-O Exemplo da Fonte
Um estudante da sabedoria, rogando ao seu instrutor lhe explicasse
qual a melhor maneira de livrar-se do mal, foi por ele
conduzido a uma fonte que deslizava, calma e cristalina, e, seguindo-
lhe o curso, observou:
– Veja o exemplo da fonte, que auxilia a todos, sem perguntar,
e que nunca se detém até alcançar a grande comunhão com o
oceano. Junto dela crescem as plantas de toda a sorte, e em suas
águas dessedentam-se animais de todos os tipos e feitios.
Enquanto caminhavam, um pequeno atirou duas pedras à corrente
e as águas as engoliram em silêncio, prosseguindo para
diante.
– Reparou? – disse o mentor amigo – a fonte não se insurgiu
contra as pedradas. Recebeu-as com paciência e seguiu trabalhando.
Mais à frente, viram grosso canal de esgoto arremessando detritos
no corpo alvo das águas, mas a corrente absorvia o lodo
escuro, sem reclamações, e avançava sempre.
O professor comentou para o aprendiz:
– A fonte não se revolta contra a lama que lhe atiram à face.
Recolhe-a sem gritos e transforma-a em benefícios para a terra
necessitada de adubo.
Adiante ainda, notaram que, enquanto andorinhas se banhavam,
lépidas, feios sapos penetravam também a corrente e pareciam
felizes em alegres mergulhos.
As águas amparavam a todos sem a mínima queixa.
O bondoso mentor discípulo e terminou:
– Assinalemos o exemplo da fonte e aprenderemos a libertarnos
de qualquer cativeiro, porque, em verdade, só aqueles que
marcham para diante, com o trabalho que Deus lhes confia, sem
se ligarem às sugestões do mal, conseguem vencer dignamente na
vida, garantindo, em favor de todos, as alegrias do Bem Eterno.
Livro: Pai Nosso - Memei/Chico Xavier
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Evangelho Segundo O Espiritismo ( Leis de Amor)
Fénelon
Bordeaux, 1861
9. O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais
humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo
sagrado. É um fato que tendes podido constatar muitas vezes: o homem
mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser ou um objeto
qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de todas as vicissitudes,
atingindo freqüentemente alturas sublimes.
Disse por um ser ou um objeto qualquer, porque existem, entre vós,
indivíduos que dispensam tesouros de amor, que lhes transbordam do
coração, aos animais, às plantas, e até mesmo aos objetos materiais.
Espécies de misantropos a se lamentarem da humanidade em geral, resistem
à tendência natural da alma, que busca em seu redor afeição e simpatia.
Rebaixam a lei do amor à condição do instinto. Mas, façam o que
quiserem, não conseguirão sufocar o germe vivaz que Deus depositou em
seus corações, no ato da criação. Esse germe se desenvolve e cresce com a
moralidade e a inteligência, e embora freqüentemente comprimido pelo
egoísmo, é a fonte das santas e doces virtudes que constituem as
afeições sinceras e duradouras, e que vos ajudam a transpor a rota
escarpada e árida da existência humana.
Há algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela idéia
de que outros participarão das simpatias afetivas de que são coisas.
Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoístas. Vosso amor se restringe
a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos
são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a
quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e
indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e difícil,
mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais
importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia
matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do
egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de
nacionalidade. Jesus disse: "amai ao vosso próximo como a vós mesmos";
ora, qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é
toda a humanidade! Nos mundos superiores, é o amor recíproco que
harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso
planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para a sua
transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei sublime,
reflexo da própria Divindade.
Os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e
a felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais
viciosos deverão reformar-se, quando presenciarem os benefícios
produzidos pela prática deste princípio: "Não façais aos outros o que
não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o
bem que puderdes".
Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano,
que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um ímã a que
ele não poderá resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes
dessa virtude, que estão latentes em vossos corações. A Terra, morada de
exílio e de provas, será então purificada por esse fogo sagrado, e nela
se praticarão a caridade, a humildade, a paciência, a abnegação, a
resignação, o sacrifício, todas essas virtudes filhas do amor. Não vos
canseis, pois, de escutar as palavras de João Evangelista. Sabeis que,
quando a doença e a velhice interrompem o curso de suas pregações, ele
repetia apenas estas doces palavras: "Meus filhinhos, amai-vos uns aos
outros!"
Queridos irmãos, utilizai com proveito essas lições: sua prática é
difícil, mas delas retira a alma imenso benefício. Crede-me, fazei o
sublime esforço que vos peço: "Amai-vos", e vereis, muito em breve, a
Terra modificada tornar-se um novo Eliseu, em que as almas dos justos
virão gozar o merecido repouso.
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domingo, 13 de janeiro de 2013
O Exemplo da Fonte. (...)"– Veja o exemplo da fonte, que auxilia a todos, sem perguntar, e que nunca se detém até alcançar a grande comunhão com o oceano.../(...)Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoístas. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos..."
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