Emmanuel
Escola benemérita, o
templo espírita é um lar de luz, aberto à instrução geral para o
entendimento das leis que regem os fenômenos da evolução e do destino.
Cada irmão de ideal,
entre as paredes que lhe demarcam o recinto, quando se pronuncia no grau
do conhecimento que já conquistou, é comparável ao professor que fala da
cátedra que lhe pertence para a edificação dos alunos.
E não se diga que um
instituto terrestre de ensino usual, onde sejam pagas as explicações
professadas em aula, seja mais importante.
A matemática é
instrumento inseparável da ciência para que se meça a propriedade das
grandezas, mas, sem a educação do caráter, é possível de transformar-se em
delírio de cálculos para a destruição.
A lingüística descerra
a estrutura dos idiomas, no entanto, sem espírito de fraternidade, o
poliglota mais hábil pode não passar de um dicionário pensante.
A psicologia investiga
as ocorrências da vida mental, a desdobrar-se nos meandros da análise
psíquica, entretanto, sem o estudo da reencarnação, reduz-se a frio
holofote que desvenda males e chagas sem oferecer-lhes consolo.
A história esclarece o
passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente
de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.
Um título acadêmico
atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros
da deontologia, não determina, de modo positivo, em renovações do
sentimento.
Amemos no templo
espírita a escola das diretrizes que nos orientem escolha e conduta.
Dentro dele, abramos a
alma com sinceridade aos que nos escutam e ouçamos com respeito os que nos
dirigem a palavra, permutando experiências que nos corrijam as
preferências e as atitudes.
O Evangelho, que
consubstancia as mais altas normas para a sublimação do espírito, acima de
todas as técnicas que aformoseiam a inteligência, não nasceu nem de ritos,
nem de imposições, nem de etiquetas e nem de culto externo.
A maior mensagem
descida dos Céus à Terra, para dignificar a vida e iluminar o coração,
surgiu das palavras inesquecíveis de Jesus que procurava o povo e do povo
que procurava Jesus.
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier
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