MATERIALISTAS
Emmanuel
Não podemos afirmar que os materialistas vêm
vindo...
Estão nos tempos modernos, por toda parte,
tentando inconscientemente apagar a luz do espírito.
Assestam telescópios na direção das
galáxias, e supõem resolver os enigmas do Universo pelas acanhadas
impressões dos cinco sentidos da esfera física.
Devotam-se aos mais altos estudos da
Psicologia transcendente, e atestam que o homem não passa de símio
complexo, sem maiores possibilidades de evolução.
Dizem que estamos longe de equacionar os
problemas do destino e do ser, e estabelecem padrões para a genética
humana, tomando por alicerce o comportamento de drosófilas e de ratos nas
atividades reprodutivas.
Asseveram que é preciso plasmar elites de
condutores, e dirigem-se à mocidade acadêmica subtraindo-lhe as noções da
alma, à feição de sorridentes carrascos da responsabilidade moral.
Destacam o imperativo da solidariedade, e
preconizam a sumária eliminação dos que nasçam doentes ou incapazes.
Proclamam-se campeões da liberdade, e
desprezam quem lhes não aceite o figurino mental.
Recomendam a investigação das questões do
espírito, e injuriam as inteligências sinceras e desassombra das que a
elas se afeiçoem.
Aconselham o respeito às religiões e, em vez
de ajudá-las no apostolado de amor pela extinção do sofrimento,
solapam-lhes a existência, a golpes de sarcasmos sutil.
Claro que não nos reportamos aos
pesquisadores respeitáveis, porque a ciência - matriz do progresso - será
sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando
experiências, diante da verdade.
Referimo-nos aos epicuristas de todas as
épocas, sejam eles autores de fulgurantes pensamentos destrutivos, em
alentados livros sobre a Natureza, ou meros conversadores de salão,
interessados nas sensações inferiores, a detrimento da sublimação íntima.
Desde as primeiras horas de nossa formação
doutrinária, os mensageiros do Cristo explicaram que o Espiritismo
contribuirá no aperfeiçoamento da Terra, anulando o materialismo, por
ensinar aos homens a dignificação do futuro, mantendo-os livres de seitas
e cores, castas e privilégios.
Temos, assim, a tarefa de conduzir para a
frente a bandeira da imortalidade, com o trabalho incessante que lhe é
conseqüente, mas, para atingirmos a meta, é imperioso se disponha cada um
de nós a viver em si mesmo os princípios que prega, com a obrigação de
servir e com o dever de estudar.
Do livro Religião dos Espíritos. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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