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domingo, 12 de agosto de 2012

O criminoso é nosso próximo, como o melhor entre os homens

Aspectos anticristãos do problema da pena de morte
– Uma lição do pastor Stanley Jones – Elisabeth de França
e sua comunicação sobre o problema dos criminosos.
As discussões sobre a pena de morte revelam a falta de compreensão cristã dos problemas humanos em nosso tempo. E essa falta é tanto mais alarmante quando vemos representantes de igrejas cristãs e de correntes espiritualistas defenderem e postularem, de público, a instituição da pena capital em nosso país. Por mais que se alegue a defesa da sociedade, da ordem, da segurança das famílias, a verdade é que o Cristianismo, quer pelo ensino, ou pelo exemplo do Cristo, não autoriza a adoção dessa medida brutal e violenta. E, caso a autorizasse, estaria em contradição consigo mesmo.
O Espiritismo, na sua feição de restabelecimento da pureza inicial dos princípios cristãos, não admite a pena de morte. Por essa atitude clara, definida, além de se manter coerente com a essência dos ensinos de Jesus, mantém-se, também, fiel a si mesmo no plano filosófico. Porque a verdade é a seguinte: quer se encare o Espiritismo no seu aspecto religioso, ou no seu aspecto filosófico ou, ainda, no científico, a doutrina se apresenta coerente, una, homogênea, baseada sempre nos sólidos alicerces dos princípios cristãos.
Admitir a pena de morte é negar a capacidade de recuperação e regeneração da criatura humana. Negar essa capacidade é admitir a falência da ação de Deus no mundo, é admitir a contradição e o absurdo no processo da vida. Para o espírita seria, ainda, negar a eficiência da lei de evolução. Entretanto, a história do mundo nos mostra que os erros humanos são corrigíveis e que os maiores criminosos são suscetíveis de regeneração. Aqui mesmo, em nosso país, não temos o exemplo de grandes cangaceiros que se transformaram em homens de bem?
Alguns espíritas, levados pelo horror de certos crimes, e sobretudo influenciados pela falsa argumentação dos defensores da pena de morte, chegam às vezes a admiti-lo. Se pensassem, porém, nos princípios fundamentais da doutrina, jamais a admitiriam. Se aceitamos que os espíritos foram criados por Deus para a perfeição, e que esta se realiza através das vicissitudes e experiências da alma, como podemos aceitar a idéia de interromper a vida de uma criatura, em nome dos interesses da sociedade? E o que é a sociedade, senão o meio formado por essas próprias experiências, o meio em que essas experiências se desenvolvem, propiciando a uns o esclarecimento e mantendo outros nas trevas da ignorância e da crueldade?
Um grande pastor protestante, Stanley Jones, ensina que devemos ver em cada criatura humana um ser pelo qual o Cristo deu a vida. Essa é uma lição realmente cristã. Se meditarmos nela, veremos o absurdo dos que pretendem tirar a vida a um criminoso, pelo qual o Cristo morreu. Mas, na pena de morte não há somente o absurdo da violência social contra o criminoso, filho e produto da própria sociedade. Há também o absurdo da oficialização do homicídio, que passa a ser uma instituição, produzindo no país uma nova e horripilante classe social: a dos funcionários do crime. Esses funcionários, como acentuou Victor Hugo, seriam os assassinos oficiais, punindo friamente, com a morte burocrática, os infelizes que, no desespero de suas paixões ou no desequilíbrio profundo de sua crueldade mórbida, praticarem crimes.
Kardec incluiu, em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, uma comunicação mediúnica de Elizabeth de França, que termina com estas belas palavras, ao tratar do criminoso: “O arrependimento pode comover seu coração, se pedirdes com fé. É vosso próximo, como o melhor entre os homens. Sua alma, transviada e rebelde, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar. Ajudai-o, pois, a sair do lodaçal, e rogai por ele”. Como vemos, a lei do amor transparece em cada uma destas palavras, acordando-nos para o verdadeiro sentido das responsabilidades sociais em face dos criminosos.

O Mistério do Bem e do Mal
Herculano Pires

Necessidade do estudo de Kardec para discernimento doutrinário


Confusões intencionais e não-intencionais, lançadas nos meios espíritas – O problema umbandista – Mensagens de Ramatis.
Há muitas confusões, feitas intencionalmente ou não, entre o Espiritismo e numerosas formas de crendice popular, inclusive as formas de sincretismo religioso afro-brasileiro, hoje largamente difundidas. Adversários da doutrina espírita costumam fazer intencionalmente essas confusões, com o fim de afastar do Espiritismo as pessoas cultas. Por outro lado, alguns espíritas mal-orientados, que não conhecem a própria doutrina, colaboram nesse trabalho de confusão, admitindo como doutrinárias as mais estranhas manifestações mediúnicas e as mais evidentes mistificações.
Alguns leitores se mostram justamente alarmados com a larga aceitação que vêm tendo, em certos meios doutrinários, práticas de Umbanda e comunicações de Ramatis. E nos escrevem a respeito, pedindo uma palavra nossa sobre esses assuntos. Na verdade, já escrevemos numerosas crônicas tratando da necessidade de vigilância nos meios espíritas, de maior e mais seguro conhecimento dos nossos princípios, e apontando os perigos decorrentes do entusiasmo fácil, da aceitação apressada de certas inovações. Mas, para atender às solicitações, voltaremos hoje ao assunto.
Kardec dizia, como muita razão, que os adeptos demasiado entusiastas são mais perigosos para a doutrina do que os próprios adversários. Porque estes, combatendo o que não conhecem, evidenciam a própria fraqueza e contribuem para o esclarecimento do povo, enquanto os adeptos de entusiasmo fácil comprometem a causa. O que estamos vendo hoje, no meio espírita brasileiro, não é mais do que a confirmação dessa assertiva do codificador. Espíritas demasiado entusiastas estão sempre prontos a receber qualquer “nova revelação” que lhes seja oferecida e a divulgá-la sofregamente, como verdades incontestáveis. Que diferença entre o equilíbrio e a ponderação de Kardec e essa afoiteza inútil e prejudicial!
No tocante à Umbanda, já dissemos aqui, numerosas vezes, que se trata de uma forma de sincretismo religioso, ou seja, de mistura de religiões e cultos, com a qual o Espiritismo nada tem a ver. As formas de sincretismo religioso são, praticamente, as nebulosas sociais de que nascem as novas religiões. A Umbanda já superou a fase inicial de nebulosa, estando agora em plena fase de condensação. É por isso que ela de difunde com mais intensidade. Já se pode dizer que é uma nova religião, formada com elementos das crenças africanas e indígenas, misturados a crenças e formas de culto do catolicismo e do islamismo em franco desenvolvimento entre nós. O Espiritismo não participou da sua formação, embora os nossos sociólogos, em geral, exatamente por desconhecerem o Espiritismo, digam o contrário, pois confundem o mediunismo primitivo, de origem africana e indígena, com os princípios de uma doutrina moderna. Nós, espíritas, devemos respeitar na Umbanda uma religião nascente, mas não podemos admitir confusões entre as suas práticas sincréticas e as práticas espíritas.
Quando às mensagens de Ramatis, também já tivemos ocasião de declarar que se trata de mensagens mediúnicas a serem examinadas. De nossa parte, consideramo-las como mensagens confusas, dogmáticas, vazadas na linguagem típica dos espíritos pseudo-sábios, a que Kardec se refere na escala espírita de O Livro dos Espíritos. Cheias de afirmações absurdas e até mesmo contraditórias, essas mensagens revelam uma fonte que devia ser encarada com menos entusiasmo e com mais cautela pelos espíritas. Em geral, nossos confrades se entusiasmam com “as novas revelações” aparentemente contidas nas mesmas, esquecendo-se de passá-las, como aconselhava Kardec, pelo crivo da razão.
O que temos de aconselhar a todos, pelo menos a todos os que nos consultam a respeito, é mais leitura e mais estudo de Kardec, e menos atenção a espíritos que tudo sabem e a tudo respondem com tanta facilidade, usando sempre uma linguagem envolvente, em que nem todos sabem dividir a verdade do erro. “O Espiritismo”, dizia Cairbar Schutel, “é uma questão de bom-senso”. Procuremos andar de maneira sensata, na aceitação de mensagens mediúnicas.

Livro: O mistério do Bem e do Mal
Herculano Pires

Divaldo- Jesus e Vida


Seminário com Carlos Baccelli- tema psicografia de Chico Xavier


Educação Espírita- Raul Teixeira


Lei de Reencarnação- Raul Teixeira


sábado, 11 de agosto de 2012

Renascer e remorrer

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Renascer e remorrer
Cap. V – Item 12
Usufruímos na Espiritualidade o continente sem limites de onde
viemos; no Universo Físico, o mar sem praias em que navegamos
de quando em quando, e, na Vida Eterna, o abismo sem fundo
em que desfrutamos as magnificências divinas.
No trajeto multimilenário de nossas experiências, aprendemos,
entre sucessivos transes de nascimento e desencarnação, a alegria
de viver, descobrindo e reconhecendo a necessidade e a compensação
do sofrimento, sempre forjado por nossas próprias faltas.
Já renascemos e remorremos milhões de vezes, contraindo e
saldando obrigações, assinalando a excelsitude da Providência e o
valor inapreciável da humildade, para saber, enfim, que toda revolta
humana é absurda e impotente.
Se as lutas do burilamento moral não têm unidade de medida, a
ação do amor é infinita na solução de todos os problemas e na
medicação de todas as dores.
Tolera com paciência as inevitáveis, mas breves provas de agora,
para que te rejubiles depois.
Nos compromissos espirituais, todos encontramos solvibilidade
através do esforço próprio. Aproveitemos a bênção da dor na
amortização dos débitos seculares que nos ferreteiam as almas,
perseverando resignadamente no posto de sentinelas do bem, até
que o Senhor mande render-nos com a transformação pela morte.
Sempre trazemos dívidas de lágrimas uns para com os outros.
Vive, assim, em paz com todos, principalmente junto aos irmãos
com os quais a tua vida se intercomunica a cada instante,
legando, por testamento e fortuna, atos de amor e exemplos de fé,
no fortalecimento dos espíritos de amigos e descendentes.
Se há facilidade para remorrer, há dificuldades para renascer.
As portas dos cemitérios jamais se fecham; contudo, as portas da
reencarnação só se abrem com a senha do mérito haurido nas edificações
incessantes da caridade.
As dores iguais criam os ideais semelhantes.
Auxiliemo-nos mutuamente.
O Evangelho – o livro luz da evolução – é o nosso apoio. Busquemos
a Jesus, lembrando-nos de que o lamento maior, o desesperado
clamor dos clamores, que poderia ter partido de seus lábios,
na potência de mil ecos dolorosos, jamais chegou a existir.
Lins de Vasconcellos

Livro : Espírito da Verdade

Com você mesmo

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Com você mesmo
Cap. V – Item 13
Meu amigo, você clama contra as dificuldades do mundo, mas
será que você já pensou nas facilidades em suas mãos?
Observemos:
Você concorre, em tempo determinado, para exonerar-se da
multa legal, com expressiva taxa de consumo de luz e força elétricas;
todavia, a usina solar que lhe fornece claridade, calor e vida,
nem é assinalada comumente pela sua memória...
Você salda, periodicamente, largas contas relativas ao gasto de
água encanada; no entanto, nem se lembra da gratuidade da água
das chuvas e das fontes a enriquecer-lhe os dias...
Você estipendia na feira, com apreciáveis somas, todo gênero
alimentício que lhe atenda ao paladar; contudo, o oxigênio –
elemento mais importante a sustentar-lhe o organismo – é utilizado
em seu sangue sem pesar-lhe no orçamento com qualquer preocupação...
Você resgata com a loja novos débitos, cada vez que renova o
guarda-roupa, e, apesar disso, nunca inventariou os bens que deve
ao corpo de carne a resguardar-lhe o Espírito...
Você remunera o profissional especializado pela adaptação de
um só dente artificial: entretanto, nada despendeu para obter a
dentadura natural completa...
Você compra a drágea medicamentosa para leve dor de cabeça;
todavia, recebe de graça a faculdade de articular, instante a instante,
os mais complicados pensamentos...
Você gasta quantias inestimáveis para assistir a esse ou aquele
espetáculo esportivo ou à exibição de um filme; contudo, guarda
sem sacrifício algum a possibilidade de contemplar o solo cheio de
flores e o Céu faiscante de estrelas...
Você paga para ouvir simples melodia de um conjunto orquestral;
no entanto, ouve diariamente a divina musica da natureza, sem
consumir vintém...
Você desembolsa importâncias enormes para adquirir passagens
e indenizar hospedarias, sempre que se desloca de casa; não
obstante, passa-lhe despercebido o prêmio vultoso que recebeu
com o próprio ingresso na romagem terrestre...
Não desespere e nem se lastime...
Atendamos à realidade, compreendendo que a alegria e a esperança,
expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos
básicos da vida a erguer-se, a cada momento, por sinfonia maravilhosa.

André Luiz


Do Livro Espírito da Verdade - Chico Xavier

O REMÉDIO JUSTO


Emmanuel
 -Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.”
- JESUS - MATEUS, 5: 4.

 “Por estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, come prelúdio da cura.” Cap. V, 12.
 Perguntas, muitas vezes, pela presença dos espíritos guardiões, quando tudo indica, que forcas contrárias às tuas noções de segurança e conforto, comparecem, terríveis, nos caminhos terrestres.
 Desastres, provações, enfermidades e flagelos inesperados arrancam-te indagações aflitivas.
 Onde os amigos desencarnados que protegem as criaturas? Como não puderam prevenir certos transes que te parecem desoladoras calamidades? Se aspiras, no entanto, a conhecer a atitude moral dos espíritos benfeitores, diante dos padecimentos desse matiz, consulta os corações que amam verdadeiramente na Terra.
 Ausculta o sentimento das mães devotadas que bendizem com lágrimas as grades do manicômio para os filhos que se desvairaram no vicio, de modo a que não se transfiram da loucura à criminalidade confessa.
 Ouve os gemidos de amargura suprema dos pais amorosos que entregam os rebentos, do próprio sangue no hospital, para que lhes seja amputado esse ou aquele membro do corpo, a fim de que a moléstia corruptora, a que fizeram jus pelos erros do passado, não lhes abrevie a existência.
 Escuta as esposas abnegadas, quando compelidas a concordarem chorando com os suplícios do cárcere para os companheiros queridos,evitando –se -lhes a queda, em fossas mais profundas de delinqüência.
 Perquire o pensamento dos filhos afetuosos,ao carregarem, esmagados de dor, ospais endividados em doenças infecto –contagiosas, na direção.
o das casas de isolamento, a fim de que não se convertam em perigo para a comunidade.
 Todos eles trocam as frases de as frases de carinho e os dedos veludosos pelas palavras e pelas mãos de guardas e enfermeiros, algumas vezes desapiedados e frios, embora continuem mentalmente jungidos aos seres que mais amam, orando e trabalhando para que lhes retornem ao seio.
 Quando vejas alguém submetido aos mais duros entraves, não suponhas que esse alguém permaneça no olvido, por parte dos benfeitores espirituais que lhe seguem a marcha.
 0 amor brilha e paira sobre todas as dificuldades, à maneira do sol que paira e brilha sobre todas as nuvens.
 Ao invés de revolta e desalento, oferece paz e esperança ao companheiro que chora, para que, à frente de todo mal, todo o bem prevaleça.
 Isso porque onde existem almas sinceras, à procura do bem, o sofrimento é sempre o remédio justo da vida para que, junto delas, não suceda o pior.

Extraído do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

ESQUECIMENTO DO PRETÉRITO



Conquanto estejas informado a respeito da ação do passado sobre
o presente, deixas-te dominar quase sempre por dúvidas atrozes que
espezinham tuas convicções, fazendo-te sofrer.
Conjecturas quanto ao esquecimento que acompanha o espírito na
reencarnação, e supões que esse olvido, de certo modo se faz obstáculo ao
discernimento entre amigos e adversários da tua felicidade.
Seria mais justo que, assim pensas, em momentos de rudes
provanças, os centros da memória anterior fossem libertados e a censura que
frena as recordações deixasse fluir os rios do conhecimento de modo a agires
com acerto.
Confessas intimamente o tormento que te consome por caminhares
sem o conhecimento do destino, tendo em vista a ignorância do pretérito,
assinalando desolação e dor.
E concluis, apressado, que a reencarnação, em tais bases, não
expressa condignamente o amor de Nosso Pai, afirmando que, em ti mesmo não
encontras, na memória, os fundamentos que favoreçam a segurança que
gostarias de possuir para levares de vencida a experiência evolutiva.
Pensas, e no entanto desconheces a mecânica do raciocínio a
nascer nos centros cerebrais.
Ages sob impulsos desconhecidos, e ignora a razão deles.
Vives governado por automatismos fisiológicos que te mantém a
harmonia orgânica sem lhes conheceres a procedência...
...Vês, ouves, sentes, falas, distingues gostos, no que se
refere aos débeis órgãos dos sentidos físicos sem indagações, sem exigências
e, todavia, deixas-te conduzir tranqüilamente.
Observa a dificuldade que experimenta uma criatura excepcional
aprendendo a falar, comer, controlar os movimentos...
Entenderás, então, que se não te é lícito recordar o passado, a
outros espíritos mais esclarecidos e fortes que o teu é permitido navegar no
oceano das recordações com alguma segurança e naturalidade...
Ao invés de castigo, o esquecimento das vidas passadas é dádiva
celeste.
Desejarias identificar os sicários da tua paz e os cooperadores
da tua alegria. Examina, no entanto, as afinidades, considera as emoções
junto aos que te cercam, medita e conclui com o auxílio do tempo.
Abre, todavia, os braços, a quantos se acercam de ti, procurando
envolvê-los nas vibrações do entendimento e da cordialidade, para fruíres
afeição e simpatia.
* * *
Encontras obstáculos afetivos no lar entre os membros da família
e experimentas, não raro, asco senão revolta por aqueles a quem deverias
amar nas amarras do sangue.
Reações indomáveis, a se manifestarem como animosidade,
alquebram o teu ânimo em casa, levando-te a desesperos e atritos
lamentáveis.
Acalentas, ou és vítima de idiossincrasias, senão aversões, por
filhos ou irmãos, lutando tenazmente por vencer a força negativa que te
assoma na presença deles, sem resultados positivos.
A estada na intimidade doméstica se constitui penoso período,
encontrando, todavia, motivos de júbilos sob tetos alheios...
...E desejarias recordar o ontem!...
Se em ignorância quanto ao mal que te hajam feito, eles os teus
familiares, te sentes incapaz de fitá-los, entendê-los, ajudá-los e amá-los,
oferecendo-lhes compreensão e simpatia, como te portarias se, na filha revel
identificasses antiga companheira que o adultério arrastou, no irmão
consangüíneo o destruidor do antigo ninho de venturas que o tempo não
consumiu, no pai ou mãe, no filho ou noutro parente o arquiteto da tua ruína
ou a vítima da sua sandice?
Esquecer o mal para agir com acerto é luz de amor na lâmpada da
oportunidade.
Ignorar os maus para ajudá-los, significa ensejar-lhes, com
igualdade de condições, ocasião de repararem os males que tenham praticado.
Lutar contra a antipatia, procurando ignorar as causas da
aversão representa valioso esforço de libertação íntima.
Considerando a pequenez e a inferioridade moral de quantos se
encontram na Terra, o abençoado Hospital-Escola para os recalcitrantes, os
Excelsos Promotores dos renascimentos fazem que a mente espiritual mergulhe
no olvido, a fim de que as lembranças dos atos infelizes não os enlouqueçam
e as evocações abençoadas não os paralisem em recordação insensata ou
improfícua.
* * *
Jesus, o Egrégio Coordenador da Vida na Orbe, lecionando sobre a
necessidade do bem atuante, não poucas vezes exortou ao amor puro e simples
com o esquecimento do mal, para que este não se corporificasse em sombra
tenebrosa acompanhando nossa consciência. E desejando imprimir com sulcos
profundos o ensino sublime, conclamou os que O seguissem a duplicar a
bondade em relação aos que nos peçam algo, mandando oferecer a outra face ao
agressor para que não fôssemos os promotores do mal ou vitalizadores da
impiedade.
E assim o fez por conhecer o abismo que a ignorância da verdade
representa e a balisa de luz que significa o amor no caminho da evolução,
amor que nos faz esquecer o mal para somente nos lembrarmos do bem...
(De "Dimensões da Verdade", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de
Ângelis)