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segunda-feira, 3 de março de 2014
sábado, 1 de março de 2014
Renascimentos Libertadores
Renascimentos Libertadores (*)
As anêmonas em flor padeciam a constrição do calor e murchavam, deixando
manchas coloridas sobre o verde desbotado das ramagens ressequidas.
O dia amanhecera morno e a tórrida Judéia de solo calcionado, como o coração dosseus habitantes, prenunciava calor sufocante.
Eles haviam chegado da Galiléia, em marcha tranqüila, passando pela povoações e casarios esquecidos dos administradores, nos quais paravam para adquirir alimentos e conversar com os aldeões.
Para aquelas gentes simples e sofridas das regiões remotas das cidades grandiosas,o contato com Jesus significava uma primavera formosa explodindo luz e harmoniana acústica das suas almas. Ademais, por onde Ele passava, mesmo que não se fizessem necessárias as curas ostensivas, ou que não ocorressem de forma pujante, permaneciam suaves aragens de paz e todos se sentiam reconfortados, tocados no recessos do ser.
Quem era Aquele homem que sensibilizava as multidões atraindo crianças
ingênuas ao regaço, anciãos ao acolhimento, enfermos à misericórdia, loucos e
obsessos à paz e as próprias condições difíceis da Natureza a uma alteração
perceptível para melhor?
-Interrogavam-se todos quantos lhe sentiam a aura ir radiante de amor.
Inevitavelmente permaneciam atraídos e mesmo quando não O podiam seguir, em
razão das circunstâncias do momento, jamais O esqueciam, aguardando que Ele
voltasse entre hinos de júbilo interno e esperanças renovadoras.
A Sua palavra cálida adquiria musicalidade especial de acordo com as ocasiões e
ocorrências, tendo modulações próprias para cada momento, penetrando na
acústica da alma de forma inesquecível.
É muito difícil conceber-se, na atualidade tumultua da da sociedade, o significado
da presença de Jesus e o convívio com Ele, em razão dos novos padrões
comportamentais e dos interesses em jogo de paixões agressivas e asselvajadas.
Entretanto, numa pausa para reflexão, numa silenciosa busca interior, num
tranqüilo de espera, pode-se ter uma idéia do grandioso significado da convivência pessoal com Ele.
Isto porque, as motivações sociais e econômicas do momento terrestre são muito
tormentosas e as conquistas parecem sem sentido após conseguidas, não
preenchendo os vazios do coração , que prosseguem inquieto, aguardando.
Aqueles eram diferentes, sim. Não obstante, as criaturas eram muito semelhantes
às atuais, em razão das suas necessidades espirituais que se apresentavam como angústias para imediato atendimento, face ao desconhecimento das Leis soberanas da vida, que estavam restritas aos impositivos da intolerância e às descabidas exigências políticas.O ser humano sentia-se relativamente feliz quando podia desfrutar dos jogos da ilusória ribalta dos prestígios econômicos, sociais epolíticos, cujas vantagens sempre deixavam um gosto azinhavrado dedecomposição.
Sem uma visão profunda do significado da existência, sem uma psicologia pessoal
mais lúcida, após as mentirosas vitórias sentia-se frustrado, atirando-se nos fossos
da promiscuidade moral ou nas rampas da perversidade guerreira, quando
esmagava outros e consumia nas chamas da crueldade seus bens, seus animais,
seus descendentes, que eram reduzidos à ínfima condição de escravos.
A esperança de um libertador pairava em todas as pessoas de Israel, que desejava,
por outro lado, tornar-se uma Nação escravizadora, em revanche contra todos
aqueles outros povos que a afligiram. Não era um anseio justo e nobre para a
conquista da liberdade, mas uma ambição de vingança.
Surge Jesus e os olhos ansiosos das massas voltam-se para Ele com variados anelos
que se diversificam desde as necessidades orgânicas, às ambições guerreiras, às
alucinadas questões de supremacia de raça e de religião, esses pensamentos
permanentes adversários do processo de evolução do espírito humano.
A Sua, no entretanto, era outra missão: libertar o indivíduo de si mesmo, da
inferioridade que lhe predomina no caráter e nos sentimentos. É natural, portanto,
que não fosse compreendido, sequer por aqueles que estavam ao Seu lado, já que
os interesses em pauta eram tão divergentes.
A harmonia das Suas lições iam cantando uma sinfonia de esperança nos corações
e a música do seu conteúdo lentamente fixava-se na memória dos companheiros de
ministério, que ainda não haviam dado conta da magnitude do empreendimento. As
revelações faziam-se lentamente, e como suave calor amadurece os frutos, assim
Ele necessitava preparar os seres para o entendimento.
Desse modo, após o formidando fenômeno da multiplicação dos pães e dos peixes,
e após orar, interrogou os amigos que estavam a Seu lado, sem a presença de estranhos no convívio íntimo:
- Quem dizem as multidões que sou?
Tomados de surpresa com o inesperado da interrogação, Ele, que jamais indagava,
por conhecer a profundeza dos sentimentos humanos e a época em que estava,
responderam-lhe, quase em uníssono, vários deles:-João Batista - ; outros, - Elias
- ; outros, - um dos antigos profetas ressuscitados.
Houve um silêncio quebrado levemente pela harmonias ambientais. Após alguns
instantes, Ele indagou sem rebuços:
-E vós, quem dizeis que eu sou?
A pergunta pairava no ar, quando Simão Pedro, tomando de súbita inspiração
respondeu, emocionado:
-O Messias de Deus.
O dia avançava e, substituindo o perfume das flores que emurcheciam, o ar parado
aumentando de temperatura impunha a necessidade de avançarem, margeando os
caminhos ásperos nos quais algumas árvores frondosas, sicômoros, figueiras,
tamareiras exuberantes ofereciam abrigo ao Sol inclemente.
O processo da reencarnação é o único que se coaduna com a justiça de Deus,
oferecendo a todos as mesmas oportunidades de evolução, mediante as quais,
enriquece os Espíritos com as conquistas nobres do pensamento e da emoção,
depurando-se dos atavismos infelizes que neles predominam como decorrência das
experiências primitivas.
Graças a essa lei de causa e efeito , cada um é responsável pelas ocorrências do seu
deambular, tendo a liberdade de agir e a responsabilidade pelas conseqüências da
sua escolha.
O Filho do Homem, porém, iria sofrer sem nenhuma necessidade ou impositivo de
evolução, exclusivamente para dar testemunho de que a dor não tem caráter
punitivo, mas também funciona nos culpados, culpado que Ele não era, como
recurso de autopurificação.
A Sua, era, portanto, uma dadivosa lição do amor e de encorajamento para todos
quantos atravessariam os portais da existência planetária tentando a conquista do
infinito.
______________
(*) Lucas: 9 - 18 a 21.
Nota da autora espiritual.
Livro : Até O Fim dos Tempos-
Amélia Rodrigues
Amélia Rodrigues
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reencarnação
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 146
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http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q146c.html
Aprendendo com O Livro dos Espíritos questão 145
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Comentário de Miramez:
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q145c.html
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 144
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 143
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Comentários de Miramez:
domingo, 16 de fevereiro de 2014
A PARÁBOLA DAS BODAS
A
PARÁBOLA DAS BODAS
Palestra
taquigrafada na Federação Espírita do Estado de São
Paulo, em 4 de fevereiro de 1945.
Meus prezados Amigos e ouvintes. Graças ao Senhor, aqui estamos, reiniciando as nossas palestras domingueiras, (Vinícius foi o introdutor das Tertúlias Evangélicas, no horário dominical de 10:00 horas, que ainda hoje se"realizam na Federação Espírita do Estado de São Paulo), as quais, como bem o sabeis, versam sempre sobre a palavra de Nosso Mestre, revivida em espírito e verdade.
Jesus nada escreveu porque, de certo modo, escrever é estratificar, é petrificar a palavra na letra; e a palavra do Senhor é espírito e vida. Peçamos, pois, o auxílio dos mensageiros celestiais, incumbidos de reviver o divino Verbo em sua primitiva pureza, para que esse Verbo seja compreendido e assimilado por nós; roguemos que eles nos assistam e velem por nós fazendo-nos descobrir, através da letra que mata, o espírito que vivifica.
Vamos comentar convosco a parábola das Bodas, notificada por dois evangelistas: Mateus e Lucas, respectivamente, nos capítulos 22 e 14. Ambos relatam a Parábola, cada um conforme os dados que coligiu, ou a impressão que teve no momento em que Jesus a proferiu. A letra tem para nós valor muito relativo. O que nos interessa é penetrar a moralidade, o ensinamento que essa semelhança encerra. É assim que os evangelistas a descrevem: "Então Jesus tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho; e enviou os servos a chamar os convidados para as bodas; mas eles não quiseram vir.
Meus prezados Amigos e ouvintes. Graças ao Senhor, aqui estamos, reiniciando as nossas palestras domingueiras, (Vinícius foi o introdutor das Tertúlias Evangélicas, no horário dominical de 10:00 horas, que ainda hoje se"realizam na Federação Espírita do Estado de São Paulo), as quais, como bem o sabeis, versam sempre sobre a palavra de Nosso Mestre, revivida em espírito e verdade.
Jesus nada escreveu porque, de certo modo, escrever é estratificar, é petrificar a palavra na letra; e a palavra do Senhor é espírito e vida. Peçamos, pois, o auxílio dos mensageiros celestiais, incumbidos de reviver o divino Verbo em sua primitiva pureza, para que esse Verbo seja compreendido e assimilado por nós; roguemos que eles nos assistam e velem por nós fazendo-nos descobrir, através da letra que mata, o espírito que vivifica.
Vamos comentar convosco a parábola das Bodas, notificada por dois evangelistas: Mateus e Lucas, respectivamente, nos capítulos 22 e 14. Ambos relatam a Parábola, cada um conforme os dados que coligiu, ou a impressão que teve no momento em que Jesus a proferiu. A letra tem para nós valor muito relativo. O que nos interessa é penetrar a moralidade, o ensinamento que essa semelhança encerra. É assim que os evangelistas a descrevem: "Então Jesus tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho; e enviou os servos a chamar os convidados para as bodas; mas eles não quiseram vir.
Depois
enviou novamente seus emissários, dizendo: Ide e dizei aos convidados
que tenho o meu jantar preparado; os bois e os cevados estão mortos,
e tudo já disposto para a festa. Porém, eles não fazendo
caso, foram, uns para o seu campo, outros para o seu negócio. Muitos
ultrajaram e maltrataram os servos, dando mesmo a morte a alguns deles. E o
rei, tendo notícia do que se passara, encolerizou-se e, enviando os seus
exércitos, exterminou aqueles homicidas e as suas cidades. Em seguida,
falou de novo aos servos: As bodas, em realidade, estão preparadas, mas
os convidados não se mostraram dignos. Ide, agora, às saídas
dos caminhos, e convidai para o banquete a todos que encontrardes. E os servos,
saindo, ajuntaram os que foram encontrando — coxos, cegos, aleijados e
pobres; tanto bons como maus.
E
assim ficou cheio o salão nupcial. Então o rei entrou para inspecionar
os convivas, vendo entre eles um que não vestia a túnica nupcial.
Chegando-se a ele, disse-lhe: Amigo, como entraste aqui sem as vestes nupciais?
E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Atai-o de pés
e mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro
e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos".
(Mateus 22 e Lucas 14).
Esta parábola, como, aliás, todos os ensinamentos do Mestre contidos no Evangelho, só pode ser entendida mediante a assistência dos Espíritos de Luz, incumbidos, como já dissemos, de reviver a santa palavra do Cristo de Deus. E, particularemnte, esta parábola, só será devidamente compreendida em nossos arraiais, isto é, dentro da esfera da Terceira Revelação. Não porque sejamos privilegiados; pois nas Leis Divinas não há privilégios; estes colidem com a Justiça, e a Justiça preside a todas as Leis que regem os nossos destinos. Se dizemos que esta parábola só pode ser interpretada em nosso setor, é porque os demais credos rejeitam a ação do plano espiritual, encastelando-se dentro dos seus dogmas, impedindo, dessarte, que a luz das revelações penetre seus entendimentos e seus corações, impossibilitando os nossos irmãos maiores, que sabem mais do que nós, de cumprirem sua tarefa no sentido de nos impelirem para a frente, na senda da evolução.
Para penetrarmos na moralidade desta singela historieta, devemos começar transportando tudo que nela se encontra, do plano material para o espiritual. Trata-se de uma festa promovida pelo rei para solenizar o himeneu de seu filho. Ora, é sabido que, simbolicamente, Jesus se apresenta como esposo ou noivo, e a sua igreja (comunhão de crentes) como esposa ou noiva. Os Evangelhos reportam-se a essa figura em vários capítulos. Pois — meus Amigos — o que está em jogo, são, realmente, os esponsais do Cordeiro de Deus. Tal consórcio se verifica mediante a comunhão da Igreja de Cristo militante na Terra com a sua Igreja triunfante, sediada nas esferas celestiais. Esse consórcio se dá em virtude e cumprimento da promessa seguinte: Eu vos enviarei o Espírito da Verdade, o Consolador, o Parácleto, para que permaneça convosco e vos revele novos conhecimentos à medida que puderdes comportá-los; e, ainda mais, para que vos lembre e rememore as minhas palavras.
Para que a promessa supracitada se concretize no plano terreno, opera-se a comunhão entre nós, encarnados, e os Espíritos do Senhor que são encarregados de nos trazerem novas revelações, prosseguindo, assim, a obra de nossa redenção, que é obra de educação. A palavra que os mensageiros divinos nos trazem é viva. Entretanto em comunhão conosco difundem a sua vida em nossa vida, o que importa na fusão da Igreja de Cristo que encontra nas paragens celestiais com a sua Igreja terrena, representada pelos que aqui se encontram em luta com os defeitos e imperfeições ainda não vencidos e domados. Essa a verdadeira Eucaristia, porque a Eucaristia de Amor. Mediante esse banquete espiritual é que nós recebemos o pão da Vida que nutre o Espírito. São os mensageiros ou servos do Senhor que nos trazem o pão que vem do céu para nutrimento das nossas almas. O Espírito precisa alimentar-se como sucede com o corpo.
Esta parábola, como, aliás, todos os ensinamentos do Mestre contidos no Evangelho, só pode ser entendida mediante a assistência dos Espíritos de Luz, incumbidos, como já dissemos, de reviver a santa palavra do Cristo de Deus. E, particularemnte, esta parábola, só será devidamente compreendida em nossos arraiais, isto é, dentro da esfera da Terceira Revelação. Não porque sejamos privilegiados; pois nas Leis Divinas não há privilégios; estes colidem com a Justiça, e a Justiça preside a todas as Leis que regem os nossos destinos. Se dizemos que esta parábola só pode ser interpretada em nosso setor, é porque os demais credos rejeitam a ação do plano espiritual, encastelando-se dentro dos seus dogmas, impedindo, dessarte, que a luz das revelações penetre seus entendimentos e seus corações, impossibilitando os nossos irmãos maiores, que sabem mais do que nós, de cumprirem sua tarefa no sentido de nos impelirem para a frente, na senda da evolução.
Para penetrarmos na moralidade desta singela historieta, devemos começar transportando tudo que nela se encontra, do plano material para o espiritual. Trata-se de uma festa promovida pelo rei para solenizar o himeneu de seu filho. Ora, é sabido que, simbolicamente, Jesus se apresenta como esposo ou noivo, e a sua igreja (comunhão de crentes) como esposa ou noiva. Os Evangelhos reportam-se a essa figura em vários capítulos. Pois — meus Amigos — o que está em jogo, são, realmente, os esponsais do Cordeiro de Deus. Tal consórcio se verifica mediante a comunhão da Igreja de Cristo militante na Terra com a sua Igreja triunfante, sediada nas esferas celestiais. Esse consórcio se dá em virtude e cumprimento da promessa seguinte: Eu vos enviarei o Espírito da Verdade, o Consolador, o Parácleto, para que permaneça convosco e vos revele novos conhecimentos à medida que puderdes comportá-los; e, ainda mais, para que vos lembre e rememore as minhas palavras.
Para que a promessa supracitada se concretize no plano terreno, opera-se a comunhão entre nós, encarnados, e os Espíritos do Senhor que são encarregados de nos trazerem novas revelações, prosseguindo, assim, a obra de nossa redenção, que é obra de educação. A palavra que os mensageiros divinos nos trazem é viva. Entretanto em comunhão conosco difundem a sua vida em nossa vida, o que importa na fusão da Igreja de Cristo que encontra nas paragens celestiais com a sua Igreja terrena, representada pelos que aqui se encontram em luta com os defeitos e imperfeições ainda não vencidos e domados. Essa a verdadeira Eucaristia, porque a Eucaristia de Amor. Mediante esse banquete espiritual é que nós recebemos o pão da Vida que nutre o Espírito. São os mensageiros ou servos do Senhor que nos trazem o pão que vem do céu para nutrimento das nossas almas. O Espírito precisa alimentar-se como sucede com o corpo.
Se
é certo que o nosso físico definha por falta de alimento adequado
à sua natureza, também a nossa alma fraqueja e sucumbe às
tentações se não for convenientemente sustentada com o
pão celeste. O rei, promotor do banquete, enviou seus servos, em primeiro
lugar, às pessoas gradas, chamando-as para as bodas. Dirão, talvez,
mas não há referências a pessoas gradas na semelhança?
Notemos, no entanto, que se trata de um festim real, e, nesse caso, o convite
deve ser dirigido à elite social. É natural que seja assim. Ademais,
vemos no decorrer dos acontecimentos desenrolados no banquete, que, ulteriormente,
o convite passou a perder o cunho primitivo, generalizando-se indistintamente,
atingindo a toda classe de indivíduos. Portanto, no princípio,
o convite teve, de fato, caráter selecionado. no entanto, reza a passagem,
as pessoas gradas não se mostraram dignas, não se colocaram à
altura da distinção de que foram alvo; antes, desdenharam, levando
ao ridículo o convite real.
E, ainda fizeram mais: ultrajaram os servos, os perseguiram dando a morte a
alguns deles. E, nessa atitude de hostilidade se mantiveram mesmo após
a insistência com que o convite foi reiterado. Indignado, então,
o rei chama os servos e lhes diz. Em verdade o banquete está preparado,
o que quer dizer que os esponsais vão seguir o seu curso. A festa não
pode ser suspensa nem adiada: Ide, pois, e convidai a quanto encontrardes pelas
vielas, becos e escaninhos mais ínvios: coxos, cegos, aleijados, bons
e maus. E, assim, o salão ficou repleto, pois essa era a vontade do rei.
Ora, o que estamos vendo em tudo isso? Parece-nos bem claro que o banquete é, de fato, a comunhão entre o céu e a Terra. Os fenômenos espíritas constituem o convite. Primeiramente foram chamados a observá-los os mais capazes, isto é, os intelectuais, os portadores de títulos e pergaminhos. Essas manifestações do além prefiguram o primeiro convite que vem sendo dirigido pela misericórdia do Pai celestial, que deseja dar provas que afetem os sentidos, que emocionem, sobre a sobrevivência do homem; provas que atestem, de modo concreto, a continuidade da vida depois da morte do corpo. Os casos de cura pelo Astral, são, positivamente muito interessantes e dignos de serem meditados.
Ora, o que estamos vendo em tudo isso? Parece-nos bem claro que o banquete é, de fato, a comunhão entre o céu e a Terra. Os fenômenos espíritas constituem o convite. Primeiramente foram chamados a observá-los os mais capazes, isto é, os intelectuais, os portadores de títulos e pergaminhos. Essas manifestações do além prefiguram o primeiro convite que vem sendo dirigido pela misericórdia do Pai celestial, que deseja dar provas que afetem os sentidos, que emocionem, sobre a sobrevivência do homem; provas que atestem, de modo concreto, a continuidade da vida depois da morte do corpo. Os casos de cura pelo Astral, são, positivamente muito interessantes e dignos de serem meditados.
Ainda
agora, em Pindamonhangaba, fizeram uma apendicetomia em presença de pessoas
insuspeitas, lavrando-se ata minuciosa do acontecimento preternatural. O paciente
foi radiografado antes e depois de operado, tendo as chapas revelado o órgão
enfermo e sua ablação respectiva. Este caso, que tanta celeuma
tem levantado, não é virgem, não é o único.
Muitos outros da mesma natureza se verificaram, aqui e acolá. O Interventor
do Maranhão, tendo notícia do que se deu em Pinda, veio, pela
imprensa, declarar que ele também havia sido, em tempo, operado pelos
Espíritos. E não será isso um apelo dirigido aos médicos,
aos que cultivam a ciência e a arte de curar? Não será um
convite dizendo: Vinde observar o que se está dando no terreno da medicina?
Não se trata de frioleira, mas de algo importante para o bem da humanidade
sofredora.
O
nosso Estádio já é pequeno para conter o avultado número
de pessoas que ali vão assistir aos jogos de futebol. O caso em apreço,
convenhamos, é mais importante, visto como se trata de enfermo operado
por um agente espiritual, um cirurgião que habitou este mundo há
muitos anos. Não será caso para atrair a atenção
dos esculápios, merecendo meticulosa análise e perquirição?
Mas, a grande maioria dos médicos continua negando o fato consumado com
o testemunho de seus próprios colegas. Um fato é sempre um fato,
ainda mesmo que não possamos explicá-lo em suas minúcias
e particularidades. Por que a classe médica não aceita o convite
endereçado? Por que não abre os olhos da razão para que,
tendo diante de si um doente, saiba que esse enfermo é um Espírito
encarnado, e não somente uma máquina? O corpo é máquina,
sim, mas máquina divina, instrumento através do qual a alma realiza
sua evolução.
A Autoridade Médica a quem compete zelar pelo bem e pela saúde do povo, sabedora do acontecimento, declarou a priori não dar crédito, de vez que a operação fora realizada no escuro. Tanto mais maravilhosa se torna, a nosso ver, essa intervenção, precisamente por ter sido levada a efeito no escuro. Como se explica realizar-se uma intervenção cirúrgica às escuras? A escuridão é dos homens, das suas vaidades e das suas presunções. Os Espíritos do Senhor agem em terreno sempre banhado pelas claridades divinas. Os letrados costumam fechar-se às advertências do céu tornando-se impermeáveis a tal gênero de solicitações, o que justifica plenamente as sábias palavras do Divino Mestre: Pai, graças te dou porque revelas as tuas maravilhas aos simples e pequeninos,e as escondes dos sábios e dos prudentes. Em verdade, Deus não esconde de quem quer que seja suas revelações. Ele é Pai, e todo pai tem interesse em que seus filhos participem dos bens paternos. São os homens que, na sua soberba, se tornam intangíveis às graças divinas.
Existem obras admiráveis, de arte, de filosofia, prosa e verso chegadas até nós mediante a faculdade mediúnica de Francisco Cândido Xavier; farta messe de literatura, de boa literatura, porque não se trata apenas de pirotecnia da palavra mas de literatura que fala à razão e ao coração da humanidade, enriquecem aja vultosa biblioteca espírita. Entre essas produções temos "PARNASO DE ALÉM TÚMULO" enfeixando vasta coleção de versos dos maiores poetas brasileiros e portugueses. Não será isso tudo um convite dirigido aos poetas, aos literatos e homens de letras? Mas, como os médicos, os literatos, a seu turno, salvo raras e honrosas exceções, desdenham e ridicularizam o convite, cobrindo de opróbrio os inofensivos servos que, obedecendo a seu Senhor, lhes vêm trazer a divina mensagem.
A Autoridade Médica a quem compete zelar pelo bem e pela saúde do povo, sabedora do acontecimento, declarou a priori não dar crédito, de vez que a operação fora realizada no escuro. Tanto mais maravilhosa se torna, a nosso ver, essa intervenção, precisamente por ter sido levada a efeito no escuro. Como se explica realizar-se uma intervenção cirúrgica às escuras? A escuridão é dos homens, das suas vaidades e das suas presunções. Os Espíritos do Senhor agem em terreno sempre banhado pelas claridades divinas. Os letrados costumam fechar-se às advertências do céu tornando-se impermeáveis a tal gênero de solicitações, o que justifica plenamente as sábias palavras do Divino Mestre: Pai, graças te dou porque revelas as tuas maravilhas aos simples e pequeninos,e as escondes dos sábios e dos prudentes. Em verdade, Deus não esconde de quem quer que seja suas revelações. Ele é Pai, e todo pai tem interesse em que seus filhos participem dos bens paternos. São os homens que, na sua soberba, se tornam intangíveis às graças divinas.
Existem obras admiráveis, de arte, de filosofia, prosa e verso chegadas até nós mediante a faculdade mediúnica de Francisco Cândido Xavier; farta messe de literatura, de boa literatura, porque não se trata apenas de pirotecnia da palavra mas de literatura que fala à razão e ao coração da humanidade, enriquecem aja vultosa biblioteca espírita. Entre essas produções temos "PARNASO DE ALÉM TÚMULO" enfeixando vasta coleção de versos dos maiores poetas brasileiros e portugueses. Não será isso tudo um convite dirigido aos poetas, aos literatos e homens de letras? Mas, como os médicos, os literatos, a seu turno, salvo raras e honrosas exceções, desdenham e ridicularizam o convite, cobrindo de opróbrio os inofensivos servos que, obedecendo a seu Senhor, lhes vêm trazer a divina mensagem.
Que
culpa tem o Chico Xavier de ser ocupado nesse trabalho? De servirem-se dele
para proclamar, em voz alta e bom som, esta transcendente verdade: a alma é
imortal! Quando o corpo tomba ao sopro da morte, a alma permanece incólume,
indestrutível, imortal porque eterna! O médico continua sendo
médico, o poeta sendo poeta, o literato sendo literato! Nada obstante,
por ser o hífen entre os dois planos — o terreno e o sideral, Chico
Xavier tem suportado humilhações e vilipêndios. Foi mesmo,
há pouco tempo, chamado à barra dos tribunais através de
rumoroso processo cujo eco ainda perdura e como ele, foram, em tempo, também
perseguidos Ignacio Bittencourt no Rio de Janeiro e Eurípedes Barsanulfo
em Sacramento, Estado de Minas. Os servos, portadores do convite, são,
pois maltratados como diz a Parábola.
Provado
fica, outrossim, que os componentes da elite social, os primeiros a serem convidados,
não se mostraram dignos do banquete. Diante, portanto, dessa obstinação
e desse pouco caso, o rei resolveu tornar o convite amplo, sem mais restrições,
estendendo-o a todas as camadas. Não são mais os líderes
da ciência, da filosofia, das artes e da religião, os únicos
contemplados. Mistificadores, homens da má fé, macumbeiros estão
em atividade, estão em cena. E o que dizem os homens decentes, que não
quiseram comparecer ao banquete? Eles responsabilizam o Espiritismo pela existência
dos charlatães e macumbeiros. Mas, o Espiritismo é tão
responsável por isso, como a medicina é responsável pela
tuberculose, pela lepra, pelo câncer e outras mazelas que flagelam a humanidade.
A
medicina diagnostica aquelas enfermidades, aponta os seus perigos, procura estudar
as causas que as determinam. Ora, é exatamente isso que faz o Espiritismo
com relação às influências perniciosas, de caráter
psíquico, atraídas pelo mau procedimento e leviandade dos homens.
O Espiritismo chama a atenção dos intelectuais para a fenomenologia
astral dizendo que tais fenômenos devem ser estudados cuidadosamente a
fim de prevenir os distúrbios e as perturbaçães espirituais.
Mas os homens da elite continuam rejeitando o convite, permanecendo encastelados
em suas vaidades. Porém, a despeito disso, o banquete continua seguindo
os seus trâmites. O salão está cheio, porque os convivas,
como diz a Parábola, foram catados nos becos e vielas, sem atender à
classe a que pertencem.
O
que é preciso é que o salão fique lotado, e que todos venham
a saber que o mundo espiritual influi sobre o material. Desprezada a Eucaristia
de Amor, rejeitada a comunhão com os distribuidores do pão do
Espírito, temos que nos ver às voltas com os fenômenos suportando
seus efeitos, desde a simples atuação até a completa possessão.
É preciso que seja assim. Pelo amor ou pela dor.
Menosprezado o convite do amor, surge o convite da dor. A cada um será
dado segundo as suas obras. Após a sala repleta, diz a passagem
que o rei fez uma vistoria nos convivas, encontrando ali um que não trajava
a túnica nupcial. Então interrogou-o: Amigo, como entraste aqui
sem as vestes apropriadas a este ato? A túnica
em apreço era indispensável e de rigoroso uso nos esponsais, sendo
fornecida pelo próprio rei. O interpelado, compreendendo a culpa, emudeceu,
nada alegando em sua defesa. O rei, prosseguindo, chama os servos e ordena:
Atai esse homem de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores;
ali haverá choro e ranger de dentes. Muitos são os chamados, mas
poucos os escolhidos.
Realmente, é o que estamos vendo na esfera do mediunismo. Quanta gente sem escrúpulos serve-se da mediunidade para explorar; quantos indivíduos sem consciência do que estão fazendo, servem-se das coisas espirituais para fins inconfessáveis? Todavia, não é para se estranhar, de vez que foram convidados os coxos, aleijados e cegos morais encontrados nos becos mais esconsos. Como, pois, não aparecer alguém despido da túnica nupcial?
Termina a Parábola, dizendo: Muito são os chamados, mas poucos os escolhidos. O convite consta de um simples apelo. Corre, à revelia nossa, como também a organização do banquete. O que ocorre por conta de cada um de nós é ser escolhido, ou ser recusado; é nos elevarmos às regiões da luz ou sermos lançados nas trevas exteriores onde há lágrimas e imprecações. Este capítulo é bastante significativo. Há muita gente atada de pés e mãos, isto é, que não sabe para onde vai nem o que está fazendo; há também os que perderam a noção das realidades da vida, e indagam como Pilatos: Que é a verdade? Tais perturbações e tais confusões recaem sobre os que blasfemam da Eucaristia de Amor, profanando os seus arcanos. Aquilo que o homem semeia isso mesmo colherá. Deus é Amor, mas é também Justiça; e a sua Justiça age concomitantemente com o seu Amor.
Repetimos: O Espiritismo não criou os Espíritos, nem a mediunidade, nem a comunhão entre os dois planos de vida — o terreno e o astral, de vez que tudo isso sempre existiu. A Terceira Revelação observa, estuda e aponta os fatos que se relacionam com os problemas espirituais; proclama a imortalidade da alma, não como simples teoria, mas como verdade incontestável porque demonstrada. Sua finalidade primordial não é curar as enfermidades do corpo, mas sim as do Espírito. Portanto, fazemos ponto dirigindo o seguinte apelo aos homens da elite: Senhores médicos: Os Espíritos não pretendem usurparmos o campo da medicina terrena. Continuai medicando os vossos doentes, estudando a causa da enfermidade, procurando, como é de vosso dever, minorar as dores físicas da humanidade.
Realmente, é o que estamos vendo na esfera do mediunismo. Quanta gente sem escrúpulos serve-se da mediunidade para explorar; quantos indivíduos sem consciência do que estão fazendo, servem-se das coisas espirituais para fins inconfessáveis? Todavia, não é para se estranhar, de vez que foram convidados os coxos, aleijados e cegos morais encontrados nos becos mais esconsos. Como, pois, não aparecer alguém despido da túnica nupcial?
Termina a Parábola, dizendo: Muito são os chamados, mas poucos os escolhidos. O convite consta de um simples apelo. Corre, à revelia nossa, como também a organização do banquete. O que ocorre por conta de cada um de nós é ser escolhido, ou ser recusado; é nos elevarmos às regiões da luz ou sermos lançados nas trevas exteriores onde há lágrimas e imprecações. Este capítulo é bastante significativo. Há muita gente atada de pés e mãos, isto é, que não sabe para onde vai nem o que está fazendo; há também os que perderam a noção das realidades da vida, e indagam como Pilatos: Que é a verdade? Tais perturbações e tais confusões recaem sobre os que blasfemam da Eucaristia de Amor, profanando os seus arcanos. Aquilo que o homem semeia isso mesmo colherá. Deus é Amor, mas é também Justiça; e a sua Justiça age concomitantemente com o seu Amor.
Repetimos: O Espiritismo não criou os Espíritos, nem a mediunidade, nem a comunhão entre os dois planos de vida — o terreno e o astral, de vez que tudo isso sempre existiu. A Terceira Revelação observa, estuda e aponta os fatos que se relacionam com os problemas espirituais; proclama a imortalidade da alma, não como simples teoria, mas como verdade incontestável porque demonstrada. Sua finalidade primordial não é curar as enfermidades do corpo, mas sim as do Espírito. Portanto, fazemos ponto dirigindo o seguinte apelo aos homens da elite: Senhores médicos: Os Espíritos não pretendem usurparmos o campo da medicina terrena. Continuai medicando os vossos doentes, estudando a causa da enfermidade, procurando, como é de vosso dever, minorar as dores físicas da humanidade.
No
entanto, ousamos afirmar que, nos desempenho do vosso sagrado mister, muito
mais e melhor fareis quando evoluirdes da escola materialista para a espiritualista.
Os Espíritos do Senhor jamais serão vossos concorrentes. Podeis,
antes, contar com o seu auxílio e com a Graça do Senhor desde
que vos façais merecedores.
Senhores beletristas: Prossegui em vosso labor intelectual embelezando a palavra, acepilhando as frases, elevando sempre mais alto a magia do verbo. Os Espíritos de Luz não concorrerão convosco fazendo sombra à vossa glória e ao vosso mérito. Antes encontrareis nas regiões luminosas do Além a fonte perene das mais belas inspirações.
Senhores sacerdotes: Permanecei em vossos postos anunciando o reino dos céus; porém, ao fazê-lo, erguei os vossos olhos e elevai as vossas aspirações acima do reino da Terra. Lembrai-vos de que é preciso exemplificar, pois a geração atual já pensa, medita e julga. Anunciai o Deus de misericórdia que é também de justiça, e não os deuses particularistas que cumulam de bênçãos estes e proscrevem e condenam aqueles. Anunciai o Pai Nosso, isto é, o Pai da humildade, sem restrições nem privilégios odiosos; o Pai que coloca todos os seus filhos em perfeita igualdade de direitos e de deveres. Os Espíritos não se imiscuirão em vossa seara senão para vos despertar a razão e a consciência no que respeita à imortalidade da alma e à consequente responsabilidade que a acompanhará onde quer que ela esteja.
Vinícius
Na Escola do Mestre
Senhores beletristas: Prossegui em vosso labor intelectual embelezando a palavra, acepilhando as frases, elevando sempre mais alto a magia do verbo. Os Espíritos de Luz não concorrerão convosco fazendo sombra à vossa glória e ao vosso mérito. Antes encontrareis nas regiões luminosas do Além a fonte perene das mais belas inspirações.
Senhores sacerdotes: Permanecei em vossos postos anunciando o reino dos céus; porém, ao fazê-lo, erguei os vossos olhos e elevai as vossas aspirações acima do reino da Terra. Lembrai-vos de que é preciso exemplificar, pois a geração atual já pensa, medita e julga. Anunciai o Deus de misericórdia que é também de justiça, e não os deuses particularistas que cumulam de bênçãos estes e proscrevem e condenam aqueles. Anunciai o Pai Nosso, isto é, o Pai da humildade, sem restrições nem privilégios odiosos; o Pai que coloca todos os seus filhos em perfeita igualdade de direitos e de deveres. Os Espíritos não se imiscuirão em vossa seara senão para vos despertar a razão e a consciência no que respeita à imortalidade da alma e à consequente responsabilidade que a acompanhará onde quer que ela esteja.
Vinícius
Na Escola do Mestre
ESPIRITISMO E IDOLATRIA
ESPIRITISMO
E IDOLATRIA
Doutrina
de cunho progressista, o Espiritismo não tem em seu arcabouço
nenhum princípio que possa levar ao Obscurantismo e aos preconceitos.
Por isso, abomina qualquer modalidade de culto externo ou de adoração
de imagens, de esculturas.
E oportuno lembrar que o primeiro mandamento do Decálogo é taxativo na condenação do uso de imagens, de esculturas, como forma de adoração: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo, 20:3-4)
A idolatria sempre exerceu fascinação sobre os povos demasiadamente apegados aos formalismos e propensos às formas exteriores do culto. As raças mais primitivas adotavam-na, porque não concebiam a idéia de adorar algo que não fosse tangível.
E oportuno lembrar que o primeiro mandamento do Decálogo é taxativo na condenação do uso de imagens, de esculturas, como forma de adoração: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo, 20:3-4)
A idolatria sempre exerceu fascinação sobre os povos demasiadamente apegados aos formalismos e propensos às formas exteriores do culto. As raças mais primitivas adotavam-na, porque não concebiam a idéia de adorar algo que não fosse tangível.
Queriam
coisas que impressionassem os sentidos: objetos palpáveis, concretos,
terra-a-terra, que pudessem ser vistos e tocados. Muitos povos dos tempos modernos
ainda pensam dessa maneira.
O apóstolo Paulo de Tarso, (Atos dos Apóstolos, 17:16) um homem de mente arejada, ao visitar Atenas, o seu Espírito ficou comovido em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
O apóstolo Paulo de Tarso, (Atos dos Apóstolos, 17:16) um homem de mente arejada, ao visitar Atenas, o seu Espírito ficou comovido em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
Percorrendo
os templos da cidade, ali constatou a existência de várias esculturas,
homenageando os deuses do Paganismo. Entretanto, notou também que os
atenienses, na suposição de que houvesse outros deuses por eles
desconhecidos, erigiram um altar ao Deus Desconhecido.
Por
isso, Paulo proclamou no meio do Areópago: Varões atenienses,
em tudo vos vejo um tanto supersticiosos. Porque, passando eu e vendo os vossos
santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS
DESCONHECIDO. Esse, Deus, que vós honrais, não o conhecendo é
o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, Senhor
do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos
de homens. Nem é servido por mãos de homens, como que necessitando
de alguma coisa, pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a
respiração, e as coisas. (Atos, 17:22-25)
A História afirma que, no ano 726 a.D. o imperador do oriente, Leão III Isaurico, no décimo ano do seu reinado, assinou um decreto, abolindo o culto das imagens, declarando-o inadmissível segundo as Sagradas Escrituras. Foram chamados Iconoclastas os que compartilhavam de suas idéias.
A História afirma que, no ano 726 a.D. o imperador do oriente, Leão III Isaurico, no décimo ano do seu reinado, assinou um decreto, abolindo o culto das imagens, declarando-o inadmissível segundo as Sagradas Escrituras. Foram chamados Iconoclastas os que compartilhavam de suas idéias.
Não
se sabe ao certo se ele foi induzido pelo exemplo dos muçulmanos, como
consequência de abusos supersticiosos, ou por qualquer outra razão.
Esse decreto encontrou feroz resistência de todos, e, após a morte
de Leão III, tentaram restaurar as estátuas nos altares. Quando
da sua decretação, essa lei encontrou bastante adeptos sendo aplaudida
por vários bispos.
No
ano 730, foi lavrado novo decreto contra o uso de imagens, não só
proibindo a sua veneração como até mandando destruí-las.
Esse gesto teve também a condescendência do Chefe da Igreja do
Oriente e também foi aplaudido por muitos bispos, no tempo do Imperador
Constantino V Coprônímo.
O Concílio de Constantinopla, realizado em 754 a.D., declarou a veneração das imagens como "obra do demônio" e grande idolatria, pelo que tratou de destruí-las com mais rigor que anteriormente. Em todos os lugares foram as esculturas retiradas das Igrejas, as pinturas substituídas por paisagens, e quase todos se curvaram à decisão do Concílio.
O Concílio de Constantinopla, realizado em 754 a.D., declarou a veneração das imagens como "obra do demônio" e grande idolatria, pelo que tratou de destruí-las com mais rigor que anteriormente. Em todos os lugares foram as esculturas retiradas das Igrejas, as pinturas substituídas por paisagens, e quase todos se curvaram à decisão do Concílio.
A
Igreja do Ocidente ofereceu resistências porém não foi muito
bem-sucedida. Leão, o Armênio, no ano 815, renovou aquele ato,
ordenando a destruição das imagens, uma vez que os decretos anteriores
haviam sido revogados por alguns dos seus antecessores.
O apóstolo Paulo também combateu a idolatria entre os chamados gentios. Para isso, ele se dirigiu à cidade de Éfeso, juntamente com outros companheiros tentando explicar ao povo que não são deuses os que se fazem com as mãos, que eles não deveriam continuar prestando culto diante dos nichos da deusa Diana.
Entretanto, levantaram-se contra Paulo os ourives da cidade, tendo à frente Demétrio. Formaram uma espécie de motim dentro da cidade; durante duas horas o povo enfurecido gritou: Grande é a Diana dos Efésios. É desnecessário dizer que prevaleceu o fanatismo, e Paulo e seus companheiros tiveram que deixar, apressadamente, a cidade, dada a fúria desenfreada da população, que ameaçava linchá-los.
No O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, encontramos a seguinte explanação sobre a adoração exterior:
"Ela é útil, se não consistir num vão simulacro. É sempre proveitoso dar um bom exemplo, mas os que somente por afetação e amor-próprio o fazem, desmentindo com o proceder a aparente piedade, mau exemplo dão e não imaginam o mal que causam." (Cap. II - Livro Terceiro, perg. 633-a)
Paulo A. Godoy
O apóstolo Paulo também combateu a idolatria entre os chamados gentios. Para isso, ele se dirigiu à cidade de Éfeso, juntamente com outros companheiros tentando explicar ao povo que não são deuses os que se fazem com as mãos, que eles não deveriam continuar prestando culto diante dos nichos da deusa Diana.
Entretanto, levantaram-se contra Paulo os ourives da cidade, tendo à frente Demétrio. Formaram uma espécie de motim dentro da cidade; durante duas horas o povo enfurecido gritou: Grande é a Diana dos Efésios. É desnecessário dizer que prevaleceu o fanatismo, e Paulo e seus companheiros tiveram que deixar, apressadamente, a cidade, dada a fúria desenfreada da população, que ameaçava linchá-los.
No O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, encontramos a seguinte explanação sobre a adoração exterior:
"Ela é útil, se não consistir num vão simulacro. É sempre proveitoso dar um bom exemplo, mas os que somente por afetação e amor-próprio o fazem, desmentindo com o proceder a aparente piedade, mau exemplo dão e não imaginam o mal que causam." (Cap. II - Livro Terceiro, perg. 633-a)
Paulo A. Godoy
CONFLITOS EXISTENCIAIS E EVANGELHO
CONFLITOS EXISTENCIAIS E EVANGELHO
Meus filhos:Que a Santíssima Mãe de Jesus vos acoberte em vossas lutas, guardando-vos os corações em confiança e paz!
O tempo com seus favores evolutivos descerra-vos ao mundo nova página de oportunidades e bênçãos, com o advento do Ano-Novo.
Na marcha humana da ignorância para a sabedoria, identificamos, de nossa posição espiritual no Além, o báratro das provas e dos resgates – individuais e coletivos – entre vícios e virtudes, estas últimas em eclosão paulatina…
Por muito ainda, os homens estarão submetidos às fortes impressões da matéria que vem escravizando seus sentidos acanhados e, por efeito desse culto ao prazer sensorial, à ilusão da posse, muitos conflitos se multiplicarão, como a desafiar o discernimento dos que se empenham na ciência e pela genuína espiritualidade com Jesus!…
A Vida Superior jamais estigmatizará a vida humana; ao revés, identifica nela a gleba abençoada que a Providência do Pai fecunda com a chuva e enriquece com a dádiva do Sol, tendo por objetivo conjugar elementos e promover a produção tão diversa quanto farta, num sentido universalista e imortal…
O vício interpretativo dos homens, que atrelaram as mais substanciosas Revelações Espirituais a seus desejos e caprichos, tem impedido a justa compreensão da dor e das aflições para a formação moral das criaturas.
Mas, o Consolador que Allan Kardec vos legou, guarda o condão de despertar a razão humana para os temas da Imortalidade em Deus e nele, meus filhos, a Carta Magna da condição humana, o Evangelho de Jesus, alcança apogeus de entendimento e aplicação, tangendo o centro do real e definitivo do poder do Espírito: o sentimento!
Os ciclos se renovam para ensejar experiências a todos e os desafios existenciais talham, na intimidade de cada um, os valores correntes e ainda tão desconhecidos do Universo sem fim!…
Há que se preparar, para enxergar em profundidade e de modo discernido, todo aquele que bate às portas da Revelação Espírita-Cristã, pois esse Tesouro Divino não chegou à Terra para adaptar-se às exigências personalistas ou às lamúrias dos preguiçosos e incautos por conta própria…
O Espiritismo é muito mais que confessionário ou parque de exibições curiosas; é mais que argumentação filosófica a serviço de enaltecimento acadêmico e infinitamente mais que culto exterior das divindades do ontem ou do hoje, entronizadas para gáudio dos que intentam negociar facilidades e promoções transitórias!…
Filhos: o Cristianismo puro retorna pela Obra dos Espíritos Superiores!
Atentai para a gravidade da missão que vos compete nesta hora de transformações viscerais do mundo!…
As dores mais pungentes são aquelas que atingem a alma: ide, pois, filhos amados, às fontes da Grande Luz e, como a Mulher Samaritana, implorai ao Senhor por beberdes da água viva do Evangelho, pois conhecereis a Verdade e essa Verdade vos dotará do Amor puro, na moldura da eterna Sabedoria!
Que tenhais coragem e bom ânimo para edificardes conosco o Tempo da Consciência Cristã – os legítimos raios da nova aurora da Regeneração!
Bittencourt Sampaio
(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão durante
reunião pública do dia 28 de dezembro de 2013, no Grupo Espírita da
Bênção, em Mário Campos, MG)
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