Emmanuel
Não somente falar,
mas verificar, sobretudo, o que damos com as nossas palavras.
*
Automaticamente,
transferimos estados de alma para aqueles que nos ouvem, toda vez que
damos forma às emoções e pensamentos com recursos verbais.
*
Terás pronunciado
formosos vocábulos, selecionando frases a capricho, no entanto, se não as
tiveres recamado de bondade e entendimento é possível que tenhas colhido
apenas indiferença ou distância nos companheiros que te compartilham a
experiência. Ainda mesmo hajam sido as tuas expressões das mais corretas e
das mais nobres, gramaticalmente considerando, se nelas colocaste
quaisquer vibrações de pessimismo ou azedume, ironia ou insinceridade,
elas terão sido semelhantes a recipientes de ouro que derramassem vinagre
ou veneno, ferindo ou amargurando corações ao redor de ti.
Isso ocorre porque,
instintivamente, a nossa palavra está carregada de nosso próprio espírito,
ou melhor, insuflamos os próprios sentimentos em todos aqueles que nos
prestem atenção.
À vista disso,
analisemo-nos em tudo o que dissermos.
*
Conversa é doação
de nós mesmos. Opiniões que exteriorizemos são pinceladas para a
configuração de nosso retrato moral. Mais que isso, o verbo é criador.
Cada frase é semente viva. Plantamos o bem ou o mal, a saúde ou a
enfermidade, o otimismo ou o desalento, a vida ou a morte, naqueles que
nos escutam, conforme as idéias edificantes ou destrutivas que lhes
imponhamos pelos mecanismos da influenciação, ainda mesmo indiretamente.
*
Balsamizarás as
feridas dos que se encontrem caídos nas trilhas do mundo, entretanto, que
será de nossos irmãos horizontalizados na angústia se não lhes instilamos
no coração a fé necessária para que se levantem na condição de filhos de
Deus, tão dignos e tão necessitados da bênção de Deus, quanto nós?
Estudemos a nossa
palavra, entendendo-lhe a importância na vida.
*
Diálogo é o agente
que nos expõe o mundo íntimo.
O verbo é o espelho
que nos reflete a personalidade real para julgamento dos outros.
Falarás e
aparecerás.
(De “Coragem”, de
Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)
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