Infelizmente, algumas casas espíritas prestam um desserviço à Doutrina
dão-nos a impressão de que foram construídas apenas para atender a
vaidade dos médiuns que as edificaram.
Não somos contrários aos diretores reconhecidamente bem
intencionados e idealistas que permanecem por longo tempo nos cargos que
ocupam. A causa espírita necessita dos que não abram mão de seus
deveres para com ela. Excesso de liberalidade doutrinária é tão
prejudicial à casa espírita quanto aos regimes ditatoriais impostos por
alguns diretores, que anseiam por se perpetuar nos postos de direção.
Por vezes, a renovação da diretoria é de vital importância para que a
casa espírita se renove em suas atividades, com a descentralização do
poder. No entanto precisamos reconhecer que, por outro lado, muitos
novos diretores costumam ser um desastre, pois, consentindo que o cargo
lhes suba à cabeça, tomam atitudes arbitrárias e passam a ser elementos
desagregadores.
Não se admite em um núcleo espírita, a luta pelo poder. Jesus nos
advertiu quanto aos perigos de uma casa dividida, afirmando que ela não
seria capaz de se manter de pé.
Nos centros espíritas de boa formação doutrinária, prevalece o
espírito de equipe; ninguém trabalha com o desejo de aparecer, de reter
as chaves da instituição no bolso, de modo que certas portas não sejam
abertas sem a sua presença... Não se tecem comentários desairosos sobre
os companheiros, como se, o que se pretendesse, fosse desestabilizá-los
nas tarefas que permanecem sob a sua responsabilidade.
Os dirigentes de uma instituição espírita necessitam ter pulso
firme, transparência nas decisões, fraternidade no trato para com todos,
submetendo-se sempre à orientação da Doutrina. Pontos de vista
estritamente pessoais não devem ter espaços no Movimento.
Centros espíritas mal orientados passam para a comunidade uma imagem
deturpada do Espiritismo. A divulgação da Doutrina começa pela fachada
de uma casa espírita. Até o seu ambiente físico carece ser acolhedor,
iluminado. Construções suntuosas muitas vezes espiritualmente estão
vazias. Os centros espíritas devem ter a preocupação de ser a
continuidade da Casa dos Apóstolos, em Jerusalém amparo aos desvalidos e
luz para os que vagueiam nas sombras, sempre, em nome do Senhor, de
portas descerradas à necessidade de quem quer que seja.
Num templo espírita é indispensável à divisão de tarefas; muitos
núcleos permanecem de portas fechadas na maioria dos dias da semana,
porque os seus dirigentes não sabem promover os companheiros... O ciúme e
o apego injustificável de muitos dirigentes acabam por deixar ocioso o
espaço de uma casa espírita, quase a semana inteira. Não vale a
justificativa de que os seareiros sejam poucos... Cuide-se das
atividades doutrinárias de base a evangelização e a mocidade e não se
terá o problema de escassez de braços para o trabalho doutrinário.
Nos centros mal orientados, nos quais o campo de serviço é restrito,
os Espíritos Superiores não têm muito que fazer. Quanto mais numerosas,
diversificadas e sérias as atividades de uma casa espírita, maior a
tutela da Espiritualidade e maior a equipe dos desencarnados que com ela
se dispõem a colaborar.
Os dirigentes, médiuns responderão pela sua omissão e arbitrariedade à frente de um núcleo espírita.
Livro: Conversando com os Médiuns.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A. Baccelli.
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