1-Pergunta: No
capítulo XVII do Evangelho de S. Mateus, está evidente a reencarnação,
porque as pessoas não espíritas não concordam? |
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Cláudio: Todos nós, no decorrer de nosso
processo evolutivo, criamos pontos de vistas
e temos enorme dificuldade de aceitar algo novo, principalmente se nossos interesses mais imediatos são atingidos; mesmo que as coisas se tornem claras insistimos na rebeldia de não enxergar o que é natural. Foi referindo-se a estes, que Jesus disse: "eles vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem." (Mateus, 13: 13) |
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terça-feira, 4 de setembro de 2012
Entrevista com Cláudio Fajardo sobre o estudo do evangelho pelo espírita.
Conceitos de Allan Kardec em relação ao caráter religioso do Espiritismo
Conceitos de Allan Kardec
em relação ao caráter religioso do Espiritismo - (1)
Obras citadas no
texto.
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"...o Espiritismo se
fundamenta em princípios gerais
independentes de toda questão dogmática. É
verdade que ele tem conseqüências morais,
como todas as ciências filósóficas. Suas
conseqüências são no sentido do
cristianismo, porque é este, de todas as
doutrinas, a mais esclarecida, a mais pura,
razão por que, de todas as seitas religiosas
do mundo, são as cristãs as mais aptas a
compreendê-lo em sua verdadeira essência.
O Espiritismo não é pois uma
religião. Do contrário teria seu culto, seus
templos, seus ministros. Sem dúvida cada um
pode transformar suas opiniões numa
religião, interpretar à vontade as religiões
conhecidas; mas daí à constituição de uma
nova igreja há uma grande distância e penso
que seria imprudente seguir tal idéia. Em
resumo, o Espiritismo ocupa-se da observação
dos fatos e não das particularidades desta
ou daquela crença; da pesquisa das causas,
da explicação que os fatos podem dar nos
fenômenso conhecidos, tanto na ordem moral
quanto na ordem física, e não impõe nenhum
culto aos seus partidários,..."
(da Revista
Espírita - Volume 2 - 1859 -
Refutação de um artigo de "L'Univers")
* * *
Realmente senhor abade...
( )
...o
Espiritismo está fora de todas as
crenças dogmáticas, com o que não
se preocupa;
nós o
consideramos uma ciência filósofica,
que nos explica uma porção de coisas que
não compreendemos e, por isto mesmo, em
vez de abafar as idéias religiosas, como
certas filosófias, fá-las brotar
naqueles em que elas não existem.
Se, entretanto, o
quiserdes elevar a todo o custo ao plano
de uma religião, vós o atirais num
caminho novo. É o que compreendem
perfeitamente muitos eclesiásticos que,
longe de empurrar para o cisma,
esforçam-se por conciliar as coisas, em
virtude deste racicínio: (...)
Se eu tivesse a honra de
ser sarcedote, disto me serviria em
favor da religião; dela faria uma arma
contra a incredulidade e diria aos
materialistas e ateus: Pedi provas?
Ei-las: e é Deus quem as manda.
(da Revista
Espírita - Volume 2 - 1859
- Resposta a réplica do abade Chesnel
em "L'Univers")
* * *
O Espiritismo é ao mesmo
tempo uma ciência de
observação e uma doutrina
filosófica. Como ciência
prática, ele consiste nas
relações que se podem
estabelecer com os
Espíritos; como filosofia,
ele compreende todas as
conseqüências morais que
decorrem dessas relações.
Pode-se defini-lo assim:
O Espiritismo é uma ciência
que trata da natureza, da
origem e da destinação dos
Espíritos, e das suas
relações com o mundo
corporal.
O que
é o Espiritismo -
Preâmbulo (1859)
* * *
O
Espiritismo prova e faz ver o
que a religião ensina pela
teoria.
(...)
O Espiritismo é,
antes de tudo, uma ciência e não
se ocupa das questões
dogmáticas. Essa ciência tem
conseqüências morais, como
todas as ciências filosóficas.
(...)
(...)
...O Espiritismo
está portanto na própria
Natureza...
(...)
...Seu verdadeiro
caráter é, portanto, o de uma
ciência e não o de uma religião.
(...) Repousa então sobre
princípios independente de toda
e qualquer questão dogmática.
Suas conseqüências morais estão
na linha do Cristianismo, pois
este é, de todas as doutrinas, a
mais esclarecida e a mais pura,
e é por essa razão que, de todas
as seitas religiosas do mundo,
os cristãos são os mais aptos a
compreendê-lo em sua verdadeira
essência.
O que
é o Espiritismo
- Terceiro diálogo: O padre
(1859)
* * *
O Espiritsmo independe
de qualquer forma de culto,
não aconselhando nenhum e não se
preocupando com dogmas particulares,
não constitui uma religião especial,
pois não possui nem sacerdotes nem
templos. Aos que lhe perguntam se
fazem bem em seguir tal ou tal
prática, apenas responde; "Se
sua consciência aprova o que você
faz, faça-o: Deus sempre considera a
intenção". Numa palavra, o
Espiritismo nada impõe a ninguém.
Não se destina aos que tem fé, e a
quem esta fé é suficiente, mas à
numerosa classe de inseguros e dos
incrédulos. Não os afasta da Igreja,
porquanto ja estão dela moralmente
afastados, de modo total ou parcial,
mas os leva a fazer três quartos do
caminho para nela entrarem; cabe à
Igreja fazer o resto.
(...)
...Um venerável eclesiastíco dizia a
esse respeito: "O Espiritismo
faz crer em algo; ora, é melhor crer
em alguma coisa do que não ter
crença nenhuma".
O
Espiritismo em sua mais simples
Expressão. (1862)
* * *
"Se a religião,
apropriada em começo aos
conhecimentos limitados do
homem, tivesse acompanhado
sempre o movimento progressivo
do Espírito humano, não haveria
incrédulos, porque está na
própria natureza do homem a
necessidade de crer, e ele crerá
desde que se lhe dê o pábulo
espiritual de harmonia com as
suas necessidades intelectuais"
(do livro
"O Ceu e o Inferno"
- Allan Kardec, capítulo I)
(1865).
* * *
Se assim
é, perguntarão, então o Espiritismo
é uma religião? Ora,
sim, sem
duvida, senhores.
No sentido
filosófico, o Espiritismo é uma
religião, e nós nos
glorificamos por isto, porque
é a doutrina
que funda os elos da fraternidade e
da comunhão de pensamentos,
não sobre uma simples convenção, mas
sobre bases mais sólidas: as mesmas
leis da natureza.
Por que, então,
declaramos que o Espiritismo não é
uma religião? Porque não há uma
palavra para exprimir duas idéias
diferentes, e porque, na opinião
geral, a palavra religião é
inseparável da de culto; desperta
exclusivamente uma idéia de forma,
que o Espiritismo não tem.
Se o
Espiritismo se dissesse uma
religião, o público não veria aí
senão uma nova edição, uma variante,
si se quiser, dos princípios
absolutos em matéria de fé; uma
casta sacerdotal com seu cortejo de
hierarquias, de cerimônias e de
privilégios; não o separaria das
idéias de misticismo e dos abusos
contra os quais tantas vezes se
levantou a opinião pública.
Não
tendo o Espiritismo nenhum dos
caracteres de uma religião, na
acepção usual do vocábulo, não podia
nem devia enfeitar-se com um titulo
sobre cujo valor inevitavelmente se
teria equivocado. Eis porque
simplesmente se diz:
doutrina
filosófica e moral.
As
reuniões
espíritas podem, pois, ser
feitas
religiosamente, isto é, com o
recolhimento e o respeito que
comporta a natureza grave dos
assuntos de que se ocupa. Pode-se
mesmo, na ocasião, aí
fazer preces
que, em vez de serem
ditas em
particular, são
ditas em comum,
sem que por isto as tomem por
“assembléias
religiosas”. Não se
pense que isto seja um jogo de
palavras; a nuança é perfeitamente
clara, e a aparente confusão é
devida à falta de um vocábulo para
cada idéia.
(Discurso pronunciado na
Sociedade Espírita de Paris em 01/11/1868 -
Revista Espírita).
* * *
"Ele
não apresenta nenhuma característica de uma
religião na acepção usual do
vocabulário; não podia nem devia enfeitar-se
com um título sobre cujo valor
inevitavelmente se teria equivocado. Eis
porque simplesmente se diz: doutrina
filosófica e moral"
(da Revista
Espírita - Volume 12 - 1868).
* * *
"Dissemos que
o verdadeiro objetivo
das assembléias religiosas deve ser a
comunhão de pensamentos; é que com
efeito, a
palavra
religião quer dizer laço. Uma
religião, em sua acepção nata e verdadeira,
é um laço que
religa
os homens numa comunidade de sentimentos, de
princípios e de crenças" ...
(da Revista Espírita
- 1868 - página 357).
* * *
"Sim, sem dúvida, senhores.
No sentido filosófico,
o Espiritismo é uma religião, e nós
glorificamos por isto, porque é
a doutrina que funda
os elos da fraternidade e da comunhão de
pensamentos, não sobre uma simples
convenção, mas sobre bases mais sólidas: as
mesmas da natureza"
(da "Revista Espírita"
- 1868 - página 357).
* * *
"A contradição existente entre certas
crenças religiosas e as leis naturais fez a
maioria dos incrédulos, cujo número aumenta
à medida que se populariza o conhecimento
dessas leis. Se fosse impossível o acordo
entre a ciência e a religião, não haveria
religião possível. Proclamamos altamente a
possibilidade e a necessidade desse acordo
porque, em nossa opinião, a ciência e a
religião são irmãs para a maior glória de
Deus e se devem completar reciprocamente, em
vez de se desmentirem mutuamente.
Estender-se-ão as mãos, quando a ciência não
ver na religião nada de incompatível com os
fatos demosntrados e a religião não mais
tiver que temer a demonstração dos fatos.
Pelas revelações das leis que regem as
relações entre o mundo visível e o
invisível, o Espiritismo será o traço de
união que lhes permitirá olhar-se face a
face, uma sem rir, a outra sem tremer. É
pela concordância da fé e da razão que
diariamente tantos incrédulos são trazidos a
Deus."
(trecho do discurso de Allan Kardec na
Sociedade Espírita de Paris em 1868 -
Revista Espírita).
* * *
"O Espiritismo foi
chamado a desempenhar uma papel imenso
na Terra. Reformará a legislação tantas
vezes contrárias às leis divinas;
retificará os erros da História;
restaurará a religião do Cristo ...
Instituirá a verdadeira religião, a
religião natural, a que parte do coração
e vai direto a Deus"
(do livro
"Obras Póstumas" de Allan
Kardec, página 299 - edição FEB).
* * *
"O Espiritimo
proclama a liberdade de consciência
como direito natural; reclama-a para
os seus adpetos, do mesmo modo que
para toda a gente. Respeita todas as
convicções sinceras e faz questão de
reciprocidade. Da liberdade de
consciência decorre o direito de
livre exame em matéria de fé. O
Espiritismo combate a fé cega,
porque ela impõe ao homem que
abdique da sua própria razão;
considera sem raiz toda fé imposta,
donde o inscrever entre suas
máximas: Não é inabalável, senão a
fé que pode encarar de frente a
razão em todas as épocas da
Humanidade".
Coerente com seus
princípios, o Espiritismo não se
impõe a quem quer que seja; quer ser
aceito livremente e por efeito de
convicção. Expõe suas doutrinas e
acolhe os que voluntariamente o
procuram.
Não cuida de afastar
pessoa alguma das suas convicções
religiosas; não se dirige aos que
possuem fé e a quem essa fé basta;
dirige-se aos que, insatisfeitos com
o que se lhes dá, pedem alguma coisa
melhor"
(do livro
"Obras Póstumas" -
Allan Kardec).
* * *
"O
Espiritismo é uma doutrina
filosófica de efeitos religiosos ...
Não é uma religião constituida,
visto que não tem culto, nem rito,
nem templos e que entre seus
adeptos, nenhum recebeu o título de
sacerdote ..."
(do livro
"Obras Póstumas" - página
260 - Edição FEB)
Fonte: Site a era do espírito |
Vida e Valores (O anticoncepcional)
A Dra. Susan Blackmore, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, juntamente com o Dr. Colin Blackwell, estabeleceram suas visões a respeito do anticoncepcional. Sim, a respeito da pílula.
E, nas falas de ambos, conseguimos ler que eles interpretam a pílula anticoncepcional como tendo sido um grandíssimo movimento revolucionário na década de 1960, que teve o poder, teve o condão de dar liberdade às práticas sexuais.
Asseveram que o anticoncepcional deu à mulher essa possibilidade de dirigir seu corpo e não permitir a fecundidade, quando não tivesse nela qualquer interesse.
Foram mostrando como é que o anticoncepcional mexeu na maneira como a mulher era vista no contexto social. A visão machista da mulher foi forçada a sofrer alterações de monta.
Também lembraram que, graças ao incremento dos anticonceptivos, a mulher pôde ocupar o lugar que lhe cabia e que lhe era negado, no contexto social.
O anticoncepcional igualmente promoveu uma grandíssima revolução na questão que era bastante discutida sobre a divisão do trabalho. O que cabia à mulher, o que cabia aos homens.
Ao longo de muitas décadas, desde a de 1960, essa questão do anticoncepcional ganhou bastante destaque. No entanto, desde a década de 1940, bioquímicos, químicos trabalharam buscando uma solução para o que chamavam de grave problema das relações sexuais: a procriação.
E, a partir disso, na América do Norte, nos Estados Unidos, os pesquisadores trataram de investigar um produto à base da testosterona, o hormônio masculino, para que houvesse uma pílula para os homens. E isso porque eram os homens tradicionalmente, historicamente, que tinham uma vida mais liberada, que tinham uma vida mais solta, mais libertina. Então, seria válido, pensavam eles, criar-se uma pílula para os homens.
O que acontece é que, depois da pílula criada e em fase de testes, os pesquisadores foram a muitos presídios norte-americanos e ofereceram aos presidiários, com a devida autorização da Justiça, a oportunidade de eles servirem de cobaia ao uso da pílula, sob a condição de que receberiam indultos e, até mesmo, liberações totais de suas penas.
Ao longo das consequências, os pesquisadores notaram algo que não esperavam. Em função dos órgãos sexuais masculinos serem externos, aquele produto gerou sobre os homens, primeiro, uma impotência precoce; depois, uma retração do órgão genital.
Pode-se bem perceber que os pesquisadores interromperam ali o trabalho. Não era conveniente, à época, criar-se uma pílula para o homem, capaz de produzir tamanho desastre na autoestima masculina.
Então, se voltaram para a mulher, cujos órgãos sexuais são internos e à base de estrogênio, de progesterona, ainda em quantidades nada científicas, apresentaram as primeiras pílulas. As primeiras mulheres que se decidiram por usá-las, se saíram muito mal.
Os problemas de mama, os cânceres abundaram até que, ao longo do tempo, a própria farmacologia, a bioquímica foram ajustando os níveis de estrogênio, de progesterona para que os médicos, ao conhecer o funcionamento orgânico de suas pacientes, pudessem indicar essa ou aquela pílula.
Deste modo, o problema grave foi atenuado, mas cada mulher responde por si, em virtude do uso que faça indiscriminado ou não, de anticonceptivos.
Não há dúvida de que a mulher tem o direito de se proteger, de se cuidar, mas não apenas em termos corporais.
* * *
O cuidado com o corpo é fundamental. Nenhuma mulher tem a obrigação de reproduzir aleatoriamente, reproduzir por reproduzir. Ela tem direito a se cuidar, tem o dever de se cuidar.
Nada obstante, a mulher obedece a um programa no plano da Divindade. Lemos em O livro dos Espíritos, uma pergunta que é dirigida aos Imortais a respeito da missão do homem e da mulher: Qual é a mais importante para o Criador?
E a resposta incisiva das Entidades Espirituais, que orientam o planeta, é que a missão que Deus concedeu à mulher é superior àquela concedida ao homem, porque é a mulher que o educa.
Dessa maneira, começamos a perceber que seria lamentável se a mentalidade feminina descesse para esses patamares e fizesse com que a mulher se convertesse meramente numa máquina de fazer sexo. Cabe a ela a procriação, sem dúvida, mas cabe a ela o amor.
A mulher é essencialmente mãe, mesmo quando não tenha filhos do seu próprio corpo. A mulher é essencialmente mestra, professora. É essencialmente orientadora.
A natureza, nas mãos de Deus, fez com que a mulher tivesse uma sensibilidade maior. Então, qualquer produto químico que no organismo do homem realize um determinado efeito, em razão da sensibilidade feminina, no seu organismo, esse efeito será mais drástico.
É por essa razão que, quando percebemos esse uso indiscriminado de pílulas, desde as meninas novas até suas mães, até mulheres maduras, apenas para evitar-se a gravidez, lamentamos profundamente.
Porque naturalmente pensamos que a pílula, o anticoncepcional, não deveria existir apenas com esse propósito. Originalmente mesmo, o anticoncepcional surgiu para equilibrar o ciclo menstrual das mulheres. Não era chamado de anticoncepcional.
Os médicos descobriram que, ao regularizar o ciclo feminino, também agia sobre a hipófise, provocando sobre essa glândula um estado orgânico na mulher como se ela estivesse grávida. E, a partir daí, ela simulando essa gravidez, impede o amadurecimento de novos óvulos.
Essa era a função do anticoncepcional, como elemento utilizável pelas mulheres: fazer com que o organismo simulasse o tempo todo que a mulher está num estado de gestação, pela não ação da hipófise. Verificamos que a mulher simula, durante um longuíssimo tempo, algo que não é real e, obviamente, haverá consequências sobre o seu organismo.
Muitas alegam: Mas foi recomendação do meu médico!
Mas a orientação médica desses dias, com as exceções louváveis, é uma orientação materialista.
Grande número de facultativos não admite a existência da alma, do ser espiritual, não admite que nós sejamos Espíritos e que não estamos na Terra apenas para fazer sexo pelo sexo.
O sexo, ao lado da função procriadora, deve alimentar as almas que se unem pelos vínculos do respeito e do amor.
Deve servir para os grandes feitos da inteligência, para iluminar as criaturas e esses hormônios trocados, esses elementos trocados, do psiquismo de um para o psiquismo de outro, tem um endereço mais alto, que é a felicidade íntima da criatura.
É por essa razão que, quando o homem visita o bordel, o lupanar, para apenas auferir o prazer sensorial, aquilo não o satisfaz e ele tem que voltar de novo, como alguém que, na sede, decidir-se por beber água do mar. Pela sua salinidade, ela não sacia a sede.
É a partir disso então que, diante do anticoncepcional tão desbragadamente utilizado, vale a pena pensar que a mulher tem uma função diante das Leis Divinas. Usando ou não o contraceptivo, pensar que ela é a grande geradora da vida, a grande colaboradora de Deus, pelo mundo afora.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 198, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 15.08.2010. Em 16.11.2010.
Vida e Valores (Magnetismo pessoal)
Cada criatura humana é um magneto que caminha pela Terra.
A Terra em si mesma é um grande corpo magnético. Mas, cada criatura humana é um corpo magnético sobre outro corpo magnético.
Cada qual de nós carrega a sua capacidade magnética, e essa capacidade magnética é assim chamada pelo poder de atrair que cada um de nós detém.
Essa experiência o ser humano alcançou, graças a essas experiências remotas que vimos trazendo ao longo da evolução dos seres, dos mundos, dos planetas, desde quando o átomo é dotado de uma capacidade de atrair as partículas ao seu redor, desde que o núcleo atômico se tornou responsável por atrair a sua volta a nuvem de elétrons, até a criatura que atrai a sua volta um conjunto de pessoas.
Ao longo da História da Humanidade, em toda e qualquer sociedade, desde que os grupos humanos deixaram de ser grupos anômicos, sem coordenação, sem regulação, para se tornar grupos sociais, nunca mais encontramos um desses grupos que não tivesse uma liderança.
As criaturas humanas, de uma maneira ou de outra, exigem alguém que as conduza, um líder, e nunca houve falta desses líderes em toda e qualquer sociedade da Terra.
Houve um período em que as comunidades planetárias, as comunidades humanas entendiam que a virtude do conhecimento, a virtude da moralidade, a virtude da sabedoria estaria com os idosos, os anciães. E surgiu na Terra a chamada aristocracia dos patriarcas, dos anciães.
Acreditava a criatura humana que, quanto mais velha fosse a pessoa, maior a soma de suas experiências, maior a gama de suas experiências, melhor o poder de dirigir outras criaturas.
De certo modo é verdade. Quanto mais vivida seja a pessoa, mais experiências ela carrega e, com essas experiências, terá mais chance de abordar os outros, de orientar os outros, uma vez que se orienta a si mesma.
No entanto, na medida em que o tempo foi passando, essas aristocracias e, particularmente, essa aristocracia dos patriarcas ou do patriarcado, foi cedendo lugar a outras porque se os anciães tinham experiência, maturidade, não tinham força física. E as comunidades precisavam de alguém que tivesse força física para as defender.
Surgiu a aristocracia da força bruta. E, nessa aristocracia da força bruta, os líderes que, a princípio, defendiam as comunidades que os houveram convidado, atraído e solicitado sua ajuda e seu socorro, passaram a dominar essas comunidades, a se atribuir poderes que não lhes haviam sido dados e depois a transferi-los para seus herdeiros, filhos, irmãos, sobrinhos, etc.
Naturalmente, a aristocracia da força bruta, que foi mais uma liderança pela Terra, foi cedendo lugar à aristocracia do nascimento, o nome que a pessoa detinha; a aristocracia do poder econômico, o dinheiro que a pessoa detinha; à aristocracia do intelecto: quanto mais o indivíduo soubesse, maiores poderes teria, até chegarmos à necessidade de uma aristocracia que, de fato, conduzisse bem os homens pela Terra.
Já que precisamos instintivamente, pela nossa natureza social, de uma liderança, por que não uma liderança que pudesse nos orientar intelectualmente? Uma liderança que, ao mesmo tempo, nos pudesse conduzir em níveis morais?
Sentimos, por isso, a importância de que, ao longo dos tempos da Terra, possamos encontrar, possamos desenvolver, possamos ter uma aristocracia de poder intelectual e de poder moral. Uma aristocracia intelecto-moral.
Essa certamente nos dará possibilidades de desenvolver os campos mais diversos de nossa vida.
Essa liderança, essa aristocracia nos permitirá desenvolver nosso potencial intelectual, nosso saber, nosso conhecimento, mas também nos ensinará a dar boa vazão a esse saber, a esse conhecimento; nos ensinará a trabalhar tais conhecimentos que tenhamos para o bem. E a nossa aristocracia intelecto-moral, a nossa liderança intelecto-moral nos endereçará para a felicidade.
* * *
Essa felicidade naturalmente terá muito a ver com o esforço que tenhamos feito por conquistá-la.
Como falamos, cada qual de nós é um magneto que se desenvolve, que se move na Terra, sobre o planeta, que também é um gigantesco corpo magnético.
É por isso que os analistas e psicanalistas de várias idades do mundo, desde o século XIX, vêm nos trazendo com Freud, com Adler, com Gustav Jung, essas noções de que cada qual de nós carrega em si o chamado “it”, ou se quisermos, um magnetismo pessoal.
Não é à toa que vemos pessoas capazes de atrair para o seu derredor um contingente imenso de outros indivíduos, que se sente bem junto delas, que acata as suas determinações.
Encontramos diversos indivíduos espalhados mundo afora, que afugentam as pessoas do seu derredor, que ninguém suporta estar ao seu lado, mesmo a sua família, mesmo as pessoas que lhes deveriam ser mais próximas E a que se deve isso?
A princípio, podemos cogitar desse nosso magnetismo pessoal. Liberamos determinadas energias, se quisermos dizer assim, liberamos de nós determinados fluidos, que fazem com que as criaturas sintonizadas com os mesmos ideais nossos tenham vontade de se aproximar. Elas não sabem porque, mas sabem que alguma coisa em nós as atrai.
Por outro lado, liberamos de nós determinadas substâncias psíquicas que impõem aos outros um afastamento de nós. Criaturas que até gostariam de estar ao nosso lado, não sabem explicar bem porquê mas, alguma coisa lhes impõe fugir de nós: nosso magnetismo pessoal.
Quanto mais sejamos criaturas egoístas, personalistas, individualistas, a tendência é que se aproximem de nós as pessoas de mesmo matiz psicológico, de mesmo teor idealístico, e passamos a compor os grupos, os bandos, passamos a compor as falanges.
De acordo com a inclinação dos nossos sentimentos, atraímos indivíduos com inclinações similares.
O mundo fala, por exemplo, que Hitler matou a seis milhões de judeus, que Hitler fomentou isso, fomentou aquilo. Não discutimos a tragédia que o caráter de Adolf Hitler impôs ao mundo ocidental.
No entanto, ele não fez isso sozinho. Ele fez isso com dezenas e centenas de oficiais, de homens comuns, mulheres comuns da sociedade que, com ele, com suas ideias compactuavam.
Vejamos o magnetismo de Hitler, capaz de reunir, depois daquele célebre encontro na cervejaria de Munique, aquele contingente enorme de criaturas que o aplaudiu, até deparar-se com a tragédia que ele fomentou no solo europeu e no mundo.
Mas, ao mesmo tempo, notamos indivíduos como Gandhi, com sua fala mansa e firme, com seu caráter de não querer fazer uma guerra contra a violência, porque ele afirmava que qualquer movimento contra a violência teria que ser violento também.
Ele promoveu um movimento pela não violência de qualquer teor. Reuniu ao seu redor toda a Índia. Os seus jejuns se tornaram famosos, porque com esses jejuns ele promovia a religação dos seus irmãos, da Índia, do Paquistão, que surgiu depois.
Gandhi foi esse líder excepcional, com sua energia, e até hoje, depois da sua morte em 1946, Gandhi é para nós esse ícone da liberdade, atraindo em torno do seu nome legiões de criaturas de boa vontade, de homens e mulheres que prezam a liberdade.
Mas, de todos os seres que passaram pela Terra, o magnetismo pessoal mais atraente foi o de Jesus de Nazaré. Nada obstante, nós não conseguimos entendê-Lo.
Ele era tão especial que não conseguimos compreendê-Lo. Mas Ele, pacientíssimo, nos disse:
Quando Eu for erguido no madeiro atrairei todos os homens a Mim.
E foi somente depois da Sua crucificação que passamos a nos interessar por Ele.
No entanto, quando na Terra, onde estava? Estava cercado pelas multidões de famintos, famintos de comida, famintos de amor, famintos de paz, famintos de esperança, famintos de Deus.
Esse Deus que Jesus Cristo exprimiu tão bem com a Sua vivência, e espalhou tão bem entre nós, com o Seu luminoso e formidável magnetismo pessoal.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 93, apresentado por Raul Teixeira,
sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em agosto de 2007.
Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 8 de março de 2009.
Em 13.07.2009.
Vida e Valores (Felicidade)
Costumeiramente, a felicidade é considerada a partir de valores de ordem material. É bem compreensível que assim seja no mundo em que nós vivemos. Afinal, vivemos num mundo cujas referências são todas elas, ou quase todas elas, a partir de coisas do mundo físico.
Nada obstante, em todos os tempos se haja falado que nós somos seres espirituais, ainda que as religiões hajam dito, desde sempre, que nós somos filhos de Deus e somos seres espirituais, essas informações, essas referências, quase sempre, deixaram a desejar. Elas não eram bem exatas, não eram bem completas.
A Humanidade passou a ter, a respeito das coisas espirituais, uma reflexão um tanto inadequada, porque passamos a associar o Espírito a fantasmas, às almas doutro mundo, a esses seres que são forjados na mente coletiva, na mente humana e, por causa disso, são fantasias que as mentes costumam criar.
Sempre que se fala em alma, em Espírito, se imaginam seres vestidos de lençois brancos, ou arrastando correntes ou uivando pelas noites, ou coisas desse gênero.
Poucas vezes se pensou na realidade nossa como Espíritos, em termos intelectuais, em termos mentais, em termos morais. Desse modo, as referências da felicidade estão atreladas a essas questões do mundo físico.
Costuma se pensar que felicidade está vinculada às posses que se tem. Muita gente imagina que só será feliz quando tiver o carro, quando tiver a casa, quando tiver dinheiro no banco, quando puder viajar, quando comprar roupas de grife, quando, quando, quando... Vamos sempre jogando a felicidade para patamares mais distantes.
Jamais fruímos a felicidade agora, já, no momento em que estamos vivendo. Há sempre um ritual intelectual que nos faz arremessar essa felicidade ou encontro com essa felicidade, para os dias do futuro.
Os discursos nossos, os discursos de todos ou de quase todos, estão sempre vinculados a: Quando eu tiver, quando eu comprar, quando eu for....
Então, a riqueza é uma das referências para a felicidade. No dia em que o indivíduo ganhar na loteria, no dia que conseguir uma herança, no dia em que ficar rico, ele será feliz.
Até conseguir ganhar na loteria, que dificilmente acontecerá; até o dia em que lhe surgir uma herança, que é uma coisa quase inabordável; até o dia em que ficar rico através do seu trabalho comum, o que também é, francamente, muito difícil, ele não consegue ser feliz.
O indivíduo não consegue ser feliz no momento em que está, com as pessoas com quem está, na realidade em que vive. Está sempre procrastinando, empurrando para trás, retardando a felicidade.
É muito interessante, porque Vicente de Carvalho, um poeta nosso, brasileiro, santista escreveu, um dia, que a felicidade é como um pomo, que nunca o pomos onde nós estamos, e nunca estamos onde nós o pomos.
Ele fez um jogo de palavras francamente verdadeiro, porque nunca pomos a felicidade onde estamos.
A felicidade está sempre além, num lugar, numa situação, numa condição social, numa condição de vida que não é aquela que estamos usufruindo agora. E onde pomos a felicidade, nós nunca estamos lá, porque a projetamos para somente quando determinadas coisas aconteçam.
É muito comum que o menino diga que ele será feliz quando fizer dezoito anos, e com dezoito anos, ele terá a chave da casa, ele poderá guiar carros, ele poderá fazer muitas coisas. Até chegar aos dezoito anos ele se impede de ser feliz aos treze, aos quatorze, aos quinze, etc.
Mas, depois que ele faz dezoito anos, a felicidade será quando ele conseguir uma namorada ou quando se casar. E ele vai empurrando isso. Quando se casa e não consegue a felicidade com o casamento, ele projeta quando tiver filhos. Desse modo, vamos empurrando para trás a felicidade que é como um pomo, como um fruto, nós nunca o pomos onde estamos, e jamais estamos onde nós o pomos.
É por causa disto que deveremos começar a refletir e a pensar que somos seres espirituais e que a felicidade não pode ser uma coisa projetada para longe, ela deve estar bem junto a nós.
* * *
É natural pensar que todo esse conforto material perseguido pelas pessoas, perseguido por nós, de fato nos dá uma gama de satisfação.
Quem é que não gostaria de ter dinheiro, quem é que não gostaria de ter uma boa posição social, econômica? Quem é que não gostaria de ser famoso e ser conhecido, de desfrutar dessas considerações do mundo, ainda que passageiras?
Poucas seriam as pessoas que responderiam que não.
No entanto, a felicidade decorre da maneira como nós encaramos a vida. Sim, a felicidade tem dimensões psicológicas.
Por isso, visitamos, muitas vezes, hospitais onde as pessoas sofrem, lugares de padecimentos, de dores, às vezes atrozes. Vamos visitar essas pessoas, cheios de angústias, com os nossos problemas cá de fora, do mundo e ao lhes perguntar como estão, elas nos surpreendem com uma bofetada de luvas: Eu estou bem, estou muito bem. E nós não conseguimos entender como é que uma pessoa operada, muitas vezes esperando morrer, com uma doença incurável ou com um mal grave, possa nos dizer que está bem.
Tudo com ela está bem, exatamente porque ela não está considerando o seu estado de felicidade a partir do corpo físico, embora o corpo físico também faça parte da nossa felicidade, ou deva fazer. Mas ela está além dessa consideração material. Porque é o modo como a gente vive por dentro que estabelece como é que vamos considerar a vida de fora.
Como o Cristo disse que o reino dos céus não tem aparências exteriores, está dentro de cada um de nós, é verdade que muitas vezes nós, ainda que passemos apertos materiais, carregamos uma certa satisfação interna, não por passar dificuldades, isso seria masoquismo, mas pela maturidade com que passamos essas dificuldades.
Daí encontrarmos pessoas pobres contentes e acharmos pessoas ricas desgraçadas.
É por isso que, ao pensarmos na felicidade como uma dimensão psicológica, uma dimensão psíquica, uma dimensão espiritual, verificamos que muitas pessoas que vivem dificuldades materiais conseguem extrair dessa dificuldade, alegrias íntimas, alegrias para sua vida, capazes de causar inveja a muita gente rica.
É por isso que muita gente rica, nada obstante tenha muito dinheiro, tenha posição social, tenha todas as facilidades, vive infeliz.
No meio dos ricos, quantas vezes achamos suicídios incompreensíveis a princípio, porque as pessoas dizem: Mas tinha tudo, tinha poder, tinha riqueza, tinha beleza! Mas não tinha harmonia íntima. Muitas vezes não tinha objetivo de vida. Então, a saída para esses indivíduos foi a tentativa de se autodestruir.
Encontramos, por vezes, nos meios ricos, homicídios. Mas como?
Pessoas às quais não faltava nada, pelo menos na suposição do vulgo. Faltava-lhes quase sempre o essencial, a harmonia interior. A felicidade nasce dessa harmonia.
Quantas vezes achamos no meio de gente rica a prostituição, de todos os sentidos. A prostituição dos costumes, a prostituição sexual. Encontramos a drogadição, no meio de gente que pode pagar caro pelas doses de cocaína, de heroína e de tudo mais que infelicita a vida.
Podemos garantir sim, como estabelece o brocardo popular que o dinheiro, a fortuna material não traz a felicidade. Indubitavelmente, ajuda no conforto, ajuda na harmonia material, mas não resolve os nossos enigmas da alma.
Desse modo, a felicidade vai sempre depender da nossa visão de mundo, da maturidade com que nós experimentamos o mundo.
Se estou no mundo como quem se acha numa penitenciária, a minha vida será um tormento, uma infelicidade. Se eu estiver no mundo como quem se acha numa escola, eu farei das dificuldades elementos de progresso, de crescimento, de harmonia.
Se eu me sentir na Terra como quem está num lar, entenderei que todas as dificuldades me são necessárias para que eu as supere, porque eu estou rodeado de irmãos, de criaturas com as quais eu posso interagir positivamente.
A felicidade não é, de fato, uma regalia deste mundo, ela está dentro de nós.
É por isto que Allan Kardec perguntou se no mundo se poderia experimentar a felicidade no grau maior, e os Seres Imortais responderam-lhe que não, porque a Terra é um mundo de provas e expiações. No entanto, poderemos ser tão felizes quanto a Terra permite que sejamos. Vamos buscar essa felicidade maior, que o mundo nos enseja.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 142, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em abril de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 1º de março de 2009.
Em 25.06.2009.
Influência paralisante
Influência paralisante
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
(O Livro dos Médiuns, 2.a parte, cap. XXIII, item 240, § 1.o)
Sem desconsiderarmos os casos de patologias que agem sobre os centros da motricidade de certos indivíduos, fazendo-os ancilosados, mencionamos um gênero de perturbação obsessiva, que vem, sem dúvida, dominando companheiros desavisados ou desassisados que, gradualmente, se aprofundam em miasmas infelizes, sem que disso se apercebam.
Referimo-nos ao que poderíamos chamar de obsessão anestesiante.
É válida a consideração pelos anestésicos, quando eles representam conquistas abençoadas do progresso do mundo, objetivando o impedimento das dores torturantes. Entretanto, identificamos outros tipos de substâncias, trabalhadas por psiquismos cruéis e infelicitadores que, quando assimiladas pela alma, têm o poder de detê-las na caminhada para a frente.
Variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao marasmo, do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando seus afazeres, quando os realizam, como quem se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual da Humanidade.
Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede disposição e não adiamento.
Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.
Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme quota de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos, paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra sob seus cuidados.
Há sempre uma providência que se pode procrastinar.
Surgem problemas a solucionar na esfera de renovação do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos anestesiantes da vontade.
Uma vez que não puderam impedir que muitas criaturas aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, Entidades do Além, inimigas do progresso e da luz, que não se dão por vencidas com a primeira perda, fazem com que esses mesmos indivíduos não se movimentem no bem, que tem caráter de premência e que depende tão somente da boa vontade dos lidadores. Estão no movimento do bem, mas não atuam com o bem, o que é sempre lastimável.
Não fazemos apologia das neuroses da pressa. Não estamos aconselhando desequilíbrios e irreflexão, seriamente comprometedores. Estamos, isto sim, conclamando aos que costumam meditar nas questões da alma, para que não se permitam o amolentamento, a preguiça, a pachorra, em pleno labor de Jesus, quando da Terra inteira se erguem gritos de imensa necessidade de equilíbrio e de paz.
* * *
É importante cuidar do corpo, repousar, quando os trabalhos imponham desgastes. É da Lei Divina.
Se o problema é de enfermidade física ou estafa orgânica ou mental, é justo se providencie o devido tratamento.
O que não nos cabe fomentar ou aplaudir é a postura dos que estão sempre esgotados, por pouco ou nada que façam, exigindo largos períodos de estacionamento, e, quando se decidem por algo fazer, demoram sem rendimento positivo, complicam a atividade geral, francamente embriagados por energias anestesiantes que, ameaçadoramente, têm tomado em seu bojo a muitos seareiros irrefletidos, preparando-lhes grandes tormentos de remorsos e angústias para logo mais, quando a hora propícia e ideal para o trabalho do bem já houver passado.
Quando sintas que, não obstante o repouso, não tens ânimo para as leituras e que fazeres edificantes, ou quando a sonolência tornar-se presença comum em suas horas de estudo ou de necessária atenção aos chamados do Infinito, ergue a tua oração e roga dos Benfeitores Celestes o socorro, a assistência de que careças, a fim de te desviares desses dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra, produzindo narcose nos combatentes invigilantes, exatamente porque esse bem, em última análise, é a atuação de Jesus Cristo reafirmando o Seu amor a todos nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho, da esperança e da ação.
Camilo.
Psicografia de J. Raul Teixeira.
Em 05.07.2010.
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
(O Livro dos Médiuns, 2.a parte, cap. XXIII, item 240, § 1.o)
Sem desconsiderarmos os casos de patologias que agem sobre os centros da motricidade de certos indivíduos, fazendo-os ancilosados, mencionamos um gênero de perturbação obsessiva, que vem, sem dúvida, dominando companheiros desavisados ou desassisados que, gradualmente, se aprofundam em miasmas infelizes, sem que disso se apercebam.
Referimo-nos ao que poderíamos chamar de obsessão anestesiante.
É válida a consideração pelos anestésicos, quando eles representam conquistas abençoadas do progresso do mundo, objetivando o impedimento das dores torturantes. Entretanto, identificamos outros tipos de substâncias, trabalhadas por psiquismos cruéis e infelicitadores que, quando assimiladas pela alma, têm o poder de detê-las na caminhada para a frente.
Variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao marasmo, do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando seus afazeres, quando os realizam, como quem se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual da Humanidade.
Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede disposição e não adiamento.
Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.
Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme quota de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos, paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra sob seus cuidados.
Há sempre uma providência que se pode procrastinar.
Surgem problemas a solucionar na esfera de renovação do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos anestesiantes da vontade.
Uma vez que não puderam impedir que muitas criaturas aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, Entidades do Além, inimigas do progresso e da luz, que não se dão por vencidas com a primeira perda, fazem com que esses mesmos indivíduos não se movimentem no bem, que tem caráter de premência e que depende tão somente da boa vontade dos lidadores. Estão no movimento do bem, mas não atuam com o bem, o que é sempre lastimável.
Não fazemos apologia das neuroses da pressa. Não estamos aconselhando desequilíbrios e irreflexão, seriamente comprometedores. Estamos, isto sim, conclamando aos que costumam meditar nas questões da alma, para que não se permitam o amolentamento, a preguiça, a pachorra, em pleno labor de Jesus, quando da Terra inteira se erguem gritos de imensa necessidade de equilíbrio e de paz.
* * *
É importante cuidar do corpo, repousar, quando os trabalhos imponham desgastes. É da Lei Divina.
Se o problema é de enfermidade física ou estafa orgânica ou mental, é justo se providencie o devido tratamento.
O que não nos cabe fomentar ou aplaudir é a postura dos que estão sempre esgotados, por pouco ou nada que façam, exigindo largos períodos de estacionamento, e, quando se decidem por algo fazer, demoram sem rendimento positivo, complicam a atividade geral, francamente embriagados por energias anestesiantes que, ameaçadoramente, têm tomado em seu bojo a muitos seareiros irrefletidos, preparando-lhes grandes tormentos de remorsos e angústias para logo mais, quando a hora propícia e ideal para o trabalho do bem já houver passado.
Quando sintas que, não obstante o repouso, não tens ânimo para as leituras e que fazeres edificantes, ou quando a sonolência tornar-se presença comum em suas horas de estudo ou de necessária atenção aos chamados do Infinito, ergue a tua oração e roga dos Benfeitores Celestes o socorro, a assistência de que careças, a fim de te desviares desses dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra, produzindo narcose nos combatentes invigilantes, exatamente porque esse bem, em última análise, é a atuação de Jesus Cristo reafirmando o Seu amor a todos nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho, da esperança e da ação.
Camilo.
Psicografia de J. Raul Teixeira.
Em 05.07.2010.
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