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terça-feira, 5 de julho de 2016

08 - ORGULHO E VAIDADE.""Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.)"


Procuremos, agora, ilustrar, entre os defeitos que mais comumente manifestam-se em nós, o orgulho e a vaidade. Busquemos tranquilamente conhecê-los, tão profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos dentro de nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós para nós mesmos. Assim, o nosso trabalho de prospecção interior é suave, e não podemos nos maldizer ou nos martirizar pelos defeitos que ainda temos. Vamos, então, trazer aos níveis de nossa consciência aquelas manifestações impulsivas que nos dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.

A - ORGULHO

"Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio."
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.)


"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espirito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera."
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.)


As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;

b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;

c) Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;

d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;

e) Menospreza as idéias do próximo;

f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;

g) Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
h) Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;

i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
j) Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiõ e de contendas.

Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade, da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".

É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói!".

B - VAIDADE

"O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria. " (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritis­mo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)

A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:

a) Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falar demasiado);

b) Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;

c) Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;

d) intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;

e) Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;

f) Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;

g) Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.

A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.

A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o interprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.

O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.

O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranquila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar-se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.

Ney P. Peres

 http://www.acasadoespiritismo.com.br/

terça-feira, 11 de novembro de 2014

INSTRUÇÃO ESPÍRITA.(...)"A história esclarece o passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.Um título acadêmico atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros da deontologia, não determina, de modo positivo, em renovações do sentimento...."

Emmanuel
 
Escola benemérita, o templo espírita é um lar de luz, aberto à instrução geral para o entendimento das leis que regem os fenômenos da evolução e do destino.
Cada irmão de ideal, entre as paredes que lhe demarcam o recinto, quando se pronuncia no grau do conhecimento que já conquistou, é comparável ao professor que fala da cátedra que lhe pertence para a edificação dos alunos.
E não se diga que um instituto terrestre de ensino usual, onde sejam pagas as explicações professadas em aula, seja mais importante.
A matemática é instrumento inseparável da ciência para que se meça a propriedade das grandezas, mas, sem a educação do caráter, é possível de transformar-se em delírio de cálculos para a destruição.
A lingüística descerra a estrutura dos idiomas, no entanto, sem espírito de fraternidade, o poliglota mais hábil pode não passar de um dicionário pensante.
A psicologia investiga as ocorrências da vida mental, a desdobrar-se nos meandros da análise psíquica, entretanto, sem o estudo da reencarnação, reduz-se a frio holofote que desvenda males e chagas sem oferecer-lhes consolo.
A história esclarece o passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.
Um título acadêmico atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros da deontologia, não determina, de modo positivo, em renovações do sentimento.
Amemos no templo espírita a escola das diretrizes que nos orientem escolha e conduta.
Dentro dele, abramos a alma com sinceridade aos que nos escutam e ouçamos com respeito os que nos dirigem a palavra, permutando experiências que nos corrijam as preferências e as atitudes.
O Evangelho, que consubstancia as mais altas normas para a sublimação do espírito, acima de todas as técnicas que aformoseiam a inteligência, não nasceu nem de ritos, nem de imposições, nem de etiquetas e nem de culto externo.
A maior mensagem descida dos Céus à Terra, para dignificar a vida e iluminar o coração, surgiu das palavras inesquecíveis de Jesus que procurava o povo e do povo que procurava Jesus.
 
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier

EVANGELIZAÇÃO. (...)"O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade..."(...)"a iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual...."

Emmanuel
 
Todos os estudiosos que solicitam de amigos do Além um roteiro de orientação não devem esquecer o Evangelho de Jesus, roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
 
Habitualmente, invoca-se a velhice de sua letra e a repetição de seus enunciados. O Espírito do Evangelho de Cristo, porém, é sempre a luz da vida. Determinados companheiros buscam justificar o cansaço das fórmulas, alegando que em Espiritismo, temos obras definitivas da revelação, com o sabor de novidade preciosa, em matéria de esclarecimento geral e esforço educativo. O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade. Todas essas obras notáveis dos missionários humanos, na sua tarefa de interpretação, funcionam como telescópios, aclarando-lhe a grandeza. É que a sua luz se dirige à atmosfera interior da criatura, intensificando-se no clima da boa vontade e do amor, da sinceridade e da singeleza.
 
A missão do Espiritismo é a do Consolador, que permanecerá entre os homens de sentimento e de razão equilibrados, impulsionando a mentalidade do mundo para uma esfera superior. Vindo em socorro da personalidade espiritual que sofre, nos tempos modernos, as penosas desarmonias do homem físico do planeta, estabelece o Consolador a renovação dos valores mais íntimos da criatura e não poderá executar a sua tarefa sagrada, na hipótese de seus trabalhadores abandonarem o esforço próprio, no sentido de operar-se o reajustamento das energias morais de cada indivíduo.
 
A capacidade intelectual do homem é restrita ao seu aparelhamento sensorial; todavia, a iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual.
 
A grande necessidade, ainda e sempre, é a da evangelização íntima, para que todos os operários da causa da verdade e da luz conheçam o caminho de suas atividades regeneradoras, aprendendo que toda obra coletiva de fraternidade, na redenção humana, não se efetua sem a cooperação legítima, cuja base é o esclarecimento sincero, mas também é a abnegação, em que o discípulo sabe ceder, tolerar e amparar, no momento oportuno.
 
Para a generalidade dessa orientação moral faz-se indispensável que todos os centros de estudo doutrinário sejam iluminados pelo Espiritismo evangélico, a fim de que a mentalidade geral se aplique à luta da edificação própria, sem fetichismos e sem o apoio temporal de forças exteriores, mesmo porque se Jesus convocou ao seu coração magnânimo todos os que choram com o “vinde a mim, vós os que sofreis”, também asseverou “tomai a vossa cruz e segui-me!...”, esclarecendo a necessidade de experiências edificantes no círculo individual.
 
Resumindo, somos compelidos a concluir que, em Espiritismo, não basta crer. É preciso renovar-se. Não basta aprender as filosofias e as ciências do mundo, mas sentir e aplicar com o Cristo.
 
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"E eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19) "...As chaves do Reino dos Céus, prometidas por Jesus Cristo, são simbolizadas na sabedoria, nas obras meritórias, na evolução espiritual, na reforma íntima, pois, sem esses atributos ninguém terá possibilidades de ascender aos páramos de luz que os homens denominam Céus. Quem tiver obedecido às ordenações de Jesus Cristo no sentido de acumular um tesouro nos Céus, onde os ladrões não roubam nem a ferrugem consome, certamente terá garantida a posse dessas chaves. ...

O QUE LIGARES NA TERRA

"E eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19)
Não sendo o Reino dos Céus um lugar circunscrito, mas apenas um estado consciencial, é óbvio que as chaves desse reino, prometidas por Jesus Cristo ao apóstolo Pedro, são apenas simbólicas.
Os homens conquistam o Reino dos Céus quando operam dentro de si a reforma íntima. Sendo o Evangelho de Jesus a alavanca mais portentosa para se alcançar essa reforma, é ele, portanto, a chave desse reino, a qual é concedida por Deus a todos os seus filhos, assim como foram outorgadas a Pedro as chaves do Reino dos Céus, que apesar de ser um Espírito de ordem elevada estava e está ainda palmilhando a senda evolutiva.
Quando o Mestre prometeu a Pedro que tudo aquilo que ele ligasse na Terra, teria a sua correspondente ligação nos Céus, e tudo aquilo que fosse por ele desligado aqui embaixo, seria também desligado lá em cima, não objetivou conceder ao notável apóstolo uma prerrogativa especial, pois os acontecimentos posteriores revelaram que o antigo pescador do Tiberíades não desfrutava desse poder.
Como poderiam ser ligadas nos Céus as coisas praticadas por Pedro na Terra, se logo após ter o Cristo proferido aquelas palavras, o apóstolo foi vítima da influenciação de Espíritos de ordem inferior, merecendo de Jesus as famosas palavras: Afasta-te de mim satanás! (Mateus,16:23).
Como poderia Pedro estar investido de tamanha autoridade, se algum tempo após o Mestre teve necessidade de dizer-lhe: Pedro, satanás vos pediu para vos cirandar como trigo, mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. Quando te converteres, convence os teus irmãos (Lucas,22:31-34).
Teria sido ligado nos Planos Superiores o episódio da negação quando Pedro, por três vezes consecutivas, sustentou não ser seguidor de Jesus Cristo? (Mateus, 26:34).
Será que poderia ser ligada nos Céus a atitude dos apóstolo entre eles Pedro, de repelir estrangeiros na comunidade dos cristãos?
Os apóstolos, entre eles Pedro, não conseguiram curar o jovem lunático, narrado em Mateus, 9:18, o que foi feito posteriormente por Jesus Cristo. Tudo indica que não foi ligado no Céu aquilo que os apóstolos, entre eles Pedro, pretendiam fazer.
Quando Pedro visitou o Centurião Cornélio, na cidade de Cesaréia, houve uma ligação no Céu daquilo que ele praticou. Os demais apóstolos não concordaram com a visita e admoestaram Pedro severamente por haver adentrado a casa dum gentio. Nessa mesma visita Pedro disse a Cornélio: Vós bem sabeis que não é lícito a a um varão judeu juntar-se ou chegar-se a um estrangeiro (Atos, 10:28). Porventura teriam essas palavras do apóstolo boa ressonância no Céu, quando se considera que a mensagem de Jesus Cristo foi dirigida a todos os povos de forma indistinta?
Como decorrência, deve-se compreender que somente é ligado ou desligado nos Céus o que for praticado sob a égide dos ensinamentos evangélicos, pois isso constitui, na realidade, os de ligação entre Deus e os homens. Somente merecerá o beneplácito ou a repulsa do Alto, o que for praticado com ou sem a égide do Evangelho, uma vez que o Mestre havia asseverado que nenhum só til ou jota dos seus ensinos deixaria de ser cumprido.
O que significam, na realidade, as chaves do Reino dos Céus?
Serão porventura chaves comuns, como as que são usadas na Terra para se abrir portas de casas? Teriam as chaves do Reino dos Céus sido dadas somente a Pedro?
As chaves do Reino dos Céus, prometidas por Jesus Cristo, são simbolizadas na sabedoria, nas obras meritórias, na evolução espiritual, na reforma íntima, pois, sem esses atributos ninguém terá possibilidades de ascender aos páramos de luz que os homens denominam Céus. Quem tiver obedecido às ordenações de Jesus Cristo no sentido de acumular um tesouro nos Céus, onde os ladrões não roubam nem a ferrugem consome, certamente terá garantida a posse dessas chaves.
Todo aquele que pautar seus atos nos moldes dos ensinamentos legados por Jesus, todo aquele que viver os ensinamentos evangélicos, estará apto a conquistar esse decantado reino. A vivência dos preceitos ensinados pelo Cristo propiciará a todos aqueles que os assimilarem a oportunidade de viverem as qualidades intrínsecas que lhes possibilitarão o acesso a essas regiões elevadas. Eles entrarão realmente na posse das chaves para a conquista desse tão almejado Reino.
Quando Pedro proclamou ser Jesus Cristo o Filho de Deus vivo, o Mestre retrucou: Não foi nem a carne nem o sangue quem isso te revelou, mas meu Pai quee está nos Céus, o que, logicamente, indica que o apóstolo estava sendo medianeiro de palavras emanadas do Alto, portanto, o instrumento de uma revelação. Como decorrência, tudo aquilo que, como medianeiro, ele ligasse na Terra, seria ligado nos Céus, rnas o que ele viesse a fazer como homem, e não como instrumento do Alto, não teria essa ligação ou desligamento.
Como homem, ele teve dura contenda com Paulo (Gálatas, 2:11), tendo o Apóstolo dos Gentios afirmado que Pedro era repreensível e que não andava segundo as verdades contidas nos Evangelhos. É óbvio que um episódio dessa natureza não poderia jamais ser ligado nos Céus.
Paulo A. Godoy

Livro : O Evangelho Pedi Licença

Fonte: site a casa do espiritismo

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O PROBLEMA DA LIBERDADE "...Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum..."


Emmanuel

 
Em verdade, o direito vem libertando os cidadãos da escura nódoa do cativeiro, no vasto círculo dos povos...
                                                                     *
Decretos e proclamações glorificam a liberdade...
Entretanto, o Homem, privilegiado herdeiro da inteligência, no mundo, ainda continua escravo adentro de si mesmo...
                                                                     *
Pesados grilhões acorrentam-no à inferioridade e à sombra, convertendo-o em fantasma de dor e treva, quando poderia erguer-se à condição de semeador de alegria e de luz...
                                                                     *
Mais que o rebenque dilacerante dos antigos capatazes de fazenda, a ira enrijece-lhe o coração, a avareza enregela-lhe o íntimo, a crueldade aguilhoa-lhe o sentimento, a incompreensão vergasta-lhe a alma e a ignorância espanca-o infatigável, ferindo-lhe a mente e a carne com os azorragues de seu nefasto domínio...
                                                                     *
Não valem ordenações  terrestres de liberdade para os instintos desabridos e será sempre perigoso ditar direitos humanos para seres racionais que se bestializam...
                                                                     *
Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...
                                                                     *
Não hesitaremos.
A única propriedade inalienável da criatura é a sua própria alma à frente do Criador e Pai.
                                                                     *
Somos aquilo que criamos em nós próprios.
                                                                     *
Temos o que detemos, assim como recolhemos o que semeamos.
                                                                     *
Liberemos nossas forças para a estruturação de novos destinos sob a Inspiração de Jesus.
                                                                     *
Enquanto o amor e a humildade não estabelecerem o seu império sobre nós, seremos invariavelmente vítimas potenciais do ódio e do orgulho, ameaçando a nossa própria felicidade pala auto-escravização no sofrimento.
                                                                     *
Não nos esqueçamos de que os grandes missionários emancipam as nações, mas somente nós mesmos poderemos redimir nossa alma cativa na Terra para o vôo sublime à gloriosa e definitiva libertação.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

A INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO

 

Emmanuel

 
A influência do Espiritismo, em verdade, à feição de movimento libertador das consciências, será precioso fator de evolução, em toda parte.
*
Na Ciência criará novos horizontes à glória do espírito.
*
Na filosofia, traçará princípios superiores ao avanço inelutável do progresso.
*
Na religião, estabelecerá supremos valores interpretativos, liberando a fé viva das sombras que a encarceram na estagnação e na ignorância.
*
Na justiça, descortinará novos rumos aos direitos humanos.
*
No trabalho, proporcionará justa configuração ao dever.
*
Nas artes, acenderá a inspiração da inteligência para os mais arrojados vôos ao país da beleza.
*
Na cultura, desabotoará novas fontes de Luz para a civilização fatigada e decadente.
*
Na política, plasmará nova conceituação para a responsabilidade nos patrimônios públicos.
 
*
Na legislação, instituirá o respeito substancial ao bem comum.
*
E, em todos os setores do crescimento terrestre, à frente do futuro, ensinará e levantará, construindo e consolando, com a verdade a nortear-lhe a marcha redentora.
*
Entretanto, somente no coração é que o Espiritismo pode realmente transformar a vida.
*
Não basta erguer-se o homem às novas experiências de natureza exterior sem bases no sentimento.
*
Civilizações múltiplas há surgindo no mundo, alcançando o apogeu e descendo de novo aos sepulcros de pós e cinza.
*
Conduzamos o coração às bênçãos da Doutrina Salvadora que abraçamos com o Cristo e, desse modo, a ressurreição da Terra, começando por dentro de nós, constituir-nos-á, no abençoado amanhã, o Paraíso conquistado para a nossa Alegria Perpétua em Perpétuo Esplendor.
 
Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Ciúme [...]O ciumento, inseguro dos próprios valores, des­carrega a fúria do estágio primitivista em manifesta­ções ridículas, quão perturbadoras, em que se conso­me.Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e envene­na-se com os vapores da revolta em que se rebolca, insanamente...





Tipificando insegurança psicológica e desconfi­ança sistemática, a presença do ciúme na alma trans­forma-se em algoz implacável do ser. O paciente que lhe tomba nas malhas estertora em suspeitas e verda­des, que nunca encontram apoio nem reconforto.
Atormentado pelo ego dominador, o paciente, quando não consegue asfixiar aquele a quem estima ou ama, dominando-lhe a conduta e o pensamento, foge para o ciúme, em cujo campo se homizia a fim de entregar-se aos sofrimentos masoquistas que lhe ocul­tam a imaturidade, a preguiça mental e o desejo de impor-se à vitima da sua psicopatologia.
No aturdimento do ciúme, o ego vê o que lhe agra­da e se envolve apenas com aquilo em que acredita, ficando surdo à razão, à verdade.
O ciúme atenaza quem o experimenta e aquele que se lhe torna alvo preferencial.
O ciumento, inseguro dos próprios valores, des­carrega a fúria do estágio primitivista em manifesta­ções ridículas, quão perturbadoras, em que se conso­me. Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e envene­na-se com os vapores da revolta em que se rebolca, insanamente.
Desviando-se das pessoas e ampliando o círculo de prevalência, o ciúme envolve objetos e posições, posses e valores que assumem uma importância alu­cinada, isolando o paciente nos sítios da angústia ou armando-o com instrumentos de agressão contra to­dos e tudo.
O ciúme tende a levar sua vítima à loucura.
O ego enciumado fixa o móvel da existência no de­sejo exorbitante e circunscreve-se à paixão dominado­ra, destruindo as resistências morais e emocionais, que terminam por ceder-lhe as forças, deixando de reagir.
Armadilha do ego presunçoso, ele merece o ex­termínio através da conquista de valores expressivos, que demonstrem ao próprio indivíduo as suas possi­bilidades de ser feliz.
Somente o self pode conseguir essa façanha, ar­rebentando as algemas a que se encontra agrilhoa­do, para assomar, rico de realizações interiores, su­perando a estreiteza e os limites egóicos, expandin­do-se e preenchendo os espaços emocionais, as aspi­rações espirituais, vencidos pelos gases venenosos do ciúme.
Liberando-se da compressão do ciúme, a pouco e pou­co, o eu profundo respira, alcança as praias largas da existência e desfruta de paz com alguém ou não, com algo ou nada, porém com harmonia, com amor, com a vida.

Livro: Ser Consciente
Divaldo P. Franco / Joana de Angelis

Ressentimento [...]As pessoas são, normalmente, competitivas, no sentido negativo da palavra, desejando assenhorear­se dos espaços que lhes não pertencem e, por se en­contrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem, caluniam...





Entre os tormentos psicológicos alienadores, a presença do ressentimento na criatura humana tem lugar de destaque.
Injustificável, sob todos os pontos de vista, ele se instala, enraizando-se no solo fértil das emoções em descontrole do paciente, aí engendrando males que terminam por consumir aquele que lhe dá guarida.
A vida expressa-se em padrões sociais, resulta­do da condição evolutiva das criaturas que se inter-relacionam. Como é natural, porque há uma larga va­riedade de biótipos emocionais, culturais e religiosos ou não, as suas são reações compatíveis com os ní­veis de consciência em que se encontram, exteriori­zando idéias e comportamentos que lhes correspon­dem ao estado no qual se demoram.
A convivência humana é feita por meio de episó­dios conflitivos, por falta de maturação geral que fa­voreça o entendimento e a transação psicológica em termos de bem-estar para todos os parceiros. Predo­minando a natureza animal em detrimento dos valo­res espirituais e éticos, a competição e o atrevimento armam ciladas, nas quais tombam os temperamen­tos mais confiantes e ingênuos, que se deixam, logo após, mortificar.
Descobrindo-se em logro, acreditando-se traído, o companheiro vitimado recorre ao ego e equipa-se de ressentimento, instalando, nos painéis da emotivida­de, cargas violentas que terminarão por desarmoni­zar-lhe os delicados equipamentos e se refletirão na conduta mental e moral.
O ressentimento, por caracterizar-se como expres­são de inferioridade, anela pelo desforço, consciente ou não, trabalhando por sobrepor o ego ferido ao con­ceito daquele que o desconsiderou.
No importante capítulo da saúde mental, indis­pensável ao equilíbrio integral, o ressentimento pode ser comparado a ferrugem nas peças da sensibilida­de, transferindo-se para a organização somática, re­fletindo-se como distúrbios gástricos e intestinais de demoradas conseqüências.
Gastrites e diarréias inex­plicáveis procedem dos tóxicos exalados pelo ressen­timento, que deve ser banido das paisagens morais da vida.
As pessoas são, normalmente, competitivas, no sentido negativo da palavra, desejando assenhorear­se dos espaços que lhes não pertencem e, por se en­contrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem, caluniam. É um direito que têm, na situação que as caracterizam. Aceitar-lhes, porém, os petardos, vincular-se-lhes às faixas vibratórias de baixo teor, no entanto, é opção de quem não se resolve por preservar a saúde ou não deseja crescer emocio­nalmente.
Quando o ressentimento exterioriza as suas ma­nifestações, deve ser combatido, mental e racionalmente, eliminando a ingerência do ego ferido e ense­jando a libertação do eu profundo, invariavelmente esquecido, relegado a plano secundário.
O indivíduo, através da reflexão e do auto-encon­tro, deve preocupar-se com o desvelamento do si, identificando os valores relevantes e os perniciosos. sem conflito, sem escamoteamento, trabalhando aqueles que são perturbadores, de modo a não fa­cultar ao ego doentio o apoio psicológico neles, para esconder-se sob o ressentimento na justificativa de buscar ajuda para a autocompaixão.
O processo de evolução é incessante, e as mudan­ças, as transformações fazem-se contínuas, impulsio­nando à conquista dos recursos adormecidos no imo, o Deus interno que jaz em todos os seres.
A liberação do ressentimento deve ser realizada através da racionalização, sem transferências nem compensações egóicas.
À medida que a experiência fixa aprendizados, esse terrível gigante da alma se apequena e se dilui, desaparece, a partir do momento em que deixa de re­ceber os alimentos de manutenção pela idéia fixa e mediante o desejo de revidar, de sofrer, de ser vítima...

Livro: Ser Consciente
Divaldo / Joana de Angelis