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sábado, 29 de setembro de 2012

NÃO DAR PÉROLAS AOS PORCOS


"Não deis aos cães as covas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas." (Mateus, 7:6)

Que espécie de coisas santas se pode deitar aos cães, e quem, por acaso, quem atirará suas pérolas aos porcos? Jesus Cristo acrescentou, ainda, em seus ensinamentos: para evitar que os porcos, pisando-as, se firam, e, virando contra vós, vos despedacem.

Trata-se, evidentemente, de um ensino um tanto exótico, o qual, entretanto, como tantos outros ensinamentos do Mestre, encerra um sentido alegórico, passível de interpretação à luz meridiana da razão, uma vez que o apóstolo afirmou que a letra mata e o Espírito vivifica.

Procuremos, pois, elucidar essa questão à luz dos próprios ensinamentos evangélicos.

Quando Jesus fez a sua peregrinação pela Terra, dado o fato de ser um renovador, que vinha revolver, vinha revolucionar os costumes e abalar os alicerces de um mundo prenhe de corrupção e de aberrações de todos os matizes, não demorou em granjear elevado número de inimigos.

Seus maiores detratores foram justamente os sacerdotes judeus, que manipulavam o povo, ensinando-lhe doutrinas e práticas deletérias. Eles, que conheciam as Escrituras e não ignoravam que elas vaticinavam o advento do Messias, deveriam ser, portanto, os mais achegados amigos e admiradores do Cristo e de sua obra incomparável. No entanto, agiram ao contrário, tornando-se os mais acerbos inimigos de Jesus.

Além dos sacerdotes, o Mestre defrontou-se com outros
renhidos opositores: os escribas, os fariseus e os saduceus, além dos próprios poderes políticos da época, os quais tinham nítido interesse em contemporizar com os costumes e as tradições dos judeus, a fim de exercerem o seu domínio, a sua hegemonia. Desse modo, o embate era entre forças terrenas, poderosas, e Jesus Cristo com o seu pequenino grupo de apóstolos e admiradores. Uma luta desigual, entre um manso cordeiro e uma malta de lobos vorazes.

As pregações de Jesus, verdadeiras coisas santas e pérolas de inestimável valor, caíram no seio desses seus inimigos como verdadeiros petardos, que vinham abalar a muralha aparentemente inexpugnável de suas velhas e enraizadas tradições e preconceitos.
Eles se enfureceram, quando viram os seus interesses contrariados pela nova doutrina revelada pelo Cristo; isso fez com que se rebelassem contra os maravilhosos ensinamentos evangélicos, e, tais como animais feridos, investiram-se contra o grande Enviado dos Céus, deixando de esposar as novas idéias redentoras. Travou-se, assim, uma luta entre a luz e as trevas.
Assim como Deus faz o sol brilhar sobre justos e injustos e a chuva beneficiar bons e maus, as coisas santas, oriundas do Céu, oferecidas preciosas pérolas dos ensinamentos do Mestre foram oferecidas a esses homens recalcitrantes, mas eles, como autênticos cegos que não querem ver, não compreendendo o valor das palavras ensinadas e a verdade nelas contida, sentiram-se feridos em seus interesses, avançaram contra o Inovador e seus emissários, crucificando um, flagelando outros e matando muitos deles.
Desse modo, as pérolas foram pisadas e as coisas santas menosprezadas. Evidentemente, esse ensinamento de Jesus também representou uma admoestação a todos os seareiros de boa vontade, para que evitem discorrer sobre os seus ensinamentos com criaturas empedernidas e refratárias a tudo o que vem do Alto, aos rebelados que se insurgem contra as leis de Deus, ou mesmo em ambientes inadequados, onde alguns homens preferem chafurdar-se no lamaçal dos vícios e da imoralidade, relegando para plano secundário as coisas nobilitantes, que impulsionam o Espírita para a frente e para o Alto.

Muitos homens, de corações endurecidos, se insurgem contra essas idéias reformistas, que objetivam iluminar a mente dos Seres e os horizontes do mundo, porque isso representará um fim ao império das trevas. Conseqüentemente, no auge da desespero, investem-se contra os inovadores, blasfemando e tornando-se verdadeiros entraves ao encaminhamento da Humanidade, rumo a seus relevantes objetivos, obstaculizando uma mais rápida aproximação entre as criaturas humanas e o seu Criador.

Paulo A. Godoy

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