Escrito por Redação |
Uma
pesquisa pioneira, concluída recentemente na Universidade de São Paulo,
investigou em um estudo multidisciplinar através de pós-doutorado a
mediunidade de Chico Xavier. Alexandre Caroli Rocha, especialista em análise textual e Denise Paraná, especialista em elaboração de biografias pelo método de história oral, realizaram estudo sobre o tema em âmbito multidisciplinar e as portas do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP se abriram para a realidade empírica das capacidades mediúnicas, demonstrando a necessidade de um novo entendimento sobre a relação mente – cérebro através de teorias não-reducionistas.Sob a supervisão do professor dr. Francisco Lotufo Neto e do professor dr. Alexander Moreira-Almeida, da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, o estudo obteve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP. Foram dois anos de pesquisa que resultou em uma série de estudos, cuja divulgação o Correio Fraterno antecipa com exclusividade. O primeiro artigo acaba de ser publicado pela revista científica internacional Explore, com o título "Investigating the Fit and Accuracy of Alleged Mediumistic Writing: A Case Study of Chico Xavier's Letters" ("Investigando a adequação e a acuidade da alegada escrita mediúnica: um estudo de caso das cartas de Chico Xavier", em tradução livre). Também assina este artigo a doutora Elizabeth Schmitt Freire, da Universidade de Abedeen, na Escócia, pesquisadora que somou esforços com a equipe. O objetivo do pós-doutorado foi verificar, usando métodos acadêmicos, se na produção das cartas psicografadas de Chico Xavier havia indícios de obtenção 'anômala' de informações, ou seja, se Chico poderia ter acesso àquelas informações que escrevia em suas cartas psicografadas. "Investigamos se aqueles dados objetivos que tantas vezes traziam consolo aos familiares em luto eram verdadeiramente inacessíveis ao médium por vias comuns, ou seja, como por leituras, conversas etc. Além disso, fizemos um amplo levantamento bibliográfico sobre a relação mente – cérebro e a prática da mediunidade", explica Denise Paraná. Para atingir esse objetivo, os pesquisadores tiveram um longo trabalho. "Era preciso verificar se a eventual fragilidade emocional dos parentes que procuravam consolo nas cartas de Chico os levava à crença de que o falecido era o autor das cartas, ou se havia nas cartas, de fato, registros dos falecidos", explicam os pesquisadores. Por isso, eles investigaram detidamente a veracidade das informações presentes nas cartas, fizeram longas e detalhadas entrevistas e buscaram documentos relativos aos casos estudados em arquivos particulares, acervos de jornais, cartórios etc. Também compararam nas cartas psicografadas o estilo linguístico, as descrições físicas e de personalidade do autor espiritual (desencarnado) com seus traços quando ainda 'vivo'. Também foi analisado o conjunto de cartas produzidas por Chico Xavier para entender suas principais características, verificando-se o que havia de genérico e subjetivo nas psicografias, "tudo o aquilo que poderíamos aplicar a qualquer situação de morte, mas também aquilo que existia de particular a quem o texto foi atribuído". Por fim, sistematizaram os dados, analisaram as informações coletadas e produziram artigos. No primeiro deles, já citado, descobriram que dos 99 itens de informações verificáveis, identificados em um conjunto de 13 cartas psicografadas, 98% tinham adequação clara e precisa e não havia nenhum item não adequado. Segundo os pesquisadores, concluiu-se que explicações comuns para tal acuidade de informação, como fraude, acaso, vazamento de informação e leitura fria seriam possibilidades apenas remotamente plausíveis. Mesmo para os espíritas, que têm convicção na imortalidade da alma, os resultados da pesquisa são surpreendentes. "Sabemos que médiuns são humanos e, portanto, passíveis de erros". O próprio Chico costumava se lembrar disso e gostava de checar com os seus consulentes alguns dados das cartas particulares que psicografava. Entretanto, pesquisas como estas, que nos trazem evidências da sua fantástica capacidade mediúnica são muito bem-vindas. Somadas a outras pesquisas, elas ajudam a ampliar os horizontes da ciência em busca de novos modelos de entendimento da consciência humana e de nosso papel no universo", concluem. A questão da mediunidade é fato para os espíritas e esse trabalho é uma das formas de sensibilizar a academia para isso, principalmente a comunidade internacional, que ainda desconhece quem foi Chico Xavier. Publicado no jornal Correio Fraterno - edição 458 - julho/agosto 2014 |
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014
USP aponta novos rumos para a ciência através da mediunidade
FATALIDADE
Emmanuel
A fatalidade do mal é sempre uma criação
devida à nós mesmos, gerando, em nosso prejuízo, a provação expiatória, em
torno da qual passamos compulsoriamente a gravitar.
Semelhante afirmativa dispensa qualquer
discussão filosófica, pela simplicidade com que será justo averiguar-lhe o
acerto, nas mais comezinhas atividades da vida comum.
Uma conta esposada naturalmente é um laço
moral tecido pelo devedor à frente do credor, impondo-lhe a obrigação do
resgate.
Um templo doméstico entregue ao lixo
sistemático transformar-se-á com certeza num depósito de micróbios e
detritos, determinando a multiplicação de núcleos infecciosos de
enfermidade e morte.
Um campo confiado ao império da erva daninha
converter-se-á, sem dúvida, na moradia de vermes insaciáveis, compelindo o
lavrador a maior sacrifício na recuperação oportuna.
Assim corre em nosso esforço cotidiano.
Não precisamos remontar a existência
passadas para sondar a nossa cultura de desequilíbrio e sofrimento.
Auscultemos a nossa peregrinação de cada
dia.
Em cada passo, quando marchamos no mundo ao
sabor do egoísmo e da invigilância, geramos nos companheiros de
experiência as mais difíceis posições morais contra nós.
Aqui, é a nossa preguiça, atraindo em nosso
desfavor a indiferença dos missionários do trabalho; ali, é a nossa
palavra agressiva ou impensada, coagulando a aversão e o temor ao redor de
nossa presença.
Acolá, é o gesto de incompreensão provocando
a tristeza e o desânimo nos corações interessados em nosso progresso; e,
mais além, é a própria inconstância no bem, sintonizando-nos com os
agentes do mal...
Lembremo-nos de que os efeitos se
expressarão segundo as causas e alteremos o jogo das circunstância, em
nossa luta evolutiva, desenvolvendo, conosco e em torno de nós, a mais
elevada plantação de amor e serviço, devotamento e boa vontade.
“Acharás o que procuras”, disse-nos o
Senhor:
E, em cada instante de nossa vida, estamos
recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a
colheita melhor de amanhã.
Psicografia
Francisco
Cândido Xavier Livro
FÉ, PAZ E AMOR
Entre Chamados e Escolhidos
Emmanuel
Apreciando aquele
ensinamento dos “chamados e escolhidos”, a destacar-se da palavra do Senhor, nas
lições do Evangelho, mentalizemos o assunto, transferindo-o a uma oficina
terrestre.
Em favor da produção de
serviço, são aí admitidos colaboradores de variada procedência, escalonados em
classes diversas.
Todos são chamados pela obra a
fazer, a fim de conjugarem esforços dentro das finalidades da instituição a que
se ajustam.
Entretanto, raros se portam à
altura dos compromissos que assumem.
Muitos deles devoram o tempo,
renovando indagações incessantes acerca dos problemas comezinhos da casa, a
pretexto de recolherem esclarecimentos e diretrizes.
São os servos ociosos.
Outros muitos confiam-se à
irascibilidade e à cólera, arrojando de si os fluídos empestados da indisciplina
com que espalham o fogo da rebelião e o gelo do desânimo, anulando máquinas e
desencorajando os companheiros.
São os servos revoltados.
Muitos ainda entregam-se ao
culto da lisonja, abandonando as obrigações que lhes cabem, para tecerem elogios
venenosos à pessoa dos dirigentes, com o fim de lhes subornarem a consciência, à
cata de vantagens materiais.
São os servos bajuladores.
Muitos se refugiam nos
programas extensos, salientando o futuro com discursos brilhantes, nos quais se
reportam a imaginárias realizações, abominando os deveres humildes que
consideram indignos da inteligência que lhes é própria.
Mas há um tipo de cooperador
que indaga pouco e age muito, que cultua a dignidade pessoal sem descer aos
desvarios do orgulho, que sustenta o respeito devido à ordem sem se render à
adulação e que traça diretivas de trabalho para cumpri-las, cada dia, ao preço
do próprio amor e da própria renúncia.
Servos desses são aqueles que
o serviço elege por seus diretores, sem qualquer recurso a caprichos
particulares.
Assim, para que te faças
escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a
longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de
substância e sentido.
Antes de tudo, é
imprescindível saibamos escolher a própria luz e o próprio amor como normas de
nossa vida, porque assim, através do constante serviço aos outros, edificaremos
o verdadeiro serviço a nós mesmos em abençoada e permanente ascensão.
Estudando o Perdão
Estudando o Perdão
Emmanuel
O Pai Excelso esculpiu
potencialmente na alma de todos os Seus filhos a beleza e a sublimidade da Sua
Lei a expressar-se não somente em Amor Infinito para todos os seres, mas
igualmente em dignidade para todas as criaturas.
Em razão disso, a Misericórdia
Divina atende a múltiplos meios de auxílio, desdobrando-os em favor dos
espíritos sofredores e transviados, promovendo a criação de obstáculos que
refazem a esperança, de lutas que desenvolvem faculdades entorpecidas, de
aflições que impulsionam a procura da paz e de dores que recuperam e reeducam;
todavia, o entendimento mais obtuso e a sensibilidade mais empedernida em
acordando, um dia, para a realidade, contemplam a si mesmos e suspiram pela
respeitabilidade espiritual que legitima o selo da elevação...
E o primeiro impulso que lhes
orienta o novo roteiro é justamente aquele do homem irrepreensível que busca o
resgate dos próprios débitos, levantando o caráter perante a luz.
Ainda mesmo que a dívida lhes
reclame séculos de tormento, ao tormento se entregam, renovados e confiantes, na
certeza de que o tempo, como graça de Deus, lhes facultará possibilidade e
socorro para que se refaçam.
O perdão, na vida, qual ocorre
na organização bancária do mundo, será empréstimos de recursos, moratória
benevolente, reforma de compromissos e aval generoso e nobre, com bases na
solidariedade e na tolerância, porque, em verdade pura, consciência nenhuma,
quando voltada ao bem, deseja inocentar-se e, agora, hoje ou amanhã, consagra-se
a pagar seus débitos no mundo para reerguer-se, limpa, ante a Justiça Eterna que
coroa de luz quem lavou, por fim, o mal das suas próprias contas, em ceitil por
ceitil.
F É, P A Z E A M O R - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
Transcrição : Valéria
Parafraseando a parábola dos talentos
ESTUDO DA PARÁBOLA
Irmão X
Comentávamos
a necessidade da divulgação da Doutrina Espírita, quando o rabí Zoan ben
Ozias, distinto orientador israelita, hoje consagrado às verdades do
Evangelho no Mundo Espiritual, pediu licença a fim de parafrasear a parábola
dos talentos, contada por Jesus, e falou, simples:
- Meus
amigos, o Senhor da Terra, partindo, em caráter temporário, para fora do
mundo, chamou três dos seus servos e, considerando a capacidade de cada um,
confiou-lhes alguns dos seus próprios bens, a título de empréstimo,
participando-lhes que os reencontraria, mais tarde, na Vida Superior...
Ao primeiro
transmitiu o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade e o Prestígio; ao
segundo concedeu a Inteligência e a Autoridade, e ao terceiro entregou o
Conhecimento Espírita.
Depois de
longo tempo, os três servidores, assustados e vacilantes, compareceram
diante do Senhor para as contas necessárias.
O primeiro
avançou e disse:
- Senhor,
cometi muitos disparates e não conseguí realizar-te a vontade, que determina
o bem para todos os teus súditos, mas, com os cinco talentos que me puseste
nas mãos, comecei a cultivar, pelo menos com pequeninos resultados, outros
cinco, que são o Trabalho, o Progresso, a Amizade, a Esperança e a Gratidão,
em alguns dos companheiros que ficaram no mundo... Perdoa-me, ó Divino
Amigo, se não pude fazer mais!...
O Senhor
respondeu tranquilo:
- Bem está,
servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terrestre e
reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições que
ajudaste.
Veio o
segundo e alegou:
- Senhor,
digna-te desculpar-me a incapacidade... Não te pude compreender claramente
os desígnios que preceituam a felicidade igual para todas as criaturas e
perpetrei lastimáveis enganos... Ainda assim, mobilizei os dois valores que
me deste e, com eles, angariei outros dois que são a Cultura e a Experiência
para muitos dos irmãos que permanecem na retarguarda...
O Excelso
Benfeitor replicou, satisfeito:
- Bem está,
servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terrestre e
reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições que
ajuntaste.
O terceiro
adiantou-se e explicou:
- Senhor,
devolvo-te o Conhecimento Espírita, intocado e puro, qual o recebi de tua
munificência... O Conhecimento Espírita é Luz, Senhor, e, com ele, aprendi
que a tua Lei é obra dura demais, atribuindo a cada um conforme as próprias
obras. De que modo usar uma lâmpada assim, brilhante e viva, se os homens na
Terra estão divididos por pesadelos de inveja e ciúme, crueldade e ilusão?
Como empregar o clarão de tua verdade sem ferir ou incomodar? e como
incomodar ou ferir, sem trazer deploráveis consequências para mim próprio?
Sabes que a Verdade, entre os homens, cria problemas onde aparece... Em
vista disso, tive medo de tua Lei e julguei como sendo a medida mais
razoável para mim o acomodar-me com o sossego de minha casa... Assim
pensando, ocultei o dom que me recomendaste aplicar e restituo-te semelhante
riqueza, sem o mínimo toque de minha parte!...
O Sublime
Credor, porém, entre austero e triste, ordenou que o tesouro do Conhecimento
Espírita lhe fosse arrancado e entregou, de imediato, aos dois colaboradores
diligentes que se encaminhariam para a Terra, de novo, declarando, incisivo:
- Servo
infiel, não existe para a tua negligência outra alternativa senão a de
recomeçares toda a tua obra pelos mais obscuros entraves do principio...
- Senhor!...
Senhor!... – chorou o servo displicente. – Onde a tua equidade? Deste
aos meus companheiros o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade, o
Prestígio, a Inteligência e a Autoridade, e a mim concedeste tão-só o
Conhecimento Espirita... Como fazes cair sobre mim todo o peso de tua
severidade?
O Senhor,
entretanto, explicou, brandamente:
- Não
desconheces que te atribuí a luz da Verdade como sendo o bem maior de todos.
Se ambos lhes faltava o discernimento que lhes podias ter ministrado,
através do exemplo, de que fugiste por medo da responsabilidade de corrigir
amando e trabalhar instruindo... Escondendo a riqueza que te emprestei, não
só te perdeste pelo temor de sofrer e auxiliar, como também prejudicaste a
obra deficitária de teus irmãos, cujos dias no mundo teriam alcançado maior
rendimento no Bem Eterno, se houvessem recebido o quinhão de amor e serviço,
humildade e paciência que lhes negaste!...
- Senhor!...
Senhor!... porquê? – soluçou o infeliz – porque tamanho rigor,
se a tua Lei é de Misericórdia e Justiça.
Então, os
assessores do Senhor conduziam o servo desleal para as sombras do recomeço,
esclarecendo a ele que a Lei, realmente, é disciplina de Misericórdia e
Justiça, mas com uma diferença: para os ignorantes do dever. A Justiça chega
pelo alvará da Misericórdia; mas, para as criaturas conscientes das próprias
obrigações, a Misericórdia chega pelo cárcere da Justiça.
Livro
Estante da Vida – Pelo Espírito “Irmão X”
- Psicografia Francisco C. Xavier
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
"E eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19) "...As chaves do Reino dos Céus, prometidas por Jesus Cristo, são simbolizadas na sabedoria, nas obras meritórias, na evolução espiritual, na reforma íntima, pois, sem esses atributos ninguém terá possibilidades de ascender aos páramos de luz que os homens denominam Céus. Quem tiver obedecido às ordenações de Jesus Cristo no sentido de acumular um tesouro nos Céus, onde os ladrões não roubam nem a ferrugem consome, certamente terá garantida a posse dessas chaves. ...
O
QUE LIGARES NA TERRA
"E
eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra
será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19)
e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19)
Não
sendo o Reino dos Céus um lugar circunscrito, mas apenas um estado consciencial,
é óbvio que as chaves desse reino, prometidas por Jesus Cristo
ao apóstolo Pedro, são apenas simbólicas.
Os
homens conquistam o Reino dos Céus quando operam dentro de si a reforma
íntima. Sendo o Evangelho de Jesus a alavanca mais portentosa para se
alcançar essa reforma, é ele, portanto, a chave desse reino, a
qual é concedida por Deus a todos os seus filhos, assim como foram outorgadas
a Pedro as chaves do Reino dos Céus, que apesar de ser um Espírito
de ordem elevada estava e está ainda palmilhando a senda evolutiva.
Quando
o Mestre prometeu a Pedro que tudo aquilo que ele ligasse na Terra, teria a
sua correspondente ligação nos Céus, e tudo aquilo que
fosse por ele desligado aqui embaixo, seria também desligado lá
em cima, não objetivou conceder ao notável apóstolo uma
prerrogativa especial, pois os acontecimentos posteriores revelaram que o antigo
pescador do Tiberíades não desfrutava desse poder.
Como
poderiam ser ligadas nos Céus as coisas praticadas por Pedro na Terra,
se logo após ter o Cristo proferido aquelas palavras, o apóstolo
foi vítima da influenciação de Espíritos de ordem
inferior, merecendo de Jesus as famosas palavras: Afasta-te de mim satanás!
(Mateus,16:23).
Como
poderia Pedro estar investido de tamanha autoridade, se algum tempo após
o Mestre teve necessidade de dizer-lhe: Pedro, satanás vos pediu para
vos cirandar como trigo, mas eu roguei por ti, para que a tua fé não
desfaleça. Quando te converteres, convence os teus irmãos (Lucas,22:31-34).
Teria
sido ligado nos Planos Superiores o episódio da negação
quando Pedro, por três vezes consecutivas, sustentou não ser seguidor
de Jesus Cristo? (Mateus, 26:34).
Será
que poderia ser ligada nos Céus a atitude dos apóstolo entre eles
Pedro, de repelir estrangeiros na comunidade dos cristãos?
Os
apóstolos, entre eles Pedro, não conseguiram curar o jovem lunático,
narrado em Mateus, 9:18, o que foi feito posteriormente por Jesus Cristo. Tudo
indica que não foi ligado no Céu aquilo que os apóstolos,
entre eles Pedro, pretendiam fazer.
Quando
Pedro visitou o Centurião Cornélio, na cidade de Cesaréia,
houve uma ligação no Céu daquilo que ele praticou. Os demais
apóstolos não concordaram com a visita e admoestaram Pedro severamente
por haver adentrado a casa dum gentio. Nessa mesma visita Pedro disse a Cornélio:
Vós bem sabeis que não é lícito a a um varão
judeu juntar-se ou chegar-se a um estrangeiro (Atos, 10:28). Porventura teriam
essas palavras do apóstolo boa ressonância no Céu, quando
se considera que a mensagem de Jesus Cristo foi dirigida a todos os povos de
forma indistinta?
Como
decorrência, deve-se compreender que somente é ligado ou desligado
nos Céus o que for praticado sob a égide dos ensinamentos evangélicos,
pois isso constitui, na realidade, os de ligação entre Deus e
os homens. Somente merecerá o beneplácito ou a repulsa do Alto,
o que for praticado com ou sem a égide do Evangelho, uma vez que o Mestre
havia asseverado que nenhum só til ou jota dos seus ensinos deixaria
de ser cumprido.
O
que significam, na realidade, as chaves do Reino dos Céus?
Serão
porventura chaves comuns, como as que são usadas na Terra para se abrir
portas de casas? Teriam as chaves do Reino dos Céus sido dadas somente
a Pedro?
As
chaves do Reino dos Céus, prometidas por Jesus Cristo, são simbolizadas
na sabedoria, nas obras meritórias, na evolução espiritual,
na reforma íntima, pois, sem esses atributos ninguém terá
possibilidades de ascender aos páramos de luz que os homens denominam
Céus. Quem tiver obedecido às ordenações de Jesus
Cristo no sentido de acumular um tesouro nos Céus, onde os ladrões
não roubam nem a ferrugem consome, certamente terá garantida a
posse dessas chaves.
Todo
aquele que pautar seus atos nos moldes dos ensinamentos legados por Jesus, todo
aquele que viver os ensinamentos evangélicos, estará apto a conquistar
esse decantado reino. A vivência dos preceitos ensinados pelo Cristo propiciará
a todos aqueles que os assimilarem a oportunidade de viverem as qualidades intrínsecas
que lhes possibilitarão o acesso a essas regiões elevadas. Eles
entrarão realmente na posse das chaves para a conquista desse tão
almejado Reino.
Quando
Pedro proclamou ser Jesus Cristo o Filho de Deus vivo, o Mestre retrucou: Não
foi nem a carne nem o sangue quem isso te revelou, mas meu Pai quee está
nos Céus, o que, logicamente, indica que o apóstolo estava sendo
medianeiro de palavras emanadas do Alto, portanto, o instrumento de uma revelação.
Como decorrência, tudo aquilo que, como medianeiro, ele ligasse na Terra,
seria ligado nos Céus, rnas o que ele viesse a fazer como homem, e não
como instrumento do Alto, não teria essa ligação ou desligamento.
Como
homem, ele teve dura contenda com Paulo (Gálatas, 2:11), tendo o Apóstolo
dos Gentios afirmado que Pedro era repreensível e que não andava
segundo as verdades contidas nos Evangelhos. É óbvio que um episódio
dessa natureza não poderia jamais ser ligado nos Céus.
Paulo
A. Godoy
Livro : O Evangelho Pedi Licença
Fonte: site a casa do espiritismo
Livro : O Evangelho Pedi Licença
Fonte: site a casa do espiritismo
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
NA IMPRENSA “Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 3:16.)
André Luiz
Escrever com simplicidade e
clareza, concisão e objetividade, esforçando-se pela revisão severa e
incessante, quanto ao fundo e à forma, de originais que devam ser entregues ao
público.
O patrimônio inestimável dos
postulados espíritas está empenhado em nossas mãos.
Empregar com parcimônia e
discernimento a força da imprensa, não atacando pessoas e instituições, para que
o escândalo e o estardalhaço não encontrem pasto em nossas fileiras.
O comentário desairoso
desencadeia a perturbação. Selecionar atentamente os originais recebidos para
publicação, em prosa e verso, de autores encarnados ou de origem mediúnica,
segundo a correção que apresentarem quanto à essência doutrinária e à nobreza da
linguagem.
Sem o culto da pureza
possível, não chegaremos à perfeição.
Sistematicamente,
despersonalizar, ao máximo, os conceitos e as colaborações,
convergindo para Jesus e para
o Espiritismo o interesse dos leitores.
O personalismo estreito
ensombra o serviço.
Purificar, quando não se puder
abolir, o teor dos anúncios comerciais e das notícias de caráter mundano.
A imprensa espírita cristã
representa um veículo de disseminação da verdade e do bem.
“Toda escritura
divinamente inspirada é proveitosa...” — Paulo. (II TIMÓTEO,
3:16.)
Ditado Pelo Espírito -
André Luiz - Psicografia Waldo Vieira
NA VIA PÚBLICA “Vede prudentemente como andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)
André Luiz
Demonstrar, com exemplos,
que o espírita é cristão em qualquer local.
A Vinha do Senhor é o
mundo inteiro.
Colaborar na higiene das
vias públicas, não atirando detritos nas calçadas e nas
sarjetas.
As pessoas de bons
costumes se revelam nos menores atos.
Consagrar os direitos
alheios, usando cordialidade e brandura com todo transeunte,
seja ele quem for.
O culto da caridade não
exige circunstâncias especiais.
Cumprimentar com
serenidade e alegria as pessoas que convivem conosco,
inspirando-lhes confiança.
A saudação fraterna é
cartão de paz.
Exteriorizar gentileza e
compreensão para com todos, prestando de boamente
informações aos que se
interessem por elas, auxiliando as crianças, os enfermos e as
pessoas fatigadas em meio
ao trânsito público, nesse ou naquele mister.
Alguns instantes de
solidariedade semeiam simpatia e júbilo para sempre.
Coibir-se de provocar
alarido na multidão, através de gritos ou brincadeiras
inconvenientes, mantendo
silêncio e respeito, junto às residências particulares, e justa
veneração diante dos
hospitais e das escolas, dos templos e dos presídios.
A elegância moral é o selo
vivo da educação.
Abolir o divertimento
impiedoso com os mutilados, com os enfermos mentais, com os
mendigos e com os animais
que nos surjam à frente.
Os menos felizes são
credores de maior compaixão.
Proteger, com desvelo,
caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais
recursos de beleza e
conforto, dos lugares onde estiver.
O logradouro público é
salão de visita para toda a comunidade.
“Vede
prudentemente como andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)
Ditado Pelo Espírito -
André Luiz - Psicografia Waldo Vieira
NOS EMBATES POLÍTICOS " “Nenhum servo pode servir a dois senhores.” — Jesus. (LUCAS, 16:13.)"[...]O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.[...]Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles[...]
André Luiz
Situar em posição clara e
definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os
interesses de César com os deveres para com o Senhor.
Só o Espírito possui
eternidade.
Distanciar-se do partidarismo
extremado.
Paixão em campo, sombra em
torno.
Em nenhuma oportunidade,
transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com
sutilezas comovedoras em nome da caridade.
O despistamento favorece a
dominação do mal.
Cumprir os deveres de cidadão
e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da
própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei.
O discernimento é caminho para
o acerto.
Repelir acordos políticos que,
com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios
doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou
solidariedade a partidos e candidatos.
O Espiritismo não pactua com
interesses puramente terrenos.
Não comerciar com o voto dos
companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer
alguma influência.
A fé nunca será produto para o
mercado humano.
Por nenhum pretexto, condenar
aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de
interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam
satisfatoriamente dos compromissos assumidos.
Para que o bem se faça, é
preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica.
Impedir palestras e discussões
de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o
serviço de evangelização é tarefa essencial.
A rigor, não há representantes
oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana.
“Nenhum servo pode
servir a dois senhores.” — Jesus. (LUCAS,
16:13.)
Ditado Pelo Espírito -
André Luiz - Psicografia Waldo Vieira
PERANTE O TEMPO " “Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto.” — Jesus. (JOÃO, 7:6.)"
André Luiz
Em nenhuma condição,
malbaratar o tempo com polêmicas e conversações estéreis,
ocupações fantasistas e
demasiado divertimento.
Desperdiçar tempo é esbanjar
patrimônio divino.
Autodisciplinar-se em todos os
cometimentos a que se proponha, revestindo-se do necessário discernimento.
“Fazer muito” nem sempre
traduz “fazer bem”.
Fugir de chorar o passado,
esforçando-se por reparar toda ação menos correta.
O passado é a raiz do
presente, mas o presente é a raiz do futuro.
Afastar aflições descabidas
com referência ao porvir, executando honestamente os deveres que o mundo lhe
designa no minuto que passa.
O “amanhã” germinará das
sementes do “hoje”.
Quanto possível, plasmar as
resoluções do bem no momento em que surjam, de vez que, posteriormente, o campo
da experiência pode modificar-se inteiramente.
Ajuda menos, quem tarde serve.
Ainda que assoberbado de
realizações e tarefas, jamais descurar o bem que possa fazer em favor dos
outros.
Quando procuramos o bem, o
próprio bem nos ensina a encontrar o “tempo de auxiliar”.
“Ainda
não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto.”
— Jesus. (JOÃO,
7:6.)
Ditado Pelo Espírito -
André Luiz - Psicografia Waldo Vieira
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