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quinta-feira, 11 de abril de 2013

DEFINIÇÃO PRECISA DA RESPONSABILIDADE PESSOAL

Continuação da Lição de Ezequiel

DEFINIÇÃO PRECISA DA RESPONSABILIDADE PESSOAL
Com essas considerações em mente, vamos, pois, ao exame do texto.
Segundo se infere, havia uma parábola entre os judeus que se convertera em provérbio, e que, aliás, continha uma inverdade, atribuindo a responsabilidade pelo pecado à alma do inocente e não à do pecador.
Vêm a seguir os exemplos. O homem bom (justo) poderá contar sem vacilações com o reconhecimento de sua bondade e retidão - ou seja, sua justiça, ou melhor ainda, sua justeza. Se, porém, seu filho for um mau elemento, responderá pelos seus próprios erros, isto é, "o seu sangue cairá sobre ele". Ele mesmo e não outrem.
Se, por sua vez, este filho mau tiver um filho bom e que, mesmo ante o exemplo maléfico do seu pai, proceder corretamente, o que sucederá? O pai não se livrará, por isso, dos seus erros, enquanto ele, o filho bom, terá o prêmio da sua bondade, nada tendo a responder pelas faltas do pai.
Há mais ainda: a culpa não é irremissível, imperdoável, eterna. Desde que o ímpio se corrija e se dedique à prática do bem, ficará recuperado. Na linguagem simbólica do texto, "nenhuma das suas transgressões que cometeu, será lembrada contra ele", Mas, atenção !, o prêmio continua merecido pela "justiça que praticou" ou seja, pelo bem que fez e não pelo mal que deixou de praticar.
Da mesma forma, aquele que sempre foi bom e, de repente, descamba para a prática do mal, é prontamente responsabilizado pelos erros que cometer. Ele próprio e não outra pessoa. Até mesmo o homem bom, que se voltar para a iniqüidade, responderá por ela como qualquer ímpio. O que antes fizera de bom não o isenta de tal responsabilidade, porque certifica nele a persistência de tendências más ainda não superadas.
A idéia básica de toda essa longa exposição, portanto, é a de que somos julgados segundo nossos atos: "Portanto, ó casa de Israel, vos julgarei cada um conforme os seus caminhos". Prestaram bem atenção? Cada um de acordo com os seus caminhos ou atos e não pelo que outros tenham feito. O que comeu a uva verde, esse mesmo é que terá seus dentes estragados, não os seus filhos ou netos.
Figuremos, porém, o caso mais comum daqueles que não tiveram o bom senso e a disposição de se utilizar das oportunidades de conversão à prática do bem. Seja porque se comprazem no erro, seja porque, depois do esforço sobre-humano para serem bons, recaíram na prática do mal ou, ainda, porque tenham praticado crime grave já nos últimos momentos da vida terrena, sem tempo de corrigirem-se. Que fazer dessas multidões de seres em falta?
Já vimos que Deus está disposto a esquecer os erros daquele que se regenera, desde que ele se confirme na prática do bem. Já vimos também que Deus não deseja a morte do pecador, ou seja, a sua condenação, mas que ele renuncie ao erro. E se Deus não o deseja, hão de ser colocados ao alcance do pecador todos os recursos de que ele necessitar para recuperar-se, deixando para sempre de pecar. Como, porém, entender tais oportunidades de recuperação no contexto de uma só vida na carne? Como poderia o Pai desejar que o pecador se salve sem proporcionar-lhe os meios para fazê-lo? Não há, pois, como sofismar ante o esquema básico que se resume a seguir:
• Cada um responde pelos seus erros e tem o mérito de suas virtudes.
• Não há sofrimento inocente, nem recompensa imerecida por herança, contágio, ou por procuração. A cada um segundo suas obras.
• As oportunidades de reajuste são proporcionadas a todos indistintamente.
• O processo evolutivo - uma condição cósmica - exige um mecanismo de reajuste moral que é precisamente o das vidas sucessivas.

Hermínio Miranda
Reencarnação na Bíblia

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