Emmanuel
A fatalidade do mal é sempre uma criação
devida à nós mesmos, gerando, em nosso prejuízo, a provação expiatória, em
torno da qual passamos compulsoriamente a gravitar.
Semelhante afirmativa dispensa qualquer
discussão filosófica, pela simplicidade com que será justo averiguar-lhe o
acerto, nas mais comezinhas atividades da vida comum.
Uma conta esposada naturalmente é um laço
moral tecido pelo devedor à frente do credor, impondo-lhe a obrigação do
resgate.
Um templo doméstico entregue ao lixo
sistemático transformar-se-á com certeza num depósito de micróbios e
detritos, determinando a multiplicação de núcleos infecciosos de
enfermidade e morte.
Um campo confiado ao império da erva daninha
converter-se-á, sem dúvida, na moradia de vermes insaciáveis, compelindo o
lavrador a maior sacrifício na recuperação oportuna.
Assim corre em nosso esforço cotidiano.
Não precisamos remontar a existência
passadas para sondar a nossa cultura de desequilíbrio e sofrimento.
Auscultemos a nossa peregrinação de cada
dia.
Em cada passo, quando marchamos no mundo ao
sabor do egoísmo e da invigilância, geramos nos companheiros de
experiência as mais difíceis posições morais contra nós.
Aqui, é a nossa preguiça, atraindo em nosso
desfavor a indiferença dos missionários do trabalho; ali, é a nossa
palavra agressiva ou impensada, coagulando a aversão e o temor ao redor de
nossa presença.
Acolá, é o gesto de incompreensão provocando
a tristeza e o desânimo nos corações interessados em nosso progresso; e,
mais além, é a própria inconstância no bem, sintonizando-nos com os
agentes do mal...
Lembremo-nos de que os efeitos se
expressarão segundo as causas e alteremos o jogo das circunstância, em
nossa luta evolutiva, desenvolvendo, conosco e em torno de nós, a mais
elevada plantação de amor e serviço, devotamento e boa vontade.
“Acharás o que procuras”, disse-nos o
Senhor:
E, em cada instante de nossa vida, estamos
recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a
colheita melhor de amanhã.
Psicografia
Francisco
Cândido Xavier Livro
FÉ, PAZ E AMOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário