Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Maria de Betânia.(...)Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama...

"MARIA ERA AQUELA QUE O TINHA UNGIDO COM UNGUENTO
E LHE TINHA ENXUGADO OS PÉS COM SEUS CABELOS".
(JOÃO 11:2)
Quando demandava a aldeia de Betânia, Jesus Cristo tinha por hábito visitar Lázaro, que ali morava em companhia de suas duas irmãs: Marta e Maria. Numa dessas visitas, enquanto Marta se preocupava com os afazeres da casa, Maria se assentou aos pés do Mestre, que conversava com um grupo de pessoas, e ali ficou aprendendo os maravilhosos ensinos que brotavam dos seus lábios.

Marta, não se conformando com a situação, indagou do Senhor: Mestre! não te parece razoável que Maria viesse ajudar-me nos trabalhos de casa?, ao que o Nazareno retrucou incontinente: Marta, tu te preocupas com as coisas transitórias, Maria escolheu a melhor parte, a qual jamais lhe será tirada.

Na realidade, Maria jamais poderia perder a oportunidade ímpar que se lhe oferecia de ouvir os consoladores ensinamentos do Mestre, ensinamentos esses que conflitavam profundamente com tudo aquilo que ela estava habituada a ouvir dos escribas, pois, enquanto estes, escudando-se nos códigos rígidos estabelecidos por Moisés, proclamavam a pena de talião, ou seja, a lei do olho por
olho, dente por dente, o Senhor prescrevia a necessidade de perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes. Enquanto o Deuteronômio, um dos livros de Moisés, prescrevia uma série de regras brutais e aberrantes, mandando apedrejar mulheres adúlteras e filhos rebeldes, ali estava o recomendando que se deveria perdoar até os próprios inimigos.

As narrativas evangélicas sobre Maria de Betânia diferem ligeiramente nos quatro evangelhos: João, em seu Evangelho, afirma que Jesus estava na casa de Lázaro após a chamada ressurreição deste, na aldeia de Betânia, e Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. Maria, tomando de um arrátel de unguento de nardo puro, de muito valor, ungiu os pés do Senhor, enxugando-os com seus cabelos, enchendo-se a casa com o cheiro do perfume.

Mateus e Marcos afirmam que, estando Jesus em Betânia, na casa de Simão o leproso, aproximou-se uma mulher portando um vaso de alabastro, com unguento de elevado valor, derramando-o sobre a sua cabeça enquanto ele estava assentado à mesa. Lucas, no entanto, sustenta que Jesus estava à na casa de Simão, o fariseu, quando uma pecadora da cidade (Lucas, 7:36-50), levando consigo um vaso de alabastro com unguento e estando a seus pés, chorando começou a regá-los com lágrimas, e beijando-os, enxugava os com seus cabelos e ungia-os com unguento.

Simão, o fariseu, observando aquele estranho espetáculo, dizia em seu íntimo: Se este fora realmente profeta bem saberia que a mulher que está a seus pés é uma pecadora. Notando o pensamento negativo que se aninhara no coração do homem que o hospedara, o Mestre ponderou: Simão, uma coisa tenho a dizer-te: um certo credor tinha dois devedores, um devia-lhe quinhentos dinheiros, e o outro cinquenta. E não tendo eles com que lhe pagar, perdoou a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
Simão pensou um pouco e respondeu: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou! Esta resposta mereceu franca aprovação por parte de Jesus: Julgaste bem. Em seguida o Senhor acrescentou, dirigindo-se a Simão: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés, mas esta os regou com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos. Não me deste desculpa, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. Alguns apóstolos, dentre eles Judas Iscariotes, passaram a criticar a ação da mulher, dizendo que poderia ter vendido aquele perfume por alto preço e dado o dinheiro aos pobres, ao que o Mestre retrucou: Os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Aditando ainda: Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que fez essa mulher, para memória sua. Esta passagem evangélica enseja-nos a oportunidade de aprender um maravilhoso ensinamento, deixando entrever, mais uma vez, o empenho de Jesus em salientar a excelência da caridade e do perdão, exaltando os aspectos positivos que sempre são encontrados na vida de criaturas pecadoras.
Paulo A. Godoy
Livro: Crônicas Evangélicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário