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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

AUTISMO


O autista vive num mundo próprio, fechado em si mesmo, evitando o contato e qualquer tentativa de acesso ao seu interior. O autismo é um desenvolvimento inadequado da criança ocorrido antes que ela complete três anos, e que o acompanha por toda a vida. As estatísticas contam 20 casos em cada 10 mil nascidos.
No passado, alguns pesquisadores imaginaram uma mãe negligente, fria o bastante para comprometer o desenvolvimento de seu filho, como causa do autismo. Mas esta é uma conclusão preconceituosa e até ofensiva aos pais.
Felizmente as evidências afastam essa hipótese: "Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença", afirma a Autism Society of América - ASA".
"A CIÊNCIA NÃO DESCOBRIU A CAUSA DO AUTISMO,
E ATÉ HOJE NÃO HÁ UM TRATAMENTO QUE ALCANCE
A CURA".
A ciência não descobriu a causa do autismo, e até hoje não há um tratamento que alcance a cura. O escritor Hermínio Miranda fez uma pesquisa profunda e dedicada sobre o assunto que se tornou um grande sucesso editorial, "Autismo - uma leitura espiritual". Na Bienal do Livro de 2000, em São Paulo, SP, Hermínio foi surpreendido por dezenas de crianças e adultos entusiasmados envolvendo-o carinhosamente.
Era um grupo de autistas com seus pais, consolados e esclarecidos pela leitura do livro, prestando ao autor uma comovente e merecida homenagem. Nessa obra, cuja leitura recomendamos, Hermínio diz: "O autismo continua sendo um desafio, um enigma, uma esfinge. De minha parte, estou convencido de que alguns dos seus aspectos nucleares somente se abrirão ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual no modelo com o qual abordamos".
Segundo o pesquisador, a causa seria "um sentimento de culpa não resolvido, suscitado por um desvio de comportamento", ocorrido em vidas passadas. Contudo, o autismo não é um castigo, mas um instrumento de aprendizado, de "ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar", conforme explicou Hermínio, no livro.
A ciência não fará progressos apenas esmiuçando o cérebro célula a célula. O materialismo é um véu posto entre a realidade e os olhos dos ciestistas. Finalizamos com as lúcidas palavras de Hermínio: "Estou convencido de que avanços mais significativos na melhor definição da etiologia do autismo continuem na dependência da aceitação do ser humano com entidade espiritual preexistente, sobrevivente e reencarnante.
Essa realidade precisa ser aceita em bloco, sem mutilações.
Editorial - R.C.E.
AUTISMO: UMA QUESTÃO DE ECTOPLASMA?
O Médico Espírita desperta nas pessoas uma esperança de que pode solucionar as mais difíceis patologias da medicina, e talvez tenham razão. Quando nós, médicos espíritas, exercitamos com mais consciência e fé a nossa mediunidade intuitiva, ou seja, aprendemos a permanecer conectados, através da expansão de consciência, com o indispensável mundo paralelo onde as equipes espirituais, nossos mestres, nos ensinam ou nos querem ensinar como desvendar os mistérios ou dificuldades da medicina e de todas as ciências do Planeta.

Foi através do exercício ou expansão da consciência, através da sensibilidade dos médiuns de nosso grupo de estudo, é que tivemos êxito com o caso do menor Rafael, um autista, filho de mãe desquitada, pobre, que sobrevive de lavados domésticos; o qual após peregrinar por vários consultórios médicos e instituições psiquiátricas, chegou ao nosso atendimento fraterno, às quintas-feiras no Centro Espírita Lar de Jesus, já com diagnóstico médico de Autismo, mostrando total desligamento da realidade cognitiva, olhar distante, balbuciando ocasionalmente alguns ruídos, entendidos com grande dificuldade por sua mãe.
Rafael chegou ao nosso atendimento com dez anos de idade e sua mãe dona Maria de Jesus, desesperançada quanto à saúde mental de seu filho. Nós a encorajamos a ter fé, acreditatando no amparo divino através das equipes espirituais que assistem a todo o Planeta dirigido pelo nosso mestre Jesus. Daí então, nós encaminhamos o garoto para tratamento de desobsessão, já que, além de Autista, a percepção de vibrações de baixa frequência era evidente.

Na cabine de passe, aplicamos durante seis meses, uma vez por semana, às quintas-feiras, deitado em uma maca, o que chamamos de Realinhamento de Chacras ou técnica das polaridades, usada em nossa clínica particular Núcleo de Terapia Transpessoal.

Vou citar um caso que ocorreu na clínica, para explicar porque usamos a técnica de Realinhamento de Chacras em Rafael. Certa vez, uma paciente entrou em nosso consultório com forte crise de cefaléia crônica, a qual usava há quatro anos potentes analgésicos e antidepressivos, medicados pela clínica psiquiátrica, mostrando no seu rosto profundo e doloroso sofrimento. Foi levada por mim a deitar-se no divã, onde fiz a pergunta: como a dor de cabeça naquele momento era representada?
A paciente logo entrou em regressão, vivenciando uma cena de tortura em que sua cabeça era comprimida por uma prensa em forma de arco, em torno de sua cabeça, vindo a desencarnar por esmagamento do crânio, causa de sua dor de cabeça. No término da sessão, a dor de cabeça tinha desaparecido, mostrando ela agora a face descontraída e feliz. Quando pedi para a paciente levantar-se e ir ao encontro de seu esposo, que a aguardava na sala de espera, a paciente de pé, próxima ao divã, parou e me disse: "Doutor, não consigo sair deste lugar".
Eu insisti, mas a mesma repetiu que não conseguia andar, eu então pensei: "e agora! O marido esperando lá fora..." Foi então que mais uma vez, fora as outras centenas de vezes, o telefone espiritual, através de nossa mediunidade intuitiva, alertou-me que aquela paciente acabara de incorporar, conectar com uma entidade, sendo também uma médium consciente. Aliviei os músculos, a tensão, e mais facilmente veio o intercâmbio, me trazendo uma nova solução para aquela situação sem precisar doutrinar a entidade, já que aquela senhora não era espírita, e parecia assustada.

O recém-chegado colega Cícero Vasques, da sala ao lado, que trabalha com Massoterapia, Reiki, Realinhamento de Chacras, e sabendo eu que entidades errantes se conectam através do Chacra Esplênico, fez-me lembrar que um realinhamento desconectaria a entidade do médium, e foi então que pela primeira vez e com a ajuda do prof. Cícero Vasques, o qual, solicitado por mim, aplicou o realinhamento, obtivemos êxito imediato, após o último movimento da técnica.
Voltou a paciente de súbito à sua consciência de vigília, resolvendo assim esse novo desafio. Em seguida, agradecemos a assistência espiritual. Passamos então, a partir desse dia, a aplicar nos pacientes ditos pré-psicóticos ou incorporados a técnica do Realinhamento de Chacras, para desconectar o agente teta que, através da elevação da frequência vibratória do paciente, por um melhor fluir da energia vital, facilitando a abertura de seus Chacras, mantêm a entidade desconectada pelo menos por 48 horas, enquanto se faz uma outra abordagem terapêutica.

Voltando ao caso de Rafael, foi essa técnica que aplicamos com a intenção de ajudá-lo a retornar ao seu próprio corpo físico, já que o autista mantém-se dissociado de seu corpo por escassez de ectoplasma, informação essa passada a nós em reunião mediúnica por equipe científica do plano espiritual, que nos orientou desde o início do tratamento a manter o Realinhamento dos Chacras em Rafael, mas com a participação principalmente de médiuns de efeito físico ou de sustentação de nossa equipe de desobsessão, com a finalidade de doar o ectoplasma necessário ao acoplamento total de Rafael ao seu corpo físico, o qual, a cada das sessões seguintes, mostrava-se centrado mais no presente, passando então a falar e procurar pelas pessoas do atendimento fraterno.

Já está com um ano que Rafael entrou numa escola especial, já sabe ler, o que aprendeu a fazer sozinho, e também já escreve com boa caligrafia, e já se compreende o que ele fala e seus desenhos expressam com clareza seu pensamento, mostrando grande inteligência, principalmente através de seus desenhos arquitetônicos de fachadas de edifícios.

Na impossibilidade de ir à escola por dificuldade de transporte, Rafael se aborrece e se agita desesperadamente. Ele gosta de ir a escola porque é lá que ele tem aprendido a desenvolver boa comunicação e relacionamento interpessoal. Já estamos com o segundo caso de Autismo, há um mês e meio e com seis sessões de desobsessão e realinhamento, observamos excelente resultado no garoto. Sua mãe, senhora esclarecida e de nível superior, também já nos falou da visível melhora com esse tratamento, após ter andado por várias capitais e instituições do País, sem resultado evidente.
O seu depoimento é que o filho G..., nunca, em lugar algum, teve um avanço expressivo, como com essa abordagem terapêutica, feita por um grupo de sensitivos encarnados e desencarnados. A sua maior alegria, nesses últimos dias, foi o fato de seu filho ter falado pela primeira vez formando frases, o que não acontecia antes, pois era monossilábico, o que dificultava a sua comunicação, levando-o a chorar com frequência quando queria ser entendido e não conseguia.

Portanto, fica aqui o nosso estímulo para que continuemos exercitando a conexão com nossos irmãos sábios e bondosos que nos assistem e torcem pelo nosso sucesso.

COMUNICAÇÃO COM OS RECÉM-NASCIDOS

Por ser psicoterapeuta há seis anos e médico pediatra há 20 anos e trabalhar no berçário da Maternidade Dona Evangelina Rosa, passei, durante os meus plantões semanais, a ter comunicação com os recém-nascidos, tentando obter deles respostas convincentes de que estavam me ouvindo e me entendendo. Isso porque, nas regressões de memória feitas em adultos, os mesmos relatavam minúcias de sua vida intra-uterina, citando pensamentos, sentimentos e emoções de sua mãe e mesmo das pessoas ao seu redor.

Tive uma cliente que, vivenciando sua vida intra-uterina, descobriu que sua mãe não era sua mãe biológica, mas sim adotiva. A sua mãe biológica era prostituta, e até a estampa da roupa da sua parteira ela relatou. Quando chegou em casa, confirmou a veracidade de sua experiência, causando assim fortes emoções que foram equilibradas nas sessões seguintes.

As minhas próprias experiências de vida intra-uterina reforçaram minha convicção de que aqueles recém-nascidos podiam me entender e se comunicar comigo. Foi o que fiz e faço há mais de quatro anos. No início tive que conversar com os recém-nascidos, e ao mesmo tempo filmar, documentar a experiência, pois o pessoal da enfermagem, sabendo que sou espírita e ao solicitar ajuda na filmagem, se negavam dizendo: "Doutor, eu não gosto dessas coisas não".
Tive que fazer tudo só, mas com o passar das experiências e elas (enfermeiras), mesmo à distância presenciando os resultados positivos das comunicações com os recém-nascidos, passaram a se aproximar, me auxiliando e também conversando com os mesmos e descobrindio os seres que, embora pequenos e frágeis, são inteligentes e conscientes do que acontece ao seu redor.

A comunicação com os recém-nascidos é feita com minha apresentação, aos mesmos, como médico do plantão, e digo que sua permanência no berçário ou incubadora, longe de sua mãe, não é porque ela queira, mas porque os mesmos estão se adaptando ao corpo físico, que está nesse momento debilitado ou imaturo. Faço uma programação positiva pedindo aos mesmos que não se deixem agredir por bactérias, vírus ou fungos e que desenvolvam seu sistema imunológico, pois eles não estão sós, e podem fazer isso.
E digo em seguida: "se você estiver me ouvindo e entendendo, me dê uma resposta: movimente seu braço direito, esquerdo, abra os olhos, movimente a perna direita, esquerda etc.". Insisto uma, duas, três, cinco ou dez vezes, dependendo do estado do recém-nascido ou do meu próprio, mas sempre me dão uma resposta, movimentando o membro solicitado ou fazendo a expressão pedida. A dificuldade nas respostas é comum com os recém-nascidos nas primeiras 24 horas, talvez devido à ocitocina que, após o parto, deprime tanto a mãe como o recém-nascido.

Com esses resultados, o respeito, os cuidados, a atenção aos recém-nascidos foram dobrados e mantidos. As agressões verbais aos recém-natos, devidas ao cansaço do corpo clínico da maternidade e por razões conhecidas nossas, foram superadas em atenção aos pequeninos seres, reconhecidos com inteligência desde a fecundação e com certeza, para uns, antes disso, extremamente sensíveis ao que se passa e se fala ao seu redor.

O resultado não podia ser outro senão a recuperação mais rápida e eficiente de sua saúde, mesmo nos casos mais graves do berçário como as septicemias e membrana hialina. O resultado positivo dobrou, quando passamos a convocar os pais e a ensiná-los a se comunicar e programá-los positivamente.

A nossa sensibilidade ou mediunidade, favorecida pelo nosso estado mental e espiritual, é fundamental para acessarmos o campo mental do recém-nascido e de todos os seres. Os colegas médicos e assistentes que melhor se comunicam com os recém-nascidos são exatamente aqueles mais religiosos, que fazem suas orações, lêem o evangelho e meditam nas mais diversas religiões.
Dr. José Ribamar Tourinho - A.M.E. - Brasil

Maria de Betânia.(...)Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama...

"MARIA ERA AQUELA QUE O TINHA UNGIDO COM UNGUENTO
E LHE TINHA ENXUGADO OS PÉS COM SEUS CABELOS".
(JOÃO 11:2)
Quando demandava a aldeia de Betânia, Jesus Cristo tinha por hábito visitar Lázaro, que ali morava em companhia de suas duas irmãs: Marta e Maria. Numa dessas visitas, enquanto Marta se preocupava com os afazeres da casa, Maria se assentou aos pés do Mestre, que conversava com um grupo de pessoas, e ali ficou aprendendo os maravilhosos ensinos que brotavam dos seus lábios.

Marta, não se conformando com a situação, indagou do Senhor: Mestre! não te parece razoável que Maria viesse ajudar-me nos trabalhos de casa?, ao que o Nazareno retrucou incontinente: Marta, tu te preocupas com as coisas transitórias, Maria escolheu a melhor parte, a qual jamais lhe será tirada.

Na realidade, Maria jamais poderia perder a oportunidade ímpar que se lhe oferecia de ouvir os consoladores ensinamentos do Mestre, ensinamentos esses que conflitavam profundamente com tudo aquilo que ela estava habituada a ouvir dos escribas, pois, enquanto estes, escudando-se nos códigos rígidos estabelecidos por Moisés, proclamavam a pena de talião, ou seja, a lei do olho por
olho, dente por dente, o Senhor prescrevia a necessidade de perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes. Enquanto o Deuteronômio, um dos livros de Moisés, prescrevia uma série de regras brutais e aberrantes, mandando apedrejar mulheres adúlteras e filhos rebeldes, ali estava o recomendando que se deveria perdoar até os próprios inimigos.

As narrativas evangélicas sobre Maria de Betânia diferem ligeiramente nos quatro evangelhos: João, em seu Evangelho, afirma que Jesus estava na casa de Lázaro após a chamada ressurreição deste, na aldeia de Betânia, e Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. Maria, tomando de um arrátel de unguento de nardo puro, de muito valor, ungiu os pés do Senhor, enxugando-os com seus cabelos, enchendo-se a casa com o cheiro do perfume.

Mateus e Marcos afirmam que, estando Jesus em Betânia, na casa de Simão o leproso, aproximou-se uma mulher portando um vaso de alabastro, com unguento de elevado valor, derramando-o sobre a sua cabeça enquanto ele estava assentado à mesa. Lucas, no entanto, sustenta que Jesus estava à na casa de Simão, o fariseu, quando uma pecadora da cidade (Lucas, 7:36-50), levando consigo um vaso de alabastro com unguento e estando a seus pés, chorando começou a regá-los com lágrimas, e beijando-os, enxugava os com seus cabelos e ungia-os com unguento.

Simão, o fariseu, observando aquele estranho espetáculo, dizia em seu íntimo: Se este fora realmente profeta bem saberia que a mulher que está a seus pés é uma pecadora. Notando o pensamento negativo que se aninhara no coração do homem que o hospedara, o Mestre ponderou: Simão, uma coisa tenho a dizer-te: um certo credor tinha dois devedores, um devia-lhe quinhentos dinheiros, e o outro cinquenta. E não tendo eles com que lhe pagar, perdoou a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
Simão pensou um pouco e respondeu: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou! Esta resposta mereceu franca aprovação por parte de Jesus: Julgaste bem. Em seguida o Senhor acrescentou, dirigindo-se a Simão: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés, mas esta os regou com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos. Não me deste desculpa, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. Alguns apóstolos, dentre eles Judas Iscariotes, passaram a criticar a ação da mulher, dizendo que poderia ter vendido aquele perfume por alto preço e dado o dinheiro aos pobres, ao que o Mestre retrucou: Os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Aditando ainda: Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que fez essa mulher, para memória sua. Esta passagem evangélica enseja-nos a oportunidade de aprender um maravilhoso ensinamento, deixando entrever, mais uma vez, o empenho de Jesus em salientar a excelência da caridade e do perdão, exaltando os aspectos positivos que sempre são encontrados na vida de criaturas pecadoras.
Paulo A. Godoy
Livro: Crônicas Evangélicas.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 51

 
A.K.: O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constituiu tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo.
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comentários de Miramez
 
 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 50

 
“Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.”
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Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 49

 
 
Existem leis organizadas no universo, modificadas para cada casa planetária, de acordo com a sua própria evolução, e essas leis são vigiadas pelas inteligências superiores, que as abrem em misericórdia, quando necessário, e impõem a justiça, quando é preciso. O "ninguém recebe o que não merece" é uma verdade absoluta em todas as dimensões da vida, e é neste sentido que o Evangelho nos concita ao amor e à caridade, na extensão infinita do bem, para que esse bem volte a nós enriquecido pelas fulgurações da fraternidade. Quando temos de falar de "O Livro dos Espíritos" detalhadamente, como ocorre neste caso, haveremos de repetir muitos assuntos e, nesta repetição, os valores são aflorados, como que nos favorecendo a oportunidade de um aprendizado mais seguro e um estudo mais amplo sobre os assuntos ventilados.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 48

 
 
Esse desequilíbrio que notamos na economia de uma nação, e certamente na Terra, é prova evidente dos desequilíbrios das criaturas. É o c arma pesado, individual e coletivo, da humanidade. A solução é a mudança de costumes dos homens, é a transformação dos conceitos da vida, é começar na grande escola que existe e que se chama lar. Ele é, pois a célula que pode garantir a harmonia de todos os povos, se o Evangelho for vivido dentro dele. O culto do Evangelho no lar é o primeiro passo para o despertamento espiritual. Ao nascer, a criança recebe as primeiras sugestões do Amor através dos ensinamentos do Cristo, e essa criança vai crescendo envolvida na dignidade e no dever, no amor de uns para com os outros, dedicando-se à caridade por onde passar. Encontraremos, então, uma juventude esclarecida, com uma visão maior do futuro. E neste regime poderá aparecer o novo homem na Terra, o homem de luz, que desconhece as trevas. As escolas que o orientam são escolas de paz.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 47

 
 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Parábola do Filho Pródigo

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
(Lucas, capítulo 15º, versículos 11 a 32)




Um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar.
Um dia, o mais moço disse ao seu pai:
— Papai, dá-me a parte da tua riqueza que me pertence. Eu desejo correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente...
O velho pai, diante desse pedido, repartiu com am­bos os seus haveres, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna.



Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal.



Esse moço, infelizmente, não era ajuizado. Mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuia. Durante mui­tos dias não fez senão desperdiçar tudo que tinha. Buscou a companhia de outros rapazes desajuizados e consumiu toda a sua fortuna em bebidas, teatros e passeios.


Um dia, viu que a última moeda havia desaparecido e se achava na mais absoluta miséria.
Foi nessa época que uma grande seca reduziu aquele país a uma situação tristíssima. Com a seca, veio a fome. Mesmo nos lares ricos havia falta de pão. A miséria se estendeu, desoladora...


O pobre rapaz, então, buscou um homem daquele país, contou-lhe sua desgraça e pediu-lhe a esmola de um emprego qualquer, mesmo que fosse o pior servi­ço. E o homem desconhecido o enviou para seus cam­pos a fim de guardar porcos. Os porcos se alimen­tavam de alfarrobas, que são frutos de uma árvore chamada alfarrobeira; mas, nem mesmo desses fru­tos davam ao pobre moço. Os porcos se alimenta­vam melhor do que ele!


Foi então que o moço começou a pensar no que havia feito com seu bondoso pai, tão amigo, tão com­preensivo, tão carinhoso... Refletiu muito... Como fora mau e ingrato para com seu paizinho! Como fora também ingrato para com Deus, desrespeitando o Seu Mandamento, que manda honrar os pais ter­renos... Sofrendo a conseqüência de seu pecado, o pobre rapaz arrependeu-se sinceramente de sua in­gratidão e de seus dias vividos no erro e no vício...
E pensou, então, entre lágrimas:
— Na casa de meu pai há muitos trabalhadores e todos vivem felizes pelo trabalho honesto. Vivem com abundância de pão e tranqüilidade... E eu, aqui, morrendo de fome!... Não, não continuarei aqui. Voltarei para minha casa, procurarei meu pai e lhe direi: “Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti; não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um simples empregado de tua casa ...
E o moço, como pensou, assim fez.
Abandonando o país estrangeiro, regressou àsua pátria e ao seu lar. Foi longa, difícil e triste a volta, pois ele não mais dispunha de dinheiro para as despesas de viagem. Passou muitas necessidades, sofreu fome e frio, dormiu nas estradas e nas flores­tas... Nunca abandonou, porém, a idéia de que vol­tar para casa era seu primeiro dever.
Finalmente, chegou ao seu antigo lar. Antes, porém, de atingir sua casa, seu velho pai o avistou de longe e ficou ainda mais compadecido, ao ver o filho naquele estado de grande miséria. Seu coração pa­terno, que nunca esquecera o filho ingrato, era todo piedoso. O bondoso pai correu, então, ao encontro do moço. E abraçando-o fortemente, beijou-o com imenso carinho.
Nesse momento, com lágrimas nos olhos, o filho disse ao seu pai compassivo:
— Meu pai, pequei contra o Céu e perante ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Quero ser um empregado de tua casa...
O bondoso pai, porém, que nunca deixou de amar seu filho, disse aos empregados da casa:
— Depressa! Tragam a melhor roupa para meu filho, preparem uma refeição para ele. Tragam-lhe calçado novo! Comamos todos juntos e alegremo­-nos, porque este meu filho estava perdido e foi acha­do, estava morto e reviveu!

E todos os servos e empregados da casa atende­ram imediatamente o velho pai e houve imensa ale­gria naquele grande lar.
O filho mais velho, porém, não estava em casa.


Achava-se trabalhando no campo. Quando voltou e viu aquela grande movimentação no interior da casa e ouviu as belas canções que os músicos acompanha­vam com seus instrumentos, chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo.
O servo respondeu:
— Foi teu irmão que chegou. Teu pai, de tão alegre e feliz, mandou que preparássemos uma ceia e uma festa, porque o jovem voltou são e salvo.
O filho mais velho, cheio de ciúme, revoltou-se contra a bondade de seu pai e não quis entrar em casa.
Em vão, o velho pai chamou-o. Mas, ele lhe res­pondeu:
— Meu pai, há muitos anos que te sirvo, sem nunca te desobedecer e nunca preparaste uma ceia para mim e meus amigos. Mas, para meu irmão, que gastou teu dinheiro nas orgias, em terra estrangeira, tu lhe preparas uma grande festa...
O bondoso pai, querendo vencer a revolta do filho, desviá-lo do seu ciúme e incliná-lo à bondade e ao perdão, disse-lhe:
— Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo que émeu é teu também. Mas, é justo que nos alegremos com a volta de teu irmão, que é também meu filho como tu. Lembra-te de que ele estava perdido e foi achado. Estava morto e reviveu para nosso amor e para nosso lar.
* * *
Querida criança: certamente você entendeu tudo que o Senhor nos quer ensinar com a Parábola do Filho Pródigo.
Deus é como o Bondoso Pai da história. Deus é bom, supremamente bom e está sempre disposto a receber Seus filhos arrependidos. É preciso, contudo, que o arrependimento seja verdadeiro como o do fi­lho caçula da história.
Percebeu como foi triste para o moço abandonar seu pai e seu lar? Viu como ele sofreu no país estran­geiro, onde nem mesmo teve as alfarrobas que os porcos comiam?
Assim acontece também com as almas que aban­donam os retos caminhos de Deus. Sofrem muito, pois quem se afasta do dever e da virtude conhecerá, mais cedo ou mais tarde, as dores do remorso e as tristezas da vida.
Arrependendo-se sinceramente, no entanto, Deus o escuta e usa de bondade a alma arrependida, como o pai da parábola, que é um símbolo de nosso Pai do Céu.
Que você se conserve no bom caminho, meu fi­lho. Mas se sentir que pecou contra Deus ou contra os homens, arrependa-se com a mesma humildade do filho pródigo. Nunca imite o filho mais velho da história, que era ciumento e orgulhoso e não teve compaixão do próprio irmão arrependido.
Deus é nosso Pai Compassivo e Eternamente Amigo. Não nos ausentemos nunca de Seu Amor. Mas, se errarmos, corramos para Ele, na estrada da oração sincera, com o coração arrependido e disposto a não errar mais. Ele nos ouvirá e virá ao nosso encontro, porque não há ninguém tão bom quanto Deus. Nem há quem nos ame tanto quanto Ele.

*Fonte: Histórias que Jesus contou, Clóvis Tavares; imagens retiradas da internet.

Fonte retirada: Evangelização Espírita Infantil

O Exemplo da Fonte. (...)"– Veja o exemplo da fonte, que auxilia a todos, sem perguntar, e que nunca se detém até alcançar a grande comunhão com o oceano.../(...)Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoístas. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos..."

 -O Exemplo da Fonte
Um estudante da sabedoria, rogando ao seu instrutor lhe explicasse
qual a melhor maneira de livrar-se do mal, foi por ele
conduzido a uma fonte que deslizava, calma e cristalina, e, seguindo-
lhe o curso, observou:
– Veja o exemplo da fonte, que auxilia a todos, sem perguntar,
e que nunca se detém até alcançar a grande comunhão com o
oceano. Junto dela crescem as plantas de toda a sorte, e em suas
águas dessedentam-se animais de todos os tipos e feitios.
Enquanto caminhavam, um pequeno atirou duas pedras à corrente
e as águas as engoliram em silêncio, prosseguindo para
diante.
– Reparou? – disse o mentor amigo – a fonte não se insurgiu
contra as pedradas. Recebeu-as com paciência e seguiu trabalhando.
Mais à frente, viram grosso canal de esgoto arremessando detritos
no corpo alvo das águas, mas a corrente absorvia o lodo
escuro, sem reclamações, e avançava sempre.
O professor comentou para o aprendiz:
– A fonte não se revolta contra a lama que lhe atiram à face.
Recolhe-a sem gritos e transforma-a em benefícios para a terra
necessitada de adubo.
Adiante ainda, notaram que, enquanto andorinhas se banhavam,
lépidas, feios sapos penetravam também a corrente e pareciam
felizes em alegres mergulhos.
As águas amparavam a todos sem a mínima queixa.
O bondoso mentor discípulo e terminou:
– Assinalemos o exemplo da fonte e aprenderemos a libertarnos
de qualquer cativeiro, porque, em verdade, só aqueles que
marcham para diante, com o trabalho que Deus lhes confia, sem
se ligarem às sugestões do mal, conseguem vencer dignamente na
vida, garantindo, em favor de todos, as alegrias do Bem Eterno.

Livro: Pai Nosso - Memei/Chico Xavier
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Evangelho Segundo O Espiritismo ( Leis de Amor)


Fénelon
Bordeaux, 1861
9. O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. É um fato que tendes podido constatar muitas vezes: o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser ou um objeto qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de todas as vicissitudes, atingindo freqüentemente alturas sublimes.
Disse por um ser ou um objeto qualquer, porque existem, entre vós, indivíduos que dispensam tesouros de amor, que lhes transbordam do coração, aos animais, às plantas, e até mesmo aos objetos materiais. Espécies de misantropos a se lamentarem da humanidade em geral, resistem à tendência natural da alma, que busca em seu redor afeição e simpatia. Rebaixam a lei do amor à condição do instinto. Mas, façam o que quiserem, não conseguirão sufocar o germe vivaz que Deus depositou em seus corações, no ato da criação. Esse germe se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência, e embora freqüentemente comprimido pelo egoísmo, é a fonte das santas e doces virtudes que constituem as afeições sinceras e duradouras, e que vos ajudam a transpor a rota escarpada e árida da existência humana.
Há algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela idéia de que outros participarão das simpatias afetivas de que são coisas. Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoístas. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e difícil, mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Jesus disse: "amai ao vosso próximo como a vós mesmos"; ora, qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é toda a humanidade! Nos mundos superiores, é o amor recíproco que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para a sua transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei sublime, reflexo da própria Divindade.
Os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais viciosos deverão reformar-se, quando presenciarem os benefícios produzidos pela prática deste princípio: "Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes".
Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um ímã a que ele não poderá resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes dessa virtude, que estão latentes em vossos corações. A Terra, morada de exílio e de provas, será então purificada por esse fogo sagrado, e nela se praticarão a caridade, a humildade, a paciência, a abnegação, a resignação, o sacrifício, todas essas virtudes filhas do amor. Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João Evangelista. Sabeis que, quando a doença e a velhice interrompem o curso de suas pregações, ele repetia apenas estas doces palavras: "Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros!"
Queridos irmãos, utilizai com proveito essas lições: sua prática é difícil, mas delas retira a alma imenso benefício. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço: "Amai-vos", e vereis, muito em breve, a Terra modificada tornar-se um novo Eliseu, em que as almas dos justos virão gozar o merecido repouso.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Frutos da delinquencia.(...)O delinqüente deve sempre ser considerado um espírito enfermo, padecendo injunções alienantes que o levam ao delito... , (...)Delinqüem, também, os que exploram a ingenuidade dos jovens, arrojando-os nos antros da perdição; os que usurpam as parcas moedas do povo, no comércio escorchante de mercadorias de primeira necessidade; os profissionais liberais, que anestesiam a dignidade, falseando o juramento que fizeram de prometer servir e honrar o sacerdócio que abraçam...(...)os que traem os afetos que lhes dedicam confiança e respeito; os maus administradores, que malversam os valores públicos e deles se utilizam a benefício próprio, dos seus êmulos e pares; os que conspiram, à socapa, contra as obras de benemerência e amor; e muitos, muitos outros que são arrolados como dignos de bom conceito e que, certamente, não cairão incursos nas legislações humanas, porque disfarçados de homens probos, bem aceitos e acatados... Eles, todavia, sabem das próprias culpas, que dissimulam com habilidade. A consciência despertará, por mais se demore em conivência com a má aplicação dos recursos da inteligência e da saúde de que se fazem dotados....

Frutos da delinquencia.
O delinqüente deve sempre ser considerado um espírito enfermo, padecendo injunções alienantes que o levam ao delito.
Não obstante, cumpre à sociedade o dever de ensejar-lhe a reeducação e o tratamento, quando colhido nas malhas da Lei.
Afastá-lo do convívio social, trabalhando pela sua reabilitação, a fim de que se transforme em cidadão útil, que contribua para o progresso da Humanidade, quanto à própria evolução moral, é dever impostergável de quantos pautam a vida pelos códigos de ética e de dignidade.
Evitar-se aplicar no infrator os mesmos processos violentos de que ele usa para colimar os seus objetivos malsãos, constitui uma atitude de civilidade e cultura superiores.
Impedir-se a usança de técnicas da agressividade ou da corrupção, ou os métodos da punição física, da coerção moral, da lavagem cerebral, significa utilização da Justiça que se propõe a soerguer o infeliz, embora implicitamente aplicando-lhe as penalidades que funcionam, como terapia retificadora e edificante.
O delinqüente nem sempre se origina dos sórdidos guetos e favelas, onde fermenta o caldo de cultura da desagregação da personalidade, locais de fomento ao crime em razão dos fatores sócio-morais e econômicos que constringem e alucinam os que ali se encontram, mas de muitas
outras comunidades e lares dignamente constituídos.
Crimes repulsivos e hediondos, agressões revoltantes e homicídios dantescos, furtos e roubos acompanhados de estupros e lamentáveis perversidades, lutas físicas e chantagens impiedosas, lenocínios e viciações toxicômanas apresentam altas e alarmantes taxas da delinqüência que ora assola a Terra e dizima multidões em desespero...
Diante, no entanto, de delinqüentes de tal jaez, tenta o amor fraternal, revidando-lhes a impiedade com a onda positiva de que o amor se faz portador. No entanto, se o amor ainda não domina os teus sentimentos, a ponto de facultar-te a reação não agressiva, unge-te de compaixão e a piedade diluirá a violência que te assoma, alcançando o infrator que te fere, apagando as marcas da mágoa, que teimam por insculpir no teu íntimo como desejo de desforço.
Não são, porém delinqüentes, somente, aqueles que se armam de agressividade, e, loucos, disseminam o medo, o crime brutal, aparvalhante.
Delinqüem, também, os que exploram a ingenuidade dos jovens, arrojando-os nos antros da perdição; os que usurpam as parcas moedas do povo, no comércio escorchante de mercadorias de primeira necessidade; os profissionais liberais, que anestesiam a dignidade, falseando o juramento que fizeram de prometer servir e honrar o sacerdócio que abraçam, indiferentes, porém, aos problemas dos clientes, protelando suas soluções a custa de largas somas com que constroem sólidas fortunas, apesar de transitórias; os que espalham ondas de inquietação, urdindo tramas que aliciam outros partidários de emoção afetada; os que traem os afetos que lhes dedicam confiança e respeito; os maus administradores, que malversam os valores públicos e deles se utilizam a benefício próprio, dos seus êmulos e pares; os que conspiram, à socapa, contra as obras de benemerência e amor; e muitos, muitos outros que são arrolados como dignos de bom conceito e que, certamente, não cairão incursos nas legislações humanas, porque disfarçados de homens probos, bem aceitos e acatados...
Eles, todavia, sabem das próprias culpas, que dissimulam com habilidade.
A consciência despertará, por mais se demore em conivência com a má aplicação dos recursos da inteligência e da saúde de que se fazem dotados.
Não lograrão fugir de si mesmos, nem se liberarão dos conflitos que se lhes instalaram na alma.
Resguarda-te do contágio da delinqüência, preservando os teus valores morais, mesmo que sejam de pequena monta; a tua posição social, embora não tenha realce público; a tua situação econômica, apesar de caracterizada pela pobreza; as tuas aspirações, mesmo que de pequeno porte, ligando-te em pensamento, ao compromisso do bem, que se irradia do Cristo, que programou para o homem e a Terra, em nome do Pai, a felicidade e a harmonia, através de métodos de dignificação, únicos aliás, que compensam em profundidade e perenemente.
Os frutos da delinqüência são a loucura de largo porte, o sofrimento sem conforto, o suicídio, a morte violenta, nefasta.
Vive, desse modo, as diretrizes do Evangelho e nunca te esqueças que, ao defrontar um delinqüente, seja em qual circunstância for, será muito melhor ser-lhe a vítima do que seu algoz, conforme o próprio Mestre nos ensinou com o exemplo na Cruz.
Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira Franco. Ítem 29 do livro 'S.O.S. FAMÍLIA'.