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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

9- TÁTICA OBSESSIVA. "(...)O espírito obsessor, sem a menor cerimónia, faz-se passar por mensageiro do bem, aconselha procedimentos fraternos, empenha-se em conquistar a confiança do medianeiro, sugere-lhe atitudes de extremo devotamente, chegando, inclusive, a comover-se às lágrimas... Tudo para envolvê-lo na teia de seus escusos e reais interesses..."


"... para chegara tais Uns é preciso um espirito hábil, astuto e profundamente hipócrita, porque não pode enganar e fazer-se aceitar senão com a ajuda de máscara que sabe tomar e de uma falsa aparência de virtude; as grandes palavras de caridade, humildade e amor a Deus são para ele como credenciais; mas, através de tudo isto, deixa transparecer sinais de inferioridade que é preciso estar fascinado para não perceber..." (Segunda Parte, cap. XXIII, item 239, terceiro parágrafo)
Os espíritos que intentam enganar os médiuns não hesitam em tomar o nome de Deus para fazê-lo. Aliás, a história está repleta de exemplos de homens que corrompiam, saqueavam, extorquiam, mentiam e até matavam — em nome de Deus!... Citemos o exemplo da Inquisição e fatos similares ocorridos com adeptos de outros credos religiosos ou suspeitos de heresia.
Para colimar seus objetivos inferiores, os espíritos não revelam qualquer escrúpulo em traves tirem-se como "anjos de luz", agindo sob o escudo de nomes veneráveis que ostentam de maneira desrespeitosa.
O espírito obsessor, sem a menor cerimónia, faz-se passar por mensageiro do bem, aconselha procedimentos fraternos, empenha-se em conquistar a confiança do medianeiro, sugere-lhe atitudes de extremo devotamente, chegando, inclusive, a comover-se às lágrimas... Tudo para envolvê-lo na teia de seus escusos e reais interesses. Assim, imperceptivelmente, o médium vai-se rendendo às suas vibrações, até que, fascinado, se destitui do imprescindível bom-senso, que preservaria a sua integridade psicológica.
Não raro, o espírito obsessor penetra de tal forma na alma do médium obsidiado, que este passa a defendê-lo ardorosamente, quando alguém lhe questiona a identidade e a intenção, melindrando-se ao tomar-lhe as dores, como se fosse ele próprio o ofendido.
Entretanto, por mais se esmere, o espírito obsessor acaba por trair-se, não logrando ocultar os seus inequívocos sinais de inferioridade, à semelhança de alguém que consegue enganar as pessoas durante algum tempo, mas não o tempo todo...
Para admitir que foi ludibriado por este ou aquele espírito, é necessário que o médium possua certa humildade; caso contrário, mesmo a entidade espiritual sendo desmascarada, o medianeiro prosseguirá cultivando as convicções na infalibilidade do espírito que o envaidecia com a sua "assistência".
No que tange à vaidade, carecemos de tecer breve consideração. O medianeiro costuma julgar o grau de sua evolução espiritual pela condição evolutiva do espírito que lhe assessora as atividades. Pura ilusão! Espíritos que agem no anonimato, cujos nomes sequer são conhecidos dos homens, estão em estágio espiritual quase sempre superior ao dos que reverenciamos...
Não é porque, por exemplo, Bezerra de Meneses assista tal médium que este esteja à altura do grande benfeitor de todos nós. Os Espíritos Superiores, atentos à palavra do Cristo de que "os sãos não necessitam de médico", abeiram-se das almas enfermas no propósito de auxiliá-las na cura. Acaso o Senhor não conviveu com pecadores e adúlteras, homens rudes e de inteligência obtusa, pacientemente instruindo-os a respeito do Reino Divino?!...
À perda do discernimento, a que nos referimos no capítulo precedente, só se nivela a vaidade do médium que se imagina na condição de missionário.
Insistimos em que a mediunidade, do ponto de vista moral, é instrumento de progresso a realizar e não de progresso realizado.
As credenciais do espírito bem intencionado são sempre as do trabalho que inspira o médium a concretizar, sem subtrair-lhe o livre-arbítrio. O espírito que dita normas e se aborrece quando não as vê cumprir-se pode até possuir méritos que não discutimos, mas inegavelmente ainda tem muito que aprender.
A tática do espírito obsessor intelectualizado é sutilíssima! Não raro, para surpreendê-lo em contradição, carece-se de refinado espírito de observação num curso de tempo mais ou menos longo.
No entanto não nos precipitemos em qualquer juízo sobre os espíritos, como não devemos apressar-nos na opinião a respeito de pessoas e acontecimentos. Não permitamos deixar-nos levar pelas aparências, nem de bem nem de mal, porque o espírito aparentemente bronco em seu modo de exteriorizar-se pode ser portador de virtudes essenciais que verdadeiramente o credenciem.
Muitas rosas de inegável beleza são totalmente desprovidas de perfume, ao passo que outras de aspecto comum exalam agradabilíssima fragrância, sob a singeleza da própria forma!

Livro: Mediunidade e Obsessão
Odilon Fernandes/Carlos Baccelli

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