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domingo, 16 de fevereiro de 2014
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 140
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q140c.html
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Tiago, 1: 3 a 5
Tiago, 1: 3 a 5
…pois sabeis que a vossa fé, bem
provada, leva à paciência; mas é preciso que a paciência produza uma
obra perfeita, a fim de serdes perfeitos e íntegros sem nenhuma
deficiência.
Este versículo traça o projeto de evolução desejado.
Àquele tempo ele falava para judeus convertidos ao Cristo. Ninguém mais
do que o povo judeu sabia o valor das provações. Este foi um povo que
sofreu; e os que tiveram a compreensão de Jesus como sendo o Messias que
libertava pela transformação moral, foram os que aproveitaram as
provações na edificação de sua fé. Assim, a expressão pois sabeis…, é bastante coerente no texto.
Nós temos aprendido isto também à custa de muitas dores. O Evangelho traz para nós a possibilidade de participar deste sabeis, minorando os nossos sofrimentos. Cabe a cada um de nós “não recalcitrar contra os aguilhões”.
Como dissemos, este versículo traz para nós o projeto de evolução
desejado. É que o Alto quer para nós a vitória espiritual, assim, nos
envia Espíritos, que como Tiago, pela instrução encurta-nos o caminho
evolutivo adiantando-nos o progresso.
A vossa fé, bem provada, leva à paciência; a fé já foi dito, é força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus…1
Podemos dizer que a fé é a lembrança da presença de Deus em nós. Ela
existe em todas as criaturas, porém, é desperta através da evolução, e
cada um a tem num determinado grau de acordo com suas conquistas
individuais.
Do mesmo modo que o aluno matriculado em uma escola precisa se
exercitar para fixar a lição, precisa da prova para sua promoção, o
Espírito, que é um aluno da escola da vida, precisa exercitar a sua fé
para fazê-la crescer e esta precisa ser provada, e bem provada, para
projetar o Espírito em níveis mais elevados. Portanto, a fé bem provada
produz a paciência, que é conquista daqueles que já se elevaram a um
patamar de maior espiritualidade.
A paciência, que é a ciência da paz, ou ciência da pá (significando
instrumento de trabalho), já dissemos, é conquista do Espírito e é uma
conquista imprescindível para a evolução.
A vida vinculada a mundos materiais é um instrumento didático para
trazer ao Ser criado por Deus a verdadeira educação, que nada mais é do
que o despertamento de possibilidades espirituais nele existentes.
Contudo é preciso compreender que este processo é lento, é como o
cultivo de uma determinada semente. Ela é lançada ao solo e só após um
processo que demanda tempo e perseverante trabalho transforma-se em
fruto útil para alimentação do homem. O Educador é como o lavrador, e do
mesmo modo que para este a paciência é uma necessidade, também é para
aquele. E não esqueçamos, todos somos educadores, de outros Espíritos, e
principalmente de nós mesmos. Como consequência precisaremos sempre
deste valioso recurso: paciência; portanto, alegremo-nos ao sermos submetidos às múltiplas provações.
Todavia o apóstolo vai mais além, só ter paciência não basta, é preciso que ela produza uma obra perfeita. É que a paciência ainda é um meio, não o fim. Há grandes Espíritos que ainda não despertaram para o bem que
são já pacientes, e que também usam este recurso para atingirem os seus
fins. Toda virtude tem de ter produtividade no campo do bem, se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!2 Ensinou Jesus.
Portanto, busquemos produzir uma obra perfeita, não com preciosismo ou
perfeccionismo, mas em tudo que fizermos, fazer bem feito, este tem que
ser o diferencial do cristão verdadeiro, e acima de tudo que a obra mais
importante que fazemos, que é a nossa própria iluminação, seja esta
também uma obra de perfeição. Este é o recado do final do versículo:
…a fim de serdes perfeitos e íntegros sem nenhuma deficiência.
Mensagem semelhante nos deixou Jesus no “Cantar do Monte”:
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.3
Ninguém pode no estágio atual de nossa evolução exigir de si mesmo a
perfeição, porém podemos exigir aperfeiçoamento, ser a cada dia melhor.
No mais a lição do Mestre é de grande sabedoria; ao nos instruir a ser perfeito como o vosso Pai, Jesus
se referia ao entendimento de cada um a respeito do Pai, portanto, é
cada um ser perfeito dentro de suas possibilidades, só que sem
comodismo. À medida que formos evoluindo, compreendendo melhor a
natureza divina, que nos façamos também melhor, sempre perfeitos, íntegros, conforme a perfeição de nosso Pai.
Tiago nos propõe uma melhoria continuada. Compreendamos as nossas
provações (que muitas vezes são tribulações), trabalhando a nossa fé,
assim geraremos a paciência que nos faz perseverar na construção do
homem de bem, a obra perfeita que o Criador espera que um dia sejamos, sem nenhuma deficiência.
Se alguém dentre vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem recriminações…
O autor desta carta sabia que mesmo entre os irmãos de fé muitos não
tinham esta compreensão superior. Esta primeira frase deste versículo
talvez seja um chamamento de atenção para estes.
Sabedoria aqui não significa capacidade intelectual, há muitos
sábios no mundo que são verdadeiros mendigos na espiritualidade. Aliás,
já neste tempo Paulo afirmara:
Onde está o sábio?
Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura,
não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?4
Portanto, sabedoria significa amadurecimento espiritual, ter ciência de algo invisível aos olhos.
A literatura judaica anterior ao Novo Testamento já dizia:
Pois é IHVH quem dá a sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o entendimento.5
E Salomão com toda a sua sensibilidade escreve sobre a sabedoria:
Ao me dar conta de
que somente a ganharia, se Deus me concedesse – e já era um sinal de
entendimento saber a origem desta graça -, dirigi-me ao Senhor e rezei,
dizendo de todo o coração:
Deus dos pais,
Senhor de misericórdia, que tudo criaste com tua palavra e com tua
sabedoria formaste o homem para dominar as criaturas que fizeste,
governar o mundo com justiça e santidade e exercer o julgamento com
retidão de vida, dá-me a sabedoria contigo entronizada e não me excluas
do número de teus filhos.6
Portanto era uma crença dos sábios judeus que a sabedoria autêntica era
dada somente por Deus, significando assim algo espiritual, além do
domínio da matéria. Por isso é que Tiago escreve: peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos…
Generosamente significando sem condicionantes, a todos os que quiserem, simplesmente se ajustando aos Seus Sábios desígnios.
Porém, aqui cabe uma questão: Como Deus dá a sabedoria? Não somos nós quem a conquistamos?
Sim, somos nós quem a conquistamos, porém, só se tivermos a humildade
de saber que ela vem de Deus através das oportunidades de vida, das
experiências que promovem o amadurecimento, experiências estas que podem
significar tribulações para despertar em nós os valores do espírito.
São as vidas sucessivas, a reencarnação promovendo a oportunidade de
reajuste e a glória de melhor servir.
Assim, se tivermos falta de sabedoria, peçamos a Deus como fez Salomão, e Ele dará, nos informa o filho de Alfeu, generosamente.
Ainda vai mais além o apóstolo, Deus a concede, sem recriminações.
A teologia cristã após ter se tornado religião oficial impôs às nossas
mentes a questão do pecado, da culpa, e consequentemente do castigo.
Assim, apesar de Jesus ter nos mostrado um Pai que é Amor e
Misericórdia, insistimos no nosso entendimento de um Deus que pune, que
condena, que recrimina. Esta não era a idéia daqueles que estiveram
próximos de Jesus.
A Doutrina Espírita ao ampliar nossa compreensão de Deus nos mostra que
Ele nem perdoa nem condena, Deus simplesmente dá a oportunidade de
reconstruirmos o que foi destruído. Assim, tudo nos provê generosamente, concedendo-nos a oportunidade de nos fazermos sábios, sem recriminações. Apenas,
por ampliar a nossa consciência, pois a evolução é o despertamento
desta, nos faz mais responsáveis à medida que nos entendemos como
partícipes da criação imortal.
1 Pensamento e Vida, cap. 6
2 Mateus, 6: 23
3 Mateus, 5: 48
4 1 Coríntios, 1: 20
5 Provérbios, 2: 6
6 Sabedoria, 8: 21 e 9: 1 a 4
SUPORTANDO COM PACIÊNCIA A PROVAÇÃO
Tiago, 1: 12
Bem
aventurado o homem que suporta com paciência a provação! Porque, uma
vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o
amam.
Bem Aventurado é sinônimo de feliz. E conforme já dissemos em outro momento:
…a
felicidade promovida pelo Cristo, não é a felicidade que conhecemos,
fugaz, momentânea, porque embasada em valores temporários. A felicidade a
que se refere o Evangelho é definitiva, porque é conquistada pelos
valores do Espírito.1
O homem; não está nominado porque é qualquer um que proceder conforme a orientação do evangelista.
O verbo suportar
diz respeito ao resistir às provações. Por si só não há grandes virtudes
em suportar, pois mostra que ainda estamos vinculados à faixa da
justiça, só suportamos porque não há outro modo, suportamos como
consequência de uma ação menos feliz anterior, e que é impositivo da Lei
sofrer as consequências.
Normalmente aquele que
suporta, que tolera, ainda acha que o outro está errado, que ele está
certo, portanto ele suporta o outro achando-se superior.
A virtude conforme a narrativa do apóstolo está em suportar com paciência,
pois aí há uma ação construtiva no bem, há um ensinamento velado que é
transmitido a todos mostrando a faixa espiritual que vibra aquele que
pratica esta ação pacificadora, pois suportar com paciência é o mesmo
que compreender seja a própria provação ou as pessoas por meio das quais
ela vem.
Compreender é no mínimo
enxergar o outro, saber de suas necessidades, saber qual a sua
capacidade e agir com proveito em favor do crescimento tanto do outro
quanto de si mesmo. E compreender a provação é saber avaliar a sua
necessidade e desativar os pontos que geram sofrimento contribuindo
assim para a manutenção da harmonia.
Provação; no grego é peirasmos, uma palavra que pode ser traduzida tanto por provação quanto por tentação.
Em português há diferenças. Provação é o ato ou efeito de provar; prova, teste. É uma situação aflitiva ou de sofrimento que põe à prova a força moral. Tentação é o impulso para a prática de alguma coisa censurável ou não recomendável; desejo veemente ou violento2.
Dentro do contexto deste
versículo achamos melhor a tradução da Bíblia de Jerusalém que usa
provação ao invés de tentação como usa Almeida. É que aqui o autor da
epístola fala em suportar com paciência; denota um sofrimento que
põe à prova a força moral da criatura. A tentação às vezes cumpre o
mesmo papel, por à prova a força moral da criatura, porém no caso da
tentação há uma ressonância na intimidade da criatura com o objeto de
tentação, no caso da provação o elemento que prova pode simplesmente ser
uma situação exterior. O Exemplo clássico desta colocação está na
passagem em que Jesus é colocado no deserto para ser posto à prova pelo
Adversário (Mateus, 4: 1 a 11; Marcos, 1: 12 e 13; Lucas, 4: 1 a 13).
Alguns tradutores informam que Jesus teria sido “tentado” pelo
Adversário, o que nós achamos mais correto dizer que Jesus foi provado
pelo Adversário, pois em Jesus não há a menor chance de haver tentação
por se tratar de um Espírito Puro, que segundo os Espíritos informam a
Kardec, não sofre nenhuma influência da matéria, pois tem superioridade
intelectual e moral absoluta.3
Porque, uma vez provado,
continua Tiago, querendo dizer, tendo passado no teste com sucesso,
tento mostrado que superou a dificuldade, o que significa o fim de um
ciclo em relação àquela necessidade, receberá a coroa da vida. David Stern4
traduz: “receberá como sua coroa a Vida…”. Acho mais bonita esta
tradução sendo esta vida a Vida Abundante prometida por Jesus, porém
esta só acontecerá em nós no fim de um ciclo maior de vitória sobre as
imperfeições. A carta escrita por Tiago nos fala deste momento também,
mas atende-nos em cada vitória que alcançamos sobre a menor das
provações.
A coroa é o símbolo do
coroamento, é o emblema da vitória, e aqui ela significa a vitória sobre
a provação que nada mais é do que o ato de vencer a imperfeição que fez
necessária a prova. Como é coroamento é o fechamento de ciclo; para
cada vitória sobre cada imperfeição a vida nos autoriza uma coroa, e
quando atingirmos a vitória final sobre nossas imperfeições, o que
chamamos de redenção, e que a Bíblia comumente chama de salvação,
receberemos como coroa a Vida Abundante, Vida esta que foi o motivo da
vinda até nós de Jesus, o Cristo de Deus.
…eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.5
Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.6
…que o Senhor prometeu aos que o amam; A
Vulgata neste verso substitui Senhor por Deus, o que leva alguns
analistas a entender que o Senhor aqui é Deus. Não sabemos definir aqui o
que pensava o autor da carta. Esta dificuldade acontece principalmente
porque a teologia tradicional confundiu Jesus com Deus, no fundo os dois
são segundo esta a mesma pessoa.
A expressão coroa da vida
só acontece no Novo Testamento, aqui em Tiago e no Apocalipse (2: 10).
Pedro também fala sobre o mesmo tema (1 Pedro, 5: 4) como coroa da
glória, Paulo (1 Coríntios, 9: 25) em coroa incorruptível, em todos
estes textos, mesmo em Paulo que não é tão explícito, a promessa se
refere a Jesus. A promessa só remonta Deus se interpretarmos colocações
da Bíblia hebraica como a “árvore da vida” e a “terra prometida” como
sendo sinônimos desta coroa da vida.
Para nós o mais importante
não é saber se é Deus ou Jesus que promete, até porque o próprio Cristo
disse que não trazia nada Dele, mais do Pai que O enviou. Ou seja,
Jesus é o “Procurador” oficial de Deus no planeta Terra sendo assim, em
última instância a Promessa é de Deus.
O que conta aqui é como alcançá-la, e isto fica claro: aos que o amam.
Amar a Deus é o primeiro mandamento e o Deuteronômio nos ensina que é amar com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua força.7; isto
é tão complexo que para analisar todo este mandamento foi escrito o
livro mais famoso da humanidade: a Bíblia, pois em verdade esta gira
toda em torno deste mitzvah dado a Moisés.
Jesus com a Sua pedagogia superior nos ensinou que amar a Deus é amar ao próximo, e amar como Ele Jesus nos amou.
Está é a síntese que nos
instrumentaliza para a conquista desta coroa citada por vários enviados
do Senhor e que Paulo com toda segurança afirmou ser a maior de todas as
virtudes, o amor, que dinamizado é caridade.
1 O Sermão do Monte, cap. 1
2 Para estes conceitos me vali do dicionário Houaiss.
3 O Livro dos Espíritos, questão 112.
4 Novo Testamento Judaico, pág. 241
5 João, 10: 10
6 Apocalipse, 2: 10
7 Deuteronômio, 6: 5
FONTE: http://espiritismoeevangelho.blogspot.com.br/
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
O JARDINEIRO DIVINO
10/02/2014
O JARDINEIRO DIVINO
“Obreiros,
traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da
véspera; o trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão
terrestre; vossas almas, porém, não estão esquecidas; e eu, o jardineiro
divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos.” – Cap. VI – de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
O Jardineiro Divino, evidentemente, é Jesus Cristo...
Nossas almas são as “sementes” que Lhe foram dadas a cultivar pelo Dono do Jardim...
Os nossos pensamentos constituem a “gleba” em que, pacientemente, Ele as cultiva...
O Pensamento do Cristo, materializado no Evangelho, representa as suas Mãos incansáveis revolvendo a terra na qual, um dia, deveremos florescer!...
Contudo, é preciso que isto aconteça sem violência – cada “semente” deve germinar no momento de seu próprio amadurecimento...
As experiências que vivenciamos, ao longo das estações que se sucedem, representam o adubo que nos auxilia na tão ansiada germinação...
“Sementes” existem que, em profundo estado letárgico, ainda sequer deram o menor sinal de vida...
Outras poucas, no entanto, já se encontram com longas hastes, prestes a começarem a produzir...
Raríssimas, porém, são as que já produzem sazonados frutos!...
Eis, na prática, o significado da Parábola do Semeador...
Na Revivescência do Evangelho, o Espiritismo é benfazeja chuva de ideias que o Senhor faz cair do Alto para tornar ainda mais fecunda a “gleba” de nossos pensamentos...
Como será que, na condição de “sementes”, estaremos respondendo ao zelo do Jardineiro Divino?!
Ansiamos por acordar, ou pretendemos permanecer em transe por mais longo tempo?!...
Não nos esqueçamos, por outro lado, que não nos bastará germinar e florescer...
Atentemos para o símbolo da Figueira Seca!
Aparência de bondade não é bondade.
Talvez, pior do que não germinar, seja germinar e se negar a produzir bons frutos...
Na
atualidade, a própria Natureza tem nos ensinado que o tempo, embora
eterno, se nos mostra, na Terra, cada vez mais condensado – árvores
frutíferas de enxertia começam a produzir mal tendo se erguido do
solo...
Os Pensamentos do Cristo incidem sobre os nossos à feição de Sublime Enxertia!
Não
esperemos, pois, crescer demasiado para começarmos a produzir o que nos
compete, porque potencialidade para tanto todas as “sementes” possuem.
Se
ainda não estamos algo a produzir, corremos o risco de, por nossa
própria conta, nos reduzirmos à condição da Figueira que secou até as
suas raízes – não porque não era tempo de figos, mas sim porque, à
margem do caminho, se contentara em ostentar apenas ramos e folhas!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de Fevereiro de 2014.
Fonte: http://inacioferreira-baccelli.zip.net/
sábado, 8 de fevereiro de 2014
JUSTIÇA E AMOR ..." Não permitas que a justiça de tua alma caminhe sem amor, para que se não converta em garra de violência. Ao pé dos maiores celerados da Terra, Deus colocou mães que amam, embora esses filhos desditosos de suas bênçãos lhes transformem a vida em fonte de lágrimas. Diante, pois, dos vencidos de todas as condições e de todas as procedências, não mostres desprezo, nem grites anátema."
JUSTIÇA E
AMOR
Emmanuel
Questão nº876
Sempre que te reportes à justiça, repara que
Deus a fez assistida pelo amor, a fim de que os caídos não sejam
aniquilados.
Terás contigo a lógica indicando-te os males
e o entendimento inspirando-te o necessário socorro aos que lhes sofrem o
assédio.
Onde passes, compadece-te dos vencidos que
contemples à margem...
Muitos pranteiam as ilusões que lhes
trouxeram arrependimento e remorso e muitos se levantam ainda sobre os
próprios enganos, à maneira de trapezistas inconscientes, ensaiando o
último salto ao precipício da morte.
Dir-te-ão alguns não precisarem de teu
consolo, fugindo-te à presença, com receio da verdade que te brilha na
boca, e outros, que desceram do poder renovador do trabalho, preferem
rolar no vício, descendo, mais cedo, os degraus do sepulcro.
Além deles, porém, surgem outros... Os que
desanimaram em plena luta, recolhendo-se ao frio da retaguarda, os que
enlouqueceram de sofrimento, os que perderam a fé por falta de vigilância,
os que se transviaram à mingua de reconforto e os que se abeiraram do
suicídio, tomados pelo superlativo do desespero...
Tentando dar-lhes
remédio, ergue o mundo penitenciárias e hospitais, reformatórios e
manicômios; no entanto, para ajudá-los, confere-te o Cristo a flama do
amor no santuário do coração.
Todos esses
padecentes da estrada têm algo para ensinar.
Os que tombam
esmagados de aflição induzem-te ao serviço pelo mundo melhor, e os que se
arrojam a monstruosos delitos falam, sem palavras, em. Louvor do
equilíbrio de que dispões, auxiliando-te a preservá-1o.
Não permitas que a
justiça de tua alma caminhe sem amor, para que se não converta em
garra de violência.
Ao pé dos maiores celerados da Terra, Deus
colocou mães que amam, embora esses filhos desditosos de suas bênçãos lhes
transformem a vida em fonte de lágrimas.
Diante, pois, dos vencidos de todas as
condições e de todas as procedências, não mostres desprezo, nem grites
anátema.
Não lhes conheces a história desde o
princípio e não percebes, agora, a causa invisível da dor que os degrada.
Ora e auxilia em silêncio, porque não sabes
se amanhã raiará teu instante de abatimento e de angústia, e manda a regra
divina façamos aos outros aquilo que desejamos nos seja feito.
Justiça sem amor é como terra sem água.
Recorda que o próprio Cristo, reconhecendo
que os vencedores do mundo habitualmente se inclinam à vaidade - perigosa
armadilha para quedas maiores -, preferiu nascer na palha dos que vagueiam
sem rumo, viver na dificuldade dos menos felizes e morrer na cruz
reservada às vítimas do crime e aos filhos da escravidão.
(De "Religião dos
Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
MATERIALISTAS "...Proclamam-se campeões da liberdade, e desprezam quem lhes não aceite o figurino mental. "
MATERIALISTAS
Emmanuel
Não podemos afirmar que os materialistas vêm
vindo...
Estão nos tempos modernos, por toda parte,
tentando inconscientemente apagar a luz do espírito.
Assestam telescópios na direção das
galáxias, e supõem resolver os enigmas do Universo pelas acanhadas
impressões dos cinco sentidos da esfera física.
Devotam-se aos mais altos estudos da
Psicologia transcendente, e atestam que o homem não passa de símio
complexo, sem maiores possibilidades de evolução.
Dizem que estamos longe de equacionar os
problemas do destino e do ser, e estabelecem padrões para a genética
humana, tomando por alicerce o comportamento de drosófilas e de ratos nas
atividades reprodutivas.
Asseveram que é preciso plasmar elites de
condutores, e dirigem-se à mocidade acadêmica subtraindo-lhe as noções da
alma, à feição de sorridentes carrascos da responsabilidade moral.
Destacam o imperativo da solidariedade, e
preconizam a sumária eliminação dos que nasçam doentes ou incapazes.
Proclamam-se campeões da liberdade, e
desprezam quem lhes não aceite o figurino mental.
Recomendam a investigação das questões do
espírito, e injuriam as inteligências sinceras e desassombra das que a
elas se afeiçoem.
Aconselham o respeito às religiões e, em vez
de ajudá-las no apostolado de amor pela extinção do sofrimento,
solapam-lhes a existência, a golpes de sarcasmos sutil.
Claro que não nos reportamos aos
pesquisadores respeitáveis, porque a ciência - matriz do progresso - será
sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando
experiências, diante da verdade.
Referimo-nos aos epicuristas de todas as
épocas, sejam eles autores de fulgurantes pensamentos destrutivos, em
alentados livros sobre a Natureza, ou meros conversadores de salão,
interessados nas sensações inferiores, a detrimento da sublimação íntima.
Desde as primeiras horas de nossa formação
doutrinária, os mensageiros do Cristo explicaram que o Espiritismo
contribuirá no aperfeiçoamento da Terra, anulando o materialismo, por
ensinar aos homens a dignificação do futuro, mantendo-os livres de seitas
e cores, castas e privilégios.
Temos, assim, a tarefa de conduzir para a
frente a bandeira da imortalidade, com o trabalho incessante que lhe é
conseqüente, mas, para atingirmos a meta, é imperioso se disponha cada um
de nós a viver em si mesmo os princípios que prega, com a obrigação de
servir e com o dever de estudar.
Do livro Religião dos Espíritos. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
NA HORA DA CRISE
Emmanuel
Reunião pública de 05/10/59.
Questão 466 (Livro dos Espíritos)
Na hora da crise, emudece os lábios e ouve
as vozes que falam, inarticuladas, no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o presente
que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no
coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos
adversários, na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da
responsabilidade que nos vibra na consciência.
Diz o mundo: Acomoda-te como puderes.
Pede o Cristo: Levanta-te e anda
Diz o mundo: Faze o que desejas.
Pede o Cristo:Não peques mais
Diz o mundo: Destrói os opositores.
Pede o Cristo: Ama os teus inimigos.
Diz o mundo: Renega os que te incomodem.
Pede o Cristo:Ao que te exige mil
passos,caminha com ele dois mil.
Diz o mundo:Apega-te a posse.
Pede o Cristo: Ao que te rogue a túnica cede
também a capa.
Diz o mundo:Fere a quem te fere.
Pede o Cristo: Perdoa sempre.
Diz o mundo: descansa e goza.
Pede o Cristo:avança enquanto tem luz.
Diz o mundo:Censura como quiseres.
Pede o Cristo: Não condenes.
Diz o mundo: Não repare os meios para
alcançar os fins.
Diz o Cristo: Serás medido pela medida que
aplicares aos outros.
Diz o mundo: Aborrece os que te aborreçam.
Pede o Cristo:Ora pelos que te perseguem e
caluniam.
Diz o mundo: Acumula ouro e poder para que
te faças temido.
Diz o Cristo: Provavelmente nesta noite
pedirão tua alma e o que amontoaste para quem será?
Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se, de algum
modo, à coisa vista.
Não precisas, assim, sofrer longas
hesitações nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo, ouçamos
o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo
certo.
(De "Religião dos
Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 138
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