Emmanuel
      
      
Quem de nós não terá 
caído, alguma vez, em abandono ou penúria, aflição, amargura, engano ou 
perturbação? 
À face disso, para nós o 
samaritano da bondade – a criatura que nos reergue ou reanima - será sempre 
aquela pessoa: 
que nos acolhe nos dias de 
tristeza com a mesma generosidade com que nos abraça nos instantes de alegria;
que nos estima, assim tais 
quais somos, sem reclamar-nos espetáculos de grandeza, de um dia para o outro;
que nos levanta do chão 
das próprias quedas para o regaço da esperança, sem cogitar de nossas fraquezas;
que nos alça do precipício 
da desilusão ao clima do otimismo, sem reprovar-nos a imprevidência; 
que nos ouve as queixas 
reiteradas, rearticulando sem aspereza o verbo da paciência e da compreensão;
que nos estende essa ou 
aquela porção dos recursos que disponha, em favor da solução de nossos 
problemas, sem pedir o relatório de nossas necessidades e compromissos; 
que nos oferece 
esclarecimento, sem ferir-nos o brio; 
que nos ilumina a fé, sem 
destruir-nos a confiança; 
que se transforma em 
harmonia e concurso fraterno, seja em nossa casa, ou no grupo de serviço em que 
trabalhamos; 
que se nos converte no 
cotidiano em apoio e cooperação, sem exigir-nos tributos de reconhecimento;
que, por fim, se 
transubstancia, em nosso benefício, em luz e consolação, amparo e benção. 
Detenhamo-nos a pensar 
nisso e lembrando, reconhecidamente, quantos se nos fazem samaritanos do auxílio 
e da bondade, nas estradas da existência, recordemos a lição de Jesus e, diante 
dos outros, sejam eles quem sejam, façamos nós o mesmo. 
Extraído do livro Aulas da 
Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
 
 
 
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