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sábado, 1 de setembro de 2012

Quebrando a Casca

Artigo extraído do livro "Horizontes da Vida", pelo Espírito Miramez - 2ª Edição - Ano 1991 - Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

Em se falando de conhecimento espiritual, estamos envolvidos em um cascão grosseiro, que não deixa passar para o consciente as mensagens elevadas, cujas interpretações, por isso, sempre são deficientes. Para surgir do ovo, o pinto luta com todo o seu esforço, e, em muitos casos, precisa da ajuda da mãe, embora esse trabalho seja dele.

A vida, mesmo quando começa, exige esforço próprio daquele que vai viver os caminhos do mundo; ela se nos apresenta como que um empório, no qual devemos penetrar passo a passo, observando as condições e reunindo experiências. Podemos observar certos exemplos da natureza, em que podemos nos estribar com segurança: ainda que alguém coloque o alimento em nossa boca, nós é que temos de mastigá-lo e engoli-lo; se alguém nos oferece água para beber, somente nós é que temos condições de sorvê-la; os olhos são usados por nós, os pensamentos se expressam em forma de palavras, que temos de nos esforçar para articulá-las. Compreende-se daí que o esforço próprio haverá de ser acionado pelos nossos próprios impulsos. Cada um carrega a sua cruz e sobe o seu próprio calvário, porque a glória, em todos os rumos da vitória, é também de cada um.

A vida universal acionada pelas leis de Deus nos mostra uma graduação de valores espirituais, porém, não deixa de nos apontar o preço que deve custar. Se já conquistamos valores morais no tempo que nos foi confiado, não devemos alardear, como se estivéssemos em busca de glórias efêmeras; Alguém, no mais alto, se encarrega disso com sabedoria e desvelo. O nosso dever é realizar o melhor na cidade do coração, sem o azinhavre do egoísmo. Compete a todos nós aumentar a nossa fé, pois ela é produto da consciência do bem em que devemos permanecer, e dos valores morais que a nossa vida deve mostrar no silêncio. Apregoar o que fazemos de bom é desmerecer a grandeza da benevolência; toda exibição preconcebida se desmoraliza breve, principalmente quando não existe segurança moral do exibidor.

Avancemos fronteiras para alcançarmos horizontes mais amplos da vida, sem debitar na consciência os estragos do exibicionismo falso. O verdadeiro sábio não se desespera, não anda em carreira com seus deveres ante a vida, mas também não pára, nem distrai sua atenção rumo às realidades, por saber, pelo Evangelho, que quem perseverar até o fim será salvo.

Estamos sempre envolvidos em diversos cascões do orgulho e do egoísmo, donde são gerados todos os males da humanidade e, se estamos nascendo para a vida maior, é de nosso dever quebrá-los, na seqüência que o tempo nos pede, para respirarmos novas vidas e colhermos experiências diferentes, o que nos dá grandes esperanças.

A Terra é uma prisão, no entanto, ela pode ser uma porta para a espiritualidade maior, dependendo do modo que entendermos as lições; o mundo atual se encontra enriquecido de lições de porte dos mais elevados, que existem em planos distantes do planeta. E muitos clamam, em súplicas demoradas, pedindo aos Céus que enviem santos e sábios para ensinar-lhes, sem saber que se encontram entre muitos mestres, que sofrem para que a humanidade se eleve.

Os seres humanos andam a procura de atalhos e coisas fáceis, esquecendo-se que Jesus, o Governador da Terra, passou por caminhos estreitos, cheios de espinhos, nasceu no meio da ignorância, onde os condicionamentos da maldade eram tantos que chegavam a ponto da autodestruição, para garantir os erros milenares de sacerdotes ultrapassados em matéria de interpretações das leis do Divino Doador do universo.

Na verdade, devemos desconfiar das coisas fáceis, da bajulação e dos próprios impulsos de autopromoção. Para subir, é necessário crescer; para crescer é indispensável sacrifício e o sacrifício útil é aquele que se refere à suspensão das paixões inferiores.

Quebremos a casca do ovo interno em que estamos envolvidos, pela prisão da ignorância, que depois disso poderemos ver as estrelas brilharem com todos os sóis, nos céus da consciência.

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