ENERGIA E BRANDURA
Emmanuel
No caminho da vida,
há que se aprender com a própria vida.
Na marcha do dia-a-dia,
urge harmonizar as manifestações de nossas qualidades com o espírito de
proporção e proveito, a fim de que o extremismo não nos imponha acidentes,
no trânsito de nossas tarefas e relações.
Energia na fé; não
demais que tombe em fanatismo.
Brandura na bondade; não
demais que entremostre relaxamento.
Energia na convicção;
não demais que se transforme em teimosia.
Brandura na humildade;
não demais que degenere em servilismo.
Energia na justiça; não
demais que seja crueldade.
Brandura na gentileza;
não demais que denuncie bajulação.
Energia na sinceridade;
não demais que descambe no desrespeito.
Brandura na paz; não
demais que se acomode em preguiça.
Energia na coragem; não
demais que se faça temeridade.
Brandura na prudência;
não demais que se recolha ao comodismo.
No caminho da vida, há
que se aprender com a própria vida.
Vejamos o carro moderno
nas viagens de hoje: nem passo a passo, porque isso seria ignorar o
progresso, diante do motor, e nem velocidade além dos limites justos, o
que seria abusar do motor para descer ao desastre e à morte prematura.
Em tudo equilíbrio,
porque, se tivermos equilíbrio, asseguraremos, em toda parte e em qualquer
tempo, a presença da caridade e da paciência, em nós mesmos, as duas
guardiãs capazes de garantir-nos trajeto seguro e chegada feliz.
Francisco Cândido Xavier - Emmanuel - Livro Centelhas
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