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terça-feira, 4 de setembro de 2012
Vida e Valores (Felicidade)
Costumeiramente, a felicidade é considerada a partir de valores de ordem material. É bem compreensível que assim seja no mundo em que nós vivemos. Afinal, vivemos num mundo cujas referências são todas elas, ou quase todas elas, a partir de coisas do mundo físico.
Nada obstante, em todos os tempos se haja falado que nós somos seres espirituais, ainda que as religiões hajam dito, desde sempre, que nós somos filhos de Deus e somos seres espirituais, essas informações, essas referências, quase sempre, deixaram a desejar. Elas não eram bem exatas, não eram bem completas.
A Humanidade passou a ter, a respeito das coisas espirituais, uma reflexão um tanto inadequada, porque passamos a associar o Espírito a fantasmas, às almas doutro mundo, a esses seres que são forjados na mente coletiva, na mente humana e, por causa disso, são fantasias que as mentes costumam criar.
Sempre que se fala em alma, em Espírito, se imaginam seres vestidos de lençois brancos, ou arrastando correntes ou uivando pelas noites, ou coisas desse gênero.
Poucas vezes se pensou na realidade nossa como Espíritos, em termos intelectuais, em termos mentais, em termos morais. Desse modo, as referências da felicidade estão atreladas a essas questões do mundo físico.
Costuma se pensar que felicidade está vinculada às posses que se tem. Muita gente imagina que só será feliz quando tiver o carro, quando tiver a casa, quando tiver dinheiro no banco, quando puder viajar, quando comprar roupas de grife, quando, quando, quando... Vamos sempre jogando a felicidade para patamares mais distantes.
Jamais fruímos a felicidade agora, já, no momento em que estamos vivendo. Há sempre um ritual intelectual que nos faz arremessar essa felicidade ou encontro com essa felicidade, para os dias do futuro.
Os discursos nossos, os discursos de todos ou de quase todos, estão sempre vinculados a: Quando eu tiver, quando eu comprar, quando eu for....
Então, a riqueza é uma das referências para a felicidade. No dia em que o indivíduo ganhar na loteria, no dia que conseguir uma herança, no dia em que ficar rico, ele será feliz.
Até conseguir ganhar na loteria, que dificilmente acontecerá; até o dia em que lhe surgir uma herança, que é uma coisa quase inabordável; até o dia em que ficar rico através do seu trabalho comum, o que também é, francamente, muito difícil, ele não consegue ser feliz.
O indivíduo não consegue ser feliz no momento em que está, com as pessoas com quem está, na realidade em que vive. Está sempre procrastinando, empurrando para trás, retardando a felicidade.
É muito interessante, porque Vicente de Carvalho, um poeta nosso, brasileiro, santista escreveu, um dia, que a felicidade é como um pomo, que nunca o pomos onde nós estamos, e nunca estamos onde nós o pomos.
Ele fez um jogo de palavras francamente verdadeiro, porque nunca pomos a felicidade onde estamos.
A felicidade está sempre além, num lugar, numa situação, numa condição social, numa condição de vida que não é aquela que estamos usufruindo agora. E onde pomos a felicidade, nós nunca estamos lá, porque a projetamos para somente quando determinadas coisas aconteçam.
É muito comum que o menino diga que ele será feliz quando fizer dezoito anos, e com dezoito anos, ele terá a chave da casa, ele poderá guiar carros, ele poderá fazer muitas coisas. Até chegar aos dezoito anos ele se impede de ser feliz aos treze, aos quatorze, aos quinze, etc.
Mas, depois que ele faz dezoito anos, a felicidade será quando ele conseguir uma namorada ou quando se casar. E ele vai empurrando isso. Quando se casa e não consegue a felicidade com o casamento, ele projeta quando tiver filhos. Desse modo, vamos empurrando para trás a felicidade que é como um pomo, como um fruto, nós nunca o pomos onde estamos, e jamais estamos onde nós o pomos.
É por causa disto que deveremos começar a refletir e a pensar que somos seres espirituais e que a felicidade não pode ser uma coisa projetada para longe, ela deve estar bem junto a nós.
* * *
É natural pensar que todo esse conforto material perseguido pelas pessoas, perseguido por nós, de fato nos dá uma gama de satisfação.
Quem é que não gostaria de ter dinheiro, quem é que não gostaria de ter uma boa posição social, econômica? Quem é que não gostaria de ser famoso e ser conhecido, de desfrutar dessas considerações do mundo, ainda que passageiras?
Poucas seriam as pessoas que responderiam que não.
No entanto, a felicidade decorre da maneira como nós encaramos a vida. Sim, a felicidade tem dimensões psicológicas.
Por isso, visitamos, muitas vezes, hospitais onde as pessoas sofrem, lugares de padecimentos, de dores, às vezes atrozes. Vamos visitar essas pessoas, cheios de angústias, com os nossos problemas cá de fora, do mundo e ao lhes perguntar como estão, elas nos surpreendem com uma bofetada de luvas: Eu estou bem, estou muito bem. E nós não conseguimos entender como é que uma pessoa operada, muitas vezes esperando morrer, com uma doença incurável ou com um mal grave, possa nos dizer que está bem.
Tudo com ela está bem, exatamente porque ela não está considerando o seu estado de felicidade a partir do corpo físico, embora o corpo físico também faça parte da nossa felicidade, ou deva fazer. Mas ela está além dessa consideração material. Porque é o modo como a gente vive por dentro que estabelece como é que vamos considerar a vida de fora.
Como o Cristo disse que o reino dos céus não tem aparências exteriores, está dentro de cada um de nós, é verdade que muitas vezes nós, ainda que passemos apertos materiais, carregamos uma certa satisfação interna, não por passar dificuldades, isso seria masoquismo, mas pela maturidade com que passamos essas dificuldades.
Daí encontrarmos pessoas pobres contentes e acharmos pessoas ricas desgraçadas.
É por isso que, ao pensarmos na felicidade como uma dimensão psicológica, uma dimensão psíquica, uma dimensão espiritual, verificamos que muitas pessoas que vivem dificuldades materiais conseguem extrair dessa dificuldade, alegrias íntimas, alegrias para sua vida, capazes de causar inveja a muita gente rica.
É por isso que muita gente rica, nada obstante tenha muito dinheiro, tenha posição social, tenha todas as facilidades, vive infeliz.
No meio dos ricos, quantas vezes achamos suicídios incompreensíveis a princípio, porque as pessoas dizem: Mas tinha tudo, tinha poder, tinha riqueza, tinha beleza! Mas não tinha harmonia íntima. Muitas vezes não tinha objetivo de vida. Então, a saída para esses indivíduos foi a tentativa de se autodestruir.
Encontramos, por vezes, nos meios ricos, homicídios. Mas como?
Pessoas às quais não faltava nada, pelo menos na suposição do vulgo. Faltava-lhes quase sempre o essencial, a harmonia interior. A felicidade nasce dessa harmonia.
Quantas vezes achamos no meio de gente rica a prostituição, de todos os sentidos. A prostituição dos costumes, a prostituição sexual. Encontramos a drogadição, no meio de gente que pode pagar caro pelas doses de cocaína, de heroína e de tudo mais que infelicita a vida.
Podemos garantir sim, como estabelece o brocardo popular que o dinheiro, a fortuna material não traz a felicidade. Indubitavelmente, ajuda no conforto, ajuda na harmonia material, mas não resolve os nossos enigmas da alma.
Desse modo, a felicidade vai sempre depender da nossa visão de mundo, da maturidade com que nós experimentamos o mundo.
Se estou no mundo como quem se acha numa penitenciária, a minha vida será um tormento, uma infelicidade. Se eu estiver no mundo como quem se acha numa escola, eu farei das dificuldades elementos de progresso, de crescimento, de harmonia.
Se eu me sentir na Terra como quem está num lar, entenderei que todas as dificuldades me são necessárias para que eu as supere, porque eu estou rodeado de irmãos, de criaturas com as quais eu posso interagir positivamente.
A felicidade não é, de fato, uma regalia deste mundo, ela está dentro de nós.
É por isto que Allan Kardec perguntou se no mundo se poderia experimentar a felicidade no grau maior, e os Seres Imortais responderam-lhe que não, porque a Terra é um mundo de provas e expiações. No entanto, poderemos ser tão felizes quanto a Terra permite que sejamos. Vamos buscar essa felicidade maior, que o mundo nos enseja.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 142, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em abril de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 1º de março de 2009.
Em 25.06.2009.
Influência paralisante
Influência paralisante
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
(O Livro dos Médiuns, 2.a parte, cap. XXIII, item 240, § 1.o)
Sem desconsiderarmos os casos de patologias que agem sobre os centros da motricidade de certos indivíduos, fazendo-os ancilosados, mencionamos um gênero de perturbação obsessiva, que vem, sem dúvida, dominando companheiros desavisados ou desassisados que, gradualmente, se aprofundam em miasmas infelizes, sem que disso se apercebam.
Referimo-nos ao que poderíamos chamar de obsessão anestesiante.
É válida a consideração pelos anestésicos, quando eles representam conquistas abençoadas do progresso do mundo, objetivando o impedimento das dores torturantes. Entretanto, identificamos outros tipos de substâncias, trabalhadas por psiquismos cruéis e infelicitadores que, quando assimiladas pela alma, têm o poder de detê-las na caminhada para a frente.
Variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao marasmo, do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando seus afazeres, quando os realizam, como quem se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual da Humanidade.
Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede disposição e não adiamento.
Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.
Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme quota de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos, paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra sob seus cuidados.
Há sempre uma providência que se pode procrastinar.
Surgem problemas a solucionar na esfera de renovação do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos anestesiantes da vontade.
Uma vez que não puderam impedir que muitas criaturas aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, Entidades do Além, inimigas do progresso e da luz, que não se dão por vencidas com a primeira perda, fazem com que esses mesmos indivíduos não se movimentem no bem, que tem caráter de premência e que depende tão somente da boa vontade dos lidadores. Estão no movimento do bem, mas não atuam com o bem, o que é sempre lastimável.
Não fazemos apologia das neuroses da pressa. Não estamos aconselhando desequilíbrios e irreflexão, seriamente comprometedores. Estamos, isto sim, conclamando aos que costumam meditar nas questões da alma, para que não se permitam o amolentamento, a preguiça, a pachorra, em pleno labor de Jesus, quando da Terra inteira se erguem gritos de imensa necessidade de equilíbrio e de paz.
* * *
É importante cuidar do corpo, repousar, quando os trabalhos imponham desgastes. É da Lei Divina.
Se o problema é de enfermidade física ou estafa orgânica ou mental, é justo se providencie o devido tratamento.
O que não nos cabe fomentar ou aplaudir é a postura dos que estão sempre esgotados, por pouco ou nada que façam, exigindo largos períodos de estacionamento, e, quando se decidem por algo fazer, demoram sem rendimento positivo, complicam a atividade geral, francamente embriagados por energias anestesiantes que, ameaçadoramente, têm tomado em seu bojo a muitos seareiros irrefletidos, preparando-lhes grandes tormentos de remorsos e angústias para logo mais, quando a hora propícia e ideal para o trabalho do bem já houver passado.
Quando sintas que, não obstante o repouso, não tens ânimo para as leituras e que fazeres edificantes, ou quando a sonolência tornar-se presença comum em suas horas de estudo ou de necessária atenção aos chamados do Infinito, ergue a tua oração e roga dos Benfeitores Celestes o socorro, a assistência de que careças, a fim de te desviares desses dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra, produzindo narcose nos combatentes invigilantes, exatamente porque esse bem, em última análise, é a atuação de Jesus Cristo reafirmando o Seu amor a todos nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho, da esperança e da ação.
Camilo.
Psicografia de J. Raul Teixeira.
Em 05.07.2010.
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
(O Livro dos Médiuns, 2.a parte, cap. XXIII, item 240, § 1.o)
Sem desconsiderarmos os casos de patologias que agem sobre os centros da motricidade de certos indivíduos, fazendo-os ancilosados, mencionamos um gênero de perturbação obsessiva, que vem, sem dúvida, dominando companheiros desavisados ou desassisados que, gradualmente, se aprofundam em miasmas infelizes, sem que disso se apercebam.
Referimo-nos ao que poderíamos chamar de obsessão anestesiante.
É válida a consideração pelos anestésicos, quando eles representam conquistas abençoadas do progresso do mundo, objetivando o impedimento das dores torturantes. Entretanto, identificamos outros tipos de substâncias, trabalhadas por psiquismos cruéis e infelicitadores que, quando assimiladas pela alma, têm o poder de detê-las na caminhada para a frente.
Variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao marasmo, do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando seus afazeres, quando os realizam, como quem se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual da Humanidade.
Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede disposição e não adiamento.
Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.
Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme quota de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos, paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra sob seus cuidados.
Há sempre uma providência que se pode procrastinar.
Surgem problemas a solucionar na esfera de renovação do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos anestesiantes da vontade.
Uma vez que não puderam impedir que muitas criaturas aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, Entidades do Além, inimigas do progresso e da luz, que não se dão por vencidas com a primeira perda, fazem com que esses mesmos indivíduos não se movimentem no bem, que tem caráter de premência e que depende tão somente da boa vontade dos lidadores. Estão no movimento do bem, mas não atuam com o bem, o que é sempre lastimável.
Não fazemos apologia das neuroses da pressa. Não estamos aconselhando desequilíbrios e irreflexão, seriamente comprometedores. Estamos, isto sim, conclamando aos que costumam meditar nas questões da alma, para que não se permitam o amolentamento, a preguiça, a pachorra, em pleno labor de Jesus, quando da Terra inteira se erguem gritos de imensa necessidade de equilíbrio e de paz.
* * *
É importante cuidar do corpo, repousar, quando os trabalhos imponham desgastes. É da Lei Divina.
Se o problema é de enfermidade física ou estafa orgânica ou mental, é justo se providencie o devido tratamento.
O que não nos cabe fomentar ou aplaudir é a postura dos que estão sempre esgotados, por pouco ou nada que façam, exigindo largos períodos de estacionamento, e, quando se decidem por algo fazer, demoram sem rendimento positivo, complicam a atividade geral, francamente embriagados por energias anestesiantes que, ameaçadoramente, têm tomado em seu bojo a muitos seareiros irrefletidos, preparando-lhes grandes tormentos de remorsos e angústias para logo mais, quando a hora propícia e ideal para o trabalho do bem já houver passado.
Quando sintas que, não obstante o repouso, não tens ânimo para as leituras e que fazeres edificantes, ou quando a sonolência tornar-se presença comum em suas horas de estudo ou de necessária atenção aos chamados do Infinito, ergue a tua oração e roga dos Benfeitores Celestes o socorro, a assistência de que careças, a fim de te desviares desses dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra, produzindo narcose nos combatentes invigilantes, exatamente porque esse bem, em última análise, é a atuação de Jesus Cristo reafirmando o Seu amor a todos nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho, da esperança e da ação.
Camilo.
Psicografia de J. Raul Teixeira.
Em 05.07.2010.
domingo, 2 de setembro de 2012
Matéria do Livro Estude E Viva
E – Cap. X – Item 16
L – Questão 943
Temas Estudados:
Bondade e discernimento
Compaixão
Necessitados-problemas
Problemas da dor
Provação Justiça
Recuperação
ACIDENTADOS DA ALMA
Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, que e apresentam no corpo
comovedoras mutilações. Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que
comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não
aparecem. Além da posição de necessitados, pelas chagas ocultas de que são
portadores, quase sempre se mostram na feição de companheiros menos atrativos e
desejáveis.
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando complicações,
no entanto, bastas vezes trazem o coração sob provas difíceis; espancam-te a
sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários lances da experiência, são feixes
de nervos destrambelhados que a doença consome; revelam-se na condição de amigos,
supostos ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos
casos, são enfermos de espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da
obsessão; acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão
provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores benfeitoras quando a
praga as dizima; são delinqüentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo
comportamento incorreto; no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres
tombadas em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça atormentada
que o remorso atenaza e a dor suplicia...
Não te digo que aproves o mal sob a alegação de resguardar a bondade. A retificação
permanece na ordem e na segurança da vida, tanto quanto vige o remédio na defesa e
sustentação da saúde. Age, porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a
piedade do enfermo que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
Restaurar sem destruir. Emendar sem proscrever. Não ignorar que os irmãos transviados
se encontram encarcerados em labirintos de sombra, sendo necessário garantir-lhes uma
saída adequada.
Em qualquer processo de reajuste, recordemos Jesus que, a ensinar servindo e corrigir
amando, declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.
ASPECTOS DA DOR
Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a
fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz
aos planos do Céu.
*
A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.
*
As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. Nenhuma existe destituída de
significação.
*
Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.
*
A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais
superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.
*
Se você pretende vencer, não menospreza a possibilidade de amargar, algumas
vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.
*
Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores
da experiência permaneceriam ignorados.
*
A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem
a sofre.
Livro: Estude e Vida psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira ditados por André Luiz e Emmanuel.
L – Questão 943
Temas Estudados:
Bondade e discernimento
Compaixão
Necessitados-problemas
Problemas da dor
Provação Justiça
Recuperação
ACIDENTADOS DA ALMA
Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, que e apresentam no corpo
comovedoras mutilações. Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que
comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não
aparecem. Além da posição de necessitados, pelas chagas ocultas de que são
portadores, quase sempre se mostram na feição de companheiros menos atrativos e
desejáveis.
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando complicações,
no entanto, bastas vezes trazem o coração sob provas difíceis; espancam-te a
sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários lances da experiência, são feixes
de nervos destrambelhados que a doença consome; revelam-se na condição de amigos,
supostos ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos
casos, são enfermos de espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da
obsessão; acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão
provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores benfeitoras quando a
praga as dizima; são delinqüentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo
comportamento incorreto; no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres
tombadas em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça atormentada
que o remorso atenaza e a dor suplicia...
Não te digo que aproves o mal sob a alegação de resguardar a bondade. A retificação
permanece na ordem e na segurança da vida, tanto quanto vige o remédio na defesa e
sustentação da saúde. Age, porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a
piedade do enfermo que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
Restaurar sem destruir. Emendar sem proscrever. Não ignorar que os irmãos transviados
se encontram encarcerados em labirintos de sombra, sendo necessário garantir-lhes uma
saída adequada.
Em qualquer processo de reajuste, recordemos Jesus que, a ensinar servindo e corrigir
amando, declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.
ASPECTOS DA DOR
Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a
fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz
aos planos do Céu.
*
A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.
*
As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. Nenhuma existe destituída de
significação.
*
Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.
*
A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais
superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.
*
Se você pretende vencer, não menospreza a possibilidade de amargar, algumas
vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.
*
Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores
da experiência permaneceriam ignorados.
*
A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem
a sofre.
Livro: Estude e Vida psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira ditados por André Luiz e Emmanuel.
sábado, 1 de setembro de 2012
As matrizes das enfermidades encerram suas genealogias no arcabouço psicossomático
Crônicas e Artigos |
Ano
6 -
N°
276
- 2
de
Setembro
de
2012
|
Bethany Jordan, uma adolescente da cidade inglesa de Stourbridge, sofre da Síndrome de Ivemark, caracterizada, também, por problemas cardiovasculares, que é uma síndrome patológica de etiologia desconhecida. (1) Jordan nasceu com alguns de seus órgãos invertidos. O fígado, o intestino e o baço estavam posicionados de trás para frente. O fenômeno foi descoberto em exames de ultrassom enquanto ela ainda estava no útero de Lisa, sua mãe. Na época, os médicos disseram que Jordan teria poucas chances de sobreviver ao parto. A garota Bethany, além de ter os órgãos mal posicionados, também nasceu com outros problemas de saúde, como os dois pulmões que convergiam em um formato, apenas, do pulmão esquerdo, e um buraco no coração. Porém, os pesquisadores se surpreenderam ao constatar que a menina sobrevivera até completar seis anos de idade.
O fato nos leva a cogitações sobre o perispírito, a Lei da Causa e Efeito, reencarnação, suicídio, entre outros assuntos que a Doutrina Espírita nos apresenta. Antes de renascermos, examinando nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento moral, muitas vezes, exoramos a limitação psicomotora na nova experiência física, para que essa condição nos induza à ascensão de sentimentos. Solicitamos aos Benfeitores a enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos; esse ou aquele dano físico que nos exercite a disciplina; decidida mutilação que nos bloqueie o arrastamento à agressividade exagerada; o complexo psicológico que nos remova as ideias etc. É a lógica de justiça da Reencarnação, o que nos remete a analisar as patologias congênitas pelo Princípio de Causa e Efeito. Em verdade, já vivemos, aqui na Terra, inúmeras vezes e trouxemos armazenados os registros de nossas aquisições antecedentes e desvarios, quais suportes energéticos em núcleos de potenciação, e, na união do perispírito ao óvulo, espelharam, nessa célula feminina de reprodução, o nível do nosso processo evolutivo.
Nossa posição moral é que originará os renascimentos com anormalidades congênitas ou não. A partir da fecundação do óvulo, sob o comando da lei, o Espírito reencarnante transmite, através da ação do perispírito, a integração da sua própria herança espiritual com o espólio genético dos genitores. A formação do respectivo DNA individualizado – composto de genes dominantes e recessivos – conduzido pelas sagradas Leis da Hereditariedade, provindas do Criador, configurará o novo corpo físico daquele particular Espírito imortal, que "renascerá" conforme o programa, previamente estabelecido e subordinado, inicialmente e voluntariamente, a fatores como família, raça, etnia, nacionalidade, predisposições para determinados estados de saúde ou doença – física ou espiritual – e inúmeras outras especificidades individuais.
O mestre Chico Xavier opinou certa vez: "sobre as reencarnações mais difíceis, lembrando que, muitas vezes, encontramos determinados casos de suicídio, e, às vezes, suicídio acompanhado de homicídio, obrigando o autor a um angustiante complexo de culpa levado para além desta vida e, depois, esse trauma de culpa renascendo com ele, através da reencarnação". (2) O médium de Pedro Leopoldo explica o seguinte: "Muitas vezes, temos encontrado irmãos nossos suicidas que dispararam um tiro contra o coração e que voltam com a cardiopatia congênita ou com determinados fenômenos que a medicina classifica dentro da chamada Tetralogia de Fallow; nós vemos companheiros que quiseram morrer pelo enforcamento e que voltam com a Paraplegia Infantil; nós vemos muitos daqueles que preferiram o veneno e que voltam com más formações congênitas; outras pessoas que violentaram o próprio ventre e que voltam, também, com as mesmas tendências e que, às vezes, acabam desencarnando com o chamado enfarto mesentérico. Nós vemos, por exemplo, aqueles que preferiram morrer pelo afogamento, num ato de rebeldia contra as leis de Deus e que voltam com o chamado enfisema pulmonar. Vemos, ainda, aqueles que dispararam tiros contra o próprio crânio e voltam com fenômenos dolorosos, como, por exemplo, a idiotia, quando o projétil alcança a hipófise; todas essas consequências, porque estamos em nosso corpo físico, mas subordinados ao nosso corpo espiritual. Então, principalmente os fenômenos decorrentes do suicídio, por tiro no crânio, são muito dolorosos, porque vemos a surdez, a cegueira, a mudez, e vemos esse sofrimento em crianças também, o que nos afigura incompatíveis com a misericórdia de Deus, porque nós sabemos que Deus não quer a dor". (3)
Os pesquisadores, que reduzem os fenômenos da vida ao exclusivo universo da matéria densa, insistem em explicar a vida como uma complexa reação química, e nada mais do que isso, prestes a penetrar nos seus profundos mistérios e propiciar a sua criação pela mão do homem, assim como, até hoje, creem ser o pensamento mera excreção do cérebro e que todas as funções psíquicas morrem com o corpo físico. Os fenômenos vitais não podem ser atribuídos à exclusiva ação mecânica da hereditariedade genética, no comando da montagem dos três bilhões de nucleotídeos que constituem os degraus do DNA humano. Infelizmente, "não há ainda lugar para o espírito na ciência pesquisacional acadêmica, empírico-indutiva, a qual, por isso, continua tomando como causa o que é efeito, fazendo das leis da hereditariedade genética as únicas presentes ao ato da vida, juízas exclusivas e inconscientes do futuro patrimônio apolíneo e saudável, ou disforme e enfermiço do ser humano, apenas concedendo algumas influências aos efeitos ambientais e ao psicossomatismo, ainda que cerebral, calcadas nas predisposições genéticas". (4)
As matrizes das moléstias têm suas raízes na estrutura do psicossoma. Ainda que esteja aparentemente saudável, uma pessoa pode trazer, nos seus Centros Vitais (chacras para os hindus), disfunções latentes adquiridas nesta ou em outras vidas, que, mais cedo ou mais tarde, virão à tona no corpo físico, sob a forma de doenças mais ou menos graves, conforme a extensão da lesão e a posição mental do devedor. Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto más. O "Carma" (5) ou "conta do destino criada por nós mesmos" está impresso no corpo psicossomático. (6) Esses registros fluem para o corpo físico e culminam por determinar o equilíbrio ou o desequilíbrio dos campos vitais e físicos. "Só o reconhecimento – que um dia chegará – da primazia do espírito sobre a matéria, associada essa primazia ao princípio reencarnacionista, isto é, a integração da herança espiritual à hereditariedade genética, comandada pelo Espírito, via perispírito, regida pela Lei de Causa e Efeito, é que permitirá que se identifiquem, no Espírito imortal, as causas verdadeiras dos desequilíbrios que eclodem no corpo físico, mata-borrão e fio-terra que ele é, sob o nome de doenças, incluindo-se os distúrbios da psique humana." (7)
Quando forem descobertas tecnologias muito mais sofisticadas, que nos possibilitem um exame aprofundado da estrutura funcional do perispírito, a medicina transformar-se-á, radicalmente. Os hospitais, possuindo instrumentos de altíssima resolução, muito além daqueles que existem hoje, os diagnósticos serão, inequivocamente, precisos, o que possibilitará a cura real das doenças. Os profissionais da saúde trabalharão muito mais de forma preventiva, evitando, assim, por exemplo, as intervenções cirúrgicas alargadas, invasivas, realizadas, abusivamente, nos dias de hoje. Os médicos terão oportunidade de conhecer, com detalhes, a estrutura transdimensional do corpo perispiritual, compreendendo melhor o modo como se imbricam as complexas estruturas do psicossoma, nas chamadas sinergias, para melhor auxiliar na terapia e manutenção da saúde mento-física-espiritual de seus pacientes.
Referências bibliográficas:
(1) A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado.
(2) Xavier, Francisco Cândido. Pinga Fogo, São Paulo: Ed. Edicel, 1975.
(3) idem.
(4) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito, determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.
(5) Carma, ou Karma (do sânscrito karman, em pali, kamma), significa ação. O termo tem um uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente utilizada também pela teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age.
(6) Sugerimos leitura do livro Ação e Reação, ditado pelo Espírito André Luiz, todo ele dedicado ao estudo do compromisso cármico das vidas sucessivas.
(7) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito, determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.
Quebrando a Casca
Artigo extraído do livro "Horizontes da Vida", pelo Espírito Miramez - 2ª Edição - Ano 1991 - Editora Espírita Cristã Fonte Viva.
Em se
falando de conhecimento espiritual, estamos envolvidos em um cascão
grosseiro, que não deixa passar para o consciente as mensagens elevadas,
cujas interpretações, por isso, sempre são deficientes. Para surgir do
ovo, o pinto luta com todo o seu esforço, e, em muitos casos, precisa da
ajuda da mãe, embora esse trabalho seja dele.
A vida, mesmo quando começa, exige esforço próprio daquele que vai viver os caminhos do mundo; ela se nos apresenta como que um empório, no qual devemos penetrar passo a passo, observando as condições e reunindo experiências. Podemos observar certos exemplos da natureza, em que podemos nos estribar com segurança: ainda que alguém coloque o alimento em nossa boca, nós é que temos de mastigá-lo e engoli-lo; se alguém nos oferece água para beber, somente nós é que temos condições de sorvê-la; os olhos são usados por nós, os pensamentos se expressam em forma de palavras, que temos de nos esforçar para articulá-las. Compreende-se daí que o esforço próprio haverá de ser acionado pelos nossos próprios impulsos. Cada um carrega a sua cruz e sobe o seu próprio calvário, porque a glória, em todos os rumos da vitória, é também de cada um.
A vida universal acionada pelas leis de Deus nos mostra uma graduação de valores espirituais, porém, não deixa de nos apontar o preço que deve custar. Se já conquistamos valores morais no tempo que nos foi confiado, não devemos alardear, como se estivéssemos em busca de glórias efêmeras; Alguém, no mais alto, se encarrega disso com sabedoria e desvelo. O nosso dever é realizar o melhor na cidade do coração, sem o azinhavre do egoísmo. Compete a todos nós aumentar a nossa fé, pois ela é produto da consciência do bem em que devemos permanecer, e dos valores morais que a nossa vida deve mostrar no silêncio. Apregoar o que fazemos de bom é desmerecer a grandeza da benevolência; toda exibição preconcebida se desmoraliza breve, principalmente quando não existe segurança moral do exibidor.
Avancemos fronteiras para alcançarmos horizontes mais amplos da vida, sem debitar na consciência os estragos do exibicionismo falso. O verdadeiro sábio não se desespera, não anda em carreira com seus deveres ante a vida, mas também não pára, nem distrai sua atenção rumo às realidades, por saber, pelo Evangelho, que quem perseverar até o fim será salvo.
Estamos sempre envolvidos em diversos cascões do orgulho e do egoísmo, donde são gerados todos os males da humanidade e, se estamos nascendo para a vida maior, é de nosso dever quebrá-los, na seqüência que o tempo nos pede, para respirarmos novas vidas e colhermos experiências diferentes, o que nos dá grandes esperanças.
A Terra é uma prisão, no entanto, ela pode ser uma porta para a espiritualidade maior, dependendo do modo que entendermos as lições; o mundo atual se encontra enriquecido de lições de porte dos mais elevados, que existem em planos distantes do planeta. E muitos clamam, em súplicas demoradas, pedindo aos Céus que enviem santos e sábios para ensinar-lhes, sem saber que se encontram entre muitos mestres, que sofrem para que a humanidade se eleve.
Os seres humanos andam a procura de atalhos e coisas fáceis, esquecendo-se que Jesus, o Governador da Terra, passou por caminhos estreitos, cheios de espinhos, nasceu no meio da ignorância, onde os condicionamentos da maldade eram tantos que chegavam a ponto da autodestruição, para garantir os erros milenares de sacerdotes ultrapassados em matéria de interpretações das leis do Divino Doador do universo.
Na verdade, devemos desconfiar das coisas fáceis, da bajulação e dos próprios impulsos de autopromoção. Para subir, é necessário crescer; para crescer é indispensável sacrifício e o sacrifício útil é aquele que se refere à suspensão das paixões inferiores.
Quebremos a casca do ovo interno em que estamos envolvidos, pela prisão da ignorância, que depois disso poderemos ver as estrelas brilharem com todos os sóis, nos céus da consciência.
A vida, mesmo quando começa, exige esforço próprio daquele que vai viver os caminhos do mundo; ela se nos apresenta como que um empório, no qual devemos penetrar passo a passo, observando as condições e reunindo experiências. Podemos observar certos exemplos da natureza, em que podemos nos estribar com segurança: ainda que alguém coloque o alimento em nossa boca, nós é que temos de mastigá-lo e engoli-lo; se alguém nos oferece água para beber, somente nós é que temos condições de sorvê-la; os olhos são usados por nós, os pensamentos se expressam em forma de palavras, que temos de nos esforçar para articulá-las. Compreende-se daí que o esforço próprio haverá de ser acionado pelos nossos próprios impulsos. Cada um carrega a sua cruz e sobe o seu próprio calvário, porque a glória, em todos os rumos da vitória, é também de cada um.
A vida universal acionada pelas leis de Deus nos mostra uma graduação de valores espirituais, porém, não deixa de nos apontar o preço que deve custar. Se já conquistamos valores morais no tempo que nos foi confiado, não devemos alardear, como se estivéssemos em busca de glórias efêmeras; Alguém, no mais alto, se encarrega disso com sabedoria e desvelo. O nosso dever é realizar o melhor na cidade do coração, sem o azinhavre do egoísmo. Compete a todos nós aumentar a nossa fé, pois ela é produto da consciência do bem em que devemos permanecer, e dos valores morais que a nossa vida deve mostrar no silêncio. Apregoar o que fazemos de bom é desmerecer a grandeza da benevolência; toda exibição preconcebida se desmoraliza breve, principalmente quando não existe segurança moral do exibidor.
Avancemos fronteiras para alcançarmos horizontes mais amplos da vida, sem debitar na consciência os estragos do exibicionismo falso. O verdadeiro sábio não se desespera, não anda em carreira com seus deveres ante a vida, mas também não pára, nem distrai sua atenção rumo às realidades, por saber, pelo Evangelho, que quem perseverar até o fim será salvo.
Estamos sempre envolvidos em diversos cascões do orgulho e do egoísmo, donde são gerados todos os males da humanidade e, se estamos nascendo para a vida maior, é de nosso dever quebrá-los, na seqüência que o tempo nos pede, para respirarmos novas vidas e colhermos experiências diferentes, o que nos dá grandes esperanças.
A Terra é uma prisão, no entanto, ela pode ser uma porta para a espiritualidade maior, dependendo do modo que entendermos as lições; o mundo atual se encontra enriquecido de lições de porte dos mais elevados, que existem em planos distantes do planeta. E muitos clamam, em súplicas demoradas, pedindo aos Céus que enviem santos e sábios para ensinar-lhes, sem saber que se encontram entre muitos mestres, que sofrem para que a humanidade se eleve.
Os seres humanos andam a procura de atalhos e coisas fáceis, esquecendo-se que Jesus, o Governador da Terra, passou por caminhos estreitos, cheios de espinhos, nasceu no meio da ignorância, onde os condicionamentos da maldade eram tantos que chegavam a ponto da autodestruição, para garantir os erros milenares de sacerdotes ultrapassados em matéria de interpretações das leis do Divino Doador do universo.
Na verdade, devemos desconfiar das coisas fáceis, da bajulação e dos próprios impulsos de autopromoção. Para subir, é necessário crescer; para crescer é indispensável sacrifício e o sacrifício útil é aquele que se refere à suspensão das paixões inferiores.
Quebremos a casca do ovo interno em que estamos envolvidos, pela prisão da ignorância, que depois disso poderemos ver as estrelas brilharem com todos os sóis, nos céus da consciência.
E a Luz se Fez...
Artigo publicado no jornal Unificação - Ano XIII - Outubro de 1965 - Número 151
“ Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz.
E ainda que tenha feito tantos sinais diante deles, não criam nele”.
(João, 12: 36-37).
“ E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.
E estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo: escutai-o”.
E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre seus rostos, e tiveram grande medo.
E aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos; e não tenhais medo.
E erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.
E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas.
Mas, digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista”.
(Mateus, 17: 1-13).
No Livro de Malaquias (4:5) está contida a profecia: “E eis que vos envio o profeta Elias antes que venha o dia grande e terrível do Senhor”.
Fundamentados nessa predição, os judeus, e entre eles os apóstolos, compartilhavam da crença de que Elias seria o precursor de Jesus Cristo.
Por conformismo com os ditames da religião oficial ou por desconhecerem o mecanismo das vidas sucessivas, não souberam, entretanto, ver em João Batista a reencarnação do próprio Elias e, conseqüentemente, não se compenetrando de que o Precursor já estava entre eles, passaram implicitamente a ignorar que na personalidade inconfundível do Mestre estava o prometido e tão esperado Messias.
No desenrolar da majestosa manifestação espiritual ocorrida no Monte Tabor, narrada em Mateus, 17:1-13, os apóstolos tiveram a oportunidade de ver Jesus se transfigurar, o seu rosto se resplandecer como o sol e os seus vestidos se tornarem brancos como a luz. Não obstante isto, ouviram ainda o fenômeno de voz-direta que ressoou no espaço confirmando: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo, escutai-o”, propiciando-lhes uma inequívoca prova de identidade do Mestre.
Entretanto, descendo do Tabor, a dúvida começou a solapar a convicção íntima dos apóstolos:
- Se ele é o Messias, Elias deveria estar encarnado!
- Como se explica vir o Espírito de Elias confabular com ele?
- Não dizem as escrituras que na frente do Messias viria Elias?
- Se Elias é Espírito somente, podem persistir duas alternativas: ou este não é o Cristo ou as escrituras falharam!
Podem as escrituras falhar em coisas tão transcendentais?
E o bichinho roedor da dúvida começou a solapar a fé dos assessores mais imediatos do Cristo.
Porém, o Mestre não se preocupou com as idéias conflitantes dos seus discípulos. A luz se faria dentro em breve.
E, realmente, a revelação de toda a verdade não tardou... Timidamente, um dos discípulos aventurou a indagação: Mestre! Como é que as predições das escrituras revelam que Elias deveria vir primeiro?
E o Messias, lançando o seu olhar fraternal, obtemperou: “Eu vos digo em verdade que Elias já veio e os homens fizeram dele tudo o que quiseram”.
E a luz se projetou como relâmpago. As mentes dos discípulos iluminaram-se com a compenetração de toda a verdade: “E então, compreenderam que era de João Batista que ele falava”.
Indubitavelmente, até mesmo os Espíritos mais elevados, quando em missão na Terra, sob o império da carne, vacilam muitas vezes diante dos fatos mais convincentes. E foi isso o que sucedeu com os apóstolos.
Todos os fenômenos operados por Jesus Cristo, todas as curas por ele produzidas, todos os ensinamentos transcendentais emanados de sua boca, não haviam sido suficientes para provar aos apóstolos que ali estava de fato o Messias Prometido. A despeito de tantos sinais operados diante de todos, os seus contemporâneos duvidavam de sua autoridade e mesmo os apóstolos alimentavam em seus corações alguns resquícios de vacilação.
O apego às letras das escrituras falava mais alto, a ponto de ofuscar a convicção de que na verdade estavam face-a-face ao Cristo de Deus.
Confirmando que João Batista era o Elias que havia de vir, o Mestre legou à Humanidade a mais decisiva e robusta prova sobre a lei da Reencarnação. A lei das vidas sucessivas ficou demonstrada de modo insofismável, propiciando também a seus discípulos se compenetrarem de que as verdades veladas das escrituras jamais podem ser interpretadas sem o bafejo do Espírito que vivifica.
Aqueles que se apegam à letra que mata têm a viva demonstração daquilo que afirmamos. Se o Nazareno não tivesse elucidado ser João Batista uma reencarnação do Espírito do Profeta Elias, seus pósteros passariam a esposar uma falsa opinião sobre a questão, conseqüentemente, não se pode ter apego à letra que mata sob pena de se defrontar com a dura contingência de caminhar por uma senda escusa que levará, inapelavelmente, a situações embaraçosas e a conceituações eivadas de falhas.
Até João Batista, que no dizer do Cristo foi “o maior dentre os nascidos de mulher”, se enquadrou entre os que viram os sinais, mas não se compenetraram completamente da verdade.
Realmente o precursor, quando viu Jesus Cristo pela primeira vez, nas margens do rio Jordão, teceu uma série de elogios ao Mestre afirmando ser ele o Cordeiro de Deus e acrescentando não ser digno de desatar suas sandálias. Não bastasse isso, viu o Espírito descer sobre o Cristo sob forma de pomba, seguido de fenômeno da voz direta que como trovão ressoou: “Este é meu Filho amado em quem me comprazo”.
Não obstante, apesar de todas essas manifestações que corroboraram a identidade do Filho de Deus, quando nas masmorras de Herodes, João enviou seus discípulos para se certificarem “se Jesus era realmente o Cristo ou se ele deveria esperar algum outro?”.
Paulo Alves de Godoy
E ainda que tenha feito tantos sinais diante deles, não criam nele”.
(João, 12: 36-37).
“ E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.
E estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo: escutai-o”.
E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre seus rostos, e tiveram grande medo.
E aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos; e não tenhais medo.
E erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.
E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas.
Mas, digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista”.
(Mateus, 17: 1-13).
No Livro de Malaquias (4:5) está contida a profecia: “E eis que vos envio o profeta Elias antes que venha o dia grande e terrível do Senhor”.
Fundamentados nessa predição, os judeus, e entre eles os apóstolos, compartilhavam da crença de que Elias seria o precursor de Jesus Cristo.
Por conformismo com os ditames da religião oficial ou por desconhecerem o mecanismo das vidas sucessivas, não souberam, entretanto, ver em João Batista a reencarnação do próprio Elias e, conseqüentemente, não se compenetrando de que o Precursor já estava entre eles, passaram implicitamente a ignorar que na personalidade inconfundível do Mestre estava o prometido e tão esperado Messias.
No desenrolar da majestosa manifestação espiritual ocorrida no Monte Tabor, narrada em Mateus, 17:1-13, os apóstolos tiveram a oportunidade de ver Jesus se transfigurar, o seu rosto se resplandecer como o sol e os seus vestidos se tornarem brancos como a luz. Não obstante isto, ouviram ainda o fenômeno de voz-direta que ressoou no espaço confirmando: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo, escutai-o”, propiciando-lhes uma inequívoca prova de identidade do Mestre.
Entretanto, descendo do Tabor, a dúvida começou a solapar a convicção íntima dos apóstolos:
- Se ele é o Messias, Elias deveria estar encarnado!
- Como se explica vir o Espírito de Elias confabular com ele?
- Não dizem as escrituras que na frente do Messias viria Elias?
- Se Elias é Espírito somente, podem persistir duas alternativas: ou este não é o Cristo ou as escrituras falharam!
Podem as escrituras falhar em coisas tão transcendentais?
E o bichinho roedor da dúvida começou a solapar a fé dos assessores mais imediatos do Cristo.
Porém, o Mestre não se preocupou com as idéias conflitantes dos seus discípulos. A luz se faria dentro em breve.
E, realmente, a revelação de toda a verdade não tardou... Timidamente, um dos discípulos aventurou a indagação: Mestre! Como é que as predições das escrituras revelam que Elias deveria vir primeiro?
E o Messias, lançando o seu olhar fraternal, obtemperou: “Eu vos digo em verdade que Elias já veio e os homens fizeram dele tudo o que quiseram”.
E a luz se projetou como relâmpago. As mentes dos discípulos iluminaram-se com a compenetração de toda a verdade: “E então, compreenderam que era de João Batista que ele falava”.
Indubitavelmente, até mesmo os Espíritos mais elevados, quando em missão na Terra, sob o império da carne, vacilam muitas vezes diante dos fatos mais convincentes. E foi isso o que sucedeu com os apóstolos.
Todos os fenômenos operados por Jesus Cristo, todas as curas por ele produzidas, todos os ensinamentos transcendentais emanados de sua boca, não haviam sido suficientes para provar aos apóstolos que ali estava de fato o Messias Prometido. A despeito de tantos sinais operados diante de todos, os seus contemporâneos duvidavam de sua autoridade e mesmo os apóstolos alimentavam em seus corações alguns resquícios de vacilação.
O apego às letras das escrituras falava mais alto, a ponto de ofuscar a convicção de que na verdade estavam face-a-face ao Cristo de Deus.
Confirmando que João Batista era o Elias que havia de vir, o Mestre legou à Humanidade a mais decisiva e robusta prova sobre a lei da Reencarnação. A lei das vidas sucessivas ficou demonstrada de modo insofismável, propiciando também a seus discípulos se compenetrarem de que as verdades veladas das escrituras jamais podem ser interpretadas sem o bafejo do Espírito que vivifica.
Aqueles que se apegam à letra que mata têm a viva demonstração daquilo que afirmamos. Se o Nazareno não tivesse elucidado ser João Batista uma reencarnação do Espírito do Profeta Elias, seus pósteros passariam a esposar uma falsa opinião sobre a questão, conseqüentemente, não se pode ter apego à letra que mata sob pena de se defrontar com a dura contingência de caminhar por uma senda escusa que levará, inapelavelmente, a situações embaraçosas e a conceituações eivadas de falhas.
Até João Batista, que no dizer do Cristo foi “o maior dentre os nascidos de mulher”, se enquadrou entre os que viram os sinais, mas não se compenetraram completamente da verdade.
Realmente o precursor, quando viu Jesus Cristo pela primeira vez, nas margens do rio Jordão, teceu uma série de elogios ao Mestre afirmando ser ele o Cordeiro de Deus e acrescentando não ser digno de desatar suas sandálias. Não bastasse isso, viu o Espírito descer sobre o Cristo sob forma de pomba, seguido de fenômeno da voz direta que como trovão ressoou: “Este é meu Filho amado em quem me comprazo”.
Não obstante, apesar de todas essas manifestações que corroboraram a identidade do Filho de Deus, quando nas masmorras de Herodes, João enviou seus discípulos para se certificarem “se Jesus era realmente o Cristo ou se ele deveria esperar algum outro?”.
Paulo Alves de Godoy
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