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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Aprendendo com o livro dos Espíritos questão 197

 
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Comentário pelo Espírito Miramez:

 

Fonte:  http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q197c.html

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Revista Espírita 1866-Agosto-Criança , guia espirituais dos pais



Tendo perdido um filho de sete anos, e tendo-se tornado médium, a mãe teve essa mesma criança como guia. Um dia lhe fez a seguinte pergunta:
- Caro e bem amado filho, um espírita meu amigo não compreende e não admite possas ser o guia espiritual de tua mãe, porque ela existia antes de ti e, indubitavelmente, deve ter tido um guia, mesmo que fosse apenas durante o tempo em que tivemos a felicidade de ter-te ao nosso lado. Podes dar-nos algumas explicações?
Resposta do Espírito da criança ─ Como quereis aprofundar tudo o vos parece incompreensível? Aquele que vos parece mesmo o mais adiantado no Espiritismo está apenas nos primeiros elementos dessa doutrina e não sabe mais do que esse ou aquele que vos parece capaz de tudo e capaz de vos dar explicações. Eu existi muito tempo antes de minha mãe, e ocupei, em outra existência, uma posição eminente por meus conhecimentos intelectuais.
Mas um imenso orgulho se havia apoderado de meu Espírito, e durante várias existências consecutivas fui submetido à mesma prova, sem poder dela triunfar, até chegar à existência em que estava junto de vós. No entanto, como já estava adiantado, e minha partida devia servir ao vosso adiantamento, a vós, tão atrasados na vida espírita, Deus me chamou antes do fim de minha carreira, considerando minha missão junto a vós mais aproveitável como Espírito do que como encarnado.
Durante minha última estada na Terra, minha mãe teve o seu anjo guradião junto a ela, mas temporariamente, pois Deus sabia que era eu que devia ser o seu guia espiritual, e que eu a levaria mais eficazmente para o caminho do qual ela estava tão afastada. O guia que ela tinha então, foi chamado para outra missão, quando vim tomar seu lugar junto a ela.
Perguntai aos que sabeis mais adiantados do que vós se esta explicação é lógica e boa, porque pode ser que, considerando-se que esta é minha opinião pessoal, talvez eu me engane. Enfim, isto vos será explicado, se perguntardes. Muitas coisas ainda vos são ocultas e vos parecerão claras mais tarde. Não queirais aprofundar muito, porque dessa constante preocupação nasce a confusão de vossas ideias. Tende paciência, pois assim como um espelho embaciado por um sopro ligeiro, se clareira pouco a pouco, vosso espírito tranquilo e calmo atingirá esse grau de compreensão necessário ao vosso adiantamento.
Coragem, pois, bons pais; marchai com confiança, e um dia bendireis a hora da prova terrível que vos trouxe ao caminho da felicidade eterna, sem a qual teríeis ainda muitas existências infelizes a percorrer.

OBSERVAÇÃO: Esse menino era de uma precocidade intelectual rara para a sua idade. Mesmo gozando de boa saúde, parecia pressentir seu fim próximo. Ele se alegrava nos cemitérios e, sem jamais ter ouvido falar em Espiritismo, no qual seus pais não acreditavam, muitas vezes perguntava se, quando se estivesse morto, não se poderia voltar aos que se tinha amado. Ele aspirava a morte como uma felicidade e dizia que quando morresse sua mãe não deveria afligir-se, porque ele voltaria para junto dela. Com efeito, foi a morte de três filhos em alguns dias que levou os pais a buscar uma consolação no Espiritismo. Eles encontraram largamente essa consolação, e sua fé foi recompensada pela possibilidade de conversar a cada instante com os filhos, porque a mãe se tornou excelente médium em bem pouco tempo, tendo seu próprio filho como guia, Espírito que se revela por uma grande superioridade.

 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

CURA DO HIDRÓPICO Segundo Carlos Pastorino

CURA DO HIDRÓPICO
Luc. 14:1-6
1.E aconteceu que ao vir ele (Jesus) à casa de um dos chefes fariseus,no sábado, para comer pão, este o estava observando.
2.E eis que certo homem hidrópico estava diante dele.
3.E respondendo Jesus falou aos doutores da lei e fariseus, dizendo: "É lícito curar no sábado, ou não"?
4.Eles calaram-se. E tocando, curou-o e libertou-o,
5.e a eles disse: "qual de vós, se cair no poço um filho ou um boi,imediatamente não o levanta, mesmo em dia de sábado"?
6.E não puderam responder a isso.

Este trecho e os três seguintes pertencem ao mesmo  episódio: um almoço na casa "de certo chefe fariseu" (tínos tôn archóntôn pharisaíôn), ou seja, de algum dos membros influentes do partido, porque os fariseus jamais tiveram o que pudesse denominar-se um "chefe" oficial. No entanto, havia vários membros do partido que, por sua posição social, cultural, política ou financeira, gozavam de maior prestígio, e eram considerados "archontes" (principais, destacados, influentes, chefes etc.).
O que convidou Jesus parece que era simpático ao Mestre, como veremos pela atenção e delicadeza com que O trata, e pelas lições de perfeição que recebe, num grau bem mais elevado que o da plebe. 
E o convite, mesmo depois de tantas acusações feitas a Jesus e de Suas invectivas contra os fariseus demonstra que havia, pelo menos, admiração e desejo de aprender. Não obstante, o anfitrião não deixa de observá-Lo.
A expressão "comer pão" era corrente em hebraico para significar uma refeição sem formalismo.
Ao entrar em casa dos fariseus Jesus vê diante de si (émprosthen autoú) um hidrópico. Dizem os hermeneutas que no oriente há mais liberdade de alguém penetrar na casa de estranhos, do que um ocidental permitiria, e por isso o hidrópico deve ter entrado ao ver Jesus para já dirigir-se. Mas quem nos diz que o hidrópico era um mendigo? podia até ser um dos convidados. Nem só os mendigos adoecem de hidropisia. Ou podia ser um dos agregados ou empregados. O texto diz que Jesus "viu diante de si",dando a entender que o enfermo já estava na casa. E o verbo apolyô não significa rigorosamente, nem apenas, "despedir" (dando idéia de que se manda embora uma pessoa), mas também "libertar".
O fato é que Jesus aproveita o ensejo e pergunta se é licito curar no sábado,como o fizera na sinagoga(Luc. 6:9; vol. 2) com o homem da mão atrofiada. Já fora criticado por fazê-lo (Luc. 13:14), mas sempre ensinou que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mat. 12:8 e Luc. 6:5;vol. 2).
Como não pudessem responder sobre a liberdade ou não do ato, o Mestre não perde tempo: toca o enfermo, despejando sobre ele Seus poderes e Seu magnetismo curador, e liberta-o da enfermidade; além de curá-lo, deixa-o livre. Não exige declaração de fé, como fizera em outros casos, nem avisa quanto ao perigo de uma recaída, se tornasse a errar. Por faltarem esses pormenores é que preferimos traduzir apolyô por "libertar”: o curado estava libertado do carma.
Depois prossegue na argumentação, demonstrando aos presentes que, se eles libertam um filho ou um boi, quando caem num poço num dia de sábado por que não poderia Ele faze-lo a uma criatura humana? Por que um filho merece mais que um estranho? Não sofrem ambos? E por que um boi vale mais,por ser "nosso", do que um irmão, filho do mesmo Pai celestial ?
A comparação já fora feita com "um boi e um asno”(Mat. 12:11; Luc. 13:15). Agora aparece um filho ou um boi", com ótimos testemunhos (papiros 45, 75, códices A, B, E, G, H, L, M, S, U, V, W, gama,deltae boi” (códices sinaítico, K, X,pi, psi e siríaca sinaítica).
O argumento era decisivo. Nada foi dito e, parece, o fato foi bem aceito.
A lição versa sobre o serviço aos estranhos, oposto aos do próprio círculo de parentesco ("filho") e das propriedades ("bois"). Todos somos UM. E não há dias nem datas prefixadas para atender aos necessitados. Desde que se apresente a necessidade , ajuda-se, sem burocracia, sem exigências, sem condições, com todo o amor.
Mas todos os que entram no "Caminho" são agudam ente observados pelos profanos, que os julgam por sua pauta humana mesquinha, e fazem questão cerrada  de amoldá-los a suas formas prefabricadas, segundo os preceitos inventados por eles como regras infalíveis, atribuindo-os sempre a um deus que lhes está sujeito, como títere em suas mãos.
A figura do hidrópico é típica como exemplificação, tal como fora a da "mulher recurvada" (Luc.13:11). Aqui a imagem é tirada de um hidrópico (1).
(1) A hidropisia é causada pelo derrame de serosidade em qualquer cavidade do corpo, tomando nomes técnicos de acordo com o local (hidrotórax, no peito;hidrocefalia, na cabeça; hidroftalmia, nos olhos;edema ou anasarca a total ou parcial infiltração no tecido celular, etc.). No entanto, vulgarmente, a hidropisia é tida como sinônimo de "barriga d'água", embora, no ventre, os médicos a denominem oficialmente "ascite" (doença de que desencarnou o famoso Domingos de Gusmão, fundador dos frades dominicanos (cfr. Frei Luiz de Souza, "História de São Domingos", livro 5, cap. 38).
A hidropisia faz inchar a parte do corpo atacada pela enfermidade. Assim, o convencimento de ser"dono da verdade" incha o pequeno eu vaidoso (cfr. Paulo: 1.ª Cor. 4:18, 19; 5:2; 8:1; Col. 2:18,. 1.ªTim. 3:6). Nada mais típico para ensinar-nos que precisamos curar (sobretudo em nós mesmos!) essas hidropisias intelectualóides, a fim de conseguir a humildade indispensável para compreender as lições que nos são trazidas. Curada a hidropisia do orgulho, o espírito é libertado (apolyô) e progredirá sem empecilhos

sábado, 22 de abril de 2017

A Pátria do Evangelho "As noites de Cabral são povoadas de sonhos sobrenaturais e, insensivelmente as caravelas inquietas cedem ao impulso de uma orientação imperceptível[...]Jesus:"“Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinais e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre.”[...]Jesus a Ismael:"Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina. Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.[...]Primeiramente, surgiram os índios, que eram os simples de coração; em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça divina e, mais tarde, viriam os escravos, como a expressão dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma coletiva de um povo bem-aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos acariciadores do Sermão da Montanha.





[...]Todavia, os planos da Escola de Sagres  estavam consolidados. Com a ascensão de D. Manuel I  ao poder, nada mais se fez que atingir o fim de longa e laboriosa preparação. Em 1498, Vasco da Gama  descobre o caminho marítimo das Índias e, um pouco mais tarde Gaspar de Corte Real descobre o Canadá. Todos os navegadores saem de Lisboa com instruções secretas quanto à terra desconhecida, que se localizava fronteira à África e que já havia sido objeto de protesto de D. João II contra a bula de Alexandre VI,  que pretendia impor-lhe restrições ao longo do Atlântico, por sugestão dos reis católicos da Espanha.
 No dia 7 de Março de 1500, preparada a grande expedição de Cabral  ao novo roteiro das Índias, todos os elementos da expedição, encabeçados pelo capitão-mor, visitaram o Paço de Alcáçova,  e na véspera do dia 9, dia este em que se fizeram ao mar, imploraram os navegadores a bênção de Deus, na ermida do Restelo,  pouso de meditação que a fé sincera de D. Henrique havia edificado. O Tejo estava coberto de embarcações engalanadas e, entre manifestações de alegria e de esperança, exaltava-se o pendão glorioso das quinas.
 No oceano largo, o capitão-mor considera a possibilidade de levar a sua bandeira à terra desconhecida do hemisfério sul. O seu desejo cria a necessária ambientação ao grande plano do mundo invisível. Henrique de Sagres aproveita esta maravilhosa possibilidade. Suas falanges de navegadores do Infinito se desdobram nas caravelas embandeiradas e alegres. Aproveitam-se todos os ascendentes mediúnicos.  As noites de Cabral são povoadas de sonhos sobrenaturais e, insensivelmente as caravelas inquietas cedem ao impulso de uma orientação imperceptível. Os caminhos das Índias são abandonados. Em todos os corações há uma angustiosa expectativa. O pavor do desconhecido empolga a alma daqueles homens rudes, que se viam perdidos entre o céu e o mar, nas imensidades do Infinito.  Mas a assistência espiritual do mensageiro invisível, que, de fato, era ali o divino expedicionário, derrama um claror de esperança em todos os ânimos. As primeiras mensagens da terra próxima recebem-nas com alegria indizível. As ondas se mostram agora, amiúde, qual colcha caprichosa de folhas, de flores e de perfumes. Avistam-se os píncaros elegantes da plaga do cruzeiro e, em breves horas, Cabral e sua gente se reconfortam na praia extensa e acolhedora. Os naturais os recebem como irmãos muito amados. A palavra religiosa de Henrique Soares de Coimbra eles a ouvem com veneração e humildade. Colocam suas habitações rústicas e primitivas à disposição do estrangeiro e reza a crônica de Caminha que Diogo Dias dançou com eles nas areias de Porto Seguro celebrando na praia o primeiro banquete de fraternidade na Terra de Vera Cruz.
A bandeira das quinas  desfralda-se então gloriosamente nas plagas da terra abençoada, para onde transplantara Jesus a árvore do seu amor e da sua piedade, e, no céu, celebra-se o acontecimento com grande júbilo. Assembleias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas cerradas e bravias. Há um contentamento intraduzível em todos os corações, como se um pombo simbólico trouxesse as novidades de um mundo mais firme, após novo dilúvio.
 Henrique de Sagres, o antigo mensageiro do Divino Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas do Céu. Mas, de alma alarmada pelas emoções mais carinhosas e mais doces, confia ao Senhor as suas vacilações e os seus receios:
— “Mestre — diz ele — graças ao vosso coração misericordioso, a terra do Evangelho florescerá agora para o mundo inteiro. Dai-nos a vossa bênção para que possamos velar pela sua tranquilidade, no seio da pirataria de todos os séculos. Temo, Senhor, que as nações ambiciosas matem as nossas esperanças, invalidando as suas possibilidades e destruindo os seus tesouros…”
 Jesus, porém, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita em dizer com a certeza e a alegria que traz em si:
— “Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinais e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre.”
 Nos céus imensos, havia clarões estranhos de uma bênção divina. No seu sólio de estrelas e de flores, o supremo Senhor sancionara, por certo, as bondosas promessas de seu Filho.
E foi assim que o minúsculo Portugal, através de três longos séculos, embora preocupado com as fabulosas riquezas das Índias, pôde conservar, contra flamengos e ingleses, franceses e espanhóis, a unidade territorial de uma pátria com oito milhões e meio de quilômetros quadrados e com oito mil quilômetros de costa marítima. Nunca houve exemplo como esse em toda a história do mundo. As possessões espanholas se fragmentaram, formando cerca de vinte repúblicas diversas. Os Estados americanos do norte devem sua posição territorial às anexações e às lutas de conquista. A Luisiana, o Novo México, o Alasca, a Califórnia, o Texas, o Oregon, surgiram depois da emancipação das colônias inglesas. Só o Brasil conseguiu manter-se uno e indivisível na América, entre os embates políticos de todos os tempos. É que a mão do Senhor se alça sobre a sua longa extensão e sobre as suas prodigiosas riquezas. O coração geográfico do orbe não se podia fracionar[...]

Dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na face do orbe terrestre, em meio do divino silêncio da multidão espiritual, sua voz ressoou com doçura:
— “Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso Pai.  Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento.  Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo.  Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina.  Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.”[...]
Na sua branca substância uma tinta celeste inscrevera o lema imortal: “Deus, Cristo e caridade”.[...]O emissário de Jesus desce então à Terra, onde estabelecerá a sua oficina. Os exércitos dos seres redimidos e luminosos lhe seguem a esplêndida trajetória e, como se o chão do Brasil fosse a superfície de um novo Hélicon da imortalidade, a natureza, macia e cariciosa, toda se enfeita de luzes e sombras, de sinfonias e de ramagens odoríferas, preparando-se para um banquete de deuses.[...]

 Primeiramente, surgiram os índios, que eram os simples de coração; em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça divina e, mais tarde, viriam os escravos, como a expressão dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma coletiva de um povo bem-aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos acariciadores do Sermão da Montanha.
.Humberto de Campos
(.Irmão X)

Fonte: Do Livro Brasil, Coração do Mundo , Pátria do Evangelho trechos retirados na íntegra dos capítulos 2 e 3
 Psicografado por Francisco Cândido Xavier