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sábado, 18 de agosto de 2012

Responsabilidade



 •  Postado por Redação


A Doutrina Espírita admite no homem o livre-arbítrio em toda a sua plenitude e, se lhe diz que, praticando o mal, ele cede a uma sugestão estranha e má, em nada lhe diminui a responsabilidade, pois lhe reconhece o poder de resistir, o que evidentemente lhe é muito mais fácil do que lutar contra a sua própria natureza.
Assim, de acordo com a Doutrina Espírita, não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre cerrar ouvidos à voz oculta que lhe fala no íntimo, induzindo-o ao mal, como pode cerrá-los à voz material daquele que lhe fale ostensivamente.
Pode-o pela ação da sua vontade, pedindo a Deus a força necessária e reclamando, para tal fim, a assistência dos bons Espíritos. (L.E. 872)1
Sobre o tema em tela, seguem algumas contribuições de Cairbar Schutel, constantes do livro Fundamentos da Reforma Íntima (Casa Editora O Clarim):
Responsabilidade é inerente ao encarnado, visto que todo ser humano, em especial a partir dos dezesseis anos, quando possui completo livre-arbítrio, deve responder perante Deus pelo que faz e, consequentemente, pelo que causa (654).
Pode-se dizer: cada reação vivida pelo encarnado é fruto de sua anterior ação. Ele é responsável pelos atos que comete e pelas consequências que sofre. Sob outro aspecto, quando pratica um mal grave, além de estar dando início a uma ação, tem a obrigação de reparação. Logo, quando recebe a reação, vê-se a responsabilidade do encarnado somente sob o aspecto casual. Quando pratica a ação negativa, vê-se a sua responsabilidade sob o aspecto dúplice: causal e reparatório. (658)
A responsabilidade tem ainda a sua análise voltada para o campo deontológico, visto que todo encarnado tem deveres morais e possui, portanto, a responsabilidade de executá-los. (659)
Irresponsabilidade, no contexto da reforma íntima, não existe. Todos os encarnados são responsáveis pelos seus atos, cabendo à Superioridade Divina avaliar o grau de responsabilidade e suas consequências. (660)
São os encarnados levados diariamente a agir com diligência nos seus atos a fim de que não se tornem responsáveis por consequências negativas, que haverão de reparar no futuro. (668)
Portanto, é cabível ressaltar que toda ação contrária ao bem é uma decorrência da falta de conhecimento suficiente ou da inexata compreensão da moral cristã. Ninguém, em sã consciência, seria descuidado nos seus deveres morais e cristãos se tivesse pleno entendimento da teoria e dos ensinamentos contidos no Evangelho de Jesus. (669)
Núcleo fundamental de desenvolvimento do ser humano, a família convive com responsabilidades e desacertos de seus membros no seu cotidiano. (675)
Ser diligente no seio familiar é também cuidar do assunto com a devida atenção e não descurar da educação dos filhos nesse mesmo contexto, dando-lhes norteamentos indispensáveis à sua formação. (680)
Surge, após o advento da progênie, a responsabilidade pela sua boa educação. Devem os pais conduzir os filhos pela senda cristã, acima de tudo, dando-lhes toda a informação possível para que se tornem seres humanos melhores do que efetivamente o são. (684)
Filhos espelham-se geralmente em seus pais. (687)
Apesar de possuírem bagagem espiritual secular própria, com defeitos e virtudes individuais, os infantes carecem de orientação para aprimorarem os seus âmagos, tornando-se seres mais apurados na trilha cristã. Essa a responsabilidade dos pais. (688)
Aos médiuns, de um modo geral, um alerta: possuem responsabilidades inarredáveis pelas comunicações que proporcionam e pela sinceridade ou manipulação com que agem sobre elas. (695)
Ser médium acarreta, ainda, a responsabilidade de educar a mediunidade. (698

1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

Jornal O Clarim -Agosto 2012

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