Comentários de Miramez.
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sábado, 6 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
COMPORTAMENTO POR OBSESSÃO
COMPORTAMENTO POR OBSESSÃO
Quando a morte interrompe o ciclo de atividades viscosas, que o homem incorpora à sua natureza, de forma alguma o problema deixa de atormentá-lo.
A situação espiritual de quantos partem da Terra, dependentes de condicionamentos prejudiciais, é das mais dolorosas. Dificilmente pode-se descrever com fidelidade o tormento que experimentam, por variar, de indivíduo para indivíduo, não raro, enlouquecendo, nas tentativas de prosseguir com a situação nefasta...
Tal é o estado em que se debate, que não se dá conta da morte física, embora as estranhas e penosas sensações que o visitam em contínuo tormento. A esse estado soma a carência do que antes considerava prazer e agora lhe falta, afligindo-o mais.
Na conjuntura, mesmo desconhecido as “leis dos fluidos” que facultam as afinidades espirituais e intercambiam sensações com outros viciados ou iniciantes no comércio da ilusão, domiciliados na matéria, a princípio, inconscientemente, para depois estreitar os laços e fixações em demorada e torpe obsessão, em que ambos mais se desgastam e pioram o psiquismo, até que as Leis divinas façam cessar a coabitação perniciosa.
Casos outros há em que o desencarnado, identificando a conjuntura nova, formula e executa um programa de vampiração obsessiva em tentames exitosos, enredando os invigilantes que a ele se associam no plano físico,em largos cursos de alucinação e desgraça.
Muito mais grave do que parece é a obsessão, nos problemas sociais do comportamento humano.
Alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, sexolatria, jogatina, gula recebem grande suporte espiritual, sendo não poucas vezes, iniciada a viciação de cá para aí, por inspiração que fomenta a curiosidade e por necessidade que estimula o prosseguimento.
O enfermo, dificilmente, consegue evadir-se, por si mesmo, da dificuldade. De um lado, pelos nefastos prejuízos orgânicos de que se ressente e, por outro, em razão da incidência mental do
obsessor, que o utiliza como instrumento da loucura de que se vê possuído.
As verdadeiras multidões de dependentes de drogas ou de outras viciações estertoram, mesmo sem o saberem, em danosos processos de obsessão lamentável.
A falta de orientação religiosa, as permissividades morais, o desconhecimento proposital ou não das realidades do Espírito, a falta de tempo e a neurose que avassalam o homem respondem pela calamitosa ocorrência, que se agrava a cada dia.
O problema deve merecer o interesse e o estudo de cada um e de todos os cidadãos, porque a todos envolve e ameaça.
Antes, era rara a incidência das drogas, agora, com um e grave.
Ao invés de se aprofundarem as pesquisas das causas, com as naturais soluções,buscam-se leis mais tolerantes, comércio livre, certamente que por falência ética, sem dúvida.
O homem, convivendo com os fatores de qualquer porte, prefere aceitá-los a vencê-los,numa atitude sempre cômoda.
No que concerne ao mecanismo da evolução, essa atitude comporta, o que, porém, não é idêntico, quando muda a situação para o campo moral
.
O Espiritismo, esclarecendo a criatura em torno da vida moral e das relações que existem entre os Espíritos e a obsessão, combatendo-lhe, ao menos, neste capítulo,algumas das suas causas, que são os vícios.
Mantendo-se hábitos de higiene moral e social, ceif a-se, na raiz, a gênese desse problema malfazejo.
Outrossim, orientando a conduta humana, propõe uma terapia curadora, sem dúvida, salutar.
Na base das alienações espirituais, o homem desempenha importante papel, em decorrência da sua conduta, da sua atividade, do seu mundo interior.
Esforçar-se por alterar os estados mórbidos e as de pendências viciosas é tarefa de urgência, que se pode lograr através do esforço moral pessoal, do esclarecimento pelo estudo, da oração, da fluidoterapia e da desobsessão de que são encarregadas as nobres
Sociedades Espíritas que se dedicam ao mister da evangelização e da caridade,conforme os ensinos de Jesus e de Allan Kardec.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
(Roteiro de Libertação)
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terça-feira, 11 de novembro de 2014
A nova era (II)"... O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes! ""...A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas. ..."
Um dia, Deus,
em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar
as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva,
voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo
novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo
Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo
está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio. Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.
Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. – Fénelon. (Poitiers, 1861.)
O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio. Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.
Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. – Fénelon. (Poitiers, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)
MÉDIUNS E INSTRUTORES(...)"não podemos compelir os irmãos de ideal, nos variados setores de nossa edificação, a proceder nesse ou naquele padrão de conduta, de vez que os princípios do Espiritismo são claros para nós todos..."(...)essa verdade é a de que Jesus não nos abandona em razão de nossas fraquezas, de que a Doutrina Espírita continuará brilhando sempre por chave de luz do Evangelho,..."
Irmão X
Ante os enigmas da mediunidade
entre os homens, você pergunta, espantadiço: “Não dispõem os Espíritos
Benevolentes e Sábios de recursos suficientes para impedir o abuso e a má fé?
Estaremos sempre à mercê de médiuns infelizes, capazes de amplo comércio com as
forças da sombra, a tisnarem de lodo o serviço nobre dos medianeiros honestos?
Por que não instituir o estudo metódico da Doutrina Espírita nos templos de
nossa fé, plasmando-se o caráter do instrumento mediúnico, antes de guinda-lo à
publicidade?”
Suas inquirições realmente
chegam a comover pela sinceridade em que se expressam;no entanto, meu caro,
respondemos com a mesma clareza que os amigos desencarnados não escravizam as
faculdades dos companheiros que permanecem no mundo.
Somente as entidades
inferiores avocam para si o privilégio da posse temporária sobre as
inteligências enfermiças, nos tristes processos da obsessão. Entrosadas entre
si, partilham, na Terra, a loucura e a delinqüência, provocando, onde passam, os
mais estranhos sentimentos, que variam do ridículo à compaixão.
-o-
Todavia, entre os que
despertaram para a responsabilidade, a governança tem o seu justo limite.
Os instrutores espirituais,
qual acontece aos professores da escola comum, esclarecem e auxiliam sem
constranger aos que lhes recebem assistência e bondade, encaminhando-os para a
educação sem, contudo, violentar-lhes o livre arbítrio.
Do que posso deduzir, pelos
estudos a que me consagro presentemente, milhares de tarefeiros da mediunidade
foram conduzidos à Esfera Humana, durante o primeiro século do Espiritismo,
todos eles munidos de honrosas designações de trabalho, em diversos países do
Globo. Doutrinadores, materializadores, escreventes, assistentes, enfermeiros e
condutores de opinião receberam preciosos títulos mediúnicos, renascendo na
coletividade terrestre com a missão de servi-la, à feição de operários da luz;
entretanto, raros atingiram o objetivo a que se propunham.
-o-
Muitos desertaram, receando as
preocupações do caminho; outros se distraíram excessivamente com as fascinações
marginais; alguns esqueceram a conta que lhes seria pedida no Plano Divino,
colocando-se na disputa ao poder humano; e alguns outros, ainda, preferiram
acomodar-se a propostas menos dignas, descansando em felicidades ilusórias do
mundo, como se pudessem fugir à sacudidela da morte.
-o-
Partilhando as energias e os
recursos dos Espíritos Benevolentes que os sustentavam, assim como pupilos
amparados pelo prestígio e pela bolsa dos benfeitores que lhes estendem proteção
e carinho, supuzeram-se donos de possibilidades que lhes não pertenciam e,
superestimando o próprio valor, entregaram-se a aventuras particulares, nas
quais se iniciaram em dolorosas experiências, quando não se afundaram em
escabrosos precipícios de frustração.
-o-
Nessas circunstâncias, o
médium está sempre na posição de criatura que sacou valioso empréstimo no Banco
da Bondade Divina com determinada finalidade, gastando o dinheiro a benefício
próprio, com agravo dos próprios débitos.
-o-
E, como a administração de
qualquer instituto bancário não pode interferir na consciência dos seus
devedores, sob pena de coartar-lhes a ação, também a Espiritualidade não
subtraíra de nenhum modo, a iniciativa dos espíritos que se reencarnaram, com
esse ou aquele mandato específico, porquanto, é da Lei que a colheita
corresponda à espécie da plantação.
-o-
No entanto, o último tópico de
seus apontamentos merece anotação especial. Efetivamente, compete às
organizações espíritas indiscutível responsabilidade na formação e observação
dos médiuns, com mais ampla tarefa na divulgação doutrinária. Isso, porque a
mediunidade, interpretada no ponto de vista de sintonia, só por si não constitui
galardão. Há médiuns de todo feitio, inclusive aqueles que, por força de seu
próprio passado, ainda suportam pesada influência das sombras, esperando que a
Doutrina Espírita lhes envolva o campo mental na bênção de sua luz, a fim de que
possam executar as próprias obrigações.
-o-
Ainda aqui, todavia, não
podemos compelir os irmãos de ideal, nos variados setores de nossa edificação, a
proceder nesse ou naquele padrão de conduta, de vez que os princípios do
Espiritismo são claros para nós todos.
De qualquer modo, porém, não
se atenha ao desânimo.
Cada noite é a introdução de
nova manhã.
De uma verdade inconteste,
podemos guardar absoluta convicção, e essa verdade é a de que Jesus não nos
abandona em razão de nossas fraquezas, de que a Doutrina Espírita continuará
brilhando sempre por chave de luz do Evangelho, acima de quaisquer desacertos
humanos, e de que todos nós, seja onde for, receberemos sempre da vida, de
acordo com as próprias obras.
Livro – Histórias e
Anotações – Francisco Cândido Xavier – Irmão X
Digitado por – Valeria
Guida
O CRENTE MODIFICADO
Irmão X
Certo devoto, em se retirando
do templo, sempre encontrava pequena turma de pedintes e sofredores, com os
quais distribuía os níqueis que lhe sobravam na bolsa.Em seguida, exortava-os à
confiança no porvir, quando as administrações terrestres aprendessem a efetuar a
justa repartição das riquezas. Contassem todos com o Senhor, rico de bondade
para todos os dilacerados da sorte, e que lhes enviaria benfeitores leias para o
suprimento de pão e bem estar no momento oportuno.
À noite, de mãos postas,
elevava-se espiritualmente ao Céu e figurava-se, à frente do Cordeiro Divino...
Ajoelhava-se e pedia
reverente:
-
Senhor, teus
pobrezinhos padecem frio e fome... Auxilia-me para que possa, por minha vez,
ampara-los em teu nome. Para isso, ´p Providência dos deserdados, digna-te
conceder-me a mordomia nos bens materiais! É imprescindível que os celeiros de
tua compaixão permaneçam sob a guarda de colaboradores eficientes e fiéis!...
-o-
E o Salvador ouvia-o,
complacente, sem prometer modificação de programa.
O aprendiz da fé retomava a
luta habitual, sempre interessado na crítica fraterna.
De quando a quando, visitava
instituições de benemerência e reparando a onda crescente dos necessitados ao
redor dos trabalhos socorristas, inquiria santamente indignado:
-
Onde se ocultam
os ricaços sem deveres?
E, sem qualquer escrúpulo,
justificava a indisciplina reinando na Terra.
Fazia carga asfixiante de
palavras contra os favorecidos da fortuna e, não obstante cristão, declarava
compreender o desespero dos pobres, quando se convertiam em revolucionários
demolidores.
-o-
-
Impossível em
equilíbrio social – asseverava, ríspido – quando os endinheirados alardeiam
conforto excessivo ao pé dos indigentes.
Chegada à noite, tornava a
rogativa, semiliberto do corpo físico e, sentindo-se diante do Mestre, voltava a
solicitar:
-
Senhor, tenho
encontrado dezenas de enfermos esfomeados plenamente esquecidos... Sofrem e
choram, esmolando debalde na via pública... Os missionários da proteção
coletiva, a quem emprestaste a autoridade e o ouro, esquecera-te as bênçãos e
cristalizam-se no egoísmo feroz. Dá-me recursos! Tenho necessidade de espalhar
os teus benefícios!
-o-
O Salvador registrou a prece,
sem alterar-lhe o roteiro.
E semelhantes cenas passaram à
categoria de hábito inveterado. O devoto, em esforço verbal diário, defendia os
órfãos, os doentes, as viúvas, os desempregados, os aflitos e os tristes,
apaixonadamente.
-o-
Nas rodas de companheiros,
depois dos ofícios religiosos, pregava o advento do mundo novo em que os ricos
da Terra seriam menos tirânicos e os pobrezinhos menos desditosos. Avançava,
para isso, em teorias sociais de conseqüências imprevisíveis...
-o-
Em certa ocasião, depois de
grande calamidade pública, saiu a esmolar em favor das vítimas infelizes. A seca
trouxera à cidade lamentáveis farrapos humanos. Inexprimíveis padecimentos
desfiguravam centenas de rostos. Os infortunados pediam trabalho, mas, antes de
tudo, requeriam remédio e alimentação.
-o-
Tantas aflições presenciou o
devoto, no círculo dos flagelados, e tanta indiferença surpreendeu na esfera das
pessoas felizes que, à noite, em preces mais comovedoras e mais ardentes, subiu,
em lágrimas, ao Trono do Cordeiro e suplicou:
-
Senhor, os teus
tutelados na Terra perecem a mingua de amor... Os afortunados escarnecem dos
miseráveis, a opulência pisa os desvalidos. Dá-me acesso à riqueza fácil. Tenho
necessidade de recursos urgentes para atender, no mundo, em nome de tua caridade
infinita...
-o-
O Mestre, tocado mo íntimo,
através de tão reiteradas rogativas, alterou os desígnios e recomendou que o
pedinte fosse conduzido, sem demora, ao manancial da prosperidade terrestre. E a
ordem desceu de anjo a anjo e de servo a servo, assim quanto ocorre num exército
humano em que a determinação do general supremo desce de oficial a oficial e de
soldado a soldado.
-o-
Em breve, o devoto era
invariavelmente seguido por um mensageiro espiritual incumbido de soerguer-lhe o
padrão econômico.
Atendendo aos imperativos da
tarefa que lhe fora cometida, o emissário começou por observar-lhe as atividades
comuns, identificando-lhe a posição de comerciante ativo e, examinado o melhor
processo de conferir-lhe a doação celestial, passou a insuflar-lhe idéias
favoráveis, utilizando recursos indiretos...
-o-
Em algumas semanas, o crente
sentiu-se compelido a realizar enormes aquisições de cereais, estimulado por
inexplicável entusiasmos e, em sessenta dias, à face das exigências de
exportação, o estoque gigantesco rendeu-se o lucro líquido de oitocentos mil
cruzeiros.
-o-
O auxiliar invisível, contudo,
anotou-lhe profunda modificação íntima. O homem que possuía oitenta por cento de
vocação para o desinteresse com Jesus e vinte por cento de comercialismo por
necessidade fatal da experiência humana revelava estranha diferença. A mente
dele, de inopino, acusou noventa e nove por cento de pensamentos alusivos à
oferta e procura, compra e venda, restando apenas um por cento para o idealismo
evangélico.
-o-
O cooperador espiritual, sem
acesso agora ao coração dele, buscou um companheiro d fé e inspirou-lhe a
formular apelo ardente à execução da promessa ao Senhor, mas o crente, quase
irreconhecível, respondeu, sem rebouços:
-
Sim,
efetivamente, em dois meses, ganhei oitocentos contos, todavia, é imperioso
reconhecer que isto é uma insignificância para a nossa época. Além disso, a
caridade pode esperar... O verdadeiro bem não é serviço que se faça
afogadilho...
Fixou a máscara grave do homem
de negócios excessivamente preocupado e concluiu:
-
Não posso
esquecer igualmente que, acima de tudo, tenho a família e o futuro não é
brincadeira...
Foi então que o mensageiro,
fundamente desapontado, voltou ao domicílio que lhe era próprio e a nova
notícia, de servo a servo e de anjo a anjo, subiu para o Senhor.
Livro – Histórias e
Anotações – Francisco Cândido Xavier – Irmão X
PEDRO EM VISITA."...Senhor, onde estará pulsando o coração de teus aprendizes?!..."
Irmão X
Conta-se que Simão Pedro, há
tempos, conseguiu chegar ao Rio de Janeiro, perfeitamente materializado.
Utilizando preciosos fluidos da natureza, nos bosques floridos que marginam
Petrópolis, desceu dos subúrbios para o centro, com o objetivo de verificar as
realizações cristãs, entre os novos discípulos do Evangelho.
-o-
Alpercatas de pobre, cabelos à
nazarena, leve bastão a sustentar-lhe o corpo e singela túnica de estamenha, ia
o apóstolo, de olhos vivos e doces, estranho aos automóveis e aos arranha-céus,
na consoladora antevisão do encontro com os aprendizes do Senhor.
-o-
Achavam-se multiplicados,
pensava. Trazia, mentalmente, o endereço de muitos, de conformidade com as
rogativas que subiam da Terra para o Céu. Que lhe contariam, acerca dos ideais
evangélicos no mundo? Não ignorava que o Planeta continuava sob o guante
infernal da guerra, entretanto, sabia que os ensinamentos do Messias avançavam
salvando almas.
-o-
Ante o frontispício de
admirável organização católica-romana, deteve-se, emocionado.
Aproximou-se. Tocou a
campainha.
Pretendia avistar-se com os
superiores da casa, a fim de trocarem idéias.
Um padre bem humorado atendeu:
-
Quem é o senhor?
-
Simão Pedro,
para servi-lo.
O clérigo sorriu e anotou-lhe
os desejos.
Findos alguns minutos, um dos
diretores apareceu, em companhia de vários religiosos. Ouviram o visitante
humilde, com inequívocos sinais de incredulidade e sarcasmo.
Não chegaram nem mesmo a
considerar-lhe s palavras.
-
Volte
segunda-feira, com o atestado policial – declarou o orientador da instituição –
e providenciarei seu ingresso no asilo.
Simão tentou explicar-se.
O eclesiástico, no entanto,
foi claro:
-
Não insista.
Tenho mais o que fazer. Venha segunda-feira. O psiquiatra organizará sua ficha.
Sequioso de entendimento,
pediu Pedro:
-
Tenho sede.
Permita-me entrar, por obséquio.
-
Quê? Entrar? Não
precisa disto para beber água. Na esquina próxima encontrará um café, e será
atendido.
-o-
Em vista da porta
repentinamente cerrada, o apóstolo, algo triste, cruzou várias ruas e estacionou
junto de simpática vivenda.
Perguntou ao jardineiro pelo
ministro da igreja reformada que a ocupava.
O robusto rapaz deu-se pressa
em satisfaze-lo. Em momentos breves, trouxe consigo não só o pastor, mas também
dois jovens presbíteros.
À primeira interrogação, o
visitante respondeu, esperançado:
-
Sou Pedro, o
antigo pescador de Cafarnaum.
-
Entreolharam-se
os presentes, espantadiços.
-
Debalde buscou o
velho Caphas esclarecer os propósitos que alimentava. O ministro evangélico, ai
invés de prestar-lhe atenção, pôs-se a ouvir os rapazes tagarelas.
-
Penso que é
portador da mania ambulatória – asseverou um deles – traz alpercatas e os pés
não parecem muito distintos.
-
Tenho ido pregar
no hospício – informou o outro e conheço alguns casos de loucura circular.
O pastor dirigiu-se a Pedro e
declarou, sem rebuços:
-
Pode retirar-se.
Aqui, não posso recebe-lo. Procure o culto no domingo pela manhã.
-
Irmão, não me
expulse assim... rogou Pedro, humilde.
-
Nada posso
prometer-lhe – revidou o ministro, seguro de si – a congregação está longe de
construir o nosso hospital de alienados.
-o-
Vendo-se novamente sozinho, o
ex-pescador Galileu varou largo trecho da via pública e parou à frente de nobre
domicílio.
Bateu, acanhado.
Ao rapazelho que atendeu,
lépido, indagou pelo diretor de importante organização espiritista que ali
residia.
Decorridos alguns instantes, o
dono da casa veio em pessoa, seguido de dois confrades.
À inquirição inicial,
respondeu tímido:
-
Sou Simão Pedro,
o discípulo de Cafarnaum.
Os novos amigos permutaram
expressivo olhar.
O missionário da Nova
Revelação, que o apóstolo procurara, nominalmente, afirmou calmo:
-
Obsessão
evidente. Creio esteja ele atuado por argucioso perseguidor invisível.
-
Um vidente faria
aqui a necessária verificação, acentuou um dos companheiros.
O outro, contudo, mostrando
extensa intimidade com Richet, acrescentou, com algum pedantismo:
-
Tipo inabitual.
Bem provável possa ser aproveitado aos estudos de criptestesia.
Adiantando-se, Pedro implorou:
-
Irmãos, tenho
sede de comunhão fraterna em torno do Cristo, Nosso Senhor. Que me dizem do
trabalho evangélico, na atualidade do mundo?
O principal do grupo
afagou-lhe a destra que se movia suplicante e replicou: - Procure-me na sessão
de sexta-feira, depois das vinte horas. Teremos doutrinação. A cousa vai
melhorar, “meu velho”.
E, gentilmente, deu-lhe
o endereço.
Fechou-se a porta e o
trinco rodou, automático.
-o-
Quem contou a
história,
disse-nos ter visto o antigo discípulo da Galiléia enxugar as lágrimas
a he deslizarem copiosas do rosto e perguntar a esmo, fixando o céu
tranqüilo do
crepúsculo:
-
Senhor, onde
estará pulsando o coração de teus aprendizes?!...
Em seguida, silencioso e
taciturno, o velho pescador pôs-se de novo, a caminho, na direção do mar...
Livro – Histórias e
Anotações – Francisco Cândido Xavier – Irmão X
Digitado por – Valeria
Guida
diretrizes individuais nos grupos
André
Luiz
Se você foi chamado a
cooperar num grupo de atividade cristã, agradeça as oportunidades de
servir e esqueça seus direitos imaginários para que a luz do dever
resplandeça em seu caminho.
Pagar mensalidade do
estilo e colaborar com o dinheiro não é difícil; dê o concurso direto de
suas forças na obra a realizar.
Guarde para seus
companheiros a gentileza de que se sente credor diante deles; a
cordialidade é alicerce da paz.
Antes de exigir novas
manifestações dos amigos espirituais, não deixe de manifestar, por sua
vez, através de atos, palavras e pensamentos, os sublimes valores que já
recebeu; se o intercâmbio com o plano invisível é agradável, o trabalho da
experiência humana é eminentemente importante.
Aplique os ensinamentos
evangélicos no serviço diário a que consagra o coração; se você não está
interessado em espiritualizar-se, é inútil que as entidades superiores se
sacrifiquem por sua causa.
Não use a crítica, nem
a reprovação; faça o bem que estiver ao seu alcance, porque o problema não
é o de repetir - “se fosse comigo faria assim” - mas de imprimirmos nossas
obrigações pessoais à frente do Cristo.
Não perca tempo
reclamando contra a ingratidão, procurando o espinho ou medindo as pedras
da estrada; lembre-se de que o seu grupo é também uma orquestra convocada
a executar o serviço de Jesus para a Harmonia Divina da vida e, se você
não usar o instrumento que lhe compete com a eficiência devida, a música
viverá sempre desafinada.
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier
INSTRUÇÃO ESPÍRITA.(...)"A história esclarece o passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.Um título acadêmico atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros da deontologia, não determina, de modo positivo, em renovações do sentimento...."
Emmanuel
Escola benemérita, o
templo espírita é um lar de luz, aberto à instrução geral para o
entendimento das leis que regem os fenômenos da evolução e do destino.
Cada irmão de ideal,
entre as paredes que lhe demarcam o recinto, quando se pronuncia no grau
do conhecimento que já conquistou, é comparável ao professor que fala da
cátedra que lhe pertence para a edificação dos alunos.
E não se diga que um
instituto terrestre de ensino usual, onde sejam pagas as explicações
professadas em aula, seja mais importante.
A matemática é
instrumento inseparável da ciência para que se meça a propriedade das
grandezas, mas, sem a educação do caráter, é possível de transformar-se em
delírio de cálculos para a destruição.
A lingüística descerra
a estrutura dos idiomas, no entanto, sem espírito de fraternidade, o
poliglota mais hábil pode não passar de um dicionário pensante.
A psicologia investiga
as ocorrências da vida mental, a desdobrar-se nos meandros da análise
psíquica, entretanto, sem o estudo da reencarnação, reduz-se a frio
holofote que desvenda males e chagas sem oferecer-lhes consolo.
A história esclarece o
passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente
de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.
Um título acadêmico
atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros
da deontologia, não determina, de modo positivo, em renovações do
sentimento.
Amemos no templo
espírita a escola das diretrizes que nos orientem escolha e conduta.
Dentro dele, abramos a
alma com sinceridade aos que nos escutam e ouçamos com respeito os que nos
dirigem a palavra, permutando experiências que nos corrijam as
preferências e as atitudes.
O Evangelho, que
consubstancia as mais altas normas para a sublimação do espírito, acima de
todas as técnicas que aformoseiam a inteligência, não nasceu nem de ritos,
nem de imposições, nem de etiquetas e nem de culto externo.
A maior mensagem
descida dos Céus à Terra, para dignificar a vida e iluminar o coração,
surgiu das palavras inesquecíveis de Jesus que procurava o povo e do povo
que procurava Jesus.
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier
EVANGELIZAÇÃO. (...)"O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade..."(...)"a iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual...."
Emmanuel
Todos os estudiosos que
solicitam de amigos do Além um roteiro de orientação não devem esquecer o
Evangelho de Jesus, roteiro das almas em que cada coração deve beber o
divino ensinamento para a marcha evolutiva.
Habitualmente,
invoca-se a velhice de sua letra e a repetição de seus enunciados. O
Espírito do Evangelho de Cristo, porém, é sempre a luz da vida.
Determinados companheiros buscam justificar o cansaço das fórmulas,
alegando que em Espiritismo, temos obras definitivas da revelação, com o
sabor de novidade preciosa, em matéria de esclarecimento geral e esforço
educativo. O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade. Todas
essas obras notáveis dos missionários humanos, na sua tarefa de
interpretação, funcionam como telescópios, aclarando-lhe a grandeza. É que
a sua luz se dirige à atmosfera interior da criatura, intensificando-se no
clima da boa vontade e do amor, da sinceridade e da singeleza.
A missão do Espiritismo
é a do Consolador, que permanecerá entre os homens de sentimento e de
razão equilibrados, impulsionando a mentalidade do mundo para uma esfera
superior. Vindo em socorro da personalidade espiritual que sofre, nos
tempos modernos, as penosas desarmonias do homem físico do planeta,
estabelece o Consolador a renovação dos valores mais íntimos da criatura e
não poderá executar a sua tarefa sagrada, na hipótese de seus
trabalhadores abandonarem o esforço próprio, no sentido de operar-se o
reajustamento das energias morais de cada indivíduo.
A capacidade
intelectual do homem é restrita ao seu aparelhamento sensorial; todavia, a
iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de
inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas
realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual.
A grande necessidade,
ainda e sempre, é a da evangelização íntima, para que todos os operários
da causa da verdade e da luz conheçam o caminho de suas atividades
regeneradoras, aprendendo que toda obra coletiva de fraternidade, na
redenção humana, não se efetua sem a cooperação legítima, cuja base é o
esclarecimento sincero, mas também é a abnegação, em que o discípulo sabe
ceder, tolerar e amparar, no momento oportuno.
Para a generalidade
dessa orientação moral faz-se indispensável que todos os centros de estudo
doutrinário sejam iluminados pelo Espiritismo evangélico, a fim de que a
mentalidade geral se aplique à luta da edificação própria, sem fetichismos
e sem o apoio temporal de forças exteriores, mesmo porque se Jesus
convocou ao seu coração magnânimo todos os que choram com o “vinde a mim,
vós os que sofreis”, também asseverou “tomai a vossa cruz e segui-me!...”,
esclarecendo a necessidade de experiências edificantes no círculo
individual.
Resumindo, somos
compelidos a concluir que, em Espiritismo, não basta crer. É preciso
renovar-se. Não basta aprender as filosofias e as ciências do mundo, mas
sentir e aplicar com o Cristo.
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier
SEXO E DISCIPLINA."...saibamos atender à educação do caráter, para que o caráter não se transvie..."
Emmanuel
O sexo, na Terra, muitas
vezes é apontado à conta de porão emotivo.
Dele se ocupa a imprensa,
nas tragédias passionais, como se esvurmasse uma chaga, e muitos religiosos lhe
definem as manifestações como efeitos do Mal.
Entretanto, é no sexo que
a vida cunha passaporte ao renascimento, acalentando a bênção do lar.
Através dele, retomamos o
fio de nossas experiências, recebemos o carinho dos pais, abençoamos a esperança
dos filhos e recolhemos precioso estímulo para a luta. Mas é igualmente por ele
que forjamos perigosas obsessões e abusos inomináveis, criando para nós mesmos a
sombra da loucura ou a grade da delinqüência.
A Bondade Divina no-lo
concede como portal de luz.
Em muitas circunstâncias,
contudo, atravessamo-lo, tomados de paixão, qual se densas trevas nos
envolvessem.
Isso acontece, no entanto,
à face da ignorância deliberada com que nos conduzimos no assunto.
Estabelecemos medidas
seguras para evitar essa ou aquela calamidade e cultivamos minuciosa atenção
nesse ou naquele círculo da existência.
A vacinação preserva a
saúde física.
A polícia rodoviária
previne desastres.
Diques governam cursos
dágua.
Máquinas poderosas
controlam a força elétrica.
Nossos jovens são
escrupulosamente examinados em noções de Física ou de Matemática.
Tiramos radiografias,
relativamente perfeitas, das vísceras e dos ossos.
Contamos o número de
hemácias numa gota de sangue.
Sabemos prever com
exatidão o próximo eclipse do Rol.
Todavia, em matéria de
sexo, quase sempre a impropriedades aparecem de chofre, sem qualquer profilaxia
de nossa parte.
É necessário, assim,
saibamos atender à educação do caráter, para que o caráter não se transvie.
Lembremo-nos de que a
Natureza, retratando as leis de Deus, não guarda qualquer capricho.
As estações do tempo
funcionam, com regularidade, há milênios.
A gravitação é a mesma
para justos e injustos.
Tudo na Criação é trabalho
e ordem, evolução e obediência.
Reconhecendo-se, desse
modo, que os valores emocionais vigem por nossa conta, toda vez que o sexo
eclode, sem disciplina, o naufrágio moral surge perto.
Cabe, pois, aqui recordar
as palavras do Mestre Divino :
- "Não é o que entra pela
boca que contamina as criaturas, mas sim o que lhes vem do coração."
E, sem dúvida, o sexo será
sempre uma das portas mais importantes do sentimento.
Do livro Correio Fraterno.
Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
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