de confiança em nós mesmos?
Chico Xavier:
- Os amigos da Vida Maior nos ensinam que na prática da humildade, na prestação de serviços aos nossos irmãos da Humanidade, adquiriremos esse antídoto contra a falta de confiança em nós próprios, de vez que aprenderemos, na humildade, que o bem verdadeiro, de que possamos ser intérprete, em favor de nossos semelhantes, procede de Deus e não de nós.
(Em entrevista  publicada no jornal “O Espírita Mineiro”, de Belo Horizonte, MG, fevereiro/abril de 1977).

  • Na sua opinião, para onde caminha a Humanidade? Haverá responsabilidade de, em breve, atingirmos um grau de igualdade e fraternidade entre os homens?
Chico Xavier:
- Creio que mesmo que isto nos custe muitos sofrimentos coletivos, nós chegaremos até a confraternização mundial.
As circunstâncias da vida na Terra nos induzirão a isso e nos conduzirão para essa vitória de solidariedade humana.
Não é para outra coisa que o Cristianismo, nas suas diversas interpretações, dentro das quais está a nossa faixa de doutrina espírita militante, terá nascido, não é? Eu creio que acima de nossas governanças, todas elas veneráveis, temos o Governo de poderes maiores que nos inspira e que, naturalmente, nos enviará recursos para que essa vitória da fraternidade universal se verifique.
(Transcrito do livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira )