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terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Paz? Não, Espada

Escrito por Paulo alves de Godoy

Artigo publicado no jornal Unificação - Ano XII - Março de 1965 - Número 144

“Não penseis que eu tenha vindo trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; porquanto, vim separar de seu pai o homem, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; e o homem terá por inimigos os de sua própria casa”
(Mateus, cap. X, v. 34 a 36).

“Vim lançar fogo à Terra; e o que é o que desejo senão que ele se acenda?”

(Lucas, cap. XII. V. 49).


Habituamos a ler nas páginas fulgurantes dos Evangelhos apenas palavras de brandura e de tolerância, estranhamos quando Jesus muda de diapasão para proclamar que não veio trazer a paz à Terra, mas sim, a espada.
Jesus Cristo, modelo vivo da docilidade, da bondade e da misericórdia, que apenas proferia palavras de fé, de incentivo, de esperança e de brandura, de um momento para outro passa a externar palavras de sentido revolucionário.
Essa mudança de um pólo a outro parece paradoxal, se não abandonarmos a letra que mata para divisar apenas o espírito que vivifica.
Emmanuel, consultado sobre o sentido daquelas palavras do Nazareno, pontificou: “Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos. Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os planos divinos. E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser reconhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração sempre capitaneado pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho”.
Deriva-se dessas palavras do grande mentor espiritual, que a espada significa o instrumento renovador que não tergiversa com os erros humanos e nem contemporiza com as falhas voluntárias daqueles que desejam manter o mundo acorrentado a inócuas tradições, vivendo sob a égide da superstição, do medo e do fanatismo.
Se o Messias viesse contemporizar com as nossas falhas descuidaríamos da nossa própria evolução, e passaríamos a aguardar, ansiosamente, que Ele voltasse de novo à Terra, fosse novamente crucificado e “arcasse outra vez com os nossos pecados”, no dizer dos antigos teólogos.
O Mestre não veio para nos livrar das nossas faltas, mas ensinar-nos o caminho para nos livrar delas. Não veio tomar sobre seus ombros o encargo das nossas transgressões, mas indicar-nos, através das palavras edificantes dos Evangelhos, como aprimorar nossas qualidades e nos aproximarmos da perfeição.
Jesus usava de palavras meigas e tolerantes para com os pequeninos e os pobres de espírito, mas também sabia empregar palavras cortantes e incisivas quando se dirigia aos escribas e fariseus hipócritas. A mesma boca que havia prometido a bem-aventurança aos aflitos, aos famintos e aos sequiosos de justiça, verberava acerbamente o procedimento dos fariseus que mantinham o povo na ignorância e no fanatismo. O mestre que prometia a recompensa aos pacificadores, aos mansos e aos pobres de espírito também acenava com os rigores dos sofrimentos expiatórios aos falsos mentores religiosos da época “que nem entravam no Reino dos Céus e nem deixavam que os outros entrassem” e que “colocavam pesados fardos nos ombros dos seus discípulos, mas que não ousavam sequer tocá-los com os dedos”.
Deduz-se ainda das palavras do Nazareno que não haverá trégua definitiva para os espíritos ociosos, tornando-se um imperativo a procura, pelos meios que nos é facultado, da fórmula ideal para levarmos as nossas cruzes, sem os inconvenientes das quedas sucessivas que retardam a nossa ascensão para Deus.
O fogo foi trazido à Terra pelo Meigo Rabi da Galiléia para que os homens se capacitem de que, somente pela luta interior em prol do aprimoramento moral e espiritual, a humanidade poderá equacionar seus milenares problemas e sair do estado caótico em que s

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