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Comentário pelo Espírito Miramez:
Fonte: http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q197c.html
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Revista Espírita 1866-Agosto-Criança , guia espirituais dos pais
Tendo
perdido um filho de sete anos, e tendo-se tornado médium, a mãe teve
essa mesma criança como guia. Um dia lhe fez a seguinte pergunta:
-
Caro e bem amado filho, um espírita meu amigo não compreende e não
admite possas ser o guia espiritual de tua mãe, porque ela existia antes
de ti e, indubitavelmente, deve ter tido um guia, mesmo que fosse
apenas durante o tempo em que tivemos a felicidade de ter-te ao nosso
lado. Podes dar-nos algumas explicações?
Resposta do Espírito da criança ─
Como quereis aprofundar tudo o vos parece incompreensível? Aquele que
vos parece mesmo o mais adiantado no Espiritismo está apenas nos
primeiros elementos dessa doutrina e não sabe mais do que esse ou aquele
que vos parece capaz de tudo e capaz de vos dar explicações. Eu existi
muito tempo antes de minha mãe, e ocupei, em outra existência, uma
posição eminente por meus conhecimentos intelectuais.
Mas
um imenso orgulho se havia apoderado de meu Espírito, e durante várias
existências consecutivas fui submetido à mesma prova, sem poder dela
triunfar, até chegar à existência em que estava junto de vós. No
entanto, como já estava adiantado, e minha partida devia servir ao vosso
adiantamento, a vós, tão atrasados na vida espírita, Deus me chamou
antes do fim de minha carreira, considerando minha missão junto a vós
mais aproveitável como Espírito do que como encarnado.
Durante
minha última estada na Terra, minha mãe teve o seu anjo guradião junto a
ela, mas temporariamente, pois Deus sabia que era eu que devia ser o
seu guia espiritual, e que eu a levaria mais eficazmente para o caminho
do qual ela estava tão afastada. O guia que ela tinha então, foi chamado
para outra missão, quando vim tomar seu lugar junto a ela.
Perguntai
aos que sabeis mais adiantados do que vós se esta explicação é lógica e
boa, porque pode ser que, considerando-se que esta é minha opinião
pessoal, talvez eu me engane. Enfim, isto vos será explicado, se
perguntardes. Muitas coisas ainda vos são ocultas e vos parecerão claras
mais tarde. Não queirais aprofundar muito, porque dessa constante
preocupação nasce a confusão de vossas ideias. Tende paciência, pois
assim como um espelho embaciado por um sopro ligeiro, se clareira pouco a
pouco, vosso espírito tranquilo e calmo atingirá esse grau de
compreensão necessário ao vosso adiantamento.
Coragem,
pois, bons pais; marchai com confiança, e um dia bendireis a hora da
prova terrível que vos trouxe ao caminho da felicidade eterna, sem a
qual teríeis ainda muitas existências infelizes a percorrer.
OBSERVAÇÃO: Esse menino era
de uma precocidade intelectual rara para a sua idade. Mesmo gozando de
boa saúde, parecia pressentir seu fim próximo. Ele se alegrava nos
cemitérios e, sem jamais ter ouvido falar em Espiritismo, no qual seus
pais não acreditavam, muitas vezes perguntava se, quando se estivesse
morto, não se poderia voltar aos que se tinha amado. Ele aspirava a
morte como uma felicidade e dizia que quando morresse sua mãe não
deveria afligir-se, porque ele voltaria para junto dela. Com efeito, foi
a morte de três filhos em alguns dias que levou os pais a buscar uma
consolação no Espiritismo. Eles encontraram largamente essa consolação, e
sua fé foi recompensada pela possibilidade de conversar a cada instante
com os filhos, porque a mãe se tornou excelente médium em bem pouco tempo, tendo seu próprio filho como guia, Espírito que se revela por uma grande superioridade.
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