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sábado, 25 de janeiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 131

 
A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, à dos demônios, no sentido absoluto, falta esta base essencial. Concebe-se que povos atrasados, os quais, por desconhecerem os atributos de Deus, admitem em suas crenças divindades maléficas, também admitam demônios; mas, é ilógico e contraditório que quem faz da bondade um dos atributos essenciais de Deus suponha haver Ele criado seres destinados ao mal e a praticá-lo perpetuamente, porque isso eqüivale a Lhe negar a bondade. Os partidários dos demônios se apóiam nas palavras do Cristo. Não seremos nós quem conteste a autoridade de seus ensinos, que desejáramos ver mais no coração do que na boca dos homens; porém, estarão aqueles partidários certos do sentido que ele dava a esse vocábulo? Não é sabido que a forma alegórica constitui um dos caracteres distintivos da sua linguagem? Dever-se-á tomar ao pé da letra tudo o que o Evangelho contém? Não precisamos de outra prova além da que nos fornece esta passagem:
Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo.
 
Pelo correr do estudo notaremos a justiça do Criador, como Sua bondade e Seu amor. Ainda estamos no assunto dos chamados erroneamente de demônios, que algumas religiões afirmam serem maus desde o princípio, e que ficarão para sempre em lugares que também criaram, como sendo o inferno eterno. Um punhado de homens esquece que tudo sofre a influência do progresso, e esse progresso já se manifesta muito visível nas páginas do tempo, a nos convidar a retificar os velhos erros de uma filosofia não menos velha, carcomida pelas eras. Se foram criados demônios, carregando as nossas paixões inferiores e apresentando as nossas próprias feições, claro que os demônios fomos nós, antes de conhecermos a Verdade. As mudanças são leis de Deus que dominam e orientam a eternidade das coisas. Nada fica estático; tudo se modifica, e para melhor, desde as primeiras manifestações de vida, até as potencialidades espirituais. Cabe a nós outros procurarmos entender essas mutações ordenadas e induzidas pelo próprio Criador.
Precisamos compreender que tudo existente na criação se encontra em estágios diferentes uns dos outros, mas, em completo movimento pela força do progresso, movimento esse a que podes chamar, como já foi feito antes, de sopro de Deus. Disse Jesus, em se referindo aos Espíritos malfeitores: “Eles não são maus, apenas ignorantes”. Eles merecem o perdão por não compreenderem a força do Bem dentro de si mesmos, e somente o tempo poderá despertá-los para a luz do verdadeiro entendimento. Toda a maldade, sem exceção, desconhece a eficiência do amor. Depois que passam a viver no regime da fraternidade, colhendo dos seus efeitos valiosos, esquecem-se por completo do mal e condicionam a sua mente apenas às diretrizes da caridade, que lhes mostra a salvação em todos os ângulos que se dispuseram a trilhar.

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